BRITEIROS: julho 2005 <$BlogRSDUrl$>








domingo, julho 31, 2005

Wim Duisenberg

Foi encontrado morto na piscina da sua casa no Sul de França. Morreu o pai do €.

:: enviado por RC :: 7/31/2005 07:05:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Arte num dia de Verão

O museu Leopold de Viena oferece, às sextas-feiras, uma entrada gratuita a todos os visitantes que se apresentem nus ou em fato de banho.
Inaugurada em meados de Maio, e patente até 22 de Agosto, a exposição “A Verdade Nua” junta, pela primeira vez na Áustria, as obras mais cruas dos pintores Klimt, Schiele e Kokoschka, que fizeram escândalo no início do séc. XX, com as suas representações, sem tabus, da sexualidade. Com 70 mil visitantes, até agora, a exposição já ultrapassou todas as expectativas de afluência e tenta agora esta novidade ousada e fresca.

:: enviado por JAM :: 7/31/2005 12:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, julho 30, 2005

Manuel Alegre

«Um homem não se rende, seria aliás uma grande falta de educação.»

Com o recrudescimento do sebastianismo, nada vem mais a propósito:

Abaixo el-rei Sebastião

É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.

Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão
a terra da aventura.

Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.

Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.

Manuel Alegre

:: enviado por RC :: 7/30/2005 08:24:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Dar esperma, mas a quem ?

Uma nova lei, na Suécia, dá a todos os casais de lésbicas o direito à fecundação assistida. Só que, como os dadores do esperma congelado obtido antes da promulgação da lei só se pronunciaram pela inseminação de mulheres heterossexuais, as lésbicas não poderão beneficiar dele. Os hospitais deverão agora ou contactar de novo esses dadores ou então criar novos bancos de esperma.
As perspectivas das administrações hospitalares não são nada animadoras e prevêem uma baixa significativa do número de dadores, ou um aumento dos dadores homossexuais. Não se sabe quantos dadores de esperma existem na Suécia, pois os registos hospitalares são protegidos pelo segredo médico, mas os médicos são unânimes: há falta de dadores. Com o aumento dos pedidos de fecundação in vitro, os casais vão ter que esperar muito mais tempo para serem tratados.
Independentemente do debate de se saber a quem deverá ser dada a prioridade, se às pacientes inférteis ou às mulheres de perfeita saúde que podem procriar normalmente, o certo é que tradicionalmente o objectivo dos dadores é ajudar os casais heterossexuais que não podem ter filhos. Por isso, vai ser certamente muito difícil convencer esses mesmos dadores a darem esperma às mulheres lésbicas.

:: enviado por JAM :: 7/30/2005 12:14:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

sexta-feira, julho 29, 2005

Um ano de cada vez...

Deveria ser um aniversário de alegria. Em pleno governo de Santana Lopes nasceu o Briteiros, britante, britador, martelo pneumático, jornal de parede, desabafo. Não podemos saber quantos nos leram pois existe este mistério que faz com que cada contador dê um número ligeiramente diferente. Talvez trinta e cinco mil visitas, muitas nossas, fazem com que tenha valido a pena. Mas acima de tudo foi um desabafo. E os desabafos ainda não acabaram.

Não acabaram, mas pagam-se.
Como dizia Oscar Wilde: A little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal.

É bem verdade!

Leio com tristeza que vão fechar o Comércio do Porto e A Capital. O Comércio do Porto é só o mais antigo de Portugal continental. É o que dá receber as pesetas...

Um abraço para todos os Briteiros e para todos os que nos ajudaram a manter este espaço de liberdade. Boas férias que o Outono vai precisar de todos nós em forma...

:: enviado por RC :: 7/29/2005 07:00:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Pornografia da pobreza

Se tivéssemos que tirar uma lição da fome na Etiópia, de 1985, seria certamente esta: o mundo deveria prestar mais atenção aos pedidos de auxílio e reagir imediatamente. James Morris, Director-Geral do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, denuncia a situação no Níger, no diário The Guardian. Desde Novembro do ano passado, os pedidos de auxílio foram lançados em relação à grave situação em que o país se encontra, mas o mundo não reagiu. Hoje, as máquinas fotográficas estão focadas sobre os corpos nus e desproporcionados das crianças do Níger.
Perante essas cenas eventualmente chocantes, as ajudas aumentaram por fim, mas o facto de o mundo só se comover com este tipo de imagens, que mostram o sofrimento, não é nenhum motivo de regozijo. Por outro lado, se a Grã-Bretanha milita a favor da anulação da dívida africana, do que o Níger precisa é de alimentos; a anulação da dívida não representa nada para uma criança a morrer de fome.
Para além da situação dramática no Níger, sérios problemas surgem igualmente no Sudão, na Etiópia e na Eritreia. Mesmo na África do Sul, até ao final do ano, sete a dez milhões de pessoas serão atingidas por graves problemas de má nutrição. Não nos espantemos pois se, dentro de alguns meses, os jornalistas começarem a apontar as objectivas sobre esses países e praticar aquilo que Sir Bob Geldof apelidou de “pornografia da pobreza” em África.

:: enviado por JAM :: 7/29/2005 04:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Alexis de Tocqueville

Para além de ser o nosso primeiro aniversário, celebram-se também hoje os duzentos anos do nascimento do político e historiador, Alexis de Tocqueville (1805-1879), um dos mais impressionantes decifradores do futuro que conheceu a França do séc. XIX.
Nomeado juiz de Versailles, num país em plena reforma depois da Revolução de 1789, Tocqueville foi enviado aos Estados Unidos, numa viagem atribulada que durou de Maio de 1831 a Fevereiro de 1832, para estudar o sistema prisional americano e utilizá-lo como modelo inspirador do novo sistema francês.
Dessa viagem nasceu a obra, “De la Démocratie en Amérique”, que deu a glória a Alexis de Tocqueville e o tornou um dos mais jovens membros da “Académie Française”.

Deixo-vos aqui um excerto dessa obra, a propósito da sua visão – na primeira metade do séc. XIX – do que viram a ser os Estados Unidos e a Rússia.

:: enviado por JAM :: 7/29/2005 12:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Já passou um ano!

Por feliz coincidência, acabo de entrar em Portugal, pela nossa mais famosa fronteira terrestre, no preciso momento do primeiro soprar de velas do Briteiros.
Sobre o tema da fronteira terrestre não me queria alongar, por agora, e diria apenas que continuo a lastimar o velho IP5, que em vinte anos de entradas e saídas, tarda em mostrar o que vale, em perfeito contraste com o avanço impressionante das scuts espanholas que ligam a fronteira portuguesa à francesa. Bem se vê que os nossos políticos, quando vão ao estrangeiro, não vão por estrada...
Mas, dizia eu, faz hoje um ano que o Briteiros (que tanto tem contribuído para manter perto do coração este País longe da vista) surgiu na Blogosfera, com um primeiro post, sem título, com apenas duas frases:
Trinta e sete mil hectares de floresta ardida...
Ainda falta muito?


Infelizmente, seria utópico imaginarmos que, um ano depois, a situação não se repetiria ou simplesmente que o flagelo dos fogos florestais iria diminuir. Como no ano passado, os meios de combate continuam a ser insuficientes e as corporações de bombeiros continuam a não ter descanso. Enquanto houver floresta para arder, habituámo-nos a ver os fogos do Verão como uma coisa banal ou como uma mera catástrofe natural impossível de evitar.
O fogo é um excelente aliado dos madeireiros que encontram na floresta chamuscada a sua época de saldos, dos negociantes de produtos ignífugos e de equipamentos de combate aos incêndios cujo negócio continua de vento em popa, das empresas de reflorestação que intensificam a sua actividade depois dos incêndios.
Por isso, se de um ano para o outro, se tivesse feito o necessário ordenamento florestal, a limpeza dos matos ou a abertura de corta-fogos, o país seria certamente menos assolado pelos incêndios, mas provavelmente seria também uma infelicidade para muita gente.
Por isso, assistimos todos os anos aos dementes do costume que não deixam de aparecer para assegurar a inevitabilidade dos fogos florestais.

:: enviado por JAM :: 7/29/2005 12:51:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, julho 28, 2005

IRA - O fim do terrorismo?

Três mil seiscentos e trinta e sete mortos (de 1969 a 1999) depois do início, há quase trinta anos, de terrorismo, o IRA anunciou a sua intenção de abandonar a luta armada.
Acho bem!

:: enviado por RC :: 7/28/2005 08:28:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Mário Soares

À mesa com Domingos Abrantes

Mário Soares almoçou na terça-feira num restaurante de Lisboa com Domingos Abrantes, um dos mais influentes membros do Comité Central do PCP. ......... >>>>>

:: enviado por RC :: 7/28/2005 06:15:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Internacional Educação

Ms.Maria de Lurdes Reis Rodrigues
Minister of Education
Lisbon
Portugal
Email: gme@me.gov.pt

Brussels, 24 June 2005

Dear Minister,

Education International (EI) representing over 29 million teachers and other education workers, through 348 member organizations in 166 countries and territories, has FENPROF and FNE as member organisations.

EI is following the arguments with concern, used by your Minister to question the right to strike in the education sector.

Over time, the supervisory bodies of the International Labour Organisation (ILO) have brought greater precision to the concept of essential services in the strict sense of the term. In 1983, the Committee of Experts defined such services as “the interruption of which endanger the life, personal safety or health of the whole or part of the population”. This definition was adopted by the Commission on Freedom of Association shortly afterwards. The Committee has specifically excluded the Education sector from the list of essential services where the right to strike may be subject to some restrictions. Therefore the reply from your Government to the joint statement of FNE and FENPROF calling for a strike is not in line with the commitments that Portugal has as an ILO Member State.

Education International urges your Minister to build on its relationship with the education trade unions in an open and democratic social dialogue.

EI expresses its solidarity with Portuguese teachers and education personnel and will continue monitoring the situation.

