BRITEIROS: dezembro 2004 <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, dezembro 31, 2004

Bom Ano!

2004 foi um ano de guerra. Homens, mulheres e crianças foram mortos aos milhares no Iraque, no Darfur, no Afeganistão, ... ; vários ciclones devastaram as Caraíbas, sem que ninguém se decida verdadeiramente a tomar medidas contra os gases de efeito de estufa; nesta mesma região, a guerra civil fez estragos no Haiti; em Espanha, no 11 de Março, os atentados mataram cerca de 200 pessoas; a SIDA fez mais vítimas do que nunca; e um terramoto seguido de maremoto matou pelo menos 120 mil pessoas na Ásia... Mas, no mundo dos negócios, as Bolsas internacionais recuperaram e enriqueceram alguns felizes contemplados.
Portanto, desejamos mesmo assim a todos um próspero Ano Novo de 2005!

:: enviado por JAM :: 12/31/2004 07:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Silêncio



Não há palavras...

:: enviado por JS :: 12/31/2004 03:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Desolação



E depois da tempestade... meia-hora mais tarde
o mundo girou 180º e o que restou
foi um vazio enorme e o desejo de ter desaparecido
também, tal como acontecera momentos antes
a toda a sua família...


:: enviado por JS :: 12/31/2004 03:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Amplitude




A amplitude do que se passou no passado dia 26 de Dezembro
resta uma incógnita em nossas mentes cujas referências para tal
são inexistentes. No entanto os números que nos chegam dão-nos
uma ideia aproximada da atrocidade!


:: enviado por JS :: 12/31/2004 03:17:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A partir de amanhã, a China vai vestir o mundo

Ironia do destino, a China é a grande vencedora da mundialização, que todos nós ajudámos a criar. A partir de amanhã, 1 de Janeiro, o mercado será inteiramente liberalizado, com a entrada em vigor de novas regras para o comércio internacional de produtos têxteis, fazendo com que o temido choque Norte-Sul se transforme, ao fim e ao cabo, numa guerra Sul-Sul.
Quando a supressão de quotas foi decidida, há dez anos, ninguém pensava que a China se desenvolveria tão depressa, e os insistentes apelos à liberalização do mercado corre agora o risco de se voltar contra os cerca de 40 países que vivem da exportação dos têxteis e que precisam do sistema de quotas para sobreviver. Entre eles, a Tunísia, a República Dominicana, o Guatemala, o Camboja, o Sri Lanka e o Nepal.
Nós, os países ricos, que pensávamos que seriamos os maiores perdedores, tivemos tempo para restruturar as nossas indústrias. E aqueles que o não fizeram, como Portugal, foi porque não tiveram capacidade política, nem visão estratégica para o fazer. Mas, o que vão fazer, por exemplo, a Ilha Maurícia ou Madagáscar, que importavam os tecidos europeus, chineses ou indianos, os cosiam nos seus “costureiros do suor” e os reexportavam para os países ricos?
Na Europa e nos Estados Unidos, muitas empresas vão aproveitar o fim das quotas para deslocalizar massivamente e para fazer chantagem sobre os salários. Os chineses fazem baixar ainda mais a fasquia do social e as Filipinas anunciaram já que a lei do salário mínimo não se aplicará ao sector das confecções, enquanto que o Bangladesh decidiu aumentar o número das horas extraordinárias autorizadas.
Os partidários do fim das quotas dizem que, no novo cenário, a eficiência das fábricas do sector vai aumentar e que os preços vão cair, principalmente para os consumidores do Ocidente, mas quem irá finalmente pagar o preço e quem serão os mais sacrificados?

:: enviado por JAM :: 12/31/2004 01:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

...e nós somos uma ínfima parte...

A "mãe" zangou-se...
Lançou um dos seus filhos
De encontro àqueles
Cujo destino se encontra
Entre suas mãos...
...o resultado está à vista!

O Homem tem uma tendência
Enorme, enormíssima
Para esquecer a sua origem...
E de vez em quando
A mãe Natureza faz de memória
E lembra-nos que não somos...
...não somos mais que uma ínfima parte
Neste conturbado Universo.

E... no entanto,
Noutra parte deste pequeno mundo
Exércitos sem legitimação
Continuam a massacrar
A destruir
A combater sem qualquer consciência
Tendo como base fundamentalismos
De Idade Média...
Que desperdício de energias!

Depois... depois
São sempre os mais desmunidos
Aqueles que foram esquecidos
Os que já nada têm
Que sofrem catástrofes
Sobre catástrofes...
Ajuda é precisa e não custa nada
Está ao alcance de todos
Se todos acreditarmos
Que afinal
Não somos assim tão maus
Como nos querem pintar!

:: enviado por JS :: 12/31/2004 10:10:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

As mentiras da economia

John Kenneth Galbraith é o nome do “enfant terrible” da economia americana, cujas opiniões, originais e provocadoras, divergem um tanto ou quanto dos ortodoxos manuais de economia. Exemplo disso, é a acusação que faz no seu último livro ao presidente da Reserva Federal Americana de que ele não serve para nada, uma vez que a progressão duma economia não se deve medir pelo crescimento do PIB. E justifica, dizendo que a boa condução duma economia se mede pela produção de bens materiais e de serviços. Não é a educação, nem a saúde, nem a literatura, nem as artes, ... mas sim, a produção de automóveis, por exemplo. É este o padrão moderno do sucesso económico e, por conseguinte, social.
“A economia das fraudes inocentes” pode ser considerado o extracto do pensamento produzido por uma mente criativa e destemida durante toda uma vida, que já conta 96 anos. Nele, Galbraith afirma que vivemos num mundo de mentiras impingidas como verdades cristalinas e irrefutáveis. Um mundo de fraudes, nem todas inocentes.
Diz ele que “quando o capitalismo, com toda a sua carga histórica, deixou de ser aceitável, foi rebaptizado [...] Hoje chama-se economia de mercado”.
“A palavra trabalho aplica-se simultaneamente àqueles para quem ele é duro, cansativo e desagradável e aos que dele extraem um manifesto prazer, sem nele verem qualquer contrariedade [...] Trabalho designa ao mesmo tempo uma obrigação imposta a uns e uma fonte de prestigio e de forte remuneração para outros. Usar a mesma palavra para as duas situações é já um sinal evidente de fraude”.
Outro exemplo: “A empresa moderna condena o termo burocracia. Esta palavra aplica-se ao Estado e à Função Pública. No seu lugar, as empresas utilizam a expressão Management, que tem uma conotação mais dinâmica”.
Menos de cem páginas que poderão parecer simples, mas que traçam o desfasamento permanente entre as ideias feitas e a realidade. Ou não fosse Galbraith o autor da célebre frase:
“No capitalismo, o homem explora o homem. No comunismo, é exactamente o contrário”.

:: enviado por JAM :: 12/31/2004 01:20:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, dezembro 30, 2004

E bem perto de casa?

Example

"[...] Um estudo realizado por cientistas americanos e britânicos que prevê que a onda gigante, ou tsunami, surgiria a partir de uma erupção vulcânica no arquipélago das Canárias. O fenómeno, segundo eles, ainda não tem uma data prevista para acontecer. Mas já foi considerado preocupante.

De acordo com os cientistas Steven Ward, da Universidade da Califórnia, e Simon Day, da Universidade de Londres, a intensa actividade do vulcão Cumbre Vieja, nas Canárias, provocaria o deslocamento de um pedaço da costa rochosa da ilha de La Palma. Ao mover-se, a gigantesca massa formaria a tsunami que, por sua vez, viajaria até cidades importantes nas margens do Oceano Atlântico. Para os cientistas, a maior parte da energia da onda — equivalente a toda a energia elétrica gerada nos EUA num período de seis meses — desloca-se-ia a uma velocidade de 800 quilómetros por hora rumo à costa dos EUA, passando antes pela Europa, África e América Latina. Depois da costa dos EUA e Caribe, a força da onda seria mais sentida no norte da Europa, principalmente no litoral inglês.

Os pesquisadores contaram com o auxílio de um computador para simular como a onda se formaria após a erupção vulcânica. No entanto, os cientistas salientaram que o Cumbre Vieja aparentemente não corre o risco de entrar em intensa actividade num futuro próximo. A última erupção do vulcão ocorreu em 1949.

— Estamos analisando um fenómeno que pode estar a décadas ou a um século de distância. O que esperamos é poder ter tempo para actuar nesses locais, evitando ao máximo as catástrofes — explica o britânico Simon Day. O deslocamento da costa aconteceria porque a formação rochosa das Ilhas Canárias é historicamente instável. A pesquisa identificou ainda uma ligeira actividade no vulcão, que, segundo os estudiosos, pode entrar em erupção em intervalos inferiores a cem anos. A onda poderia atingir 900 metros de altura logo após sua formação e chegar ao litoral com 50 metros.[...]"

Leia todo o artigo .... >>>>

:: enviado por RC :: 12/30/2004 01:22:00 da tarde :: 4 comentário(s) início ::

Agora dava jeito...

A natureza é assim, põe tudo em perspectiva, mais tarde ou mais cedo. Agora fazia muito jeito, a todos os países afectados, o ror de dinheiro mal gasto dos últimos 50 anos, cada dólar gasto em ak47, em minas, em lutas fratricidas...

Mas agora só nos resta ajudar e há quem espere ansiosamente a nossa ajuda.

Example

Lembremos o "enterrar os mortos e cuidar dos vivos" e vamos divulgar, por todos os meios, estes números das contas de solidariedade.

