BRITEIROS: setembro 2005 <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, setembro 30, 2005

Ou há moralidade...


:: enviado por JAM :: 9/30/2005 10:42:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Mau prenúncio para os encontros euro-turcos

Nem flores, nem tapete vermelho. Suspeição e ressentimento vão dominar a abertura, na próxima Segunda-feira, das negociações de adesão da Turquia à UE. Em entrevista ao Financial Times, o chanceler austríaco Wolfgang Schüssel, lançou as hostilidades ao condicionar as discussões turcas à abertura das negociações com a Croácia, país que faz fronteira com a Áustria e que os austríacos consideram o seu aliado católico. Os encontros diplomáticos entre a União e a Croácia têm estado bloqueados, desde que Zagreb se recusou a entregar o General Ante Gotovina, acusado de crimes de guerra e violações dos direitos humanos, pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia. As recentes declarações da procuradora do tribunal ao Daily Telegraph vieram pôr ainda mais lenha na fogueira desse diferendo.

52% dos nossos concidadãos europeus são contra a adesão da Turquia, segundo o último Eurobarómetro (80% na Áustria, 74% na Alemanha e 70% em França). Mas os turcos, estão igualmente longe do consenso sobre a adesão à União. Se os eurófilos vêem na adesão a via aberta para a modernização e a democratização do país e uma promessa de prosperidade, os nacionalistas (de direita e de esquerda) cultivam a eurofobia, ofendidos porque a União exige que eles mudem para poderem aspirar à adesão e ainda por cima sobre questões tão simbólicas como o reconhecimento do genocídio arménio, o tratamento da minoria curda e sobretudo o reconhecimento de Chipre. Os eurófobos turcos têm vindo a aumentar a sua cota paralelamente ao aumento dos turcófobos europeus.


:: enviado por JAM :: 9/30/2005 09:20:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, setembro 29, 2005

A importância geoestratégica das nossas autarquias

Só os municípios portugueses podem pôr em xeque o gigante americano da Internet e a sua aplicação prodigiosa, o Google Earth: Estão lá as rotundas todas? Então a imagem é actual. Falta a última? Então, o Google está a falhar.

:: enviado por JAM :: 9/29/2005 11:15:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Citações

Entre Mário Soares e Cavaco Silva há uma diferença de idade, sem dúvida. Mas um homem que vai a caminho dos 70, como Cavaco Silva, quando havia o salazarismo já era bastante crescido. Será que, estudante de economia em Inglaterra, não se apercebeu que em Portugal havia uma ditadura? […] Cavaco Silva é um bom economista, não há dúvida. Dentro da linha da economia que pertence à sua visão do mundo, of course o neoliberalismo. Que não me parece propriamente o modelo económico mais favorável para os “pobres e remediados” [referência directa a este artigo de JPP].
Mas não era o Salazar, também ele, um entendido em Finanças, na linha da sua visão do mundo? A economia não é uma ciência objectiva como a química ou a física, é uma ciência humana. O Portugal salazarista era um país miserável, mas os indigentes (80% da população) tinham a satisfação de poder dizer que as moedas que mendigavam nas esquinas eram uma moeda forte. Não duvido que Cavaco Silva tenha estudado bem na Inglaterra da sua juventude. Mas tenho a impressão de que ele viveu os seus tempos estudantis ingleses como alguém que vinha da Bélgica ou da França, e não de um país totalitário. Faltava-lhe pois o que se chama “consciência política”. O que, para um político, é uma falta grave.
[…] O verdadeiro problema é a consciência da democracia, o que também significa memória da falta dela, pois sem memória da não-democracia não pode haver real e profunda consciência democrática. […] A economia é importante, não há dúvida. Mas a democracia é mais importante: a democracia não é a Bolsa, é a vida. Ora, para o cargo de Presidente da República, cuja tarefa é vigiar e proteger o sistema democrático e a sua Constituição, as competências económico-financeiras são dispensáveis.


Trechos de um artigo de opinião de Antonio Tabucchi.

:: enviado por JAM :: 9/29/2005 10:34:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Contra o pessimismo

A Alemanha está às voltas com uma enorme crise existencial. Por isso, no contexto actual de pessimismo, forte desemprego, crescimento a meia haste e estagnação política, foi lançada uma campanha a nível nacional, subordinada ao tema “A Alemanha és tu”.
“Du bist Deutschland” convida toda a gente a identificar-se com Albert Einstein, Michael Schumacher ou Beate Uhse, que depois de ter pilotado aviões da Luftwaffe, durante a Segunda Guerra Mundial, construiu uma vasta cadeia de sex-shops representada em 13 países.
Será que a evocação dos seus grandes vultos vai fazer levantar o moral germânico e trazer à memória que afinal os alemães são capazes de grandes feitos? A avaliar por certos exemplos, não é evidente!...

:: enviado por JAM :: 9/29/2005 09:02:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Ainda o caso da Fatinha

Comentário à defesa que Vieira do Mar faz da recente decisão da juíza de Felgueiras sobre o caso Fátima Felgueiras (post do JAM «Tem a palavra a defesa» de 25.09):
Em termos estritamente formais, jurídicos, V. terá toda a razão de que os seus conhecimentos da lei a tornem merecedora – não discuto isso.
Eu serei talvez de uma ignorância jurídica “atroz” e, além disso, “profundamente estúpido” (eu e muitos outros que pensam como eu), mas ninguém me meterá na cabeça, com a ajuda de Códigos ou sem eles, que o regresso de Fátima Felgueiras e a sua apresentação às autoridades afasta o perigo de nova fuga desta senhora. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento – e sabemos, aliás, que a dra. Fátima tem artes de adivinhar quando o tempo ameaça borrasca para o seu lado… É preciso ser ingénuo, ou coisa pior, para acreditar nisso.
“Deixem a justiça em paz por um bocadinho e deixem-na fazer o seu trabalhinho” ?... Mas, ó D. Vieira do Mar, em que país é que vive? Nasceu ontem? Acha realmente que o que se passou e está a passar neste caso, se passaria do mesmo modo com o Zé dos Anzóis? Nunca entrou num tribunal? Nunca viu os pobres e os anónimos serem tratados do alto da burra pelos operadores judiciais (como agora se diz)? Ainda não reparou que quem tem dinheiro e/ou influência pode comprar/obter outro tratamento?
Haverá, naturalmente, honrosas excepções (e perante elas me curvo), mas, nesta altura do campeonato, acreditar na justiça portuguesa é quase como acreditar no Pai Natal.

:: enviado por Manolo :: 9/29/2005 01:21:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, setembro 28, 2005

Brilhante!

Escreve, no Diário de Noticias de 27.09.2005, a ex-deputada do Bloco de Esquerda Joana Amaral Dias: “Fátima Felgueiras é o exemplo acabado do estado a que o país chegou. Para além da personagem própriamente dita, o que está verdadeiramente em causa é o nosso sistema judicial e politico, os meandros do financiamento partidário e as leis do poder local”.
E foi com certeza por isso mesmo que a ex-deputada aceitou “com entusiasmo” ser a mandatária de alguém radicalmente fora do sistema, alguém completamente alheio a tudo o que se tem passado na nossa vida politica nos últimos 30 anos: Mário Soares.
Brilhante!...

:: enviado por Manolo :: 9/28/2005 11:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Qual é a desculpa agora?


Tanta conversa sobre a competitividade. Segundo o Forum Económico Mundial, Portugal está melhor colocado que muitos desses países que nos vão sendo dados como exemplos. Atrás de nós temos países como o Luxemburgo, a Irlanda, a Espanha e a França, a Bélgica...

Finlândia, Estados Unidos e Suécia continuam a ocupar os três primeiros lugares e devemos salientar que o nosso país subiu dois lugares do ranking neste último ano.

O vigésimo segundo lugar mundial não é mau de todo. Talvez os arautos da desgraça que nos querem fazer engolir tudo e mais alguma coisa tenham que voltar a questionar as razões da nossa situação.

Adenda:

Idêntica constatação tinha sido feita, há duas semanas, pelo Rui Pena Pires, a propósito do Human Development Report 2005, da ONU. [JAM :: 19:11]

:: enviado por RC :: 9/28/2005 05:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Mais um arrastão de boatos

Quando Nova Orleães foi abandonada à sua sorte, no início de Setembro, todo o tipo de rumores circularam, alimentados pelo medo e pelo caos. Teriam havido violações de mulheres e crianças, assassinatos, uma menina degolada, atiradores furtivos disparando sobre os helicópteros dos socorristas, ... Tudo isso foi repetido pelas televisões e pela imprensa, muitas vezes sem qualquer reserva.
Agora, apercebemo-nos de que todos esses boatos estavam bem longe da verdade. O Los Angeles Times cita um inquérito feito pelo jornal local, The Times- Picayune, segundo o qual a maior parte dos rumores sobre esses actos de violência eram bastante exagerados.

:: enviado por JAM :: 9/28/2005 03:07:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

'tava-se borrifando...