Yours sincerely,

Fred van Leeuwen
Secretary General

:: enviado por RC :: 7/28/2005 01:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, julho 26, 2005

Nove mulheres desafiam o papa

Ontem, ao largo do Canadá, ao abrigo das águas internacionais do Golfo de Saint-Laurent e na presença de cerca de 200 pessoas, três mulheres “bispos” celebraram a ordenação de duas canadianas e sete americanas, numa cerimónia idêntica à que já tinha acontecido, em Junho de 2002, em Passau, muito perto da aldeia natal do papa Bento XVI.
É muito provável que as novas “padres” sejam excomungadas, tal como tinha sido feito, por ordem do cardeal Ratzinger, em 2002, uma semana depois das ordenações do Danúbio. Por isso mesmo, a curiosidade reside agora em saber qual vai ser a reacção do mesmo Ratzinger, agora que foi eleito papa.

:: enviado por JAM :: 7/26/2005 05:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, julho 25, 2005

A sétima volta de Armstrong

Por falar em Paris, Lance Armstrong lá ganhou, sem surpresa, o Tour de France pela sétima vez. Perante as suspeitas de dopping que se lhe têm colado às rodas, ao longo das suas vitórias, o campeão americano declarou sobre o pódium :
“Fico muito triste pelo facto de vocês não acreditarem em milagres”.


© Desenho de Burki – 24 Heures


:: enviado por JAM :: 7/25/2005 06:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Sugestão para a próxima temporada da Superliga

Já de férias nas areias finas de Paris-plage (ia para escrever Copacabana, mas estão aqui a fazer-me sinal que no sítio onde estamos já é Ipanema) e sem o meu habitual adsl, resolvi procurar um ponto Wi-Fi (gratuito, é claro) para vos dar conta de uma notícia que acabei de ler.

É que, nem só da genialidade de Manu Ginóbili ou da força e de Tim Duncan vive o campeoníssimo da NBA San Antonio Spurs. A equipa vencedora do título da temporada 2004/2005 da Liga de basquetebol norte-americana tem uma arma secreta, que actua como uma autêntica camisola n.° 12 (decotada, é claro). Trata-se das Silver Dancers, as conhecidas animadoras da claque da equipa do Texas, que deixaram os adversários do Detroit Pistons totalmente tontos na grande final.

Pode ser que o Luís Filipe Vieira ou o Dias da Cunha, ou até mesmo o Gilberto Madaíl, nos estejam a ler e queiram aproveitar a ideia para animar a temporada que se aproxima e assim atrair o público que tanto tem faltado nos nossos novos estádios. Para dar ainda mais crédito à nossa sugestão, aqui ficam mais fotos.

:: enviado por JAM :: 7/25/2005 05:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Causa Nossa?

Faz-me falta o Causa Nossa. Eu, que até discordo de muito do que escreve Vital Moreira, porque o Causa Nossa é quase só Vital Moreira, sinto a falta de alguém com quem discordar. Desde quinta-feira passada que nada, nicles.

Devemos estar a entrar em férias ou então numa estranha máquina do tempo que nos leva a tempos antigos.
So...a...res, So...a...res, So...a...res.... é fixe, mas aqui temos uma consequência do adiamento das idades da reforma. Só podemos concluir que as progenituras se têm vindo a degenerar.... Será?

:: enviado por RC :: 7/25/2005 02:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, julho 24, 2005

Surdez que mata?

Tendo lido os comentários à morte de um cidadão brasileiro em Londres fico com a sensação que os ingleses estão a ficar paranóicos e a desculpar um acto absolutamente abuivo por parte da polícia britânica.

Se você é surdo não visite Londres nos tempos mais próximos, pague sempre o bilhete de metro e ande de mangas de camisa ainda que chova ou caia neve... Cinco tiros na cabeça depois do suspeito estar no chão e dominado... É obra!

:: enviado por RC :: 7/24/2005 08:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Zero em matemática e em esperança

Lottery: A tax on people who are bad at math. (da Net)

Informações sobre as probabilidades de ganhar um qualquer loto.
*****
Receita ilíquida apostas € 132.816.216,00
Montante para prémios € 66.408.108,00
(1) Previsão 1º Prémio c / Jackpot € 113.000.000,00
Nº de Bilhetes registados em Portugal 5.385.495
Nº de Combinações registadas em Portugal 15.756.718
Nº de Apostas registadas em Portugal 18.283.655

:: enviado por RC :: 7/24/2005 02:46:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ajudar a desgraça

O pior que pode acontecer-nos quando sobre nós actua uma mão negra, é ter as nossas engessadas. A má sorte pode bater-nos à porta em qualquer altura, mas não vale a pena favorecê-la: ela basta-se de sobra para nos tornar mais infelizes. A falta de previsão e o abandono das acções de vigilância acompanham com frequência as desgraças e talvez por isso se diga que uma desgraça nunca vem só.
Os serviços secretos britânicos, por exemplo, baixaram o nível de alerta antiterrorista, um mês antes dos atentados do 7 - J. A Inteligência mostrou assim a sua estupidez ao reduzir as medidas de segurança, com o argumento que esperava apenas ataques “de baixo nível”. Outro exemplo, a região espanhola de Castilla-La Mancha só pediu ajuda quando soube que havia mortos e que o incêndio podia estender-se a outras regiões.
Há acontecimentos funestos inevitáveis, mas há outros que poderiam ser evitados, ou pelo menos atenuados. Tanto na matança londrina, como na catástrofe de Guadalajara, existiram erros políticos apreciáveis. E, como sempre, depois das desgraças acontecerem, sucedem-se também as explicações. As da Scotland Yard e as do imbecil do churrasco que se declara inocente e que disse que ouviu uma explosão.

:: enviado por JAM :: 7/24/2005 11:27:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

João Carlos de Menezes


"Witnesses said the man jumped the ticket barriers and was chased into the station, where he half-tripped boarding a train. He was allegedly pushed to the floor by armed police, then, according to eyewitnesses, an officer fired five shots into his head."

Não há sombra de dúvida...

:: enviado por RC :: 7/24/2005 01:10:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sábado, julho 23, 2005

Carlos Paredes

Há um ano morria Carlos Paredes.


:: enviado por RC :: 7/23/2005 02:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A seca de passeio

A Sra. Mariann Fischer Boell, dinamarquesa e Comissária Europeia para a Agricultura, veio a Portugal visitar a seca. Deu uma volta de helicóptero, comeu um pêssego e declarou, com outras palavras, que os agricultores portugueses podiam tirar o cavalinho da chuva (passe a expressão) no que toca a ajudas para superar os efeitos da seca.
O que se esqueceu de dizer foi que a UE não está aí para essas coisas das secas. Quando há água a mais nos países da Europa Central, ainda se arranjam umas ajudas. Para água a menos, não está nada previsto.
O que também não teve tempo para dizer foi que a missão da UE – e, logo, da Comissária para a Agricultura – é garantir que o mercado funcione. Não chove em Portugal? Azar dos agricultores. O mercado se encarregará de eliminar os mais fracos. Mais a mais dá um jeitão aos agricultores franceses, alemães e, claro, dinamarqueses, que a Espanha e Portugal não tenham produção agrícola.
Viva a solidariedade europeia.

:: enviado por U18 Team :: 7/23/2005 01:51:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Praia dos tesos

Assim se apelidavam as praias fluviais em que ao longo do rio Tejo se mitigavam calores de quem não tinha com que comprar melões ou estadias na praia. Agora é em Paris que as mais finas praias dos tesos se podem encontrar. Claro que parisienses não chamariam tais e tão vis nomes a nada seu, pelo que são Ipanema, Maracana e Copacabana...

Mil e quinhentas toneladas de areia transformaram as margens do Sena criando dois quilómetros de praia brasileira, é Maomé e a praia...

:: enviado por RC :: 7/23/2005 11:41:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sexta-feira, julho 22, 2005

Miss apátrida


(Clique sobre a imagem para aumentar)

A jovem Tashi Yangchen foi eleita Miss Tibete em Dharamsala, na Índia, onde vive uma numerosa comunidade de tibetanos exilados. Mas o seu título não é reconhecido oficialmente em lado nenhum. Tashi Yangchen não é “tibetana”, também não é chinesa, nem indiana. Os seus documentos de identidade definem-na como “apátrida”, como todos os tibetanos que, não podendo viver no seu país de origem, optaram por viver na Índia, ao lado do seu líder, o Dalaï Lama. A China ocupa as terras do Tibete há mais de cinquenta anos e não reconhece o Tibete como Estado.
Pequim teria proposto a Tashi Yangchen a utilização do título “Miss Tibete-China”, nas competições internacionais, mas a jovem recusou-se a representar outro país que não fosse o seu Tibete: “Fazer política não me interessa; o que eu quero é participar num concurso de beleza em nome do meu povo”.
As pressões diplomáticas da China têm impedido a jovem Miss de tomar parte nos concursos de beleza internacionais, o que, para um povo sem terra como os tibetanos, seria certamente um símbolo.

Leia também Beauty with Brains.

:: enviado por JAM :: 7/22/2005 09:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A cidade do medo


© Desenho de Burki – 24 Heures

A rapidez audaciosa deste segundo ataque terrorista nos transportes públicos londrinos é, no mínimo, chocante e stressante. Mesmo se desta vez a cidade estava mais preparada, em consequência dos avisos das autoridades, Londres já compreendeu que o país tem perante si um inimigo implacável e sem escrúpulos, pronto a atacar tão frequente e cruelmente quanto possível.
A menos que, desta vez, não se trate do mesmo inimigo...

:: enviado por JAM :: 7/22/2005 03:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ouvir os outros

Milionário aos 60

Gostariam de receber 1 milhão de euros aos 60 anos de idade?
Esta aparente lotaria instantânea poderia ser realidade se a parte do salário do trabalhador que financia o actual sistema de Segurança Social fosse investida pelo contribuinte.

Para chegar ao valor acima referido temos de fazer uso de simples fórmulas de Cálculo Financeiro - fáceis de aplicar para quem tem um programa de cálculo como, por exemplo, o Excel.