Por lembrança do Blasfémias e com origem no Público:

As Campanhas de Solidariedade
SOS Crianças da Ásia (Unicef), CGD - NIB: 003501270002824123054
 
Médicos do Mundo, BPI - NIB: 001000009444999000170
Médicos do Mundo, CGD - NIB: 003505510000772213032
 
Missão na Ásia da AMI, BES - NIB: 000700150040000000672
 
Caritas, CGD - NIB: 003506970063091793082
 
Apelo da Cruz Vermelha, BPI - NIB: 001000001372227000970


:: enviado por RC :: 12/30/2004 10:27:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Trabalho, exigência e rigor

Segui com interesse o “ping-pong” ideológico entre Oliveira Martins e Mário Teixeira. O primeiro faz um apelo à ética da responsabilidade dos cidadãos, sem “as graças e os favores do Estado”, e resume a saída para a crise à trilogia trabalho, exigência e rigor. O segundo realça o papel do Estado na criação das condições que tornem possível essa trilogia, dando como exemplo que os cidadãos não são capazes, só por si, de encontrar uma saída para a crise, enquanto não houver políticas de vigilância do consumismo e do endividamento desenfreados, hoje encorajados pela banca.
É um facto que, na sociedade actual, a pressão do consumismo é enorme e o cartão de crédito tornou-se uma arma de ilusão psicológica que lança perigosamente as pessoas para comportamentos irracionais. Isto é, cria-se a perigosa ilusão que se está a comprar sem pagar.
Mas, a questão do trabalho, exigência e rigor não se fica por aí.

Continue a ler sobre O Estado, motor do desenvolvimento.

:: enviado por JAM :: 12/30/2004 01:47:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Auditoria Secreta

Top Secret

No passado dia 23 de Dezembro, a senhora Ministra da Educação desmentiu o senhor Ministro Morais Sarmento ao afirmar que "as conclusões do relatório da auditoria ao concurso de professores não podia ser tornado público por ter sido classificado como confidencial."

Ou seja, fica escondido para que ninguém possa saber, antes das eleições, em que medida e de que modo, as intervenções de pessoal político e da confiança política do PP e do PSD foram responsáveis pelo descalabro que se viveu no início deste ano lectivo. Perde-se aqui uma oportunidade de reflexão, ainda que não atempada, sobre um dos processos fulcrais para toda a organização escolar do nosso país.

É claro que quem pensar que tudo se resume a colocar atempadamente professores em escolas, como quem entrega um carrinho a cada varredor do lixo, engana-se. Como sempre, e como é hábito, nesta nossa maltratada terra, o carro à frente dos bois e as trancas depois de casa roubada são a prática mais comum numa administração educativa, cada vez mais perdida e mais afastada do real significado e relevância das suas missões.

Como calculámos em post anterior, o prejuízo para o país foi enorme e é imperativo que se conheçam os resultados da auditoria com que se calaram as vozes que protestavam.

Basta de parangonas nos jornais no início dos processos e nenhum prestar de contas no fim. Ao logo destes anos ouvimos de tudo, colocações abusivas, corrupção activa e passiva, infracções graves e subversão de procedimentos e vergonhosas sujeições de sindicatos aos seus "patrões" partidários.

A nossa juventude, as gerações vindouras e Portugal merecem mais.

Basta lembrar que os especialistas da Secretaria de Estado da Amnésia (administração) Educacional pouco têm feito para racionalizar e modernizar a gestão do pessoal docente. O concurso deveria ser o último degrau de uma longa escada organizacional. Mas também se deveria saber o que é uma escola, o que é uma instituição, que as instituições devem ter uma alma, tanta coisa antes do concursozinho...
Mas é aqui que entra a "amnésia", pois todos os anos o Ministério se interroga sobre as mesmas coisas. Como se chama? Há quantos anos trabalha para nós? É habilitado? Como? Quando nasceu? Que nota tem de curso? Onde quer trabalhar? Está doentinho e tem atestado? Quer ficar a trabalhar do outro lado da rua? Quer ser destacado? É professor deste ciclo mas está a trabalhar na Universidade? E quer manter os dois lugarzinhos? É professor, mas está num desses sindicatos com mais dirigentes que sindicalizados? É professor, mas está a trabalhar na Câmara, ou na Junta, ou no Instituto, ou é especial, ou está no projecto? De certeza que quer mesmo ser professor ou quer só dar umas horinhas de aulas? Concorre para vinte horas mas depois só dá dez? Quer as horas que sobram dos outros? Está disponível para trabalhar em Vinhais, num horário de 10 horas, que sobram do horário de 20 de alguém que recebe o salário inteiro, e ser remunerado com metade dum salário?

E como as perguntas são tantas e a memória tão fraca, todos os anos recomeça o interrogatório e tem início o mesmo calvário.

E mais não direi, pois é neste país de analfabetismos vários que mais e maiores certezas são propaladas sobre e educação.

Quem não sabe fazer que dê lugar a quem sabe ou a quem tenha a humildade para aprender...

:: enviado por RC :: 12/29/2004 10:10:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Na presença do Tsunami

É uma loucura gente... primeiro o mar começa a baixar... baixar... baixar... coisa de 50 cm a cada 3 minutos... os peixes pulando no vazio... vai levando tudo exactamente como na beira da praia... a onda recua para mandar outra e de repente lá vem o “mundão” de água... arrastando tudo... e mais em série... são uma 4 seguidas.... e a água invadindo tudo... com uma força por nós nunca vista....
Foi assim que João Francisco Sombra, capitão do veleiro Guardian, descreveu por email o acontecimento mais notável da sua viagem à volta do mundo, iniciada em 1996 em San Diego, na Califórnia, e que prevê terminar no Brasil em 2012. O veleiro encontra-se actualmente em Phuket, uma das estâncias turísticas mais atingidas pela catástrofe, mas felizmente em doca seca, para refazer a pintura.

Leia mais sobre O Projecto Guardian.

:: enviado por JAM :: 12/29/2004 08:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Vermeer

Nessa cidade de Delft, com as suas porcelanas de um azul tão português, acaba de ser descoberto o estúdio do pintor Vermeer.

Example

Notícia ... >>>


:: enviado por RC :: 12/29/2004 05:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Os famosos também caem da cama

NOVA YORK (Reuters) - A atriz e cantora Liza Minnelli foi levada para um hospital depois de ter caído da cama....

Example


Leia o resto da notícia ..........>>>

:: enviado por RC :: 12/29/2004 05:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O Mirante

Nas deambulações que vou fazendo pelas noticias on-line, deparei com uma que me entristeceu especialmente. No momento em que todos os concelhos do país tentam fugir à implantação de unidades de tratamento de resíduos perigosos, eis que a Chamusca, terra a que estou ligado pelo nascimento e pelas memórias da mais tenra idade, vem oferecer-se, lampeira, para receber um CIRVER. Na ânsia de trazer emprego e indústria para um concelho rural e pacato, a Câmara Municipal assume aqui um infeliz protagonismo. Concelho dos que menos polui aceita receber o lixo dos outros, entretanto Alcanena, terra em que muitos e variados atentados ao ambiente são perpetrados, por causa da sua indústria de curtumes, recusa o CIRVER. Coisas...

Leia a notícia >>>

Mas como nem tudo é mau, tive o prazer de encontrar O Mirante, jornal regional da Chamusca que mantém uma excelente edição on-line. Por outro lado, as buscas de informação permitiram-me rever imagens há muito esquecidas. A mesma Câmara Municipal que aceita o CIRVER, tem uma página com muitas imagens, quase todas bem escolhidas, que nos mostram uma vila bem mais bonita que muitas cidades por esse país fora.

Example


:: enviado por RC :: 12/29/2004 03:50:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Os vírus descobriram os telemóveis

Tal como nos anos anteriores, os telemóveis e as agendas electrónicas multiplicaram-se por debaixo das nossas árvores de Natal. Entre eles, os “smartphones”, aparelhos a meio-caminho entre telemóvel e computador de bolso. Mas, quando se fala em computador, fala-se em vírus.
Há já alguns meses que se vêem aparecer novos tipos de vírus que atacam este tipo de telefones portáteis, equipados com os sistema de exploração Symbian e Windows Mobile. Propagam-se essencialmente por intermédio dos populares carregamentos de ícones, toques e screensavers.
O mais conhecido destes novos vírus chama-se “Skull”, cujo principal efeito consiste na substituição dos ícones por caveiras (daí o nome do vírus) e na desregulação dos toques. Mas outros vírus mais perigosos chegam ao ponto de desligar o telemóvel, sem qualquer possibilidade para o voltar a ligar depois.
Os fabricantes de anti-vírus esfregam já as mãos de contentes e começam a aparecer empresas, como a Trend Micro, que propõe um anti-vírus especial para telemóveis, disponível gratuitamente... mas só até Junho de 2005.

:: enviado por JAM :: 12/29/2004 01:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Só ele não percebeu???

Example
O perplexo
(leia a notícia)

Vamos ter um início de 2005 bem digno do que foi o fim de 2004. Esperemos que, por trás da campanha, haja alguém a pensar pouco em como ganhar votos a todo o custo e muito em como dar algum caminho a esta nossa terra.

:: enviado por RC :: 12/29/2004 11:57:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Não é bem assim

[...]
Seguramente, por muito poderosos que sejam os mecanismos da esperteza dos indígenas, não podemos esquecer o argumento mais poderoso no arsenal do argumentador lusitano, o “não é bem assim”. Por muito que tenha procurado ainda não encontrei quem tenha registado a patente deste argumento, poderoso entre os poderosos, no arsenal luso. De facto, “não é bem assim” é uma arma perigosa. Por um lado, estabelece um princípio de dúvida sobre o que o adversário disse, sem que seja necessário demonstrar qualquer conhecimento do assunto tratado, por outro, não é tão violento como chamar mentiroso ao opositor, o que poderia, por vezes, ter consequências ao nível da integridade física do retórico. Como todos os argumentos úteis, também este se declina em múltiplos matizes. Não é bem assim. Não sei se é bem assim. Não me parece que seja assim. Claro que o questionado, não tendo trazido no bolso qualquer volume da Enciclopédia Luso brasileira, perde um pouco de ímpeto na disputa e deixa aberto o campo para que o vácuo pensador possa marcar alguns pontos.
[...]

