BRITEIROS: janeiro 2007 <$BlogRSDUrl$>








quarta-feira, janeiro 31, 2007

Sim porque não...

No referendo sobre a IVG vou votar “SIM” porque:
— NÃO quero ser conivente com a actual situação de “liberalização clandestina do aborto, independentemente de prazos e do lugar da sua prática, bem como à margem de qualquer apoio ou ponderação serena da mulher grávida, que se vê frequentemente sózinha e desamparada na sua decisão” — como muito bem a define Vital Moreira (no “Público” de ontem);
— NÃO tenho pachorra para os hipócritas que tentam tapar-nos o Sol com uma peneira: com a lei actual, quem tem dinheiro, vai continuar a abortar em boas condições e quem não tem, vai continuar a abortar em condições insalubres e indignas e a contribuir para enriquecer ilegitimamente quem se aproveita desse negócio sórdido;
— NÃO estou disposto a aceitar que a hierarquia da Igreja imponha o seu dogma através do Estado (que felizmente, é laico!), o mesmo dogma, aliás, que condena os métodos contraceptivos, não sei bem se para poderem continuar a praticar a caridade com os desgraçadinhos ou para aumentarem, em benefício dos de sempre, o chamado “exército industrial de reserva”.

:: enviado por Manolo :: 1/31/2007 09:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (39)

Hum … terá enfim mudado de nacionalidade?
De certeza que os argentinos o querem? Saberão o que estão a fazer?
Serão mesmo os últimos líderes do CDS-PP? Acabou!?

:: enviado por U18 Team :: 1/31/2007 06:45:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, janeiro 30, 2007

Gozões?

Valentim Loureiro afirmava esta manhã, com ar sério e comovente, não querer que o seu processo seja anulado por questões formais. Quer ser julgado e provar a sua inocência em Tribunal. Passadas algumas horas, o seu advogado (certamente contra a vontade do seu cliente) pedia o arquivamento do processo por … vícios de forma processuais.
Esta manhã ainda, o advogado da Bragaparques afirmava que as escutas, em que se baseia a acusação ao seu cliente na tentativa de corrupção a José Sá Fernandes, seriam ilegais uma vez que a lei só as autoriza em casos de corrupção passiva e não é explicita para os casos de corrupção activa.
Serão apenas gozões ou estarão mesmo convencidos de que somos todos parvos?

:: enviado por U18 Team :: 1/30/2007 09:16:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

domingo, janeiro 28, 2007

Malhar na Malhoa


Ainda a propósito daquela história de a Ana Malhoa ser a figura cujas fotos foram mais procuradas em 2006 pelos internautas portugueses (cfr. meu post de 17 de Janeiro), acho que a explicação mais natural para esse facto é tal estar de acordo com a nossa (dos tugas) idiossincrasia. Com tanto sexo virtual na Net, com tantas imagens disponíveis de “gand’as febras” estrangeiras e nacionais, mediáticas e anónimas, porque é que a Malhoa havia de ser a mais procurada de todas? Porque não, por exemplos, e cingindo-me só ao produto nacional, a Soraia Chaves, a Alexandra Lencastre ou a Catarina Furtado? A minha hipóteses de resposta é esta: a AM é mais tipicamente tuga do que as outras, para além de, como já anteriormente referi, parecer, se calhar, mais acessível do que as outras. Vejamos: é morena – e, na opinião de quem sabe (Marco Paulo…), “a morena é muito mais mulher”. Apesar de pequena!... Mas não diz o ditado que a mulher, como a sardinha, se quer pequenina? Pequena por ser mais manejável (estou a falar da mulher, não da sardinha)? Por ser mais controlável? Por despertar fantasias de números acrobáticos na cama?... Depois, a Malhoa é rechonchuda, tem bastante onde se lhe agarrar – e aí os portugueses não facilitam: as anorécticas que se tratem! Finalmente, mas não menos importante, a AM aparece nalgumas fotos agarrada ao microfone com ar de quem vai, no minuto seguinte, devorar o dito-cujo (microfone) com requintes de perversidade, um olhar cheio de promessas com cheirinho a enxofre e um look geral de quem é “uma lady à mesa”, enfim com boa vontade…, e “uma louca na cama” (Marco Paulo one more time). Com ela perpassa, portanto, aquela ideia de que, sim senhor, é tudo muito lindo, muito bonito, que sim a Scarlett Johanssen, que sim também evidentemente a Carla Bruni, etc e tal, mas o pecado mora mesmo é ao Sul do equador…e quem vier atrás (…) que feche a porta.