Pressupostos:
- O contribuinte é um trabalhador dependente com zero número de dependentes
- Segurança Social - Trabalhador: 11% do salário bruto
- Segurança Social - Empresa: 23,75% do salário bruto
- Taxa de Inflação: 0% (maior facilidade de comparação..... leia o resto......>>>>

:: enviado por RC :: 7/22/2005 01:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Bolkenstein


"A Comissão Europeia vai mesmo avançar com a directiva Bolkenstein - que liberaliza o sector dos serviços no espaço comunitário e que, nas vésperas do Conselho Europeu de Março, juntou 60 mil manifestantes em Bruxelas -, no quadro do relançamento da Agenda de Lisboa."

:: enviado por RC :: 7/22/2005 01:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Eles andam à solta

"O caso deste acusado de duplo homicídio volta a pôr em causa o sistema de recursos português. Segundo divulga o jornal, baseando-se em informações da Direcção geral dos Serviços Prisionais, o número de situações em que os arguidos condenados em primeira instância são soltos em consequência do esgotamento do prazo de prisão preventiva está a aumentar em Portugal."

:: enviado por RC :: 7/22/2005 01:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Frei Tomás

Enquanto vamos apertando o cinto e sendo espoliados de direitos, verificamos que muitíssimos dos nossos notáveis valem por três e por quatro. Eles são professores universitários e presidentes disto, vogais daquilo, pensionistas da outra coisa e aposentados de mais alguma. Nem sei como é que com homens de tal valia o país se afunda de dia para dia.

Bem fez o Campos e Cunha, que isto de perder 2/3 da aposentação é duro.
Os outros que fiquem a “chupar num corno”.
(perdão pelo coloquialismo)

:: enviado por RC :: 7/22/2005 12:59:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, julho 21, 2005

Tenha paciência...

"[...] em cima da mesa das negociações está, nomeadamente, a revisão das condições de aposentação dos educadores de infância e professores do primeiro ciclo, que actualmente podem reformar-se com 55 anos e 30 de serviço (ou 52 anos e 32 de serviço).

Estes professores beneficiam de condições especiais de aposentação por não terem uma redução do horário ao longo do tempo de serviço, como acontece com os docentes dos outros níveis de ensino, mas a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues quer agora negociar com os sindicatos o processo de convergência com o regime geral da Administração Pública."

E ainda porque aos 52 anos, pertencendo à mesma carreira, tendo o mesmo estatuto e qualificação que os seus colegas dos outros graus de ensino, já asseguraram aproximadamente 28798 horas de contacto directo com alunos, enquanto, para atingirem esse número, os seus colegas do 2º e 3º ciclos têm que esperar pelos 43 anos de serviço e os do secundário teriam que totalizar 54 anos de trabalho. Não refiro já as condições, miseráveis muitas vezes, em que tiveram que fazer o seu trabalho. O primeiro ciclo é apelidado de "parente pobre", mas na realidade foi o parente deliberadamente privado de tudo. Como decorre dos números, só os dias livres acumulados pelos profs. dos outros graus, a serem compensados os profs do 1º ciclo, representariam aproximadamente 6 anos de bónus a nosso favor... A lista de razões é longa, mas objectiva e comprovável pela mais simples aritmética.

São também estes factos, e não somente os invocados pela Fenprof, que determinam a realidade actual e a natural preocupação e potencial revolta dos professores do 1º ciclo.


:: enviado por RC :: 7/21/2005 09:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A ciência descobre a ressurreição

Graças a uma versão elaborada de hipotermia, os cientistas do Safar conseguiram manter cães num estado de morte clínica, durante três horas, fazendo-os depois voltar à vida. O processo consiste em extrair do animal todo o seu sangue e encher-lhe as veias com uma solução salina e fria, que faz baixar a temperatura do corpo a 7 °C . Três horas mais tarde, o sangue do cão é re-injectado e o animal é reanimado por acção de um ligeiro choque eléctrico. Os cientistas do Safar esperam poder começar as experiências com seres humanos daqui a um ano.
Para já, o objectivo desta técnica é ganhar tempo no caso dos feridos que perderam demasiado sangue em consequência de acidentes ou de tiros, e fazer aumentar as suas possibilidades de sobrevivência durante o transporte ao hospital.
Esta possibilidade de ressuscitar um ser humano tem levantado uma enorme polémica entre os especialistas em questões éticas e espirituais que receiam que a passagem pela morte, ainda que breve, possa implicar a perda da alma ou transformar as pessoas em zombies.
É certo que, cada vez mais, a morte acontece quando o médico diz: “Não se pode fazer mais nada”. Mas também é verdade que, como dizia o filósofo Corliss Lamont, “não pedimos para nascer, e não pedimos para morrer. Porém nascemos e devemos morrer. Passamos a existir e deixamos de existir. E em nenhum dos casos o destino arbitrário aguarda a nossa ratificação do seu decreto”.

:: enviado por JAM :: 7/21/2005 08:59:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A Lua vista pelo Google

Como a vida não é só tristezas, vejam este site da Google e depois maximizem o zoom.

:: enviado por U18 Team :: 7/21/2005 01:03:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, julho 20, 2005

Perguntar não ofende (11)

Reformaram-no outra vez ?

:: enviado por U18 Team :: 7/20/2005 10:44:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Poderá ter sido um erro capital

Uma juiz de Saint Louis, Jennifer Joyce, decidiu reabrir o processo de Larry Griffin, um jovem negro americano condenado à morte pelo assassinato de um traficante de droga, há vinte cinco anos, e que foi executado em 1995. A única prova directa foi uma testemunha (uma só, entre muitas pessoas presentes) que afirmou ter reconhecido o jovem Griffin, numa fotografia que lhe foi mostrada pela polícia, como sendo um dos três assassinos que dispararam do interior de um carro em andamento.
Se a juiz Joyce conseguir demonstrar que Griffin não foi o assassino, será a primeira vez que se demonstra que uma pessoa inocente foi executada, o que não deixará certamente de reacender o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos e será, uma vez mais, questionado o direito que se atribuem os homens de trucidar legalmente os seus semelhantes.
Ou, como dizia Albert Camus: “A pena capital é o mais premeditado dos assassínios”.

:: enviado por JAM :: 7/20/2005 03:44:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, julho 19, 2005

cagandalata!

"Ao longo da vida, não descontamos o suficiente para pagar a nossa própria reforma. Uma conta simples de fazer, se pensarmos que um trabalhador desconta, em média, durante 36 anos e - tendo em conta que a idade de reforma é aos 60 anos e a esperança média de vida ronda os 80 anos. Ou seja, o dinheiro que foi descontado não chegaria para pagar uma reforma durante uma década.

Os 23 por cento pagos pela entidade patronal não são suficientes para financiar durante 20 anos um reformado. Mas «se o valor que descontamos fosse igual ao que recebemos, então, não seria preciso ser o Estado a tratar das reformas, poderia ser uma empresa privada», diz ao PortugalDiário o fiscalista Saldanha Sanches.

Por isso, o que acontece é que os trabalhadores do sector privado «estão a pagar as reformas do sector público e os que ainda estão no activo pagam para os que já estão reformados», explica Saldanha Sanches. Então, «quando o sector privado começa a ter problemas, como está a acontecer agora, é preciso fazer cortes no sector público»."


E eu pergunto como é que o senhor Saldanha Sanches pode explicar alguma coisa a alguém se assenta o que diz num chorrilho de asneiras? Consulte-se o INE, façam-se umas contas, contabilizem-se as omissões, tenha-se em conta que este é um "arrependido" da Revolução Cultural e fica tudo explicado...

1º " um trabalhador desconta, em média, durante 36 anos"
A média de descontos dos trabalhadores abrangidos pela Seg. Social não é de 36 anos. Em contrapartida os trabalhadores da FP não só pagam esses 36 anos como não podem fugir de forma nenhuma aos impostos.

2º “tendo em conta que a idade de reforma é aos 60 anos”
A idade da reforma não é aos 60 anos. Na SS é a partir dos 65 e na FP é a partir dos 60.

3º “esperança média de vida ronda os 80 anos”
Era bom que rondasse, era bom.

4º “Os 23 por cento pagos pela entidade patronal não são suficientes para financiar durante 20 anos um reformado.”

Pois não. Por que é que os ilustres deixam de fora os 11% que cada trabalhador desconta?

5º “os trabalhadores do sector privado «estão a pagar as reformas do sector público e os que ainda estão no activo pagam para os que já estão reformados»,”

Os trabalhadores do sector público pagam exactamente a mesma percentagem do seu ordenado para os seus sistemas de SS que pagam os do sector privado. 10% CGA + 1% ADSE = 11%

Mais, não subdeclaram vencimentos...

:: enviado por RC :: 7/19/2005 08:20:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Somos um GRANDE país

Em Portugal não existem problemas. Só existem grandes problemas e grandes soluções. E, no entanto, quantas vezes grandes problemas não requerem apenas pequenas soluções e grandes soluções não geram mais problemas do que já havia?
[...] Passageiro regular que sou do Alfa, admiro esta nossa capacidade para, em vez do TGV, termos um comboio de alta velocidade a fingir, que circula numa linha antiquada. Mas, as obras na linha feitas nos últimos anos já permitem ao Alfa ir de Lisboa a Coimbra cerca de dez minutos mais depressa do que antes. Mas como o horário não mudou, o comboio, quando se aproxima de Coimbra, começa a circular ao ralenti, para não chegar... adiantado. Isto sim, isto é grande.
[…] sempre que o meu Alfa começa a abrandar, por causa de uma obra que custou milhões e lhe permitiria chegar mais depressa ao destino, e o país perde-se em miragens a alta velocidade [...], torna-se evidente como os nossos futuros megalómanos são inversamente proporcionais à capacidade de resolver pequenos problemas.


Miguel Gaspar, Diário de Notícias

:: enviado por JAM :: 7/19/2005 04:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (9)

Vamos lá às medidas práticas solicitadas pelo JAM.

O primeiro passo é ler o documento relativo a habilitações para a docência. Podemos então compreender a dimensão do problema e as causas profundas dos famosos horários-zero.