Leia o texto completo em As Más Moedas

:: enviado por RC :: 12/29/2004 02:25:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Morreu Susan Sontag

Uma das maiores e mais célebres intelectuais americanas, Susan Sontag, conhecida por ter sido uma das primeiras a criticar a política norte-americana pós-11 de Setembro, faleceu, esta terça-feira, aos 71 anos.
Escritora, romancista, autora de ensaios, um pouco socióloga, um pouco politóloga, bastante filósofa, autora de uma dezena de livros famosos e de muitos artigos publicados em importantes jornais e revistas americanas.
A propósito da censura nos Estados Unidos, dizia: O governo decidiu declarar guerra ao Iraque. Bem, na nossa imprensa e televisão, não são mostradas as vítimas civis, negligenciam-se as notícias problemáticas, escondem-se factos, acontecimentos e imagens. Quem decide? O governo? Os políticos? Não, quem decide são os responsáveis pelas informações. São eles que estabelecem o que é patriótico e o que não é. Se uma certa informação ou um certo serviço não são patrióticos, não são transmitidos.
E a propósito da invasão do Iraque: A conquista do Iraque conseguiu alcançar três objectivos: 1) demonstrar que aquela parte do mundo pode ser invadida. 2) obter um certo controle sobre o petróleo. 3) chegar a uma forma de ocupação permanente, de modo a enfraquecer a posição da Turquia e da Arábia Saudita, que agora já não são aliados indispensáveis. Fazia parte dum plano imperialista dos americanos e foi levado a cabo com sucesso em plena violação do direito internacional.
Considerada “a consciência aberta dos EUA”, Sontag não abominava o american way of life, mas integrava nele uma visão para além das fronteiras do país onde vivia. Foi da boca de Susan Sontag que saíram recentemente as seguintes palavras: “O abismo cultural entre a Europa e os EUA é tão profundo como o Grand Canyon”.

Acabei de descobrir no New York Times, uma homenagem completíssima à memória de Susan Sontag. Vale a pena ler até à frase final “Toda a minha obra diz: sejam sérios, sejam apaixonados e... acordem”. [JAM :: 11:33]


:: enviado por JAM :: 12/29/2004 01:23:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, dezembro 28, 2004

Guerra dos sexos em Marte

Numa altura em que o horizonte das potências espaciais está focalizado no planeta Marte, coloca-se a questão de qual será o sexo do primeiro humano que porá os pés no planeta vermelho. Os cientistas da NASA acham que a tripulação da primeira missão marciana deverá ser exclusivamente masculina, com idades entre os 30 e os 40 anos. Mas, um professor do Colégio Médico do Ohio, nos EUA, propõe astronautas mais adaptados: mulheres com idades inferiores a 30 anos.
Segundo ele, as mulheres suportam melhor as privações e as desregulações consequentes de uma longa viagem no espaço; estão menos sujeitas aos riscos de doenças cardiovasculares, devido à sua constituição física e hormonal; têm no organismo menos ferro, cuja concentração aumenta no espaço, com riscos de envenenamento; são mais leves e consomem menos calorias e, finalmente, são menos instáveis do que os homens.
Fica só o problema da menstruação que complica as saídas para o espaço, já que aumenta os riscos de descompressão. Mas, os fabricantes de pastilhas hormonais estão já a pensar numa solução, que estará disponível dentro de um ano.
As conclusões deste professor americano não coincidem, no entanto, com as dos especialistas russos do Instituto dos Problemas Médico-Biológicos (IMBP), de Moscovo, que acabam de estudar a composição da tripulação que irá testar a viagem a Marte. Seis cobaias que deverão viver durante quinhentos dias (a duração da viagem de ida e volta) numa espécie de frasco em alumínio, concebido segundo o modelo da nave espacial a enviar para Marte. Neste programa, os cientistas do IMBP excluem qualquer tipo de participação feminina pois, segundo eles, o espaço é um trabalho de homens, e as mulheres estão mais adaptadas à condução da “nave familiar”.
Pelos vistos, o machismo tem ainda muito espaço à sua frente...

:: enviado por JAM :: 12/28/2004 08:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Interessante

Por sugestão do Causa Nossa, li o texto A Renovação da Classe Política e vale a pena ler.

:: enviado por RC :: 12/28/2004 02:32:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Não há descanso

Voltar de um curto intervalo, preenchido com filhós e rabanadas, preguiça e colesterol e encontrar mais de mil notícias frescas no nosso SIS privado, é demais. Não pensei que acontecesse tanta coisa no tempo que se leva a comer meia dúzia de pastelitos de bacalhau e umas couvinhas portuguesas.

Também há boas notícias como a do Sir Richard Branson querer proporcionar-nos a possibilidade de ir ao espaço pela módica quantia de € 200 000,00. Mas a maior parte do que chega ao meu desktop são tragédias.
“Marmoto [sic] no sudoeste asiático”, foi assim que o rodapé de serviço público da RTP1 nos lembrou do que estava a acontecer, incorrecto, mas trágico, o rodapé e o acontecimento. A isto juntaram-se as entrevistas por telefone. Um dos jornalistas ad-hoc insistia no facto de haver uma grande desorganização, etc, etc...

Não pude deixar de me lembrar das recentes declarações:
"O SNBPC não tinha e não tem nenhum estudo criterioso para saber que dispositivo, que ameaças, que riscos existem em Portugal e com que meios os pode combater", sustentou Paulo Pereira Coelho, [...]".

Felizmente que cá em Portugal não podem acontecer tragédias destas, ou podem?

1755

:: enviado por RC :: 12/28/2004 01:25:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Apocalipse na Ásia

Anunciados já cerca de 30 mil mortos, dos quais quase metade no Sri Lanka, o maremoto asiático está infelizmente ainda longe do seu balanço final. Escrevemos aqui, há pouco mais de uma semana, sobre de que forma uma política activa pode salvar vidas. A este propósito, o jornal Guardian dá-nos agora conta da revolta dos cientistas internacionais, ao denunciarem a total ausência de sistemas de alerta no Oceano Índico que poderiam ter contribuído para salvar milhares de vidas.
No Oceano Pacífico, estão instalados mecanismos que permitem prevenir os riscos de tsunami, entre três e catorze horas antes da chegada das vagas, permitindo assim a evacuação atempada das populações.
A instalação de tais sistemas de prevenção de maremotos, nos países do Sudeste asiático tinha sido evocada em 2003, mas os governos respectivos acabaram por desistir da ideia, por estimarem que este tipo de acontecimentos era demasiado raro para justificar uma tal despesa.


:: enviado por JAM :: 12/27/2004 10:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Bons filhos

Não há dinheiro que vede uma tal sangria feita pela corrupção e pelo compadrio. Leia como uma “companhia” com o capital social de cinco mil euros faz negócios de muitos e muitos milhões. Com o estado a esfarelar-se para os amigos como é que pode haver equilíbrio das finanças?

Leia, vale a pena >>>

:: enviado por RC :: 12/27/2004 09:11:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Às três, foi de vez

Viktor Iuschenko ganhou a “terceira volta” das eleições presidenciais ucranianas com cerca de 52% dos votos, contra 44% do seu adversário Viktor Ianukovitch. “Está feita! Nós somos independentes há catorze anos, mas somos livres a partir de hoje”, foram as primeiras palavras de Iuschenko, ao saudar a vitória. Com um recorde absoluto de cerca de 12 mil observadores internacionais, vai ser muito difícil ao actual regime que, com a cumplicidade de Moscovo, pretendia à força eleger Ianukovitch, contestar estes resultados, sem para tal infligir as mais básicas leis da matemática.

:: enviado por JAM :: 12/27/2004 08:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Umberto Eco e a ideia de Beleza

O romance O Nome da Rosa, expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras, elevou o escritor e professor italiano Umberto Eco à categoria de best-seller devido à sua trama quase policial, nos moldes de um 007 medieval. Duas décadas depois, acabou de ser lançado em Portugal o luxuoso História da Beleza, com 17 capítulos prefaciados pelo professor da Universidade de Bolonha, nove escritos por ele e os restantes por Girolamo de Michelle. O tom professoral mas simpático, aliado à profusão de ilustrações, que vão desde figuras pré-históricas às cobiçadas imagens dos calendários da Pirelli, garante-lhe um lugar de destaque na mesa da sala de estar.
Nesta obra, Eco procura demonstrar como as diferentes concepções de beleza evoluem e se repetem em diferentes épocas e lugares. Explica-se, por exemplo, a mudança da visão que se tem do homem e da mulher, dos mitos lendários Vénus e Adónis, aos mitos da comunicação, como Monica Bellucci e Arnold Schwarzenegger.
Os textos são pontuados por trechos de obras célebres de filósofos e estetas de todos os tempos, como Eurípedes, Jagger, Picasso, Kant, Warhol, Nietzsche, Marilyn, Kafka, Barthes, Brando, Rimbaud, Garbo ou Shakespeare. Umberto Eco apelou, uma vez mais, à sua aparentemente inesgotável erudição para tecer este magnífico exemplar de leitura obrigatória.

:: enviado por JAM :: 12/27/2004 01:43:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

domingo, dezembro 26, 2004

Blogs dão lições de jornalismo ao Público

O jornal Público cometeu dois erros e reconheceu-os nas suas páginas como era seu dever, deixando claro quais deveriam ter sido os procedimentos correctos.