Juge onaniste

:: enviado por RC :: 9/28/2005 12:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O perigo Manuel Alegre

[...] a candidatura de Manuel Alegre é muito prejudicial à direita. Cavaco está neste momento no seu auge nas sondagens. Não sendo um bom político de campanhas eleitorais, Cavaco irá perder votos assim que começar a falar (ou a comer bolo-rei) e não tem espaço nenhum para crescer à direita (onde já cobrirá a esmagadora maioria do eleitorado). A única hipótese de crescer seria à esquerda com os insatisfeitos com a candidatura de Mário Soares. Com a candidatura de Manuel Alegre esse nicho está tomado. [...] E, de repente, aquilo que parecia um passeio para a direita tornar-se-ia num pesadelo de 5, ou 10, anos.

:: enviado por JAM :: 9/28/2005 10:02:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

A tortura continua

Na mesma altura em que 100 mil manifestantes protestavam em Washington contra a guerra no Iraque, a organização americana de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, publicava um relatório sufocante para o exército americano sobre as torturas e sevícias infligidas aos prisioneiros da “guerra contra o terrorismo”.
Esse relatório é duplamente importante. Primeiro, porque lança por terra o mito segundo o qual as torturas cometidas na prisão de Abu Ghraib teriam sido obra de algumas “maçãs podres” que agiram por iniciativa própria e teriam cessado após a revelação do escândalo. Segundo, porque permitiu ouvir os testemunhos não de ex-prisioneiros, que estão sempre sujeitos à coacção, mas de soldados americanos.
As técnicas de tortura e de sevícias descritas pelo capitão e pelos dois sargentos que se confiaram à HRW, não são novas: são as mesmas que foram utilizadas nas prisões americanas no Afeganistão, no Iraque e em Guantanamo Bay. Inquéritos levados a cabo por ONGs e alguns jornais ocidentais, depois das revelações de 2004, já tinham provado que elas são práticas sistemáticas. Inquéritos que revelaram também casos de execuções de prisioneiros.
Perante este novo relatório, será que os americanos se vão de novo deixar enganar com mais um julgamento fantochada da soldado Lynndie England?

Ao autorizar o seu exército a perpetrar aquilo que o direito internacional qualifica de “violações graves das leis da guerra”, os Estados Unidos colocam-se na ilegalidade e prejudicam a causa que asseveram defender: a liberdade, a justiça e a democracia face aos “loucos de Allah”. De cada vez que um afegão ou um iraquiano é morto abusivamente ou torturado é uma derrota para a América e para todos aqueles que defendem os valores e a moral que os americanos afirmam encarnar.
O uso da tortura faz Washington perder pontos e oportunidades de ganhar as suas guerras, uma vez que, por cada prisioneiro martirizado, por cada imagem de Abu Ghraib ou de Guantanamo, se levantam dezenas de combatentes contra os Estados Unidos.

:: enviado por JAM :: 9/28/2005 08:38:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, setembro 27, 2005

A verdade vai prevalecer

Cindy Sheehan foi presa, em frente da Casa Branca, sob as objectivas das máquinas fotográficas. Cindy é a mãe de um dos centos de soldados americanos mortos em combate no Iraque, que jurou não dar tréguas àqueles que enviaram o seu filho Casey para a morte.
Durante o Verão, Cindy tornou-se a figura de proa do movimento anti-guerra, quando acampou em frente da propriedade de Bush, em Crawford. Os media apaixonaram-se pela sua luta, ao ponto de a compararem à das mães da Praça de Maio, grupo que nasceu para exigir respostas sobre os desaparecidos durante a ditadura na Argentina.
Mas Cindy foi brutalmente eclipsada, primeiro por Katrina e depois por Rita. Desde logo, impunha-se atrair de novo as luzes da ribalta sobre o seu combate. Por isso, Cindy foi presa, em frente da Casa Branca, e muitos terão dito que ela estava mesmo a pedi-las. É claro que sim. É claro que Cindy sabia que bastava sentar-se no chão em frente da Casa Branca para ser presa. Juntamente com mais algumas dezenas de manifestantes.
– “O mundo inteiro está a assistir”, declarou ela satisfeita. O seu combate pode continuar.

:: enviado por JAM :: 9/27/2005 08:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A toque de caixa...

"O Sindicato dos Funcionários Judiciais considera "ilegal e ilegítima" a circular enviada, esta terça-feira, pela Direcção-Geral da Administração da Justiça a decretar os serviços mínimos nos quatros dias de greve nos tribunais, a partir da próxima quinta-feira."

Se for como quando da greve dos professores, os serviços mínimos decretados serão, para todos os efeitos, a totalidade do serviço... Podemos fazer greve desde que não incomode ninguém e seja sem consequências, assim como birras de meninos que esperamos calmamente que passem.

Contra ventos e marés, contra tudo e contra todos, haja greves ou manifestações, para nós é igual ao litro?

Às vezes o diabo tece-as...

:: enviado por RC :: 9/27/2005 08:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, setembro 26, 2005

É a vida...

A Câmara de Óbidos conseguiu evitar o pagamento de indemnizações a construtores civis legalizando três blocos de apartamentos construídos junto à Lagoa de Óbidos através da alteração do Plano de Urbanização.

:: enviado por RC :: 9/26/2005 08:33:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ganhe três MP3 e vá para o Iraque

Leiam só o que a Leila Couceiro descobriu e digam lá se este mundo não está cada vez mais às avessas!?...

:: enviado por JAM :: 9/26/2005 02:37:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Força, Poeta!!!

Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não. Se a candidatura de Alegre não incomoda por que será que tantos já se empenham em desvalorizá-la? Não é fácil cumprir o pressuposto de independência conotado com o cargo de Presidente da República. Por um lado é uma opção individual e por outro a candidatura não pode ser levada a cabo sem o apoio de estruturas partidárias. Pelo fim de uma certa partidocracia que nos arrasta para um inevitável declínio e degradação de uma vivência republicana ainda bem que Manuel Alegre decidiu candidatar-se.

Força poeta!!!

Alegrem1


«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.]

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


:: enviado por RC :: 9/26/2005 12:57:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

domingo, setembro 25, 2005

Bloco de Esquerda, uma esquerda diferente?

Primeiro, vimos Fernando Rosas sentado na 1ª fila para o lançamento da candidatura presidencial de Mário Soares. Agora, ficámos a saber que a ex-deputada Joana Amaral Dias aceitou “com entusiasmo” o convite para mandatária para a juventude daquela mesma candidatura.
È caso para perguntar:
1ª) Tendo o Bloco de Esquerda candidato próprio às presidenciais, os bloquistas tresmalhados (i.e., que não apoiam o candidato escolhido pelo partido) não deveriam tomar a iniciativa de sair do partido? E, no caso de não o fazerem, não deveria o partido calçar-lhes uns patins? Ou será que também no Bloco se pode cavalgar simultâneamente por Deus e pelo Diabo?
2ª) O Bloco vai fazer uma campanha independente, marcando a sua posição, demarcando-se de todos os outros candidatos ou vai apenas ocupar o seu espaçozinho mediático durante a campanha e, com base no argumento de que é necessário derrotar a direita, combater apenas Cavaco, esquecendo-se de Soares (para, depois, numa eventual 2ª volta, vir a apoiar este contra aquele)? Será que derrotar a direita é repôr Soares no poleiro? Será que, nestas circunstâncias concretas, o mal menor é Soares e não Cavaco?

:: enviado por Manolo :: 9/25/2005 09:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O viandante nu

O mais famoso nudista da Grã-Bretanha terminou o seu circuito naturista: mil e quinhentos quilómetros a pé, do Sul de Inglaterra ao Norte da Escócia. A sua cruzada pelo direito do homem a andar nu durou sete meses – dos quais cinco passados atrás das grades por “ultraje aos bons costumes”.
Steve Gough, 46 anos, ex-soldado da Royal Marine, foi preso pelas forças da ordem escocesas no dia 1 de Setembro, quando se aproximava dos arredores de Edimburgo, acompanhado por Mel Roberts, uma cabeleireira de 33 anos, também ela integralmente nua e que, curiosamente, ficou em liberdade.
Todo o tempo em que esteve preso, o “viandante nu” recusou-se a pôr termo à sua campanha: apareceu em tribunal, por três vezes, nu como veio ao mundo. Na prisão de Portfield teve que ser isolado na sua cela. “Hoje, quando se vê um homem nu, pergunta-se logo se é um pedófilo ou um perverso. O meu corpo faz parte de mim e não tem nada de vergonhoso”, proclama Steve Gough.

In Portfield prison, Inverness
They could not make Rambler dress
So threw him into solitary
But could not take his dignity

Five months in jail he was waylaid
Diverted from his nude crusade
When they finally set him free
He strode away in naked glee

Mais fotos, aqui.

:: enviado por JAM :: 9/25/2005 06:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Não há fome...


E vão quatro...

:: enviado por RC :: 9/25/2005 01:10:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

De que ri Fátima Felgueiras?