Habilitações para a Docencia - Descarregue o Guia

Como é que eu vou explicar a alguém que o mais espantoso professor primário que conheci era professor de química do secundário e que conheci um educador de infância DOUTORADO em psicologia, ainda por cima alemão, para quem DOKTOR quer dizer DOKTOR... Ser professor é ser professor, ponto final. De quê? Daquilo que sejam os seus conhecimentos científicos. Claro que isto era noutro tempo e noutro mundo. A didáctica (os meus amigos que me perdoem a heresia) decorre naturalmente da matéria ensinada. Professor é professor, ponto final.

A outros países basta assim. Nós somos tão puristas e no fim...

:: enviado por RC :: 7/19/2005 02:04:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (8)

Reflectir.

“O Ministério da Educação, etc. é etc. porque não atina com um acrescento para juntar à sua triste "educação". Durante a nossa efémera Primeira República, chamou-se Ministério da Instrução Pública, designação incompatível com o regime totalitário que depois nos coube em sorte. O gesto de lutar-se por uma instrução pública... Que raio de ideia! Esse gesto — talvez a mais positiva das medidas tomadas pelos republicanos de então deve ter constituído um pecado positivista cometido pelos Teófilos e Arriagas, etc. Ensinar o povo a ler — que utopia! Que os regimes totalitários não estivessem interessados na instrução do povo, e antes o pretendessem educar (isto é, conduzi-lo à idolatria do duce que Mussolini quis ser), eis o que logicamente seria de esperar da parte dum poder elitista. O certo é que o salazarismo (um fascismo sem ideologia de massas), apesar de ter transformado os instrutores em educadores, favoreceu mais a instrução primária do que qualquer regime anterior.”

José Martins Garcia, (Quase) Teóricos e Malditos, Lisboa, Salamandra, 1999, pp.42 43

:: enviado por RC :: 7/19/2005 01:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (7)

Para reflectir:

“Todo e qualquer ministério da educação é necessariamente imbecil, pelas razões que passo a sintetizar.
1. A educação só diz respeito à transmissão do saber na medida em que a boa comunicação entre os humanos exige a atenção do receptor enquanto o emissor emite; caso contrário, todos acabam por falar ao mesmo tempo, o que constitui má educação.
2. A educação é um assunto que se resolve positivamente quando o comportamento humano obedece a uma exigência interior; por outras palavras: essa exigência é um imperativo categórico, se calhar tão utópico como o de Immanuel Kant em termos de ética; ou se respeita essa exigência, ou se ignora, ou se ofende; em qualquer dos casos, não pode ser gerida por nenhuma instituição.
3. O latim bacillum significa pau, porrete ou cacete; quem não tinha bacillum era imbecillis, ou seja, nem sequer dispunha dum cacete para se defender; o imbecil é o impotente; qualquer ministério da educação é impotente; e é-o por inerência, uma vez que proibiu o cacete nos domínios da educação; até o insuspeito patriota chamado João de Barros (o quinhentista) sabia que, sem "palmatoreadas", ninguém entendia a origem e a evolução da língua portuguesa; as "palmatoreadas" manteriam toda a actualidade no caso de indivíduos desprovidos da exigência interior apresentada no ponto 2.
Quando afirmo que a legislação oriunda do Ministério da Educação, etc., se caracteriza pela imbecilidade, quero apenas significar que esse ministério produz imbecilidade tão naturalmente como o pilriteiro dá pilritos.”

José Martins Garcia, (Quase) Teóricos e Malditos, Lisboa, Salamandra, 1999, pp. 40-41

:: enviado por RC :: 7/19/2005 01:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A arte da criminalidade criativa

O “scam” é uma nova forma de cibercriminalidade que se desenvolve-se em três fases: primeiro, os “cibercriminosos” procuram recrutar “intermediários” para as suas operações em países onde a utilização da Internet é frequente e banal. Visam a Europa de Leste, Gana, Nigéria, Filipinas, mas também alguns países mais ricos da Europa Ocidental e até os Estados Unidos. Aí põem em linha ofertas de emprego relativamente cativantes para um “trabalho” fácil de realizar.
Numa segunda fase, os “cibercriminosos” praticam o “phishing”, isto é, enviam em massa e ao acaso e-mails cujos endereços foram usurpados no Yahoo, eBay e outros sites do género. Nesses e-mails, pedem aos “clientes” para actualizarem as suas informações pessoais, a pretexto de uma modernização dos sites Internet.
Graças às informações obtidas pelo “phishing”, dá-se início à terceira fase da fraude. Segundo o El País, os “cibercriminosos” podem pôr em prática dois tipos de burlas em menos de oito minutos: o desvio de fundos ou a compra de produtos com cartões de crédito roubados. No caso dos desvios de fundos, o intermediário recebe uma quantia em dinheiro na sua conta. Depois, recebe instruções por e-mail para levantar essa quantia e transferi-la para o estrangeiro através da Western Union. No caso da compra fraudulenta, os produtos são pagos pelos internautas a quem foram roubados os dados, mas o endereço de expedição foi alterado e é o intermediário quem recebe os produtos. Cabe-lhe depois reexpedir a encomenda, sem fazer perguntas.
É evidente que os intermediários são facilmente localizados pelas autoridades, já que as quantias em dinheiro são depositadas nas suas contas e as encomendas enviadas para os seus domicílios. Mas no momento em que os produtos são reenviados para o estrangeiro, perde-se-lhes o rasto.

:: enviado por JAM :: 7/19/2005 11:36:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (6)

Os maus resultados nos exames vão fazer com que jovens que poderiam querer ser bons engenheiros fujam para a área de Humanidades e se transformem em profissionais frustrados ou desempregados. Assim, faltam agentes nas áreas tecnológicas e científicas e sobram nas ciências sociais e humanas. A responsabilidade cabe, segundo Paulo Morais, professor catedrático e um dos responsáveis pela elaboração do Plano de Emergência para o Ensino da Matemática e das Ciências, a maus docentes que quebram a cadeia da aprendizagem. E porque o ensino da Matemática é sequencial, um mau professor pode destruir a vocação de centenas de alunos.

Analistas não nos faltam. São, também eles, vítimas do sistema. Se tivessem tido bons resultados a Matemática, em vez de estarem agora a filosofar sobre o ensino, estariam provavelmente a desenvolver medidas práticas para o tornar mais eficiente.

:: enviado por JAM :: 7/19/2005 10:41:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Ouvir os outros

ACORDO TRIPARTIDO
[814] -- O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, concretizou um acordo tripartido com os patrões e a UGT, que introduz as primeiras alterações ao Código do Trabalho, relativas ao funcionamento da arbitragem na resolução de conflitos negociais.
Trata-se, obviamente, de uma excelente notícia e Vieira da Silva está de parabéns por este êxito negocial.
Dito isto, esperemos que este acordo seja apenas um primeiro passo na flexibilização das relações laborais em Portugal. Medidas como esta não fragilizam os trabalhadores, nem tornam o emprego precário. Pelo contrário. Medidas como esta contribuem para assegurar os postos de trabalho existentes e para criar novas oportunidades de emprego.
A GGTP ficou de fora. Old news.

Mas afinal para que existe a UGT? Aliás nem se compreende que João Proença ainda não seja ministro, depois de o termos ouvido durante todo o dia quinze, na TSF, a criticar a luta dos trabalhadores da função pública, já podemos esperar tudo.

:: enviado por RC :: 7/19/2005 02:28:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, julho 18, 2005

A verdade vem sempre ao de cima

As eleições no Iraque de 30 de Janeiro deram, na altura, uma imagem triunfante da Administração Bush e, ao mesmo tempo, uma lavagem da invasão do Iraque e um espectro de saída para a crise por ela criada. Nesse dia, mais de oito milhões de iraquianos desafiaram as ameaças dos insurgentes e acorreram às urnas para votar. Muitos deles estiveram horas, pacientemente à espera nas filas, sabendo que arriscavam as suas vidas. Imagens de iraquianos sorridentes, acenando com os dedos pintados, evidências de que tinham votado, foram transmitidas através do mundo inteiro.
Anunciados os resultados, ficou no entanto a impressão de que algo teria corrido mal (para os americanos), pois – ao contrário das eleições afegãs onde o aliado dos americanos Hamid Karzai foi eleito sem surpresa e por larga maioria – no Iraque a lista de Iyad Allaoui, que era então o primeiro-ministro interino, apoiado pelos dirigentes norte-americanos, não obteve mais do que o terceiro lugar com menos de 14% dos votos, enquanto a lista do ayatollah Ali Sistani teve uma larga vitória com 48% dos votos.
O New Yorker narra agora os acontecimentos dos bastidores das eleições iraquianas e a forma como a Administração Bush as tentou influenciar, recorrendo a operações clandestinas para impedir uma vitória esmagadora dos xiitas, próximos do Irão. De acordo com antigos e actuais responsáveis do exército e dos serviços secretos, citados pelo artigo, o governo de Bush decidiu intervir secretamente no processo eleitoral iraquiano. Mas algo falhou.
Resultado, o actual Primeiro Ministro iraquiano, Ibrahim Djaafari, esteve no Sábado passado no Irão, na primeira visita desde há décadas de um dirigente iraquiano aos seus “inimigos mortais” iranianos.
O que é que terá falhado na acção americana? Que medidas estarão previstas para corrigir a falha, que poderá ter comprometido toda a estratégia americana que conduziu à invasão do Iraque? Será por isso que começaram a negociar com os insurgentes, coisa impensável ainda há poucos meses?

:: enviado por JAM :: 7/18/2005 10:40:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Segurança Social vai poupar 150 milhões no OE de 2006

Segurança Social vai poupar 150 milhões no OE de 2006

"em estudo e preparação, ainda em 2005 , reformas estruturais a nível do regime geral da Segurança Social, que proporcionarão poupanças orçamentais da ordem dos 150 milhões de euros em 2006"

"Estas "poupanças" na Segurança Social indiciam um cenário de cortes nas prestações sociais, na linha de uma segunda vaga de medidas de contenção da despesa pública que a esquerda parlamentar, designadamente o PCP e o Bloco de Esquerda, têm denunciado. E como o próprio FMI aconselha o Governo a fazer."