:: enviado por JAM :: 12/26/2004 05:09:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Natal pouco feliz para os marines

As forças de ocupação americanas no Iraque, para além de nunca terem tido nenhum plano concreto para o pós-guerra, têm sido sistematicamente alvo de infiltrações da guerrilha rebelde, que consegue obter informações sobre os movimentos das tropas, antes mesmo que elas sejam conhecidas pelos generais do Pentágono. Estas constatações não são feitas por inimigos da administração Bush, mas sim por altos oficiais do exército americano fartos de verem cair os soldados como moscas.
O major Isaiah Wilson, prestigiado historiador militar e professor da academia militar de West Point, afirmou recentemente, num discurso na universidade de Cornell, que o primeiro plano de ocupação foi escrito em Novembro de 2003, ou seja, sete meses depois das tropas terem chegado à praça de Farduss, em pleno centro de Bagdade, e terem derrubado a estátua de Saddam.
O coronel Paul Hughes, assessor político das forças no Iraque, disse há dias ao Boston Globe que os rebeldes sunitas e os grupos ligados à Al-Qaeda continuam a infiltrar-se nas tropas iraquianas, que trabalham em conjunto com os americanos, obtendo assim informações sobre as movimentações militares.
Estas informações não são novidade e, há muito, vêm sendo anunciadas por especialistas do mundo inteiro. A novidade é que, pela primeira vez, são tornadas públicas pelos próprios militares americanos.
O mal-estar reina há já algum tempo, mas foi o ataque desta segunda-feira em Mosul que fez acender a luz vermelha. Um atacante suicida, vestido com um uniforme militar iraquiano e detentor das necessárias credenciais americanas, infiltrou-se dentro da tenda onde almoçavam centenas de soldados e fez-se explodir, matando 14 dentre eles.
Apesar da propaganda da Casa Branca e das visitas surpresa de Donald Rumsfeld, este foi decididamente um Natal muito pouco feliz para os marines no Iraque.

:: enviado por JAM :: 12/26/2004 04:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, dezembro 25, 2004

Porquê a guerra?

Tradicionalmente tempo de amor e de paz, Natal é também propício a alguns instantes de reflexão sobre a guerra e as suas causas.
Jean-Paul Sartre dizia: “Quando os ricos fazem a guerra, são os pobres que morrem”. Esta fórmula resume tristemente a realidade. Mas também contem em si mesma duas questões: A primeira é, porque é que os ricos fazem a guerra? E a segunda, porque é que os pobres aceitam morrer por eles? A resposta à primeira questão necessita de uma análise muito séria do mundo em que vivemos. Que sistema económico é este, que nos domina? Porque é que ele chegou a esta situação de crise? De que maneira pode a guerra representar uma solução, para alguns? Será que é inevitável? Haverá alternativas?
Quanto à segunda questão, vem-me à memória uma história verídica que se passou durante a Primeira Guerra Mundial, na frente de combate de Yser, precisamente na véspera de Natal. Os soldados franceses, por tradição, ergueram uma árvore de Natal, iluminaram-na e prepararam-se para festejar a consoada na trincheira. Os soldados alemães, curiosos, tentaram aproximar-se para compreenderem o que se passava. Quando perceberam, resolveram também festejar o Natal, do seu lado. Naquele espírito, perderam o receio do inimigo e acabaram por juntar as duas festas. No dia seguinte, dia de Natal, fizeram um jogo de futebol, uns contra os outros. Findo o dia de Natal, e perante a fúria dos generais ao saberem do sucedido, os combates recomeçaram.
Em face desta história trágico-cómica, perguntamo-nos como é que os “grandes deste mundo” conseguem levar a matarem-se uns aos outros, pessoas que não anseiam por mais nada, a não ser voltar para casa... em paz.

:: enviado por JAM :: 12/25/2004 09:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Feliz Natal

Se continuarmos a alimentar os nossos sonhos de como as coisas deveriam ser, é bem provável que não tenhamos muitos motivos para estarmos felizes agora. Como a nossa felicidade depende, cada vez mais das acções dos outros, é evidente que não vai ser fácil. Até porque, nisso de “dependermos das atitudes dos outros” para sermos felizes, é normal que não nos contentemos com qualquer atitude favorável, vinda de qualquer pessoa. Na maior parte das vezes, nem notamos, nem valorizamos, nem sequer nos damos conta. Simplesmente não deixamos que isso nos toque. Afinal, estamos descontentes com a maneira de ser das pessoas que elegemos para serem os nossos provedores de satisfações ou de tormentos. Aquelas que, continuando a ser exactamente como são, dependem do nosso ponto de vista.
Sendo assim, celebre este Natal, à sua maneira. Se quiser, e se for possível, inclua nele as pessoas mais queridas. Acrescente um abraço, um beijo inesperado, um telefonema, um e-mail, um SMS, um bilhetinho debaixo do travesseiro, qualquer coisa, mas sobretudo compartilhe, se isso lhe der prazer.
É possível que, mesmo estando sozinho(a), você descubra nesta sua celebração um significado maior do que em muitos Natais anteriores e experimente uma comunhão mais verdadeira consigo mesmo(a) e com os outros, num sentimento maravilhoso de estar intensamente vivo(a)...
Tenha um Feliz Natal!

:: enviado por JAM :: 12/25/2004 02:07:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal

Eu sei que te estou a escrever um bocado tarde mas o que tenho para te pedir não precisa de ser já para esta noite de modo que tens tempo para entregar todos os presentes e guardar o meu para o fim mesmo que seja só para o ano que vem este ano portei-me bué de bem obedeci sempre tive vintes a tudo na escola e nem sequer refilei muito por isso gostaria de te pedir que me desses neste Natal um governo como deve ser é que já não posso aturar os meus pais a minha mãe passa a vida a bufar e a dizer que o dinheiro não chega o meu pai já nem sequer diz nada desde que ficou desempregado e não sai da frente da televisão e quando vê os telejornais já só abana a cabeça ainda por cima o Benfica tá sempre a perder e ele ainda fica pior e a minha irmã que voltou para casa com o marido porque comprou uma data de coisas quando lhe disseram que isto estava melhor e agora não tem dinheiro para pagar a renda por isso este ano não te quero pedir os brinquedos que te tens esquecido de me dar nos outros anos só queria que isto mudasse um bocadinho a ver se para o ano não tenho que ficar em casa um mês á espera que a escola abra e se a gente pode ir à praia um bocadinho mais longe que Oeiras

beijinhos e um Bom Natal para ti e para todos

já me esquecia se não fôr muito e se puderes fazer alguma coisa para que o Benfica jogue bem também agradecia

:: enviado por U18 Team :: 12/24/2004 10:16:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Boas Festas

Para todos os amigos que nos lêem vão os nossos votos de um Natal Feliz e um Ano Novo em que a esperança de cada um se torne realidade.
Boas Festas

Um abraço
do
Manuel Rocha Carneiro


:: enviado por RC :: 12/24/2004 08:25:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Procura-se

PROCURADO

Example

Não se recompensa quem o encontrar.
Suspeito de ter metido a mão na CAIXA

Example

:: enviado por RC :: 12/23/2004 09:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A frase da semana?

"[...] a secretária de Estado (da Defesa? da Cultura? do Ambiente? do Turismo?) Teresa Caeiro é peremptória: «Penso que vamos ter um resultado histórico. Superior a 10%».

:: enviado por RC :: 12/23/2004 01:23:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Nudez, nem em casa

Na cidade mexicana de Villahermosa, foi adoptada uma lei proibindo a nudez, mesmo em casa de cada um.
A vereadora que mais defende a lei com o objectivo reduzir a imoralidade, está confiante na colaboração dos munícipes no sentido de denunciarem as infracções que possam detectar ao passar pelas janelas dos vizinhos.

Example
http://www.msnbc.msn.com/id/6747011/


:: enviado por RC :: 12/23/2004 03:44:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Olha que dois

Acabei de ouvir no Telejornal que Pinto da Costa propõe Alberto João Jardim para candidato a Presidente da República. Jardim respondeu com os maiores elogios a Pinto da Costa. Nem sei se ouvi bem, mas porque será que nem sequer me espanto? Estou aturdido com a possibilidade e tento imaginar a coisa. Não sei se hei-de rir ou chorar mas, como diz o JAM, o melhor ainda é rir.
João Jardim para Presidente !? e, já agora porque não Valentim Loureiro para Ministro das Obra Públicas? e o Bibi para Ministro da Educação? e Adelino Ferreira Torres para Ministro da Administração Interna? e a Cinha Jardim para a Cultura?
Enfim, palavras para quê? São dois artistas portugueses ...

:: enviado por U18 Team :: 12/22/2004 10:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Boas?

No terceiro trimestre deste ano, o produto interno bruto dos EUA cresceu 4%.

:: enviado por RC :: 12/22/2004 09:16:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Rir é o melhor remédio

A crise é profunda. Os portugueses nunca estiveram tão pessimistas. O governo é deprimente. A conferência de imprensa de ontem que, normalmente, teria feito rir a bom rir muitos de nós, não teve piada nenhuma. Já ninguém se escangalha às gargalhadas quando o Ministro das Finanças anuncia solenemente ao país que procura desesperadamente conter o défice, mas que não há nenhuma derrapagem nas contas públicas. Já nem sequer um sorriso amarelo esboçamos quando, ao comprarmos o jornal da manhã damos de caras com um suplemento de trinta páginas, a cores, pagas pelo Governo com os tais escassos dinheiros públicos, para explicar, numa linguagem simples e didáctica, que o Governo não deve nada aos portugueses e que, ao contrário, são os portugueses que ainda estão a dever dinheiro ao Estado.
Perdemos definitivamente a vontade de rir. Antigamente, bastava chegarmos ao pé dos amigos e dizer uma série de expressões sem sentido, como: não havia necessidade, ou fantástico, melga, para toda gente desatar a rir às gargalhadas. Hoje, se as dissermos, vão certamente olhar para nós com o ar mais macambúzio do mundo e fazer de conta que não ouviram dada.
Precisamos de inverter esta tendência. Não podemos deixar que nos espoliem do único capital que ainda nos resta: o sentido de humor. Enquanto esperamos ansiosamente que o programa do PS nos proponha algumas medidas para a retoma do nosso precioso rir, decidimos propor-lhe aqui uma terapia barata e sem medicamentos.

Continue a ler sobre O Clube da Gargalhada.