:: enviado por Manolo :: 1/28/2007 08:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, janeiro 27, 2007

Voos da CIA

Para quem se interessar sobre o assunto:

http://www.partido-socialista.net/pspe/main.php?area=
deputados&id_deputado=DEP410675e16ddde&tipo=Documentos&id=NOT45b885ced957c

:: enviado por RC :: 1/27/2007 02:34:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Em prol do referendo europeu

Hoje, 26 de Janeiro, realiza-se em Madrid uma reunião ministerial europeia dos 18 países que ratificaram a Constituição. Somam eles 274 milhões de habitantes, dos quais 15,3% foram convocados a referendo. Está em preparação outra reunião posterior com os Estados que não a ratificaram: 211 milhões de habitantes, dos quais 96,3% foram, ou poderão vir a ser, convocados a referendo.
O objectivo de ambas as reuniões é tratar dos problemas do Tratado Constitucional. A União Europeia tem muitos problemas. Possivelmente, ainda assim, todos podem reduzir-se a um, que se repete com diversa variedade de tonalidades. Os ministros que se reúnem conhecem-no bem. Sabem, da União Europeia, o que Stravinski sabia de Vivaldi: que não tinha composto centenas de concertos, mas sim um único,... repetido centenas de vezes.

Santiago Petschen, El País, 26 de Janeiro. O artigo integral, aqui.


:: enviado por JAM :: 1/26/2007 01:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, janeiro 24, 2007

O Estado tuga

Segundo rezava em 1848 um famoso Manifesto, “O governo do Estado moderno não é mais do que uma junta que administra os negócios comuns de toda a classe burguesa”. Depois daquela data, este conceito foi limado, aprofundado, aperfeiçoado. As pessoas é que têm memória curta e/ou têm outras preocupações mais comezinhas mas também mais prementes no dia a dia e/ou têm coisas mais agradáveis a que dedicar o seu tempo e os seus neurónios, mas, se reflectirmos um bocadinho... Claro que, pelo menos no “nosso” Ocidente, esse grupo especial de pessoas diferenciadas especializadas em governar se têm de sujeitar a eleições de x em x anos (isto, se uma crise generalizada não levar a outros caminhos, como aconteceu nos anos 30 e 40 na Europa...) e, por isso mesmo, e também porque a maioria da população, nos intervalos das datas eleitorais, vai refilando, contestando, reivindicando, por tudo isto, os governos acabam por garantir uma série de bens/direitos essenciais à generalidade da população, como a educação, a saúde, a segurança social... e o aparelho lá vai funcionando sem grandes sobressaltos.
Em Portugal, esse aparelho/instrumento (o Estado) é quase sempre incompetente, muitas vezes irresponsável e há até quem diga que às vezes inimputável. Ultimamente ocorreram alguns casos que mostram de maneira flagrante que o Estado portuga funcionará muito bem quando se trata de administrar os negócios dos ricos e poderosos mas que funciona muito mal (quando funciona...) quando se trata dos interesses da arraia-miúda:
— o caso do naufrágio da traineira Luz do Sameiro;
— o caso daquele atropelamento em Odemira, em que foi de 7 horas o intervalo entre a hora do acidente e a hora em que o acidentado entrou nas Urgências (?) em Lisboa (ainda por cima, o automobilista que atropelou o desgraçado, fugiu sem lhe prestar socorro);
— o caso daquele administrador da empresa pública CP (e sobre empresas públicas, então. muitas histórias há para contar e outras tantas por se saber...) que confessou aos jornais ter estado durante 6 anos sem fazer rigorosamente nada na empresa. com direito a € 3.500 mensais, carro, secretária e telemóvel.
Já para não voltar a falar da eterna poluição da Ribeira dos Milagres, da ponte Hintze-Ribeiro, da Casa Pia (já se tinham esquecido, não?), dos voos da CIA com escala consentida nos Açores (e também já se esqueceram que o ilustrissimo José Manuel Barroso foi o serviçal que serviu os cafés na Cimeira dos Açores?...). Quem ousar pôr o dedo na ferida (o caso, por exemplo, da Ana Gomes que só tentou dignificar o seu lugar de eleita para o Euro-Parlamento, no fundo representar quem nela votou e justificar o seu vencimento) tem, desde logo, reservado o limbo para o qual se remetem sem apelo nem agravo os desestabilizadores (para não dizer subversivos. que cai mal...).