Na realidade não estamos a falar de poupança. Poupança decorreria de maior racionalidade de gestão, de ganhos de eficácia, de combate à fraude de empresas e particulares...

:: enviado por RC :: 7/18/2005 05:55:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

As ganzas do PE

O canal de televisão alemão SAT-1 efectuou 46 recolhas de amostras nas casas de banho do edifício do Parlamento Europeu, em Bruxelas: 41 deram um teste positivo de cocaína. Os testes, realizados pelo Instituto de Pesquisa Biomédica e Farmacêutica de Nuremberg, revelaram quantidades de cocaína demasiado importantes para terem sido transportadas pelo vestuário, o que quer dizer que a droga terá sido trazida deliberadamente.
A porta-voz do PE, Marjory van den Broeke, declarou que esses resultados eram uma perfeita surpresa, mas acrescentou que o uso de cocaína não era considerado um problema para o pessoal da instituição.
A BBC News afirma que “tendo em conta o uso generalizado que hoje se faz dessa droga, na sociedade em geral, esses resultados não têm nada de surpreendente”. A mesma experiência tinha sido feita, há cinco anos, no Parlamento alemão, com resultados análogos.
Lembramos que também o Expresso, em 2003, tinha revelado um estudo, feito pelo mesmo instituto, que indicava que mais de 45% das notas que circulam em Lisboa apresentam vestígios de cocaína.

:: enviado por JAM :: 7/18/2005 10:44:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Interessante

Se compreende inglês, veja aqui como pensa o seu cérebro. Divirta-se

:: enviado por RC :: 7/18/2005 01:59:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

domingo, julho 17, 2005

Património Mundial da Humanidade (3)

Gjirokastër

Não pretendemos percorrer aqui a totalidade das 17 novas “aquisições” do Património Mundial da Humanidade, mas como normalmente não há duas sem três, gostaríamos ainda de fazer referência a mais um dos novos sítios históricos aprovados na reunião da UNESCO, que hoje terminou em Durban, na África do Sul.
Situada no vale do rio Drinos, no Sul da Albânia, a cidade-museu de Gjirokastër, ou Argirocastro, é um vilarejo de origem otomana, particularmente bem conservado, terra natal do controverso líder estalinista, Enver Hodja, e onde nasceu também o maior crítico dos seus crimes, o poeta e novelista Ismaïl Kadaré, um dos mais famosos escritores albaneses contemporâneos. No seu romance Crónica da Cidade de Pedra, Kadaré evoca as casas medievais da sua infância, casas fortaleza, com os torreões característicos dos Balcãs e cobertas por lousas de xisto.

(Clique sobre as imagens para aumentar)


:: enviado por JAM :: 7/17/2005 08:47:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Leituras de Verão para políticos

Fomos encontrar, na lista dos dez maiores best-sellers de 2005 recenseados pelo primeiro distribuidor nipónico de livros e revistas, dois livros particularmente interessantes que recomendamos, como leituras de férias, aos nossos políticos.
O primeiro é uma obra de Juzo Koizumi, “How to Write Prose that Suggests Intelligence”, uma versão revista e corrigida dos Elementos de Estilo, destinado a responsáveis em comunicação japoneses. O outro é “How Smart and Stupid People Talk”, de Yuichi Higuchi. Anunciado como um “guia indispensável para evitar passar por um imbecil”, trata-se de uma obra que salienta que todos nós corremos o risco, a todo o instante, de deixarmos transparecer a estupidez, mesmo nas conversas mais anódinas.

:: enviado por JAM :: 7/17/2005 11:52:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Valha-nos Deus, isto é mais do que simbólico!


(Clique sobre a imagem para aumentar)

Graça Rosendo e Valentina Marcelino publicaram no Expresso de ontem um extenso trabalho sobre coisas bizarras que sucedem na Galp relativamente a admissões, remunerações e benesses que o comum dos mortais dificilmente imagina.

:: enviado por JAM :: 7/17/2005 01:25:00 da manhã :: 4 comentário(s) início ::

sábado, julho 16, 2005

Património Mundial da Humanidade (2)

Qal'at al-Bahrain

O sítio arquelógico de Qal’at al-Bahrain, a partir de hoje classificado Património Mundial, pela UNESCO, tem igualmente a marca dos portugueses. Trata-se de uma colina artificial, formada por vários estratos de sucessivas ocupações, construídos uns sobre os outros.
A arquipélago do Bahrain, para além de ter sido um cruzamento de rotas comerciais, foi também um lugar sagrado e mítico da civilização suméria. Na cosmogonia dos Sumérios, o mundo era um disco plano, rodeado de água salgada repousando sobre um segundo mar de água doce. O Bahrain, outrora chamado Dilmun, era o domínio de Enki, o Deus fundador dos Sumérios. Ora os Sumérios têm em Dilmun a prova concreta dessa sua crença, já que a água doce brota em abundância.
O sítio arquelógico de Qal’at al-Bahrain (qal’a significa forte) é dominado por uma fortaleza persa, restaurada pelos portugueses no século XVI (o Bahrain foi português entre 1561 e 1602), na base da qual os arqueólogos descobriram em 1954 os vestígios de uma cidade, que corresponderia ao porto de Dilmun e seria sem dúvida a sua capital. O extraordinário interesse do Forte Português é o facto de ele revelar representações de todos os períodos históricos, tornando-o uma espécie de catálogo das culturas da região.


:: enviado por JAM :: 7/16/2005 11:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Barroso na China

Emmanuel Chaunu - "La Voix du Luxembourg"


:: enviado por U18 Team :: 7/16/2005 10:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Faz o que eu digo ...

O salário dos portugueses devia baixar 10% e, em vez de trabalhar, “as pessoas querem é passar mais tempo na praia”. Palavras de Fernando Ulrich, presidente do BPI.
Suponho que só uma enorme modéstia e um grande pudor o impediram de declarar que acabara de reduzir o seu salário de 10% e anular as suas férias de verão.

:: enviado por U18 Team :: 7/16/2005 10:29:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Terrorismo

O que é que pode deter um Kamikaze? Seguramente não é o medo do castigo...

Fazer bombas, pelos vistos, é fácil.


:: enviado por RC :: 7/16/2005 09:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Alamogordo


Foi a 16 de Julho de 1945


The first atomic bomb was exploded in the New Mexico desert in July, 1945. Physicist Isidor Rabi recalled: "Suddenly, there was an enormous flash of light, the brightest light I have ever seen or that I think anyone has ever seen. It blasted; it pounced; it bored its way right thorough you. It was a vision which was seen with more than the eye. It was seen to last forever. You would wish it would stop; altogether it lasted about two seconds.... A new thing had just been born...." From "The Making..." (see bibliography). Courtesy National Atomic Museum.
[JAM :: 23:27]

:: enviado por RC :: 7/16/2005 09:11:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Património Mundial da Humanidade (1)

O centro histórico de Macau foi um dos 17 novos sítios hoje incluídos na lista do Património Mundial da Humanidade. Macau testemunha, segundo a UNESCO, a fusão única de influências estéticas, culturais, arquitectónicas e tecnológicas do Oriente e do Ocidente.


:: enviado por JAM :: 7/16/2005 12:17:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (5)

Os mais de 33.500 alunos internos do 12.º ano que já realizaram o exame nacional de Matemática obtiveram uma média negativa de 8,1 valores. Se se fizerem as contas à totalidade dos 49 mil estudantes que prestaram provas – os que frequentaram a escola ao longo de todo o ano e os externos que se autopropuseram a exame – a classificação média não vai além do 6,9, numa escala de 0 a 20.

:: enviado por JAM :: 7/16/2005 11:34:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Praticar surf numa piscina

Os praticantes de surf poderão em breve treinar-se sem precisarem de ir ao mar, graças a um sistema revolucionário: um recife de borracha, modelador de ondas, colocado no fundo da piscina. Esta espécie de colchão de borracha, extremamente resistente, é accionado por alavancas pneumáticas comandadas por computador, criando diferentes tipos de ondulações que variam em função da inclinação e do alinhamento dos picos do recife artificial. O New Scientist conta que o sistema permite produzir quatro tipos de vagas: a havaiana, a indonésia, a californiana e a australiana.
Convém é que a piscina tenha, pelo menos, o tamanho de um campo de futebol! E depois, para que precisamos nós duma piscina de surf quando vivemos num país onde, de Norte a Sul, há ondas para todos e para todos os gostos?

:: enviado por JAM :: 7/16/2005 11:20:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Curiosidades

"Hoje é dia de greve na Função Pública, para protestar contra as medidas tomadas pelo Governo em nome do combate do défice. "

Assim se fazem as notícias nos tempos que correm.

Também tenho curiosidade de ver onde isto vai parar. O Estado não é um partido nem uma pessoa. O estado deve ser capaz de honrar os seus compromissos. Por acaso gostava de saber a opinião do Primeiro do diálogo em relação ao pupilo...

:: enviado por RC :: 7/16/2005 11:10:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Veio mesmo a calhar

Apenas regressado de Gleneagles, da Cimeira do G8, o presidente americano afirmou, numa intervenção na rádio, que a guerra contra o terrorismo se estende das montanhas do Afeganistão às planícies do Iraque, acrescentando “vamos continuar na ofensiva e combater os terroristas no seu próprio território, para evitar que eles venham para o nosso”.
Ao associar os atentados de Londres ao combate americano, Bush quer apenas facilitar a renovação do seu Patriot Act. Segundo o Los Angeles Times, o presidente americano pretende legislar sobre essas medidas e torná-las permanentes. O “regresso” do terrorismo poderá igualmente ajudar Bush a impor o seu ministro da Justiça, Alberto Gonzales, para uma vaga no Supremo Tribunal. Na altura em que foi conselheiro da Casa Branca, Gonzales esteve na origem da legislação que permite hoje encarcerar os presumíveis terroristas sem os julgar, e ignorar a lei anti-tortura durante os interrogatórios. A presença de Gonzales no Supremo Tribunal daria sem dúvida à Administração Bush maior margem de manobra para continuar a restringir liberdades fundamentais.
O diário californiano precisa ainda que, se Bush quer agir, vai ter que fazê-lo rapidamente. É que, o efeito de um acontecimento como os atentados de Londres tem pouco impacto na sociedade americana. Basta dizer que, se um mês depois dos 11 de Setembro, 50% da população considerava a luta anti-terrorista uma prioridade, no mês passado apenas 9% pensavam assim.