:: enviado por JAM :: 12/22/2004 03:34:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

George W. Bush eleito Personalidade do Ano de 2004

© Der Standard / Veenenbos


:: enviado por JAM :: 12/22/2004 03:28:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, dezembro 21, 2004

Banana Split

Num artigo de hoje no Público, Ana Sá Lopes explica-nos de que forma o PS está preso ao síndroma da BANANA (Build Absolutely Nothing Anywhere Near Anybody). Segundo esta teoria, para deixarem de ser bananas, os dirigentes do PS, com José Sócrates à cabeça, teriam que manter a co-incineração como principal promessa eleitoral. Tudo isto porque para o PS (incluindo o PS Coimbra), mais do que uma simples questão de queima de resíduos industriais, está em causa a imagem de determinação e firmeza do seu líder.

Ora numa altura em que os portugueses estão plenamente conscientes do seu afastamento crescente em relação aos seus parceiros europeus e esperam, por isso, que os seus políticos apresentem soluções que permitam unir os portugueses em torno da recuperação do atraso, não é de firmeza e determinação que mais precisam, mas sim de lucidez e de responsabilidade. Firmeza e determinação são próprias dos ditadores. Em democracia, não ouvir as mensagens claras que os eleitores transmitiram ao PS, primeiro nas eleições autárquicas em Coimbra e depois nas eleições legislativas de 2002, é sintoma grave de falta de lucidez e de responsabilidade.

Se o PS de Coimbra, para não “estragar a festa”, não quer reagir agora, quando é que irá reagir? Depois das eleições, em luta fratricida, para mostrar que ainda são piores do que o PSD?

O artigo do Público, diz-nos ainda que a incógnita reside no protagonista desejado pelos socialistas para cabeça-de-lista por Coimbra, Vital Moreira, que foi contra a co-incineração e tomou várias posições públicas contra a ideia defendida por José Sócrates. Resta-nos pois esperar encarecidamente que Vital Moreira consiga usar da postura de lucidez e responsabilidade a que nos habituou, para alertar os seus camaradas socialistas de que não é altura para brincar às fogueiras.

:: enviado por JAM :: 12/21/2004 11:23:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Recomendação

Example
Do genial Terry Jones, de Monty Python e inúmeras outras realizações, o livro Novos Contos de Fadas (Editorial Presença) é um desses que deveria ser leitura obrigatória para qualquer escritor de literatura infantil. São trinta e seis contos numa centena e meia de páginas. Contos em que acontece muita coisa e em que a linguagem é facilmente compreendida pelas crianças que os lêem (até mesmo na versão portuguesa). A webboom está a vendê-lo com 30% de desconto, por uns meros € 8,20.
Muito embora a sua primeira edição portuguesa seja já de 1990, recomenda-se, não contém dioxinas nem pilhas...


:: enviado por RC :: 12/21/2004 10:34:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Mais milhão, menos milhão

Como tudo nesta pobre terra portuguesa, tarde e a más horas o governo tenta obter mil milhões de euros, ou dois mil e quinhentos milhões de euros, ou quinhentos milhões de euros, tudo conforme o noticiário, ou o locutor.
Independentemente do valor que seja necessário obter para atingir esse cabalístico 3% da mitologia europeia, porquê a dez dias do fim do ano? Pois então todos estes ilustres e caros economistas e assessores que nos governam, a troco de salários de luxo, não sabem que a pressa é inimiga do bom negócio? E tudo isto depois do senhor Bagão Felix ter vampirizado todos os fundos de pensões a que conseguiu deitar mão.

Como estabelecemos em post mais antigo, as asneiras têm preço. O Concurso de professores gerou um custo adicional para o Orçamento na ordem dos quarenta milhões de contos. Os cento e quinze milhões de contos que o governo tenta encontrar agora mais não significam que quatro trapalhadas a menos. O equilíbrio orçamental depende mais de inteligência organizacional e técnica que de trampolinices de última hora.

Governados pelos sapateiros, que outra coisa podemos esperar? Vão tocar o vosso rabecão para outro lado...

:: enviado por RC :: 12/21/2004 10:09:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Governo Outsourcing

No âmbito da minha actividade profissional, fui encontrar esta definição de outsourcing que passo a transcrever (com a devida vénia):

“outsourcing é um processo através do qual uma organização (contratante) contrata outra (subcontratado), na perspectiva de manter com ela um relacionamento mutuamente benéfico, de médio ou longo prazo, com vista ao desempenho de uma ou várias actividades, que a primeira não pode ou não lhe convém desempenhar e que a segunda é tida como especialista” - www.pmelink.pt

Esta definição, tão abrangente, permiti-me avançar com uma proposta que poderá resolver uma grande parte dos problemas do País.
Todos sabemos que criticar é fácil e que somos por vezes acusados – justamente - de criticar sem apresentar propostas alternativas. Agora que a campanha eleitoral já começou e antes que seja tarde demais, aqui fica a minha sugestão:

Atendendo a que:
1 - os sucessivos governos têm sido incapazes de resolver os problemas do País
2 – a taxa de crescimento do PIB em Portugal é ridícula, a burocracia não tem remédio, a Saúde não funciona e a Educação é medíocre.
3 – O ultimo Governo foi despedido por incompetência e não se vislumbra uma alternativa em que possamos depositar alguma esperança
4 – A China tem um dos governos mais eficazes do mundo. A taxa de crescimento do PIB é de 9.7% e não há desemprego.
5 – a China não tem sindicatos pelo que não há reivindicações da Função Publica
6 – A China é ainda um país relativamente barato pelo que, financeiramente, a operação pode ser atraente e contribuir decisivamente para a eliminação do deficit.
7 - Nada seria alterado em relação à nossa compreensão do que dizem os governantes
8 – É indiferente que um Ministério esteja localizado no Terreiro do Paço ou em Xangai. O tempo que se demora para lá chegar é praticamente o mesmo.
9 – a China aceita o principio “um país, dois sistemas” pelo que não deverá haver problemas com o principio “dois países, três sistemas”
10 – Macau, desde que passou a ser da China, está muito melhor.

Proponho que se iniciem de imediato negociações com o governo chinês com o objectivo de se chegar a um acordo para o outsourcing da governação de Portugal.
Entretanto as eleições serão suspensas e, a fim de assegurar o normal funcionamento da democracia, far-se-á um referendo com a seguinte pergunta: “Concorda que, no quadro constitucional em vigor, e na perspectiva de manter um relacionamento bilateral mutuamente benéfico, de médio ou longo prazo, com vista ao desempenho de uma actividade de governação que o primeiro não pode ou não lhe convém desempenhar e que o segundo é tido como especialista, se aprove o acordo Portugal/China?” SIM ⌂ Talvez ⌂
(Atendendo ao estado do País, o “Não” não é uma opção.)

PS: O sol e as praias são inegociáveis, portanto não poderão fazer parte das contrapartidas.

:: enviado por U18 Team :: 12/21/2004 09:39:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Coragem Política - II

Já há alguns dias, portanto há séculos de tempo mediático, falou-se da má qualidade dos nossos quadros políticos, pelo que se impõe um contributo para a qualificação de toda esta gente ansiosa por protagonismo e tenças. Célebre nos anais da televisão britânica, a série Yes Minister e Yes Prime Minister, não era só uma série de humor, mas acima de tudo uma fina observação do mundo governativo, tal qual este se apresenta em terras de Sua Majestade. O Ministro Jim Hacker, que mais tarde chega a Primeiro Ministro, é "ajudado" em permanência pelo seu Secretário Permanente Sir Humphrey Appleby o qual, fruto de esmerada educação e experiência em muito superior à do Ministro, lhe condiciona a actuação, não só no sentido da defesa do "funcionalismo público", mas também da sólida governação. Sem querer neste post exprimir ainda as minhas convicções acerca das razões de termos tão maus políticos, quero lembrar em que termos Sir Humphrey Appleby usava a expressão "coragem política". Normalmente Hacker ficava em pânico quando Sir Humphrey dizia que este ou aquele acto ou afirmação revelavam coragem política. Era normalmente para advertir da possibilidade de suicídio político. Coragem política significava um voluntarismo desligado das realidades políticas do momento, capaz de originar as mais sérias consequências. Sócrates não tem a sorte de ter como assessor um Sir Humphrey Appleby, ou saberia que não devia "procurar sarna com que se coçar"...

Não terá sido por acaso que a própria Margaret Thatcher afirmou que a série era "um retrato perspicaz do que se passa nos corredores do poder que lhe tinha dado horas do mais puro prazer"

Assim, e para que não se diga que não somos positivos, recomendo a todos os "aprendizes" que leiam (existem dois volumes em inglês), ou que comprem as cassetes ou DVDs. Como aperitivo poderão sempre consultar o site da série na Net: http://www.yes-minister.com

Example

"The Complete Yes Minister - The Diaries of a Cabinet Minister by the Right Hon. James Hacker MP" Edited by Jonathan Lynn and Antony Jay BBC Books - ISBN 0-563-20665-9

"The Complete Yes Prime Minister - The Diaries of the Right Hon. James Hacker MP" Edited by Jonathan Lynn and Antony Jay BBC Books - ISBN 0-563-20773-6


:: enviado por RC :: 12/20/2004 04:46:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Sócrates e a co-incineração