Ao ser entregue aos responsáveis da Directoria da Judiciária do Porto, no dia do seu regresso, Fátima Felgueiras disse: “O que é que eu estou a fazer aqui? Não era isto que estava combinado, eu tenho é que ir para o tribunal de Felgueiras, não é para estar aqui.”
Já no tribunal de Felgueiras, a meritíssima juíza despachou o seguinte:
“[...] A dra. Fátima Felgueiras encontrava-se ausente, alegadamente para o Brasil, inviabilizando a execução da medida [...] A alteração dos pressupostos – a renúncia ao mandato e a iniciativa do regresso – obsta à persistência da prisão preventiva [...] A insistência na prisão preventiva podia afrontar a justiça [...]”

Ela ri de quê? Ri... de todos nós... e, pior, tem razões para isso...

:: enviado por Manolo :: 9/25/2005 12:20:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Tem a palavra a defesa

Talvez a Vieira do Mar seja mesmo a única – ela e a juíza Ana Gabriel – mas vale a pena ler aqui a réplica com que contesta o requisitório geral das “eminências pardas da nossa praça”.

:: enviado por JAM :: 9/25/2005 12:09:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, setembro 24, 2005

Mais recortes de imprensa

“O governo de Guterres pagou, em 2001, uma indemnização de quase 12 milhões de euros à multinacional Eurominas depois de a empresa ter passado a ser representada, nas negociações destinadas a pôr fim ao litigio que a opunha ao Estado, pelo dirigente socialista José Lamego e outros advogados do escritório criado por este, por António Vitorino e pelo actual ministro da Justiça Alberto Costa, após a saída do executivo dos 3 em finais de 1997. A indemnização em causa tinha sido expressamente recusada por Cavaco Silva em 1995 e era reivindicada pela Eurominas devido ao facto de o governo do PSD ter decretado a devolução ao Estado, sem qualquer compensação, dos 86 hectares do estuário do Sado que tinham sido cedidos em 1973 à empresa para aí instalar uma fábrica entretanto encerrada.” In Público de ontem.

“O Procurador-Geral da República; Souto Moura, não quer que a acusação do processo Apito Dourado seja deduzida antes das eleições autárquicas.” idem.

A mulher de César tem que ser honesta, mas tem também que parecer honesta. E o Estado português pode ser que não seja uma puta desbragada mas que parece, parece...

:: enviado por Manolo :: 9/24/2005 09:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Manual para bloggers e ciber-dissidentes

Os blogs podem ser apaixonantes. Podem também incomodar, desassossegar, perturbar. Muita gente não faz caso deles. Outros tomam-nos por profetas de uma nova revolução da informação. Com efeito, porque desatam as línguas dos cidadãos comuns, são um formidável utensílio da liberdade de expressão. Nos países onde reina a censura, quando os media tradicionais vivem à sombra do poder, os bloggers são muitas vezes os únicos verdadeiros jornalistas. São eles os únicos a publicar uma informação independente, mesmo que desagradem aos respectivos governantes e até ponham em risco a própria liberdade.
Repórteres sem Fronteiras, criaram um manual para os ajudar a manter o anonimato e a contornar a censura, através de conselhos práticos e de truques técnicos. O livro ensina também a lançar um blog nas melhores condições, a divulgá-lo e a torná-lo credível pelo respeito de certas regras éticas e jornalísticas.

:: enviado por JAM :: 9/24/2005 09:42:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Recortes da imprensa

“Ao investigar o caso de corrupção na base do «fax de Macau», o Ministério Público entreviu a dimensão da rede de negócios então dirigidos pelo presidente Soares a partir de Belém. A investigação foi encabeçada pelo procurador-geral adjunto Rodrigues Maximiano que, a dada altura, se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares: questão demasiado sensível que Maximiano colocou ao então procurador-geral Narciso Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD – há quase uma década repartindo os governos entre si. A previsão era catastrófica: “operação mãos limpas” à italiana, colapso do regime, república dos juízes. Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixou de fora o Presidente e limitou o caso a apurar se o governador de Macau, Carlos Melancia, recebeu um suborno de 250 mil euros.” Extracto da coluna de Joaquim Vieira na revista Grande Reportagem de hoje (titulo: “O polvo” – 4).

“[...] Se alguém se aplicasse a descobrir o que valem hoje e o que valiam há 20 ou 30 anos certas personagens do regime, não perderia um décimo de segundo com a putativa delinquência de Fátima Felgueiras. [...]”
Extracto da coluna de Vasco Pulido Valente no Público de hoje.

:: enviado por Manolo :: 9/24/2005 09:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Alvíssaras

A Hewlett-Packard (HP) apresentou muito bons resultados para o terceiro trimestre de 2005, em progressão de 10% em relação ao ano passado. Como a cotação das acções em Bolsa já só muito remotamente está relacionada com a saúde das empresas, as acções da HP não têm o valor que os seus dirigentes estimam ser justo – sobretudo para as suas “stock options”. Vai daí utilizaram o único mecanismo legal que permite a subida rápida das cotações : anunciar despedimentos. A HP França é particularmente atingida com 1240 despedimentos dos 5868 previstos na Europa.
Com alguma hipocrisia à mistura, diga-se de passagem, a França pediu à Comissão Europeia para se ocupar do dossier e tentar evitar os despedimentos. A Comissão Europeia é um dos maiores clientes da HP na Europa.
Um dia depois - rapidez pouco habitual na “casa” - a CE veio, pela voz do Sr. Barroso, anunciar que não tinha nada que ver com o assunto.
Dão-se alvíssaras a quem encontrar algo, directamente ligado à vida das pessoas, com a que a Comissão tenha a ver.

:: enviado por U18 Team :: 9/24/2005 07:25:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Passatempo Briteiros (R)

Obviamente Miccoli. Sendo um dos poucos jogadores do Benfica que sabe jogar futebol, o clube nunca o deixará assumir outros compromissos. Entre os outros três, tanto faz ...

:: enviado por U18 Team :: 9/24/2005 06:40:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

www.maisautarquicas.com

Este site – uma parceria Expresso, Visão e SIC – oferece notícias actualizadas da campanha para as eleições autárquicas de 9 de Outubro; reportagens e artigos de fundo; entrevistas e debates; artigos de opinião e um Diário da Campanha em formato moblog da responsabilidade dos repórteres no terreno.

:: enviado por JAM :: 9/24/2005 12:50:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, setembro 23, 2005

Pois, pois...

"A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) anunciou hoje que o "marketing" político através de comunicações electrónicas (SMS e e-mail) é ilegal se não existir uma pré-autorização dos destinatários."

Por escrito e com assinatura reconhecida?

Desde já solicito a intervenção da CNPD no sentido de aplicar coimas aos spammers que me enviam mensagens de propaganda:

Рассылка вашей РЕКЛАМЫ!!! ал пропускает
O quê?
今回の地域紹介が逆¥限定ですので、希望女性会員の数により、男性様へのご紹介は人数限定と致しまして、
長時間経過してもご返答のない方は自動破棄と判断し他の方に移行させて頂く事も有りますので、予め
Oooops!
Secret to attracting beautiful women!

Who, me?

УНИКАЛЬНОЕ ПРЕДЛОЖЕНИЕ.Впервые на рынке недвижимости... ч
(TASS mesmo a ver que vou comprar propriedades na Rússia, Tass, Tass...)

Gracious moms from this site are the only ones who can take up to 3 cocks at once!

Segundo o meu tradutor automático parece que "Os moms gracious deste local são únicos que podem fazer exame de até 3 torneiras em uma vez!)
Para que é que eu quero moms que fazem exames a três torneiras?

Por outro lado esta coisa do SPAM até pode ser útil. Já imagino o nosso excelso ministro das finanças a escrever à Mlle Amah Liz. Sans malice, bien sur...

Esta mocinha até nos quer bem...
Se algum membro do Governo quiser escrever à "menina" aqui vai a cartinha que eu recebi, antes que o CNPD a apanhe e coime. Pobre Mlle, já estou a ver o presidente das CNPD a ameaçá-la: "A menina reincide e eu coimo-a..."

Bonjour
Avant tout chose, je voudrais m'excuser de mon intrusion dans votre vie privée. Je me nomme Mlle Amah Liz, Cadre au Département de la Comptabilité à la CITIBANK - Côte d'Ivoire. Un compte a été ouvert au sein de notre banque en 1985 et depuis 1990, aucune opération ne s'est effectuée. Ce compte présente à ce jour dans nos livre, un compte créditeur de 4.5 millions de dollars américains. Après avoir consulté méticuleusement toutes les archives et les dossiers relatifs à ce compte, je me suis rendu compte que je pouvais disposer aisément de cet argent si je réussissais à le virer sur un compte à l'extérieur.
Le possesseur de ce compte fut feu Meite Soumaila, un expatrié, directeur de Petrol-Technical Support Services Inc, ingénieur en chimie, décédé suite à un accident de la circulation. Personne ne
sait à ce jour l'existence de ce compte. Ce compte ne possède aucun autre bénéficiaire aussi bien dans sa famille que dans son entreprise.
Je voudrais transférer l'argent de ce compte dans un compte sûr à l'étrange, mais je ne connais personne à l'extérieur. C'est ainsi que l'idée m'est venue de vous contacter et de vous faire la proposition de virer cette somme sur votre compte bancaire, pour partage, c’est à dire moitié-moitié.
J'ai conscience que ce message vous surprendra car nous ne nous connaissions pas auparavant, mais soyez sûr que c'est une véritable opportunité que je vous offre.
Je vous demande de me répondre le plus vite possible.
Coordialement.
Mlle Amah LIz

Tanta generosidade é tocante...