:: enviado por JAM :: 7/16/2005 08:30:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sexta-feira, julho 15, 2005

Império do Mal (2)

Diga o que disser o presidente dos Estados Unidos, o problema não é a existência de um imaginário “império do Mal” que deveremos vencer, mas sim a forma como as sociedades democráticas e abertas serão capazes de se defender dos integrismos criminosos de toda a espécie, sem renunciar ao seu sistema de vida, fundado sobre os valores da liberdade. Uma das primeiras condições para que a luta contra o terrorismo saia vitoriosa é precisamente o reconhecimento do seu carácter internacional, o que exige um reforço da autoridade das Nações Unidas.
O erro terrível cometido por Washington e pelos seus amigos de Londres e de Madrid, quando se lançaram na aventura guerreira do Iraque – à margem da legalidade e sem o acordo dos seus principais aliados – só pode explicar-se por razões estranhas à luta contra o terrorismo. São, com certeza, razões ligadas a obscuras motivações de poder.
Desde que tomaram essa decisão, que custou a vida a dezenas de milhares de inocentes, assistimos ao enfraquecimento das organizações supranacionais, à instauração duma profunda divisão na Europa, ao clima de medo e desespero das populações do chamado “primeiro mundo” e ao reforço de toda uma série de correntes ultranacionalistas e fundamentalistas.
Não há dúvida que os culpados do terrorismo são exclusivamente os terroristas. Mas os líderes políticos mundiais têm a obrigação de tomar medidas apropriadas para garantir, ao mesmo tempo, a segurança e a liberdade dos cidadãos, sem acrescentar ainda mais horror ao horror já causado.
A mensagem de morte dos fanáticos de Bin Laden constitui um alerta para a necessidade de uma mudança profunda das nossas instituições. Essencialmente, é preciso lutar, no nosso mundo desenvolvido, contra as desigualdades económicas, eliminar o clima de divisão social, fomentar o multiculturalismo e impedir a difusão das manifestações de ódio e de egoísmo cego. A aliança entre as civilizações deverá passar pela cultura, pela educação, pela religião. O caminho para vencermos a ameaça cobarde do terror mundial passa pelo pleno reconhecimento da existência do outro e do seu direito à integração na nossa comunidade. Para que uma perspectiva dessa importância se torne realidade, a repressão do crime e dos terroristas é certamente necessária, mas o que é também necessário é restabelecer um clima de confiança entre os dirigentes do mundo democrático, coisa que, para já, prima pela ausência.

Leia também A luta do Bem contra o Mal.

:: enviado por JAM :: 7/15/2005 09:08:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, julho 14, 2005

Goya, profeta do moderno


“El quitasol”, de Francisco de Goya (Clique sobre a imagem para aumentar)

Uma exposição consagrada ao pintor espanhol abriu ontem as portas, na Velha Galeria Nacional de Berlim. A exposição apresenta mais de oitenta das pinturas mais conhecidas de Goya (1746-1828) e necessitou de dez anos de preparação.

Leia mais >>>

:: enviado por JAM :: 7/14/2005 09:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Unfortunately


Unfortunately, it is utterly impossible for over-worked teachers to preserve an instinctive liking for children; they are bound to come to feel towards them as the proverbial confectioner's apprentice does towards macaroons. I do not think that education ought to be anyone's whole profession: it should be undertaken for at most two hours a day by people whose remaining hours are spent away from children. The society of the young is fatiguing, especially when strict discipline is avoided. Fatigue, in the end, produces irritation, which is likely to express itself somehow, whatever theories the harassed teacher may have taught himself or herself to believe. The necessary friendliness cannot be preserved by self-control alone. But where it exists, it should be unnecessary to have rules in advance as to how "naughty" children are to be treated, since impulse is likely to lead to the right decision, and almost any decision will be right if the child feels that you like him. No rules, however wise, are a substitute for affection and tact.

Pensar, pensar, pensar, falar, talvez...

:: enviado por RC :: 7/14/2005 09:34:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

51 detidos

Pelo menos 51 detidos este ano por fogo posto

Quantos condenados?

:: enviado por RC :: 7/14/2005 09:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Império do mal

Para Reagan a União Soviética era o império do mal.
Agora os USA são o império de quê?

Abu Ghraib Tactics Were First Used at Guantanamo

:: enviado por RC :: 7/14/2005 04:17:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

O charme do Tour

É, cada vez mais, considerado um desporto fora de moda e os seus repetidos casos ocultam grande parte da sua réstia de beleza. Mas o Tour continua, sem dúvida, a ser a mais fotogénica das actividades desportivas de alta competição.


:: enviado por JAM :: 7/14/2005 03:51:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (4)

É nos primeiros anos de escolaridade – no primeiro ciclo e no princípio do segundo – que se começa a aprender Matemática. É aí ou nunca mais. Não são pois os professores especializados, mas sim os professores desses ciclos, a primeira meta a atingir com as medidas que urge tomar para quebrar o ciclo vicioso. Têm de lhes ser proporcionados a formação e os meios adequados ao desempenho do importante papel que só eles podem desempenhar – levar os alunos a dar, com gosto, com método e com interesse, os primeiros passos num caminho por onde, de outra forma, nunca avançarão.

:: enviado por JAM :: 7/14/2005 02:36:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Onde é que nós já ouvimos isto?

Numa entrevista ao Financial Times, o governador do Banco de França, Christian Noyer, disse que a França deseja inspirar-se no modelo nórdico para as reformas da política de emprego. O facto de um representante francês admitir que outro país possa ter um modelo económico e social melhor que o seu, mostra bem como as coisas mudaram após o Não francês ao Tratado Constitucional europeu.
Noyer explica que as excelentes taxas de crescimento e os baixos valores da inflação nos países escandinavos se devem à forma como esses países souberam harmonizar a flexibilidade do mercado (à inglesa) com um elevado nível de protecção social. E acrescenta, “protecção social não significa segurança do emprego, mesmo quando as empresas vão à falência. Trata-se antes de um verdadeiro acompanhamento durante um período de transição, através de um sistema de formação intensiva que force os trabalhadores a se reconverterem quando perdem o emprego”.
Em relação aos habituais argumentos de que os países escandinavos não fazem parte da zona Euro e estão portanto isentos dos critérios de convergência, Christian Noyer responde que a Finlândia faz parte da zona Euro. A Suécia e a Dinamarca não fazem parte, mas a Dinamarca alinha a sua moeda pelo Euro, o que demonstra que o crescimento económico e a redução do desemprego não têm nada a ver com o regime monetário.
O que é que terão então os nórdicos que são diferentes dos outros?

:: enviado por JAM :: 7/14/2005 08:44:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

quarta-feira, julho 13, 2005

Dentinhos


Pescado na Ericeira a 10m da costa
(Caído da net)

:: enviado por RC :: 7/13/2005 09:55:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Britomática II

O que é que faz com que alunos de nacionalidade portuguesa, com dez anos, sejam capazes de preencher esta grelha em cinco minutos?


O que é que faz com que alunos universitários de ciências não saibam quanto são sete vezes oito?
(imprima a imagem e compare-se com ex-alunos meus)



:: enviado por RC :: 7/13/2005 09:43:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Um pouco mais a sério I

Antes de mais devo dizer que concordo plenamente com o alargamento do horário das instituições escolares, com o fim de furos, com a efectiva capacidade das nossas escolas do ensino básico para assegurarem um dia estruturado aos seus alunos. O ensino de uma segunda língua sempre se me afigurou de primordial importância se quisermos que os nossos filhos possam fruir das oportunidades que a Europa lhes proporciona. Há décadas que esta aprendizagem é assegurada (5 aulas semanais) em sistemas que encontramos na Europa do Norte.

Para começarmos a mudar a nossa realidade, temos que a compreender, que a conhecer e reflectir sobre ela. Não será grande barbaridade se dissermos que as nossas escolas do 2º e 3º ciclos estão neste momento razoavelmente bem servidas do ponto de vista dos imóveis que ocupam.

Já o mesmo não se pode dizer dos imóveis do 1º ciclo. O tempo não sara todas as feridas. E a esperança, nutrida por alguns, de que a diminuição da população escolar nos permitiria ver o problema de falta de salas de aula resolvido com o tempo, saiu gorada. É que esses tão insignes pensadores esqueceram-se que ao mesmo tempo que os alunos diminuíam em número se deslocavam no sentido do litoral. É por isso que, se no Ministério se contabilizarem o número de turmas do país e o número de salas, contabilizando esses números totais, quem não conheça a realidade possa ser levado a pensar que os horários se podem alargar em mais de metade destas escolas. Ora a realidade é que onde estão as salas não há alunos. Daí que a questão não seja uma de má vontade mas sim de exequibilidade. Por outro lado, enquanto os números disponíveis apontam para um ratio de um adulto para cada treze alunos (um para sete nos outros graus de ensino), em média nacional, olhando a realidade, vemos que é bem diferente para a esmagadora maioria das escolas das nossas cidades e vilas onde encontramos a maioria dos nossos alunos, como sardinha em lata, com uma sala de aula para cada duas turmas. E esta situação, uma sala de aula para cada duas turmas, não se verifica em mais nenhum país europeu.
Aliás muito há ainda a dizer sobre as hipócritas lágrimas de crocodilo vertidas a propósito do “parente pobre” do nosso sistema educativo.


É que, enquanto o regime fascista realizou um grande plano de construções escolares para o Primário (Centenários), em perfeito ajuste com os objectivos do regime, a Democracia nem sequer tentou!