Eu tinha previsto escrever sobre a co-incineração só depois das festas, já que é inevitável falar de Sócrates sem falar de co-incineração, mas como o Manuel trouxe o assunto à baila, aqui fica desde já a minha opinião: Ao abordar ontem a questão, Sócrates mostrou, mais uma vez, a sua assustadora falta de maturidade política. Sócrates sabe que a questão é extremamente delicada. A derrota eleitoral do PS em 2002 muito deve a esta sua aventura, embora muita gente diga que é esta aventura a imagem de marca da combatividade de Sócrates e da tal “coragem política”. Eu não lhe chamaria combatividade: prefiro chamar-lhe teimosia.
Foi graças à co-incineração, e ao apoio dado ao projecto de Sócrates, que o presidente PS da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, perdeu as últimas eleições em favor de Carlos Encarnação, do PSD. Eu nasci em Coimbra, cresci em Coimbra e estudei em Coimbra e desde sempre me habituei a ouvir falar de Coimbra como uma cidade limpa, despoluida, onde é bom viver e estudar, mas onde raramente se consegue arranjar trabalho na indústria, pois indústria é coisa que praticamente não existe no distrito de Coimbra.
Os conimbricences têm assim a vantagem de ter um ar que ainda se pode respirar mas que lhes custou, nos últimos quarenta anos, a passagem de terceira cidade do país, para talvez o sétimo ou o oitavo lugar. Coimbra parou no tempo graças à recusa da poluição.
Contrariando bruscamente essa tendência, Sócrates pretende não só dar a Coimbra a poluição que ela não merece, já que quase não produz resíduos sólidos industriais, como ainda pretende transportar o lixo de todo o país para a cidade dos estudantes. A região tornar-se-á uma zona tóxica sacrificada. Não os produzimos, mas vamos passar a cheirá-los!
A posição de Manuel Alegre não é uma posição poética. É uma posição realista de quem conhece bem Coimbra e a sua História. E Sócrates, se fosse um político merecedor de vir a ser primeiro ministro, teria compreendido que a guerra com Manuel Alegre não é uma mera luta de galos, mas uma questão muito séria em defesa da saúde dos portugueses.
A meu ver, defender a co-incineração, fora do contexto de um programa de acção em que se fale de como minimizar os resíduos tóxicos, mas também de energias renováveis, reciclagem de águas usadas, regeneração dos cursos de água poluídos, transportes públicos não poluentes, arborização em função da biodiversidade, do bioclima e das necessidades para um desenvolvimento ecologicamente sustentável, é uma posição indigna de um líder que pede, até à exaustão, uma maioria absoluta.

Continue a ler sobre O que é a incineração de resíduos sólidos.

:: enviado por JAM :: 12/20/2004 03:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Coragem Política

Começou a campanha. A co-incineração voltou a estar na ordem do dia. A Quercus pensa que as soluções correctas são... fiquei sem saber ao ouvir o telejornal das 10. Mas uma busca mais cuidada mostra que a Quercus encara como vulgar que 10% dos nossos lixos sejam exportados. Solução típica é varrer o lixo para debaixo do tapete. Longe da vista, longe do coração...

O presidente PPD de Coimbra já afia o dente para a campanha. Lixo industrial perigoso, quanto mais longe melhor, quem sabe se no Alentejo...

Temos que estar preparados, as campanhas são o império da adjectivação de substância quase inexistente.

Somos o país da objecção, na discussão de qualquer que seja o problema, o contributo normal é o de objecções, como se a mente portuguesa estivesse regulada em marcha a ré.

:: enviado por RC :: 12/20/2004 10:08:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Tributo a Carl Sagan

Carl Sagan nasceu em Brooklyn, NY. Doutorou-se em astronomia e astrofísica em 1960, pela Universidade de Chicago. Ensinou na Universidade de Harvard desde 1960 até ir para Cornell, em 1968, onde esteve até aos seus últimos dias. Morreu, aos 62 anos, em 20 de Dezembro de 1996.
Carl Sagan chefiou expedições das sondas americanas Mariner e Viking, e tornou-se conhecido em todo o mundo graças à série televisiva “Cosmos” e ao livro do mesmo nome. Em Portugal teve o feliz efeito de desbravar o terreno da divulgação científica. A colecção “Ciência Aberta”, da Gradiva, cresceu sobre o signo de Carl Sagan e muitos foram os jovens que decidiram ingressar em cursos superiores de ciências por sua influência.
Considerado o maior divulgador da ciência que o mundo já conheceu, Carl Sagan foi sempre um admirador da astronomia. Realizou trabalhos sobre o aparecimento das primeiras formas de vida na Terra. Foi ele quem primeiro demonstrou, através de um estudo de Vénus, as terríveis consequências do efeito de estufa na atmosfera. Mas, a questão que atravessou a sua carreira científica foi a de saber se existe vida no universo para além da Terra. Encontrar uma qualquer forma primitiva de vida microscópica em Vénus ou Marte ou noutro planeta é imensamente importante, pois será a demonstração cabal de que a vida é um produto das leis da natureza, que acontece quando se reúnem certas condições, e não a expressão da vontade ou do desígnio de uma divindade.
Ninguém jamais conseguiu transmitir a admiração, a emoção e a alegria da ciência a tanta gente como Carl Sagan. A sua capacidade de cativar a imaginação de milhões e de explicar conceitos difíceis em termos compreensíveis por todos foi uma realização que coloca definitivamente Sagan na memória do planeta Terra.

Leia também esta homenagem ao homem que com sabedoria, conhecimento, dedicação e esperança, nos levou numa viagem até às infinitas maravilhas do cosmos.

:: enviado por JAM :: 12/20/2004 01:43:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

domingo, dezembro 19, 2004

Humor Britante

Jesus Cristo nasceu em Belém no mês de Dezembro e foi crucificado.
Santana Lopes foi a Belém em Dezembro e voltou demitido.
O Benfica foi a Belém em Dezembro e levou 4-1.

Moral da História:
Não se aconselha ninguém a ir a Belém em Dezembro.
(da NET)

:: enviado por RC :: 12/19/2004 08:34:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Da incubadora para a ambulância

Não se deve disparar para uma ambulância. Este Governo está a caminho do hospital para ser reparado.

:: enviado por JAM :: 12/19/2004 02:19:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Não há fome que não dê em fartura

Como aqui mostrámos, findo o tabu dos concursos de beleza e da rejeição dos simbolos da decadência da sociedade capitalista, a China tomou o gosto pelos desfiles de misses, ao ponto de (pasmem!) organizar o primeiro concurso de Miss Beleza Artificial. A ideia da competição surgiu depois de uma candidata ao título de Miss China, em Maio, ter sido desclassificada quando se descobriu que tinha gasto 13 mil dólares em cirurgias plásticas.
Depois de eleita Miss Beleza Artificial, Feng Qian teve que agradecer aos médicos as quatro operações plásticas a que foi submetida: uma que adicionou mais pele às suas pálpebras, uma lipoaspiração, novas bochechas e botox nos músculos da face. Todas as candidatas tiveram que apresentar provas em como tinham sido submetidas a intervenções cirúrgicas.

Leia mais aqui.

:: enviado por JAM :: 12/19/2004 01:35:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Beckham não é S. José

Face à reacção da Igreja e do público, o Madame Tussauds retirou a cena de exibição.

Leia mais >>>

:: enviado por RC :: 12/19/2004 10:54:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Começou a campanha eleitoral no Iraque

© REUTERS / Namir Noor-eldeen / CHINAdaily


:: enviado por JAM :: 12/19/2004 01:27:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sábado, dezembro 18, 2004

Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti

Jerónimo de Sousa afirmou hoje que só depois das eleições o seu partido irá pensar sobre uma possível participação numa solução governativa liderada pelo PS.

:: enviado por JAM :: 12/18/2004 10:13:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Clima de ficção anima a campanha

A propósito da coligação pré ou pós eleitoral entre PSD e PP, há uma teoria, posta a circular pelo PP, segundo a qual, pela primeira vez na História do pós 25 de Abril, poderemos vir a ter um primeiro ministro vindo de um partido que não será o mais votado. Esta teoria parte do pressuposto que o PS terá seguramente a maioria, mas poderá não ter a maioria absoluta. Nesta circunstância, deverá ter dificuldades em conseguir um apoio maioritário no Parlamento. Vai daí, qualquer tentativa para formar governo seria objecto de chumbo pela maioria dos deputados, obrigando Sampaio a convidar o líder do segundo partido mais votado para formar governo. Entraria então em acção a coligação pós eleitoral PSD/PP, maioritária, que viabilizaria a eleição de Santana Lopes para primeiro ministro.
Se pensarmos em Júlio Verne, não é a primeira vez que cenários de ficção científica se concretizam na realidade, mas não me parece que este romance de Paulo Portas tenha grandes chances de atingir essa glória.
Se o PP me parece um partido unido, a conjuntura interna do PSD é de profunda divisão. Apesar do pacto de não agressão assinado entre os dois partidos da direita, não me parece impossível que algumas figuras de proa do PSD, ou até mesmo o próprio Santana Lopes, façam apelo ao voto útil, o que poderá custar a humilhação eleitoral do PP. Santana situa-se na ala mais à direita do PSD e mais próximo de muitos simpatizantes do CDS do que de muitos militantes do seu próprio partido. O pacto de cavalheiros foi assinado entre Portas e Santana, não entre PP e PSD e, se nos lembrarmos da forma como caiu Marcelo do pedestal do PSD, por causa duma aliança com Portas, concluiremos que este pacto de não agressão não vai ter pernas para andar, a menos que caminhemos para uma fusão entre os dois partidos.
Em 2002 os portugueses sancionaram o PS pelos erros cometidos, e é bom que os socialistas não se esqueçam da lição. Não há razões para pensarmos que, três anos depois, o povo não vai voltar a agir da mesma forma. Com ou sem maioria absoluta, não é o PS quem vai ganhar. É o PSD/PP quem vai perder.

:: enviado por JAM :: 12/18/2004 04:41:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Palmatoadas

O Tribunal Constitucional (TC) chumbou a proposta de pergunta para o referendo à Constituição Europeia. O colectivo de juízes do Palácio Ratton decidiu dar um parecer negativo à questão aprovada pela Assembleia da República. [Diário Digital]

Lembremos a pergunta:
«Concorda com a Carta dos Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?»

Uma tal pergunta, aprovada pela maioria inqualificada do CDS/PP e PPD/PSD, implica a leitura de múltiplos documentos. Não sendo advogado como grande número dos digníssimos deputados da nação azul e laranja, tentei obter online os documentos necessários à compreensão da pergunta:

1. Carta dos Direitos Fundamentais [22 páginas]
2. Projecto de Tratado [263 páginas]
3. Constituição Portuguesa [60 páginas]

Foram precisos treze juízes para chumbar 230 deputados na sua capacidade de redacção. Anda muito por baixo a nossa literacia. Pensava eu na minha inocência que, para se ser deputado, era preciso saber ler e escrever. Umas boas palmatoadas era o que os meninos mereciam...