:: enviado por RC :: 9/23/2005 08:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Passatempo Briteiros

Dos personagens representados nas fotos, quem tem menos condições para ser Presidente da Câmara de Lisboa ?


Resposta amanhã aqui no Briteiros

:: enviado por U18 Team :: 9/23/2005 04:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Uma política activa pode salvar vidas (2)

Feito o trágico balanço do Katrina e no meio das preces de hoje para que Rita tenha um alcance muito menos devastador, vem-nos à ideia o caracter temporal da catástrofe de Nova Orleães, como se nela tivesse havido uma espécie de reacção em cadeia. Logo a seguir à passagem do ciclone, houve um alívio momentâneo: o olho do furacão tinha passado 40 km ao lado da cidade e assinalava-se “apenas” uma dezena de mortos. O pior tinha sido evitado mais uma vez.
Depois tudo se complicou rapidamente: uma parte dos diques de protecção cedeu, a cidade foi invadida pelas águas e a ordem social desintegrou-se porque os habitantes mais pobres e desfavorecidos (os negros), não tiveram meios para fugir a tempo e foram abandonados sem comida e sem assistência.
De uma certa maneira, a catástrofe natural funcionou como um “revelador social”. Independentemente de se saber se o aquecimento do planeta tem ou não tem influência no aumento da potência e da frequência dos ciclones (essa questão tem sido sobejamente debatida), os efeitos catastróficos imediatos do Katrina ficaram a dever-se, em grande parte, a negligências humanas: as autoridades não estavam preparadas para responder às necessidades facilmente previsíveis. Mas o verdadeiro choque da desintegração da ordem social (selvajaria, pilhagens, assassínios, violações) veio mais tarde. Por uma espécie de acção diferida, a catástrofe natural repetiu-se na forma de uma catástrofe social.

Há quase um ano, muito antes portanto deste debate acalorado, escrevemos aqui que uma política activa pode salvar vidas. Demos exemplos para nos referirmos ao que pode e deve ser feito no sentido de proteger eficazmente as populações, como forma de minimizar as consequências das catástrofes naturais. Se os cubanos o sabem e podem fazer, os americanos tinham obrigação de saber fazê-lo muito melhor ainda. Por isso repetimos mais uma vez a frase final de então: Também em política, mais vale prevenir que remediar.

:: enviado por JAM :: 9/23/2005 03:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Os novos heróis

Se eu tivesse que escrever sobre o furacão Fátima que acaba de arrasar Felgueiras, diria que, como acautela Nuno Rogeiro, não conheço Fátima Felgueiras, nada sei sobre os meandros do seu processo e não tenho quaisquer elementos para debater se a autarca quis, provocou, comandou ou estava ao corrente – em parte ou no todo – da série de ocorrências graves que levaram à abertura do seu processo solene ou se foi vítima de uma cilada ou abusada na sua boa fé.
Agora há uma constatação que manifestamente ultrapassa toda essa complexidade: tal como a nossa política que, todos sabemos, está doente, não há sombra de dúvida que a nossa justiça não o está menos. Ou, como escreve Vicente Jorge Silva, é uma justiça cujo funcionamento kafkiano contribui para o triunfo da impunidade – e dá lastro ao populismo suburbano que cresce na imensa paisagem do terceiro mundo português.

:: enviado por JAM :: 9/23/2005 11:04:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, setembro 22, 2005

Outros azimutes...

Turbo professores no Superior chegam a dar aulas em seis universidades

Cerca de três mil docentes dão aulas em duas ou mais instituições de ensino superior. CRUP pronto a investigar.

Cerca de 40 docentes do Ensino Superior dão aulas em quatro instituições, trezentos em três escolas. Mas as acumulações não se ficam por aqui: seis repartem o seu tempo lectivo por cinco escolas. Ainda assim, o recorde do tempo lectivo é batido por um docente que dá aulas em seis instituições,....



Isto está a ficar perto de casa dos "moralistas" de serviço....



:: enviado por RC :: 9/22/2005 09:34:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Caça ao urso

A Samantha foi convidada para participar numa expedição de caça ao urso oferecida por uma das numerosas associações cujo objectivo é ensinar as crianças a caçar. Numerosas associações que, como a National Shooting Sports Foundation, a US Sportsmen's Alliance ou a National Wild Turkey Federation, estão apostadas em lutar contra o declínio da caça nos Estados Unidos (de 16,4 milhões em 1993 passou a 14,7 em 2003).
A Samantha vive no Estado do Vermont, tem 9 anos, anda na quarta classe e a sua primeira experiência de contacto com a caça grossa durou quatro dias.
Mas, nessa primeira experiência, a caçada não foi lá muito fértil.
– “Só vimos um sapo e uma serpente morta”, queixou-se a Samantha.

:: enviado por JAM :: 9/22/2005 08:16:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

De pernas para o ar...

Assim vai o jardim à beira-mar plantado...

No seu regresso triunfal, a candidata independente e, até agora, fugitiva à justiça, Fátima Felgueiras conseguiu, para inveja de todos os candidatos de pequenas autarquias, ter mais tempo de antena na SIC que qualquer um dos seus adversários...

:: enviado por RC :: 9/22/2005 01:11:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quarta-feira, setembro 21, 2005

Simon Wiesenthal

Faleceu ontem Simon Wiesenthal “a memória do Holocausto”.
Do seu livro “Justiça e vingança” (1989):
“Eu quero ser o megafone dos que não sobreviveram ao Holocausto, quero manter a sua memória viva, para ter a certeza de que os mortos continuam vivos na nossa memória.”
“O ódio pode ser alimentado em qualquer lado, o idealismo pode ser transformado de forma perversa em sadismo em qualquer lado. Se o ódio e o sadismo forem combinados com tecnologia moderna, o inferno pode emergir em qualquer lado.”

Dias antes, no dia 11, o Público publicara um artigo de Timothy Garton Ash (que eu não conheço e de quem o Público não dava mais referências), artigo do qual passo a transcrever um pequeno excerto:
“A grande lição a tirar do Katrina é que a civilização em que nós vivemos é protegida por uma camada extremamente fina. Basta um abalo e ela estala, passando cada um a lutar furiosa e instintivamente pela vida como cães selvagens. [...] Isso já aconteceu aqui, no nosso continente, há apenas 60 anos”

:: enviado por Manolo :: 9/21/2005 10:05:00 da tarde :: 4 comentário(s) início ::

Democracia platónica?

Eu até posso eventualmente não concordar com as reivindicações actuais dos militares, mas decididamente não concordo com o Governo quando este os proíbe de se manifestarem. O meu desacordo é ainda maior quando me lembro que este mesmo Governo autorizou recentemente 2 manifestações de rua contra o espírito e a letra da Constituição, uma contra os imigrantes e a outra contra os homossexuais (a seguinte será contra os judeus?...).

:: enviado por Manolo :: 9/21/2005 09:54:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

O único vencedor das eleições alemãs foi... a Turquia

A incerteza provocada pelas eleições legislativas alemãs semeou o optimismo nas hostes dos analistas políticos turcos. Por um lado, consideram que o facto de Gerhard Schröder não ter feito ziguezagues sobre a questão turca lhe valeu um acréscimo de confiança da parte dos eleitores, que lhe permitiu chegar aos 34% dos votos. Por outro lado, acham que a curta vitória de Angela Merkel é uma prova de que o discurso anti-Ancara representou um tiro pela culatra, num país onde vivem vários milhões de turcos, dos quais meio milhão são cidadãos alemães.
Esse optimismo estende-se a outros países da União Europeia, nomeadamente àqueles que, como os franceses Villepin e Sarkozy, se opõem à entrada da Turquia na União e que, segundo os mesmos analistas, deveriam pôr as barbas de molho. Daí as palavras do primeiro ministro Erdogan e sobretudo as do ex-primeiro ministro Mesut Yilmaz, para quem “o único e verdadeiro vencedor destas eleições foi a Turquia”.