:: enviado por RC :: 7/13/2005 08:25:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Contrastes

No próprio dia dos ataques bombistas fui dar uma volta, e pude ver como os ingleses passam ao lado da morte - da mesma forma que passam ao lado da vida. Os pubs estavam cheios às 6 da tarde, como sempre. Um casal de turistas americano perguntava, em frente à estação onde, oito horas antes, tinham morrido umas 20 pessoas, a direcção para rua tal. Perguntavam-no ao chefe dos bombeiros, que respondia, calmamente, de dentro do carro.
É natural que, quem nunca viveu em Londres, fale de fleuma, de frieza, até de coragem. Parece-me, isso sim, que os portugueses são muito mais agarrados à vida que os ingleses. Não é que a vida não preocupe os ingleses, mas a questão é que essa não é a sua única preocupação. Os ingleses, além da vida, também querem saber de Cricket, de futebol e de cerveja.


in Elasticidade

Os britânicos contidos, controlando a dor, servindo os vivos e honrando os mortos, auxiliados por uma comunicação social prudente, sem laivos vampirescos a indignar quem ficou. Meios eficazes – um treino de décadas contra o terrorismo foi precioso – e prudência no revelado. Cuidando do prioritário.
Uma refrega difusa numa tarde domingueira da praia de Carcavelos, deu manchetes na informação estrangeira, prejuízos para a imagem e economia nacionais, parangonas suculentas como osso que os media se entretiveram a roer. Espremido o propalado arrastão, ficou no fundo de copo uma «querela ocasional não identificada» e pela borda fora escorreu irresponsabilidade e oportunismo. Nisto somos peritos: não precisamos de ajuda, crucificamo-nos muito bem sozinhos.
Os espanhóis e a respectiva comunicação social são o nosso oposto – nunca existiram em Espanha vacas loucas, febres suínas, animais para abate soprados com hormonas, roubos e burlões como formigas no campo. Não têm nada, não sabem de nada, olham e assobiam para o ar quando dos vícios e misérias privadas se fala. Deixam assentar a poeira e, com a estratégia de moita-carrasco, o tema mingua até se consumir na volatilidade noticiosa. Sagazes estes nuestros hermanos...


in Sem Pénis, nem Inveja

:: enviado por JAM :: 7/13/2005 06:36:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Passou-se

De uma penada a senhora ministra da educação aumenta o horário semanal de funcionários públicos de 35 para 38 horas. Segundo a ministra os professores do primeiro ciclo terão que prestar mais 13 horas de serviço por semana. Como todos já prestam 25 horas...


Só para lembrar, no 1º ciclo os professores têm 10 horas não lectivas semanais enquanto nos outros ciclos chegam a ser 20 horas.



Não seria melhor pensar duas vezes antes de dizer asneiras?

:: enviado por RC :: 7/13/2005 05:42:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (3)

1 – os professores de Matemática do Ensino Básico desconhecem quais as aprendizagens concretas que os alunos devem possuir no final de cada ciclo

2 – nem por anos de escolaridade, nem por ciclos, os professores sabem o que concretamente devem ensinar

3 – o professor do terceiro ciclo desconhece o que o aluno aprendeu no ciclo anterior

4 – esta falta de articulação pode levar a uma desresponsabilização progressiva em relação às lacunas de aprendizagem dos alunos

5 – em Inglaterra, concluiu-se que era esse o motivo de muito do insucesso escolar e decidiram definir, muito claramente, o que deveriam aprender os alunos em cada um dos anos de escolaridade

6 – os professores não aprenderam a articular o currículo nacional com os conteúdos programáticos – a formação contínua deveria servir para isso

7 - isto não pode continuar a ser visto como uma fatalidade que leve apenas ao desencanto – está na hora de agir.


:: enviado por JAM :: 7/13/2005 02:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Processos limpos e seguros

A Comissão Europeia apresentou queixa no Tribunal de Justiça Europeu contra Portugal por transposição incorrecta da directiva sobre a avaliação de impacto ambiental. Outros cinco processos, que poderão seguir o mesmo caminho, são as últimas advertências sobre a incineração de resíduos hospitalares, tratamento de águas residuais e poluição atmosférica. Relativamente à incineração de resíduos hospitalares, o caso refere-se à existência de três unidades de incineração em Lisboa a funcionar sem licença. Duas foram encerradas, uma mantém-se em funcionamento.
E ainda há quem nos queira fazer crer que a prática da co-incineração irá decorrer incontestavelmente segundo métodos limpos e seguros.

:: enviado por JAM :: 7/13/2005 02:00:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O ex-campeão do mundo da liberdade


© Desenho de Signe Wilkinson – Philadelphia Daily News

A encarceração de Judith Miller, jornalista do New York Times, por ultraje a um magistrado – a jornalista recusou-se a revelar ao juiz o nome de uma das suas fontes – não é propriamente uma novidade portadora de grandes garantias acerca da situação da liberdade nos Estados Unidos. Constitui antes uma peça suplementar no negro processo encetado com os relatórios sobre a base de Guantanamo, considerada zona de não-direito.

:: enviado por JAM :: 7/13/2005 11:24:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Somos os maiores

O número de números de telemóvel activos em Portugal atingiu, no final do primeiro trimestre, 10,6 milhões, mais do que a população portuguesa, anunciou hoje a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).

:: enviado por RC :: 7/13/2005 01:47:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, julho 12, 2005

Amaldiçoados, rua!

Amaldiçoados, rua!

:: enviado por RC :: 7/12/2005 09:48:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Os doentes que paguem a crise?

A universidade Lusótica lança no próximo ano a Licenmestratura em Gestão Hospitalar. 5300,00 € de salário médio em início de carreira.

Só para a indústria da doença não parece haver crise.

É a Britadura, né?


in Bocage

O pai enfermo e o doutor

Um velho caiu na cama;
Tinha um filho esculapino,
Que para adivinhações
Campava de ter bom tino.
O pulso paterno apalpa,
E receitar depois vai;
Diz-lhe o velho, suspirando:
"Repara que sou teu pai."


A moléstia e a receita

Para curar febres podres
Um doutor se foi chamar,
Que feitas as cerimónias,
Começou a receitar.
A cada penada sua
O enfermo arrancava um ai!
– "Não se assuste (diz Galeno),
Que inda desta se não vai."
– Ah! senhor! (torna o coitado,
Como quem seu fado espreita)
Da moléstia não me assusto,
"Assusto-me da receita."


Conselho a um impaciente

Homem de génio impaciente,
Tendo uma dor infernal,
Pedia, para matar-se,
Um veneno, ou um punhal.
– "Não há (lhe disse um vizinho
Velho que pensava bem),
Não há punhal, nem veneno;
Mas o médico aí vem."


A parca e o médico

– "Morte! (Clamava o doente)
Este mísero socorre."
Surge a Parca de repente,
E diz de longe: – "Recorre
Ao teu médico assistente."


Vingança do médico

Um médico ressentido
De certo seu ofensor,
Ante um amigo exclamava,
Todo abrasado em furor:
– "Para punir este indigno,
Este vil, tomara um raio."
Acode o outro: – "Há um meio
Muito mais fácil; curai-o".


O récipe

Pôs-se médico eminente
Em voz alta a receitar.
– "Récipe" (diz)... de repente
Grita da cama o doente:
– "Basta, que mais é matar."


O adeus do doutor

Um médico receitou:
Súbito o récipe veio.
Do qual no bucho do enfermo
Logo embutiu copo e meio,
– "Adeus até à manhã"
(Diz o fofo professor).
Responde o doente: – "Adeus
Para sempre meu doutor".

:: enviado por RC :: 7/12/2005 09:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Britomática 1


Jovem do nono ano não desanimes. Resolve este problema e consola-te.
Constâncio respondeu zero oitenta e três. ERROU.

Também tu um dia podes ser um génio. É o teu direito garantido constitucionalmente...

http://www.sudoku.com/


:: enviado por RC :: 7/12/2005 09:19:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Divagar devagar

O comentário do Jorge trouxe-me memórias saudosistas de um Ferrel que já não existe e de um Baleal há muito desaparecido. Deixa cá ver se encontro a letra completa. Google e catrapuz.
http://www.udc.es/dep/lx/cac/sopirrait/audio/rosalinda.htm



Mas então a Universidade da Coruña tem música cá do pessoal? E vai daí comecei a olhar o sítio dos nuestros mas que hermanos gallegos. Interessante.
http://www.udc.es/dep/lx/cac/sopirrait/indice00.htm
http://www.udc.es/dep/lx/cac/vo/
http://www.udc.es/dep/lx/cac/vo/audiovisual.htm
http://www.udc.es/dep/lx/cac/vo/info.htm

Gostei. Bom site. Bom site? Não são umas árvores pequenitas japonesas? :)

:: enviado por RC :: 7/12/2005 07:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Zero oitenta e três

Banco de Portugal baixa em mais de um terço crescimento da economia em 2005
12.07.2005 - 12h55 Lusa, PUBLICO.PT

O Banco de Portugal baixou em mais de um terço, para 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano, contra os 1,6 por cento apontados pela instituição central em Dezembro de 2004.

Só eu é que ouvi ou estarevisão em baixa deve-se ao senhor governador do Banco de Portugal não ter levado em conta em previsões anteriores os efeitos depressivos que algumas das medidas do governo, nomeadamente a subida do IVA, teriam na economia?

Esqueceu-se? Vamos contratar o Alan Greenspan, parece que custa metade!!!

ps.
Vou continuar evitar falar sobre educação. Os posts seriam demasiado longos...


:: enviado por RC :: 7/12/2005 07:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Perestroïka ou conto de fadas?

Alberto II sobe hoje oficialmente ao trono dos Grimaldi na sua qualidade de soberano de um país de dois quilómetros quadrados, uma superfície inversamente proporcional à sua riqueza, onde residem 6 mil monegascos e 26 mil pessoas de 22 nacionalidades diferentes.
Se a divisa de Rainier III foi, desde sempre, o segredo absoluto, a começar pelo segredo bancário, Alberto II pretende gerir o principado numa óptica de abertura ao diálogo, à modernidade, à transparência, à ética. Como primeiro sinal revelador, Alberto II pediu aos conselheiros, que há décadas rodeavam o seu pai, que apresentassem a demissão antes de 13 de Julho. Em seu lugar, o príncipe pretende colocar uma equipa jovem, composta de quadros dinâmicos, de amigos fieis, de profissionais especializados, de homens competentes e com conhecimento dos métodos e das técnicas modernas.
Alberto II compromete-se a lutar infatigavelmente contra a lavagem de dinheiro sujo, uma prática mais do que associada à imagem actual do principado. Em vez disso, pretende fazer do Mónaco uma das capitais mundiais da ecologia e da acção humanitária.