:: enviado por RC :: 12/18/2004 11:23:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Mais valem umas dorzitas



Mais valem umas dorzitas, é o que se deduz da recente descoberta de que o anti-inflamatório Celebrex seria responsável por um aumento significativo de problemas cardíacos entre os que tomam esta droga. São os mesmos efeitos secundários que levaram à retirada do mercado do Vioxx. Por enquanto a Pfizer Inc. não tenciona retirar este medicamento do mercado.


:: enviado por RC :: 12/18/2004 11:09:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Tanta esperança para nada

O chefe do gabinete de coordenação das questões humanitárias das Nações Unidas, Jan Egeland, anunciou que a organização porá termo às operações humanitárias na região do Darfur, se os ataques contra os seus funcionários continuarem. Estas declarações foram feitas na sequência da morte de dois enviados da organização não governamental britânica Save the Children, por rebeldes do Exército de Libertação do Sudão.
Mas, os combates parecem estar bem longe de se terminarem, segundo o comandante da força de paz da União Africana (UA) na área. A quantidade de armas e munições que chegaram ao Darfur nas últimas duas semanas, juntamente com o número de militares e paramilitares enviados ontem para a região, não vai poder evitar o que Festus Okonkwo comparou a uma bomba de relógio prestes a explodir.
As recentes conversações em Abuja, capital da Nigéria, entre as duas partes fracassaram e todos os ultimatos da UA e da ONU continuam a cair em saco roto.

Leia também Sementes de esperança no Darfur.

:: enviado por JAM :: 12/18/2004 01:31:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Dinheiro real, ilha virtual




Um jogador australiano de 22 anos acaba de comprar uma ilha no jogo online Project Entropia. Os 26500 dólares não eram virtuais. Há de tudo...



:: enviado por RC :: 12/17/2004 09:34:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Está dado o mote para a campanha

Ouvi hoje, no jornal da tarde, Paulo Portas a dizer: Se eu fosse ao Eng. Sócrates, preocupava-me mais em dizer ao país o que quer, e talvez fosse um bocadinho menos triunfalista. Portas pode ser um péssimo marinheiro de água doce, no governo, mas é um óptimo lobo do mar, em campanhas eleitorais, e vai saber explorar ao milímetro as lacunas do discurso do líder socialista. Os seus argumentos são irrefutáveis quando afirma que uma campanha deve ser baseada nos quadros e nas medidas concretas, que os portugueses possam ajuizar.
Sócrates tem passado o tempo a dizer: Dêem-me a maioria absoluta. Quero uma maioria absoluta. Ora, neste aspecto, a adesão política é como o amor: não se pede, conquista-se! Aos portugueses não basta saber que qualquer governo do PS é sempre melhor do que o melhor de qualquer governo de Santana. É verdade, mas não chega.
Sócrates, até agora, só soube dizer mal do governo. Na sua ânsia de dizer sistematicamente mal, até quando se discutia a redução do IRS, esteve contra, sem nenhuma necessidade, pois ninguém acredita que na prática essa redução se pudesse vir a concretizar.
Se quiser alcançar a sua tão almejada maioria absoluta, Sócrates vai ter que começar a dizer o que quer e com quem vai trabalhar. E se isso parece fácil de dizer, é muito mais difícil de fazer, num partido em que os boys se acotovelam já na grelha de partida e o programa de acção tarda em surgir da cartola de um Vitorino, erigido à mista condição de mágico e de D. Sebastião salvador dum PS sem rumo.

:: enviado por JAM :: 12/17/2004 06:08:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

O ridículo mata - II

Depois dos chocolates natalícios proibidos por uma escola do Norte de França, foi a vez do reitor do liceu Van Dongen, em Lagny-sur-Marne, não muito longe de Paris, mandar retirar a árvore de Natal instalada na entrada do liceu, a pedido de um grupo de alunos, ao abrigo da lei sobre a laicidade nas escolas. A árvore de Natal, de quase dois metros de altura, foi retirada perante a incompreensão dos alunos que tinham contribuído para a sua decoração.
Perante as contestações, argumentando que a árvore de Natal não tem nada a ver com religião, que não passa de um símbolo festivo e, como tal, é bem mais antiga que o cristianismo, o reitor mudou de ideias e voltou a instalar a árvore mas, desta vez, no refeitório, onde só os alunos em regime de semi-internato têm acesso.

Com a polémica instalada, por causa de uma lei tão estúpida, como é que querem que aceitemos os turcos, se já nem os nossos valores tradicionais toleramos?

Leia mais aqui.


:: enviado por JAM :: 12/17/2004 02:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Sifões

Os sifões são uma descoberta antiquíssima e de enorme utilidade. Nas casas de banho impedem que os maus cheiros penetrem na casa. Pena não haver sifões de política...

:: enviado por RC :: 12/17/2004 02:07:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Uma política activa pode salvar vidas

Ainda a propósito de clima e do número crescente das inundações, furacões e ciclones, causados pelas variações climáticas que devastam cada vez mais regiões do mundo, a percepção das pessoas, incluindo os políticos, é crer que nada se pode fazer contra os desígnios da natureza. A realidade é bem diferente: se, de facto, não se pode fazer nada para impedir as catástrofes, pode-se no entanto proteger eficazmente as populações.
Tomemos, por exemplo, o furacão que fez recentemente cerca de três mil vitimas mortais no Haiti. O mesmo furacão atravessou Cuba com a mesma intensidade e o número de mortos contam-se pelos dedos duma só mão. Porquê? Porque o Haiti tem sido sujeito a uma intensa desflorestação que enfraqueceu consideravelmente as resistências que o ecossistema teria proporcionado. Para além disso, as autoridades não puseram em prática nenhuma política de protecção civil. Em contrapartida, em Cuba, as autoridades não hesitaram em deslocar centenas de milhares de pessoas, juntamente com os seus bens mais preciosos e os seus animais, para as pôr em abrigo seguro. Em três dias conseguiram deslocar cerca de 800 mil pessoas!
Também em política, mais vale prevenir que remediar.

:: enviado por JAM :: 12/17/2004 01:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Nasceu mais um tabu

A partir de ontem temos mais um tabu na vida politica portuguesa. Pinto da Costa declarou guerra a Rui Rio e deixa no ar a ameaça de ser candidato à Câmara do Porto.
Goste-se ou não de Rui Rio, temos que lhe reconhecer o mérito de tentar separar a politica do futebol. Sabemos como funciona: a Câmara oferece uns terrenos ao clube (ou subsidios, ou isenções), o clube compra jogadores, ganha uns jogos e, em troca, o presidente aparece nas fotografias. O povo gosta, aplaude e vota no presidente.
Rui Rio não quis ir por aí e penso que fez bem. Vai, provavelmente paga-lo caro. Se o Porto se quer afirmar como uma grande cidade e o centro de uma grande região não pode depender só dos resultados de um clube de futebol por muito importante que este seja. Barcelona (para dar só um exemplo) é muito mais que um clube, mesmo se o clube também faz parte da identidade da cidade.
Claro que estou consciente da importância do futebol para os portugueses (estou mesmo em crer que a depressão colectiva do país também tem que ver com o futebol rasca do Benfica, mas isso fica para outro dia) mas será que ter um clube campeão europeu e mundial implica que toda a colectividade tenha que o pagar?
Entretanto Pinto da Costa vai continuar a ameaçar ser candidato à Câmara do Porto. A ameaça tem funcionado no passado e, provavelmente, vai continuar a funcionar. Não creio que o concretize. Ou talvez sim. No fundo dá tanto jeito ser eleito pelo povo quando se tem problemas com a justiça ...
A coisa promete.

:: enviado por U18 Team :: 12/17/2004 10:06:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

O quarto ano mais quente

O ano de 2004 foi um dos quarto mais quentes da história do planeta, refere um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), apresentado esta quarta-feira em Buenos Aires. A temperatura mundial média foi 0,44 °C superior aos 14 °C medidos entre 1961 e 1990. O último mês de Outubro foi o mais quente alguma vez registado no mundo.
As variações climáticas registadas tiveram um importante custo humano desde as secas prolongadas em Moçambique, Lesoto ou Quénia, que reduziu a produção alimentar de 40%, às inundações na Índia, no Nepal e no Bangladesh, que mataram 1.800 pessoas e deixaram milhões na miséria. Na China, as enxurradas provocadas pelas inundações fizeram mais de mil mortos e nas Caraíbas e Filipinas os furacões fizeram mais de 6 mil vítimas mortais.
Apenas uma nota positiva referente ao buraco do ozono, que tem o melhor registo dos últimos dez anos.

:: enviado por JAM :: 12/17/2004 02:18:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Também quero

Vendam-me as vossas casas e depois paguem-me uma renda que me reembolse.... com juros.
O quê? Ainda hoje de manhã tínhamos fechado negócio e já voltaste atrás? Um aperto de mão já não é o que era...

"Na prática, o Ministério das Finanças obtém um empréstimo em troca da cedência temporária de edifícios do Estado, pelos quais os serviços terão de pagar uma renda mensal."


Está a saque.

:: enviado por RC :: 12/17/2004 02:00:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, dezembro 16, 2004

História duma salada de tomate

Já que aqui falámos em tomates, vou contar-vos a história de uma salada de tomate.