:: enviado por JAM :: 9/21/2005 05:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

21 de Setembro é Dia Internacional da Paz


© Desenho de Bandeira - Diário de Notícias

Em 1981, a Assembleia Geral da ONU declarou o dia da abertura da sua sessão ordinária de Setembro oficialmente dedicado à comemoração e reforço dos ideais da paz, tanto no interior de cada país como entre as várias nações do mundo. Desde 2002, o Dia Internacional da Paz é celebrado a 21 de Setembro, dia consagrado à exaltação e observação da paz, data mundial do cessar-fogo e da não-violência durante a qual todas as nações e todos os povos são convidados a cessar as hostilidades.
O nosso planeta só será uma casa acolhedora para todos os seus habitantes quando cada membro da espécie assumir as suas responsabilidades pondo em prática uma vontade menos egoísta e mais fraterna. Este dia serve para lembrar à humanidade que é preciso trabalhar em prol da aquisição de comportamentos mais fraternos, para uma convivência mais pacífica que nos faça preocuparmo-nos mais com o bem comum e menos com a competição e a supremacia. A cura dos males sociais começa pela educação íntima de cada um de nós.

:: enviado por JAM :: 9/21/2005 12:00:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, setembro 20, 2005

A quimera da Lua

Ao propor um novo bilhete de ida e volta para a Lua, em 2018, a NASA oferece um estranho negócio aos americanos. Um negócio que, em troca de uma escapadela longe dos actuais desastres, vai sobrecarregar em mais 217 biliões de dólares um orçamento já de si agravado pelas despesas da guerra no Iraque e os estragos do furacão Katrina. Ou seja, um sonho para esquecer os pesadelos.
Mas, se o presidente americano quer que a popularidade da sua nova aventura espacial contribua para atenuar as actuais desilusões, vai ter que provar que a nova missão lunar não é apenas uma forma de nos varrer da memória o grande fracasso da NASA dos últimos trinta anos: o vaivém espacial. Demasiado perigoso, demasiado caro, demasiado complexo, o avião do espaço, que será abandonado em 2010, restringiu os voos espaciais habitados a pequenos passeios até à órbita terrestre baixa da Estação Espacial Internacional, um mamarracho que não se percebe muito bem para que serve e que não faz sonhar ninguém.

:: enviado por JAM :: 9/20/2005 10:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, setembro 19, 2005

Não há festas nem festanças onde não entrem as donas Constanças...

Dos jornais:
“A GALP-Energia decidiu contratar a Sociedade Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados, a que pertence António Vitorino, para assessoria nas conversações em curso sobre a reestruturação da empresa. A GPCB & Associados foi absorvida pelo escritório de advocacia espanhol CUATRECASAS e tem representado os interesses da eléctrica espanhola IBERDROLA na GALP.”
“A IBERDROLA, em Portugal, é presidida por outro deputado socialista, Pina Moura. A entrada da Iberdrola do capital da GALP e da EDP ocorreu no âmbito da privatização das duas empresas, quando Pina Moura era ministro da Economia de Guterres.”
Já agora: não se esqueçam que Fernando Gomes foi nomeado por Sócrates para a administração da GALP. E que Vitorino preside à assembleia geral do SANTANDER-TOTTA em Portugal.
Seria menos hipócrita e ficar-nos-ia bem mais barato (aos totós que pagamos impostos) dispensar de uma vez por todas estes intermediários, que nos custam os olhos da cara, e assumirmos que queremos ser governados directamente pelos espanhóis.

:: enviado por Manolo :: 9/19/2005 11:28:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ele ou ela ?

Começou a dança. O vencido ganhador e a vencedora derrotada. O chanceler e a sua adversária foram ambos vencidos, mas declaram-se, um e outro, vencedores, muito embora a maneira como pretendem formar uma coligação governamental esteja ainda envolta num intenso nevoeiro. Conclusão: após a vitória do desânimo, os alemães vão certamente assistir à formação de um governo desanimado.
Por entre as numerosas combinações de partidos possíveis, as mais prováveis, segundo os analistas, são a chamada “coligação jamaicana” ou então a segunda edição da “große koalition”. A “coligação jamaicana” (preta-amarela-verde) que poderá juntar o CDU com os verdes e os liberais do FDP, ou a grande coligação dos dois maiores partidos (o que só aconteceu uma vez, nos finais dos anos 1960), com Merkel mas sem Schroeder, que poderá ser substituído por Franz Müntefering (presidente do SPD), Peer Steinbrück (ministro-presidente da Renânia do Norte-Vestfália) ou Kurt Beck (ministro-presidente da Renânia-Palatinato). Em todo o caso, a grande coligação parece ser a solução que melhor reflecte a vontade dos eleitores, que esperam que os dois grandes partidos possam juntos conseguir o milagre: o crescimento económico de Merkel juntamente com a justiça social do SPD.

:: enviado por JAM :: 9/19/2005 04:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, setembro 18, 2005

Poderá o eixo franco-alemão estremecer com Merkel?

Faltam poucas horas para que (tudo leva a crer) Angela Merkel – Angie prós amigos – consiga o lugar de primeira mulher Chanceler da História da Alemanha, mesmo se a distância que separa o seu CDU do SPD de Schroeder se reduziu surpreendentemente nas duas últimas semanas. Agora, a grande incógnita reside em saber que coligação Angie irá liderar: uma aliança CDU-FDP ou um grande centrão CDU-SPD? Em termos de política externa, três questões estão dependentes dessa incógnita: o futuro da União (tratado constitucional e orçamento), a questão da adesão da Turquia e o futuro do eixo franco-alemão.

Continue a ler Merkel e o eixo franco-alemão.

:: enviado por JAM :: 9/18/2005 03:31:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Alemanha – mudar ou morrer

Como poderá a indústria alemã, que ainda representa um quarto do PIB do país, aguentar-se em igualdade de condições com países que não têm sindicatos nem direito à greve? Será que, para poder conservar as suas vantagens competitivas, deverá renunciar às conquistas sociais e voltar ao século XIX, tal como propõe a lógica liberal?
O mal profundo do modelo germânico é o paradoxo de um país que empobrece objectivamente mas cujos habitantes continuam ricos. Esperando ingenuamente que volte o crescimento para fazer reformas, os governantes perderam demasiado tempo e agora têm absolutamente que tomar medidas drásticas. E, mesmo assim, não é certo que a reforma brutal de um modelo capaz de produzir cinco milhões de desempregados e de esvaziar as caixas da segurança social dará automaticamente a volta ao crescimento. Mudar ou morrer, eis o destino da Alemanha.

:: enviado por JAM :: 9/18/2005 11:51:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Os debates televisivos

Os realizadores e bons jornalistas da SIC que orientaram os debates (por alguma razão ditos “moderadores” perante os presumíveis “extremismos” de quem debate) tiveram, desta vez, a inteligência e generosidade de deixá-los bulhar à vontade.
Dado o pouco a que se presta a televisão em matéria de discussão de ideias, é natural que a atenção, aflita à procura de um foco, se concentre no espectáculo nada elevado mas divertido dos mútuos assanhamentos da política. Daí que façam bem os jornalistas e realizadores em deixar chover as chapadas ao gosto dos pugilistas.
É um prazer verificar que toda a apregoada “complexidade” se reduz, em televisão, a isto “Mentira!”, grita um. “Verdade!”, reafirma o outro. “Não sabes nada disto!”, insiste o primeiro. “Sei sim senhor! Tu é que não sabes!”, responde o segundo.
Dantes, os moderadores eram repressivos e esta inescapável humanidade era desrespeitada. Agora podemos ver como um debate pode ser conduzido, por duas pessoas inteligentes e informadas, em estritos termos de infantário: “Cala-te!”, atira o canhoto. “Não me interrompas!”, protesta o direito. “Deixa-me falar!”, pede o azul, e logo vai o roxo: “Não deixo!”
É muito provável que, depois deles, não se fique com uma única ideia acerca dos candidatos. Mas fica-se com uma excelente ideia do que é a televisão.

Trechos de um inspirado artigo de Miguel Esteves Cardoso.

:: enviado por JAM :: 9/18/2005 11:37:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sábado, setembro 17, 2005

Só por milhões?


O semanário cita um elemento da candidatura do ex-Presidente que assegura que «António Vitorino já comunicou a Mário Soares que, por razões profissionais, não tem tempo nem disponibilidade para desempenhar funções institucionais na campanha».

:: enviado por RC :: 9/17/2005 03:59:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Passou-se


Gérard Depardieu passou-se, ao vivo, na BBC1.

Não admira, oito garrrafas por dia?

:: enviado por RC :: 9/17/2005 11:29:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

A carica é a nova moeda dos Camarões

Nos Camarões, a concorrência entre as diversas marcas de cerveja faz-se através de garrafas premiadas. Os prémios vêm indicados nas cápsulas e vão de telemóveis a automóveis de luxo, passando por garrafas de cerveja gratuitas. Desde o princípio do ano, os camaroneses já ganharam 20 milhões de garrafas. Quase toda a gente ganha. É frequente sair-se de casa para ir beber uns copos e voltar a entrar com meia dúzia de garrafas gratuitas.
As caricas de cerveja tornaram-se tão valiosas que passaram a ser usadas como moeda de troca. Muitos pagam com elas o almoço ou a corrida de taxi. Os taxistas não se importam pois uma cerveja custa 500 francos CFA, mais cara que uma corrida, que custa em média 200 ou 300 francos CFA. Depois, os taxistas usam as caricas para convencer os polícias a fechar os olhos a determinadas infracções.
Recentemente, um homem levou a tribunal uma mulher a quem tinha oferecido uma cerveja, cuja cápsula dava direito a um carro. O juiz decidiu que a garrafa oferecida deveria beneficiar “inteiramente” a senhora. Ficou só a questão racional de saber se, quando se oferece uma bebida, se oferece também a carica!...