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 01:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico (2)

A primeira licenciatura do país em Engenharia das Energias, destinada a formar profissionais capazes de contribuir para a utilização eficiente da energia, principalmente no ramo das energias renováveis, vai começar a ser leccionada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) no próximo ano lectivo.
Conclusão: vamos ter que esperar, pelo menos seis anos, até podermos contar com profissionais capazes de pôr em prática uma política séria de desenvolvimento das energias renováveis.

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 11:19:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

Claude Simon [1913-2005]

O escritor Claude Simon, Prémio Nobel da Literatura em 1985, considerado um dos fundadores do Novo Romance francês (Nouveau Roman), grupo que integrou juntamente com Alain Robbe-Grillet, Michel Butor e Marguerite Duras, morreu em Paris aos 91 anos de idade, deixando uma obra marcada por um trabalho de memória, fundada sobre “imagens”. Os temas da guerra, da desordem absoluta das coisas ou das recordações formam o trama dos vinte romances deixados pelo autor.

La tiède puanteur souterraine, les escaliers, les couloirs où soufflait comme l’haleine d’un monde inférieur et sale, encore lourde - quoique à cette heure les quais, les rames, fussent presque vides - de toutes les émanations, les sueurs de tous les relents, comme si la foule des corps pressés et mal lavés qui s’étaient bousculés là quelques heures auparavant y avait laissé, tenace, violente, l’odeur même de ce qui la faisait se dépêcher et courir, l’odeur même du travail, de la colère et de la malédiction stagnant sous les voûtes aux parois vernissées où les affiches étalaient leurs obsédantes invites, leurs obsédants commandements, comme un injurieux défi, une narquoise absurdité, l’agressive, optimiste et clinquante affirmation d’un univers folâtre, serviable et pimpant.
Le sacre du printemps (1954)

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 10:16:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

O choque tecnológico

Apesar de mais de dois terços dos alunos do nono ano terem “chumbado” na prova de Matemática , 74 por cento dos alunos conseguiram “passar” à disciplina, obtendo uma nota positiva no final do ano, uma vez que o exame nacional conta apenas 25 por cento para a classificação final.

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 09:12:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Quando os cidadãos se tornam jornalistas

Como reacção à difusão das informações a conta-gotas, que chegou a passar por censura por parte do governo britânico, os cidadãos do mundo inteiro precipitaram-se sobre os seus blogs afim de criar um contra-ataque informativo. No local, em Londres, armados de máquina fotográfica, ou simplesmente da câmara do telemóvel, foram eles quem, em primeiro lugar, fizeram circular a informação, marcando o verdadeiro nascimento do cidadão repórter.
A BBC tinha, há poucos dias, anunciado uma mudança na sua política editorial: a informação “em directo” passou a ser transmitida em diferido de alguns segundos para evitar as imagens mais chocantes. Mas a primeira consequência desta política foi que os estrangeiros estavam melhor informados do que os ingleses e recebiam informações muito mais regularmente sobre o número de vítimas.
The Guardian foi dos poucos que colocou em linha ligações para os blogs mais conhecidos, por forma a facilitar o acesso às informações alternativas. Esses blogs, para além das fotos e dos vídeos, tinham em linha informações práticas e humanas, como as ruas bloqueadas ou o nome das pessoas desaparecidas. Inúmeras fotos, impossíveis de realizar pelos jornalistas, permitiram mesmo documentar alguns dos artigos dos grandes jornais. É o efeito das novas tecnologias que favorecem a democratização da informação e fazem com que as pessoas possam comunicar a actualidade no mesmo momento em que ela se produz. As televisões só chegam normalmente depois dos acontecimentos.
Nicholas Negroponte, no seu livro Being Digital advertia que a Internet iria permitir aos leitores escolherem a informação. Só que eles já fazem muito mais do que escolher: participam também na sua produção.

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 12:47:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, julho 11, 2005

Memória de Srebrenica

A Bósnia celebra hoje o 10.° aniversário do massacre de cerca de 8 mil muçulmanos, pelas forças sérvias, em Srebrenica, que ficará para sempre como a maior chacina cometida na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
Decretada “zona de segurança” pela ONU em Abril de 1993, numa última tentativa para evitar a sua queda, o enclave acabou por cair, em 11 de Julho de 1995, nas mãos das forças servias da Bósnia, numa altura em que estava sob a protecção de uma unidade de 450 capacetes azuis holandeses. Milhares de refugiados tentaram então proteger-se junto dos soldados holandeses, em Potocari, perto de Srebrenica. Mas os soldados da ONU não fizeram mais do que assistir, impotentes, à separação pelas tropas sérvias dos homens em idade de combater do resto da população, sendo em seguida transportados para fora do enclave.
Os cerca de 8 mil homens e adolescentes mortos foram enterrados em valas comuns para dissimular o crime. Considerados como os arquitectos desse massacre, os ex-chefes político e militar dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic e Ratko Mladic, acusados pelo TPI de genocídio, continuam à solta. Depois do conflito (1992-1995), cerca de 18 mil corpos, na sua maioria de muçulmanos, foram exumados das mais de 300 valas comuns descobertas em toda a Bósnia. Destes, perto de 6 mil corpos foram encontrados nas proximidades de Srebrenica. O Comité Internacional da Cruz Vermelha afirma que há ainda mais de 16 mil pessoas dadas como desaparecidas no país.

:: enviado por JAM :: 7/11/2005 02:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, julho 10, 2005

Repensar a agricultura europeia

Nestes tempos de europessimismo, é mais do que considerável a importância do voto dos Estados Membros da União Europeia, em finais de Junho, em que 22 dos 25 recusaram uma proposta da Comissão, relativa aos organismos geneticamente modificados (OGM). Tratava-se de saber se os Estados poderiam aplicar uma “cláusula de salvaguarda” que permitisse interditar a cultura de certos OGM no seu solo. Os ministros do ambiente confirmaram essa possibilidade, juntando-se assim à hostilidade dos cidadãos europeus em relação aos alimentos transgénicos. Essa decisão demonstra que, quando quer, a Europa é capaz de se harmonizar e, sendo importante do ponto de vista dos OGM e da política agrícola, é uma decisão prometedora quanto ao futuro da União.
As sondagens revelam que 54% dos europeus rejeitam os OGM completamente ou apenas em circunstâncias excepcionais e 31% só os aceitam se eles forem fortemente regulamentados e controlados. Essa hostilidade traduz-se pela guerrilha não violenta que os franceses sustentam contra os OGM e também pela hostilidade de vários governos europeus, incluindo os dos novos membros da União, que não manifestaram nenhum entusiasmo pelos OGM. No entanto, o governo francês é favorável, embora disfarçadamente, e os alemães adoptaram uma lei que rege a coexistência entre culturas transgénicas e não-transgénicas e as responsabilidades dos produtores de plantas OGM. Na Grã-Bretanha, Tony Blair (sempre ele!) é pró-OGM e já promoveu um debate público e experiências científicas independentes.
O voto de 24 de Junho só fará sentido se for pensado como um acto político positivo. O que implica considerar a questão, não de maneira isolada, mas no contexto da política agrícola. A agricultura do futuro passa pela manutenção de um campesinato que faça viver as especificidades regionais e as qualidades gustativas e ambientais dos produtos agrícolas. A Europa deve rever-se no Slow Food, movimento nascido em Itália, que promove a refeição lenta, saboreada com calma e baseada em alimentos tradicionais, em vez do fast food, simbolizado pelo McDonald’s.
Enquanto os OGM, concebidos por grandes multinacionais do agroalimentar, constituem um sistema técnico adaptado a uma agricultura extensiva, os consumidores e os agricultores europeus manifestam o desejo de um modelo radicalmente diferente. A Europa política começou a mudar um pouco as coisas com a reforma da PAC em 2003, ao abandonar o objectivo do aumento da produção e tomar em consideração o respeito pelo ambiente. Mas é preciso ir mais longe porque o problema agrícola mundial não é o aumento das quantidades dos produtos agrícolas, mas sim a conservação de comunidades campesinas viáveis que consigam escapar ao laço da pobreza.
Nesta perspectiva, a solução não passa por uma agricultura industrialista e pouco utilizadora de mão de obra, mas pelo contrário, pelo apoio aos pequenos agricultores, para limitar o êxodo para as grandes cidades, cada vez mais incontrolável, e pelo desenvolvimento de uma agronomia que se preocupe com a optimização dos rendimentos, a protecção dos solos frágeis, a produção de produtos em que cada região se distingue.
Vêem-se, por toda a Europa, figos insípidos vindos da Turquia, mas não se conseguem encontrar figos portugueses. Podemos dizer o mesmo dos ásperos e pálidos diospiros importados de Israel, com aspecto (e sabor) plastificado. E que dizer então das nossas sumarentas tângeras, tangerinas e romãs, que não se encontram para lá das fronteiras portuguesas?

:: enviado por JAM :: 7/10/2005 10:09:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Terrorismo de Estado

Várias centenas de militantes do Greenpeace juntaram-se hoje na praça do Trocadero, em Paris, para celebrar o 20.° aniversário da sabotagem do Rainbow Warrior, um dos maiores escândalos da primeira presidência de François Mitterrand. Às 13h48, a hora exacta da explosão da primeira bomba colocada a bordo do navio ecologista, foi observado um minuto de silêncio em memória do fotógrafo português Fernando Pereira, morto em consequência desse atentado.
Na ocasião, o director geral da Greenpeace França, Pascal Husting, declarou: Não há bombas úteis, nem aceitáveis, quer seja nos arsenais das potências nucleares, sobre o Rainbow Warrior, nos autocarros e estações de metro de Londres ou nas ruas de Bagdade.

:: enviado por JAM :: 7/10/2005 09:52:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::