A história dos tomates começa no México, sobre um terreno comprado por uma companhia americana. As sementes são híbridas, criadas graças aos subsídios pagos pelos contribuintes americanos, para apoiar a investigação. A terra em questão foi previamente sulfatada com metil-brometo, 120 vezes mais destruidor da camada de ozono que o CFC-111, e depois foi tratada com pesticidas, distribuídos pela Monsanto, um dos maiores poluidores do Estados Unidos, e não só. Os resíduos da produção destes pesticidas são transportados, por barco, para a maior lixeira tóxica do mundo em Emelle, no Alabama, onde a maior parte da população vive na pobreza.
Os trabalhadores mexicanos não usam luvas de protecção nem mascaras, que os protejam dos pesticidas, como mandam as normas de segurança. Ganham dois dólares e meio por dia, sem qualquer direito à segurança social.
Depois de colhidos, os tomates são embalados em plástico, sobre pequenos tabuleiros de plástico, e depois em embalagens de cartão. Estas embalagens foram fabricadas por uma companhia do Texas, cujos trabalhadores estão expostos a riscos crescentes de cancro e enfraquecimento do sistema imunitário, devido à exposição a fortes doses de dioxinas. As fibras de cartão provêm de velhas árvores, com mais de 300 anos, da Colômbia Britânica, no Canadá. O cartão é fabricado na região dos Grandes Lagos, cujo peixe os habitantes locais são desaconselhados de consumir, pois estão também poluídos com as dioxinas. O cartão segue depois, por via marítima, para o México.
Uma vez dentro das caixas de cartão, os tomates, avermelhados à base de éter, insípidos e sem valor nutritivo, são expedidos em camiões frigoríficos para o Canadá. Estes camiões estão equipados com sistemas de refrigeração à base de CFC, produzido pela Du Pont. Chegados ao destino, as embalagens de plástico vão para o lixo, que é recolhido e enviado para os Estados Unidos, onde é queimado numa incineradora em Detroit.
São precisos combustíveis para assegurar todas estas viagens, que contribuem para o aquecimento do clima. O petróleo é extraído no Golfo Campeche no México ou nos campos do Texas (quando não vem do Iraque) e enviado para as refinarias da costa dos Estados Unidos, que são, só por si, responsáveis pela morte ecológica da região. O petróleo refinado é depois redistribuído aos fabricantes de plástico, de pesticidas, de embalagens e de veículos, que tornam possível o transporte dos famosos tomates a cerca de 3 mil quilómetros de distância.

Bem-vindo à América do Norte. A sua salada de tomate está pronta. Bom apetite!

:: enviado por JAM :: 12/16/2004 02:32:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Philip K. Dick

Reality is that which, when you stop believing in it, doesn't go away.” – PKD


Faz hoje anos que nasceu um dos maiores escritores de ficção cientifica. Para alguns - entre os quais humildemente me incluo - um dos maiores escritores de sempre, injustamente acantonado num género literário de menor prestigio.
Obsessivo, paranóico, contraditório, meio louco? Talvez. Genial? Seguramente.
Philip K. Dick nasceu em Chicago a 16 de Dezembro de 1928 e morreu em 1982. Bastante desconhecido do grande publico, PKD escreveu cerca de 45 novelas e mais de duas centenas de pequenas histórias. Mesmo aqueles que não o conhecem terão certamente visto, e apreciado, algum filme baseado na sua obra. Desde o famoso Blade Runner (baseado no livro Do Androids dream of electric sheep?) até ao “Pago para esquecer” (Paycheck no original. Mais uma tradução infeliz) passando pelo Relatório Minoritário (uma deliciosa “short story” bastante maltratada pelo Spielberg) e Desafio Total (Total Recall no original, baseado no livro We Can Remember It For You Wholesale).
PDK foi um escritor sem igual pela sua originalidade. Viveu e escreveu obcecado pela percepção da realidade e pela essência do que é a humanidade. Apesar de ter escrito algumas obras menores (em puro estilo marcianos vs terrestres) forçado pela básica necessidade da sobrevivência económica, a maior parte da sua obra ultrapassa largamente os estreitos limites da ficção cientifica para nos interrogar sobre filosofia, sociologia e religião.
Porque a maneira como imaginamos o futuro diz muito sobre o modo como vemos e vivemos o presente, aqui fica uma pequena lista, totalmente subjectiva, dos 5 livros fundamentais de PDK:

- The Man in the High Castle/O Homem do Castelo Alto – Editora: Livros do Brasil
- VALIS/O Mistério de Valis - Livros do Brasil
- Ubik/Ubik Entre Dois Mundos - Presença
- The Three Stigmata of Palmer Eldritch/Os Três Estigmas de Palmer Eldritch : Livros do Brasil
- Flow My Tears, The Policeman Said/Vazio Infinito – Europa-América


"The basic tool for the manipulation of reality is the manipulation of words. If you can control the meaning of words, you can control the people who must use the words."
-- Em How to Build A Universe That Won’t Fall Apart in Two Days

This, to me, is the ultimately heroic trait of ordinary people; they say no to the tyrant and they calmly take the consequences of this resistance.” PKD


:: enviado por U18 Team :: 12/16/2004 09:05:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Há milionários com tomates

O milionário Jimmy Walter já gastou mais de três milhões de dólares para promover uma teoria conspiratória segundo a qual os atentados de 11 de setembro de 2001 foram “um trabalho interno”. Em Janeiro, vai lançar um concurso nacional, aberto a alunos dos liceus e universidades, em busca de teorias alternativas a respeito do motivo da queda das torres gémeas. A melhor teoria receberá dez mil dólares e haverá prémios de mil dólares para os cem finalistas. Uma comissão de engenheiros vai avaliar os trabalhos enviados pelos estudantes e o resultado sairá em Junho.
Está ainda previsto um prémio de 100 mil dólares para o estudante de engenharia que conseguir provar que os prédios do World Trade Center desabaram da forma como diz o governo.
Afirmando-se um patriota que luta contra os verdadeiros traidores que estão a destruir a democracia americana, Walter garante que havia explosivos colocados nas torres gémeas, o que teria sido a causa do desabamento, e também nega a versão oficial de que o Pentágono teria sido parcialmente destruído.

Leia mais aqui.

:: enviado por JAM :: 12/16/2004 02:02:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

No mês dos 150 anos - V

"Então o quê? Não concebem um secretário de Estado filósofo, um ministro poeta, escritor elegante, cheio de graça e de talento? Não, bem vejo que não: têm a idéia fixa de que um ministro de Estado há de ser por força algum sensaborão, malcriado e petulante."



:: enviado por RC :: 12/16/2004 01:59:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Como dizer « nim » à Turquia

A Turquia tem a infelicidade de querer entrar no clube VIP, maioritariamente cristão, da União Europeia, numa altura em que os europeus assistem ao falhanço duma sociedade multicultural no seu território. Se os dirigentes europeus vão certamente dizer “sim” à Turquia, nas reuniões de hoje e amanhã em Bruxelas, será um “sim” reticente, que reflecte as reticências dum número crescente dos seus cidadãos. Que o digam os holandeses onde o fenómeno é mais perceptível, sobretudo após o assassinato do realizador Theo Van Gogh.
Em França, onde a hostilidade da população em relação à adesão da Turquia tem provocado acesos debates, com argumentos que vão desde a diluição da essência da União Europeia até à, pouco disfarçada, islamofobia, o Presidente Jacques Chirac falou ao país no telejornal desta noite, para dizer aos franceses que encetar negociações com a Turquia não implica necessariamente chegar a um resultado positivo e que, por um lado, a Turquia vai ter ainda um longo caminho de reformas a percorrer e, por outro, a UE poderá a todo o momento interromper as negociações.
71% dos membros do partido no poder, UMP, são contra a adesão, entre os quais o ambiciosíssimo presidente do partido, Nicolas Sarkozy, mais que provável candidato à sucessão de Chirac. À esquerda, 61% dos eleitores estão contra a entrada da Turquia na UE. Jacques Chirac viu-se assim obrigado a vir à televisão, antes de partir para Bruxelas, explicar aos franceses que compreende as suas preocupações, mas no fundo vai ser obrigado a optar pelo “sim”, para não ter que gerar animosidade com os seus parceiros europeus e fragilizar ainda mais a influência francesa na União Europeia.

:: enviado por JAM :: 12/16/2004 01:06:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quarta-feira, dezembro 15, 2004

David Blunkett

Demitiu-se o Ministro do Interior britânico.
Terá usado a sua influência para facilitar a obtenção de autorização de residência para uma amiga.

Example

Note-se que não lhe arranjou emprego, não a fez assessora, não a nomeou para nenhuma empresa pública, não a informou de boas oportunidades de negócio, não a promoveu, ...

Leia-se a notícia e ver-se-á que estamos a anos luz.

:: enviado por RC :: 12/15/2004 08:21:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

No mês dos 150 anos - IV

"Mal do governo que deixar comer mais aos barões."

Almeida Garret

:: enviado por RC :: 12/15/2004 06:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

No mês dos 150 anos - III

"Mas esta Nínive não foi destruída, esta Pompéia não foi submergida por nenhuma catástrofe grandiosa. O povo, de cuja história ela é o livro, ainda existe; mas esse povo caiu em infância, deram-lhe o livro para brincar, rasgou-o mutilou-o, arrancou-lhe folha a folha, e fez papagaios e bonecas, fez carapuços com elas.
Não se descreve por outro modo o que esta gente chamada governo, chamada administração, esta fazendo e deixando fazer há mais de século em Santarém.
As ruínas do tempo são tristes mas belas, as que as revoluções trazem ficam marcadas com o cunho solene da história. Mas as brutas degradações e as mais brutas reparações da ignorância, os mesquinhos concertos da arte parasita, esses profanam, tiram todo o prestígio."


Almeida Garret

:: enviado por RC :: 12/15/2004 06:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

No mês dos 150 anos - I

"[...] livrar a gente de um governo de patuscos, que é o mais odioso e engulhoso dos governos possíveis."

Almeida Garret

:: enviado por RC :: 12/15/2004 06:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

No mês dos 150 anos - II

“Fujamos depressa deste monturo.” [Garrett]

Almeida Garret


:: enviado por RC :: 12/15/2004 06:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quando a Natureza nos capricha

Felizes somos
enquanto, ainda assim
e apesar de tudo,
nos podermos ir deliciando
com espectáculos como
o que procurei capturar
com a minha mais humilde
câmara fotográfica...



... e uma boa dose de frio!

:: enviado por JS :: 12/15/2004 05:01:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::