:: enviado por JAM :: 9/17/2005 08:55:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

sexta-feira, setembro 16, 2005

A Igreja procura aprendizes de exorcistas

É sem dúvida um trabalho infernal, mas alguém tem que o fazer. Na Universidade do Vaticano, a Athenaeum Pontificium Regina Apostolorum, estão abertas as inscrições para o curso superior de exorcismo. O programa do curso, em dez sessões semanais, compreende a aprendizagem dos rituais do exorcismo, da melhor maneira de se dirigir ao Diabo, das artimanhas que ele utiliza para contra-atacar, passando pela leitura dos sinais do satanismo e do ocultismo que se escondem na música rock, na Internet e nos jogos de vídeo.

:: enviado por JAM :: 9/16/2005 04:41:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

A Europa e a nova realidade climática

Após duas semanas de posts na blogosfera mundial sobre a tese do anti-americanismo e da relação entre os furacões e o aquecimento global, com manifesta repercussão entre nós, sobretudo aqui e aqui, o jornal americano publicado em Paris, International Herald Tribune, lança as suas achas para a fogueira, anunciando que um aquecimento irreversível já começou e vai durar um século, apesar das limitações impostas pelo protocolo de Quioto.
Segundo o jornal, o futuro anuncia-se mais quente e mais tempestuoso. Inúmeros sinais são incontestáveis quanto à efectividade do aquecimento global: o acréscimo da mortalidade estival devida às vagas de calor na Europa, a migração de certas algas tóxicas para o Norte ou de peixes tropicais para o Mediterrâneo. Mesmo os incêndios em Portugal se explicam, em parte, pela desertificação da Península Ibérica, igualmente marca do aquecimento global.
É certo que é difícil ligar uma inundação, um incêndio ou a propagação de uma doença ao aquecimento climático, dado que, entre outros factores, as temperaturas variam todos os anos. Mas o número médio das catástrofes climáticas nos anos 1990 foi duas vezes superior ao da década anterior, segundo a Agência Europeia do Ambiente.
Os países europeus já começaram a adaptar-se às mudanças: os agricultores franceses utilizam culturas mais resistentes ao calor; as estações de esqui austríacas estão a desenvolver o turismo de Verão; o metro de Copenhaga fez levantar todas as estruturas de meio metro, para prevenir os efeitos duma subida do nível do mar nos próximos 100 anos...
O facto é que as provas do aquecimento climático são irrefutáveis e a quase totalidade dos cientistas acredita que isso foi produzido – ou amplamente acelerado – pelos gases associados à industrialização.

:: enviado por JAM :: 9/16/2005 01:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Que vergonha, rapazes!

Que vergonha, rapazes! Nós práqui,
caídos na cerveja ou no uísque,
a enrolar a conversa no “diz que”
e a desnalgar a fêmea (“Vist’? Viii!”)

Que miséria, meus filhos! Tão sem jeito
é esta videirunha à portuguesa,
que às vezes me soergo no meu leito
e vejo entrar quarta invasão francesa.

Desejo recalcado, com certeza...
Mas logo desço à rua, encontro o Roque
(“O Roque abre-lhe a porta, nunca toque!”)
e desabafo: - Ó Roque, com franqueza:

Você nunca quis ver outros países?
- Bem queria, Snr. O’Neill! E... as varizes?

(De Ombro na Ombreira - 1969)

:: enviado por Manolo :: 9/16/2005 12:59:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Fogos fátuos?

Porque será que a denúncia feita há dias por Francisco Louçã dos interesses de Dias Loureiro em empresas que o Estado contrata para o combate aos incêndios não teve continuidade (pelo menos que eu me tenha apercebido) nem na imprensa nem no próprio site do Bloco de Esquerda? Os incêndios, porque já não são noticia, deixaram de ser um problema?

:: enviado por Manolo :: 9/16/2005 12:51:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

pretos... pobres... descartáveis...

Se alguém de boa-fé ainda tinha dúvidas, Katrina encarregou-se provávelmente de as dissipar: a administração WC Bush não está aí para o próprio povo americano (quanto mais para os outros povos!). Está aí, isso sim, para os negócios: há dias, a imprensa revelou que “empresas ligadas à Casa Branca estão a ganhar alguns dos contratos para a reedificação do que o furacão destruiu. Muitas são as mesmas que estão a trabalhar para a reconstrução do Iraque”.
Com este assunto, evidentemente, já se gastou muita tinta, mas nunca é demais – água mole em pedra dura...


© Desenho de Sandy Huffaker


:: enviado por Manolo :: 9/16/2005 12:41:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Guantanamo

Do Diário de Noticias de sábado passado:
“A greve de fome no centro de detenção norte-americano de Guantanamo entrou já no seu 2º mês, sendo actualmente cumprida por 87 prisioneiros (…) As suas exigências são o cumprimento das convenções de Genebra sobre o tratamento de prisioneiros de guerra entre Estados (…) Exigem o direito a um julgamento ou, pelo menos, a uma acusação concreta (…) Dos 500 prisioneiros apenas 4 foram acusados de um crime (…)”

:: enviado por Manolo :: 9/16/2005 12:32:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, setembro 15, 2005

Catedral verde e sussurrante

Arde o Pinhal do Rei...

PINHAL DO REI

Catedral verde e sussurrante, aonde
a luz se ameiga e se esconde
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar:
ditoso o "Lavrador" que a seu contento
por suas mãos semeou este jardim;
ditoso o Poeta que lançou ao vento
esta canção sem fim...

Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
rei D. Dinis, bom poeta e mau marido,
lá vem as velidas bailar e cantar.

Encantado jardim da minha infância,
aonde a minh'alma aprendeu;
a música do Longe e o ritmo da Distância
que a tua voz marítima lhe deu;
místico órgão cujo além se esfuma
no além do Oceano, e onde a maresia
ameiga e dissolve em bruma,
e em penumbra de nave, a luz do dia.
Por estes fundos claustros gemem
os ais do Velho do Restelo...
Mas tu debruças-te no mar e, ao vê-lo,
teus velhos troncos de saudades fremem...

Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
são as caravelas, teu corpo cortado,
é lo verde pino no mar a boiar.

:: enviado por RC :: 9/15/2005 08:35:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O « okupa »

Oliveira Martins pode ser honesto, mas não deixa de ser o último moicano de Guterres. A partir de agora, quando o PS um dia for transportado para o inferno da oposição, e tentar protestar quando um outro partido colocar um alto funcionário, terá de selar os lábios. Sócrates empenhou, com a escolha de Oliveira Martins, a liberdade futura do PS. A de poder protestar.

:: enviado por JAM :: 9/15/2005 10:58:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

Quem está bem também se muda

No país mais rico do mundo, a oposição de esquerda ganhou as eleições legislativas de 12 de Setembro, com uma maioria absoluta de 88 lugares dos 169 do Parlamento. O Partido Trabalhista de Jens Stoltenberg concorreu coligado com o Partido Centrista e com a Esquerda Socialista, uma coligação inédita, vermelha e verde. A base do programa: relançar a economia à custa do Estado-providência, canalizando os enormes recursos financeiros oriundos da exploração petrolífera para áreas como a educação, saúde ou o apoio à terceira idade.
Os socialistas de esquerda (SV) consideram, no seu programa, que os Estados Unidos constituem a principal ameaça à paz mundial e são tradicionalmente contra a NATO – de que a Noruega é membro – e contra a União Europeia – da qual não é membro. Após dois fracassos nos referendos de 1972 e 1994, a questão duma nova candidatura à UE não deverá colocar-se durante a próxima legislatura de quatro anos. O SV opõe-se também à construção de centrais térmicas a gás, por serem poluentes, e à prospecção de petróleo nas águas ecologicamente frágeis do Mar de Barents, no extremo Norte, duas posições com as quais os trabalhistas não concordam. Seja como for, o programa do novo governo norueguês vai ter que sair do entendimento dos três aliados da esquerda.


Ao centro, o futuro Primeiro Ministro trabalhista, Jens Stoltenberg; à direita, Aslaug Haga, presidente do Partido Centrista; à esquerda, Kristin Halvorsen, presidente da Esquerda Socialista


:: enviado por JAM :: 9/15/2005 08:36:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, setembro 14, 2005

Reformar é preciso

Começa hoje em Nova Iorque a cimeira das Nações Unidas, que deveria ter a árdua tarefa de reformar a sexagenária organização internacional. Mas a diplomacia americana tem outras prioridades e a própria ONU tem andado demasiado crispada devido às críticas sobre o escândalo de corrupção relativo ao programa “petróleo por alimentos”, no Iraque de Saddam Hussein, na altura das sanções económicas e comerciais. Esse escândalo justificaria, só por si, a urgência de uma reforma da organização, na condição de que ela consiga, depois de tudo o que foi feito, recuperar um mínimo da sua credibilidade perdida.
A esse propósito, o semanário britânico New Statesman deu a palavra a dois ilustres escritores: Tariq Ali, jornalista de origem paquistanesa, e Dan Plesch, jornalista e especialista em questões nucleares, que trabalhou para vários jornais ingleses e americanos. Para Tariq Ali, a ONU não passa de “um instrumento irrecuperável da política americana. Não vale a pena pensar em qualquer tipo de reforma, porque a verdadeira escolha não é entre a actual desordem e uma instituição verdadeiramente democrática, mas sim entre esta desordem e uma agência intervencionista que poderá servir de instrumento militar à nova ordem mundial, da mesma forma que o FMI ou o Banco Mundial servem no plano económico.” Para ele, “a ONU tem-se mostrado frequentemente impotente, ao longo da sua História, em matéria de defesa das soberanias nacionais, da Hungria à Checoslováquia e ao Vietname, durante a guerra fria, e em matéria de direitos humanos no Chile, no Brasil, na Argentina, na Indonésia, no Paquistão ou na Turquia.”
Quanto a Dan Plesch, recorda as palavras de Winston Churchill: “As Nações Unidas são a nossa única esperança no mundo. Com milhares de armas nucleares prontas a explodir, evitar uma terceira guerra mundial continua a ser a prioridade máxima, e a ONU tem até agora conseguido evitá-la através dum sistema político de gestão das crises e duma rede crescente de leis e de normas capazes de refrear os piores excessos de potência. É por isso que a Administração Bush a quer destruir. O mundo anárquico ao qual Bush pretende regressar é o mesmo que permitiu e provocou as duas guerras planetárias.”

:: enviado por JAM :: 9/14/2005 07:30:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, setembro 13, 2005

O rato Mickey no país de Mao

Disneylândia, “o reino mágico concebido pelo grupo Disney”, abriu ontem as suas portas em Hong Kong. Este novo parque de atracções pretende atrair cerca de quatro biliões de turistas, vindos da Ásia, de Karachi a Seul. Para os responsáveis locais, “a abertura da Disneylândia, na ilha de Lantau, contribuirá para o boom económico e fará de Hong Kong um destino turístico familiar e um centro comercial onde vão cruzar-se o Oriente e o Ocidente”.
O investimento foi de quase três biliões de euros, para um projecto que levou sete anos a concluir-se, por entre altos e baixos ainda mais inclinados que os da Space Mountain, a atracção mais popular do parque.
O vice-presidente chinês, Zeng Qinghong, esteve presente na inauguração, tendo sido a primeira visita a Hong Kong de um alto dignitário chinês, desde as manifestações do 1 de Julho de 2003 que juntaram centenas de milhares de manifestantes convocados por um movimento local pela democracia.

:: enviado por JAM :: 9/13/2005 09:44:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, setembro 12, 2005

Divorcie-se facilmente sem sair de casa

Quase tão popular como os encontros em linha, ou as compras em linha, agora existe também o divórcio em linha. Na Bélgica, os casais que pretendem divorciar-se só precisam dum computador e duma ligação Internet para preparar tudo o que é preciso para um processo de divórcio por mútuo consentimento. A iniciativa é um verdadeiro sucesso e, desde o seu lançamento na Flandres, o site echtscheiding-online já recebeu 250 mil visitas. Na semana passada foi criada a versão francófona, divorce-online.
Foi um escritório de advogados da cidade de Assenede que teve a ideia de criar o site. Mas a Ordem dos Advogados belga chamam a atenção para os perigos desse método de trabalho, considerando que a iniciativa banaliza de um modo assustador um passo importantíssimo na vida de um homem ou duma mulher.

:: enviado por JAM :: 9/12/2005 09:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, setembro 11, 2005

O outro 11 de Setembro

Enquanto em todo o mundo se olha para o 11 de Setembro como a data que marcou o início da cruzada contra o terrorismo, liderada pelos Estados Unidos, no Chile todos os anos a data tem um significado diferente. É o aniversário do Golpe Militar que colocou no poder o general Augusto Pinochet e a mais sangrenta de todas as ditaduras instaladas, ao longo das décadas de 60 e 70, na América Latina.
Ao amanhecer do dia 11 de Setembro de 1973, o Chile estava nas mãos dos militares. Durante 16 anos o governo de Pinochet dominou o país pelo medo. Um período onde a repressão despontou no Chile como elemento central do exercício da política. Muito mais do que perseguir apenas os integrantes do antigo governo de Salvador Allende – a primeira e única experiência de um governo socialista na América do Sul que chegou ao poder através de eleições directas – e os demais grupos da esquerda chilena, os militares estenderam a repressão política a toda a sociedade chilena indiscriminadamente.
O 11 de Setembro de 2001 não tem qualquer desculpa. Mas, curiosamente, os que gritavam nesse dia que a liberdade e a democracia tinham sido mortalmente atingidas eram os mesmos representantes de um Estado que, 28 anos antes, esteve directamente implicado no bombardeamento do Palácio de La Moneda, em Santiago do Chile, derrubando os prédios, fazendo vítimas e adiando o sonho de milhões de pessoas de construírem o socialismo de maneira pacífica, mesmo que partindo das limitadas regras das democracias liberais.

:: enviado por JAM :: 9/11/2005 01:03:00 da tarde :: 13 comentário(s) início ::

Misérias de Setembro

Setembro de 2001 mostrou ao mundo a vulnerabilidade dos americanos face ao que os homens têm de mais horroroso. Setembro de 2005 mostrou a sua vulnerabilidade face ao que a natureza tem de mais trágico. E, num e noutro, ficou à vista o desprezo da maior superpotência mundial pelo valor da vida humana.
O correspondente em Washington do jornal francês Libération conta no seu blog que no dia em que saiu do abominável inferno do Superdome de Nova Orleães, deu boleia a um casal que já tinha tentado sair da cidade a pé, mas tinha sido obrigado a voltar para trás pela polícia que, sobre a ponte do Mississippi, impedia os refugiados de acederem à cidade vizinha de Gretna. O chefe da polícia dessa cidade dormitório de 18 mil habitantes recusara-se a prestar auxílio às vítimas, alegando que “não tinham refúgios para tanta gente”. E por isso usaram as armas e os cães para barrar o caminho dos que pretendiam fugir do inferno.
Outros testemunhos confirmaram posteriormente a barbaridade presenciada pelo jornalista francês, que conclui com a terrível constatação de que, para muitos americanos, a propriedade está acima da vida humana.

:: enviado por JAM :: 9/11/2005 11:08:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

A mala nuclear de Bin Laden

Se 11 de Setembro ficou sinónimo de terrorismo, não é impossível que terrorismo venha um dia a condizer com arma nuclear. As apreensões dos especialistas que o afirmam baseiam-se em muito mais do que meras conjecturas. Basta olhar para a ex-URSS, onde são guardadas – mal – grandes quantidades de plutónio. Basta olhar para o aumento em potência do terrorismo islâmico. Basta olhar para o Paquistão, que para além de potência nuclear, constitui um fornilho de agitação islamista.
Milhares de morteiros e minas nucleares, fabricados no tempo da guerra fria, que deveriam ter sido destruídos na sequência dos acordos de eliminação das armas tácticas, continuam a existir. A máfia, um dos sectores mais dinâmicos da economia russa, há muito que espreitou essa ocasião de ganhar dinheiro. Através dos contactos que mantém com militares, tenta regularmente escoar plutónio ou detonadores de armas nucleares numa espécie de mercado negro internacional.
Em Julho de 2001, em Paris, três homens foram apanhados com uma amostra de algumas gramas de urânio enriquecido proveniente dos stocks russos e destinado a servir de isco a uma transacção de grande envergadura. Na maior parte das vezes, é em Viena que os mafiosos russos propõem os produtos que têm em stock. Em dez anos, foram apreendidos cerca de quarenta quilos.
Depois do que vimos no 11 de Setembro de 2001, não é preciso muita imaginação para conceber qualquer coisa muito pior: um 11 de Setembro nuclear. Um jornalista paquistanês, Hamid Mir, afirma ter-se cruzado, em 1998, no Afeganistão, na antecâmara de Bin Laden, com um sábio nuclear ucraniano, que alguns meses antes de ter fugido, em 2001, lhe confidenciou que possuía armas nucleares. Tratar-se-ia de uma pequena “mala nuclear”, com o aspecto duma mochila, contendo um pequeno engenho nuclear em miniatura.
Os americanos e os soviéticos fabricaram esse tipo de “malas nucleares”. Das soviéticas, algumas desapareceram. Até hoje, Bin Laden não foi encontrado. E a mala nuclear, que lhe terá pertencido, também não.

:: enviado por JAM :: 9/11/2005 09:29:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, setembro 10, 2005

A revolução devora os seus próprios filhos

A frase é do filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955). E quando a revolução não devora os seus filhos, são os seus filhos que se devoram entre si. É isso que parece estar a acontecer na Ucrânia. Viktor Yushchenko acaba de demitir o seu governo, dirigido pela bela Yulia Timochenko, a heroína do movimento que lançou a Ucrânia no caminho da democracia.
Seria ingénuo imaginar que a Ucrânia, como todas as outras repúblicas da Ex-URSS que tentaram acabar com a esclerose pós-comunista, poderia passar de um dia para o outro de um regime totalitário para uma verdadeira democracia parlamentar. As crises, as desilusões e as reviravoltas são sempre inevitáveis. Sobretudo quando é sabido que, frequentemente, essas “revoluções coloridas” não são puramente fruto do entusiasmo de um povo descontente e ansioso por uma mudança de regime, mas são muitas vezes fomentadas por ONGs duvidosas, apoiadas por Estados ocidentais, que semeiam a instabilidade nos países periféricos da Rússia, como referimos aqui.
Mas isso não obsta a que, na óptica da União Europeia, importe fazer tudo para ajudar a ultrapassar a crise da “revolução laranja”, única forma de garantir a irreversibilidade das mudanças democráticas, como aconteceu nos outros países do ex-bloco de Leste que já aderiram à União.

:: enviado por JAM :: 9/10/2005 08:11:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Anti-roubo

Um tampão anti-roubo acaba de ser inventado na África do Sul. O Rapex é uma espécie de preservativo feminino, parecido com um tampão higiénico oco, dotado de minúsculos anzóis no interior, que aferram como um arpão o agressor sexual. O aparelho (e os seus anzóis) só poderá depois ser retirado por intervenção cirúrgica, o que lhe confere uma segunda utilidade: os hospitais serão imediatamente informados da violação e poderão dar parte dela à polícia.
O dispositivo foi inventado por Sonette Ehlers, de 57 anos, que declarou que o fez porque já era tempo de fazer alguma coisa para impedir as mais de 50 mil violações de que são vítimas anualmente as mulheres sul-africanas. Ehlers garante que o Rapex não é desconfortável para as mulheres e que o dispositivo se aferra bem nos pénis de plástico usados nos testes. Mas, como não é difícil imaginar, ainda não encontrou nenhum voluntário masculino disposto a testar os anzóis...

:: enviado por JAM :: 9/10/2005 12:28:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Mas quem é que manda nisto?



O poder vê-se quando é exercido sobre os poderosos e não quando é um mero exercício de prepotência sobre os mais fracos.

O ministro da economia de França falou. A BP e a Total já baixaram preços dos combustíveis.

Vale a pena ler esta página, não só pela notícia referida, mas também pelos links laterais que nos dão uma melhor compreensão do que está envolvido nos negócios dos petróleos.

:: enviado por RC :: 9/10/2005 11:44:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, setembro 09, 2005

A gasolina e o Estado

Hoje, em consequência da queda do preço do petróleo, os preços da gasolina e do gasóleo baixaram nas bombas do Luxemburgo. A gasolina sem chumbo 98 passou de 1,31 para 1,22. No mesmo dia, em Portugal, a Galp Energia e a BP aumentaram os preços do gasóleo em pelo menos um cêntimo e o valor da gasolina em pelo menos dois cêntimos. É assim entre nós. Quando os preços do petróleo aumentam, os da gasolina aumentam. Quando os preços do petróleo baixam, os da gasolina... aumentam.
Em França, o ministro da Economia lançou um ultimato às companhias petrolíferas ameaçando-as de lhes aumentar os impostos, caso elas não dêem mostras de uma “atitude cidadã”, baixando significativamente os preços dos combustíveis nas bombas. No entanto, perante as greves e bloqueios dos taxistas, camionistas e pescadores, o mesmo governo recusa-se a baixar os impostos directos sobre os produtos petrolíferos, alegando que, se os preços aumentaram, os consumos diminuíram.
Se o Estado pode desempenhar um papel de amortecedor, não pode no entanto impedir os choques sobre os quais pouca ou nenhuma influência tem. É o caso do actual choque petrolífero. A exorbitância dos preços do ouro negro explica-se por razões de fundo que não vão desaparecer de um dia para o outro. A economia mundial viveu no ano passado o maior crescimento dos últimos trinta anos e tem naturalmente sede de petróleo. E, apesar da crise, os níveis de crescimento vão manter-se e, com eles, o consumo de petróleo vai continuar a aumentar.
Mas a pressão é forte e, quer os impostos, que aumentam à medida que os preços sobem, quer os lucros das companhias petrolíferas, que atingem valores escandalosos, são vistos pelos consumidores como cada vez mais insuportáveis. Mesmo nos Estados Unidos, o país do liberalismo, o Estado é chamado a intervir logo que os preços da gasolina disparam. A regra de ouro da política americana, segundo uma piada que circula em Washington, diz que a missão principal do presidente dos Estados Unidos é fazer com que o preço do galão de gasolina não ultrapasse nunca o preço do galão de leite. Só aconteceu uma vez, na presidência de Jimmy Carter,... e nessa altura os eleitores mandaram-no de volta para a sua Georgia natal.

Adenda:

O jornal Le Monde acaba de anunciar que, na sequência das ameaças do ministro francês de instaurar um imposto extraordinário sobre as companhias petrolíferas, o preço da gasolina sem chumbo acaba de baixar cerca de 3 cêntimos e o gasóleo 2 cêntimos.
Água mole em pedra dura...

:: enviado por JAM :: 9/09/2005 09:33:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Bico caluda!!!

Um, dois, esquerdo, direito, encolhe a barriga, estica o peito...
Um, dois, esquerdo, direito, um, dois, esquerdo, direito,...

Governo não autoriza manifestação de militares

"De acordo com Luís Amado, as associações não têm direito a participar na discussão dos diplomas, de um ponto de vista negocial, apenas podendo ser ouvidas."


Pensava eu que os cidadãos se manifestavam precisamente para serem ouvidos. Ou não será assim?
Os homens querem ir armados? Querem ir fardados? Levam os tanques para a rua? Vão bater em alguém?
Se os militares não põem em causa as suas missões nem estão a fazer mal a ninguém, por que razão não podem fazer ouvir a sua voz?

Todos temos o direito à indignação.

:: enviado por RC :: 9/09/2005 08:36:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Cabecinhas pensadoras!

O presidente da CAP, João Machado, foi informado, pela comissária Mariann Fischer Boel, que há 200 mil toneladas de cereais, disponibilizados pela Hungria, à espera de serem transportados para Portugal. Tudo o que a Comissão Europeia tinha de fazer para libertar os cereais já o fez há muito tempo. O estado português não arranjou transporte mais cedo e o gado continua sem alimento.
Entretanto, o ministério da Agricultura de Portugal, que só esperava a chegada dos cereais em Outubro, contrapôs que não se verifica qualquer atraso, pois atraso só haverá se os cereais chegarem em Novembro, ou depois.

:: enviado por JAM :: 9/09/2005 05:38:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

(des) ILUSÕES ???

"Numa eventual segunda volta, o ex-primeiro-ministro, que ainda não apresentou a candidatura, bateria o ex-Presidente com uma vantagem de quase trinta pontos percentuais: 65 por cento para Cavaco Silva e 36 por cento para Mário Soares."

"Outro dado a destacar nesta sondagem é que 29 por cento dos eleitores que declaram ter votado nos socialistas em Fevereiro passado, garantem agora que o seu voto vai para Cavaco Silva."

:: enviado por RC :: 9/09/2005 09:19:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

Fio da meada?

"um conjunto de empresas como a Aeronorte e a Helisul que se coligam para determinar os preços do aluguer dos helicópteros. O ano passado cobraram 3,8 milhões de euros. Este ano subiram para 7,4 milhões de euros"

As malhas que o dinheiro tece?

:: enviado por RC :: 9/09/2005 09:16:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

... orelhas moucas?

«A nossa Constituição consagra o direito à greve e, portanto, é preciso considerar todas as declarações e todas as iniciativas nesse âmbito com normalidade»

Onde é que eu já ouvi isto?

:: enviado por RC :: 9/09/2005 09:13:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, setembro 08, 2005

É preciso salvar o David

“Sem a vossa ajuda, a Itália poderia perder qualquer coisa.” É esse o lema de uma vasta campanha de publicidade que vai começar a inundar a Itália, acompanhando uma foto do David, de Miguel Angelo, cuja perna desapareceu e é substituída por um suporte de madeira.
É que a situação é urgente. A poluição do ar, o vandalismo e o desgaste do tempo estão a pôr em perigo o património cultural italiano. As despesas de manutenção e restauro são cada vez mais pesadas e o governo teve a ideia de apelar à generosidade pública para preservar as riquezas do país.
Imaginando que o lançamento de um simples apelo à generosidade dos italianos estaria condenado ao fracasso, Leo Prato, o secretário geral da fundação que vai recolher os donativos, apostou que a imagem chocante de um David amputado tocaria directamente os italianos no seu orgulho nacional.

:: enviado por JAM :: 9/08/2005 09:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::