:: enviado por Manolo :: 1/24/2007 10:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O nosso lugar no mundo (3)

Dentro daquela argumentação séria, nada demagógica e racional da maioria dos partidários do “não ao aborto” (e de alguns pelo “sim”, valha a verdade), um professor da Universidade do Minho fez um estudo em que concluiu ser Portugal, com a lei actual, o 3° melhor país do mundo para nascer.
Pois é, tem razão o professor: em Portugal é depois do nascimento que a vida se complica...

:: enviado por U18 Team :: 1/24/2007 09:21:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

O nosso lugar no mundo (2)

O Togo juntou-se ao círculo restrito dos países africanos que beneficiam de uma lei liberal sobre o aborto. Em 22 de Dezembro p.p., o Parlamento revogou uma lei de 1920 que só o autorizava nos casos em que a vida da mulher estava em jogo. Daqui para o futuro, a interrupção voluntária da gravidez (IVG) é igualmente possível para as mulheres vítimas de violação ou de incesto, ou sempre que haja "uma forte probabilidade de o nascituro sofrer de uma afecção particularmente grave". A lei prevê, no entanto, uma pena de 1 a 10 anos de prisão e multa de 500.000 (760 euros) a 3 milhões de francos CFA para qualquer togolesa que se faça abortar sem prescrição médica.
[...]
Mas o Togo está ainda bastante longe da Tunísia, de Cabo Verde, da África do Sul e da Zâmbia, considerados os países mais avançados do continente sobre esta questão. Os três primeiros autorizam a IVG, por opção da mulher, nas primeiras doze semanas, e na Zâmbia é posssível praticá-lo por razões médicas ou sociais.

(Jean-Baptiste Marot, 7 de Janeiro de 2007, in Jeune Afrique )


:: enviado por JAM :: 1/24/2007 08:20:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, janeiro 23, 2007

Palpita-me que Ana d'Arc acabará por se queimar...

Com um Governo que, pelos vistos, pensa que a eurodeputada está com perturbações visuais (ou seja, só ela vê alguma coisa, quando é certo não haver absolutamente nada para ver), entra pelos olhos dentro que a quixotesca cruzada de Ana Gomes terá um desfecho mais do que previsível a morte política, logo que possível, de uma socialista que anda para a frente enquanto os seus pares anda para trás.
(Sérgio de Andrade, Jornalista, in Jornal de Notícias)

Também Domingos de Andrade escrevia ontem no mesmo jornal que a lógica partidária tritura qualquer resquício de independência, de liberdade de pensamento e de acção que ainda possa restar aos poucos deputados que não veneram o líder. A política em Portugal faz-se destas coisas. Se o deputado é incómodo, despacha-se para bem longe. Se, por azar, esse deputado já está fora, representando Portugal numa instituição onde não era suposto fazer ondas contra as cores do partido com as quais foi eleito, é um patarata que não sabe o que anda a dizer.

Quanto aos voos da CIA, como diria Medeiros Ferreira, ou muito me engano ou quase toda a verdade será revelada ao mundo pelos próprios americanos.

:: enviado por JAM :: 1/23/2007 10:47:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Um ano de espanto

Cavaco Silva comemora hoje um ano que foi eleito Presidente da Republica e comemora este aniversário espantado com o milagre económico indiano.
O facto de se espantar com o que se passa na Índia já diz muito sobre a pessoa, sobretudo de um professor de economia – qualquer pessoa medianamente informada sabe o que está a acontecer na Índia e até talvez saiba que o milagre não é assim tão extraordinário e que, a final de contas, os milagres não existem mesmo (mas isso fica para outro post).
Cavaco Silva foi eleito com a mensagem sublimar de que iria resolver os problemas económicos do país. Não vai. Não tem poderes para isso e, mesmo que os tivesse, não seria capaz. Um ano depois, fica-me a imagem de um Presidente sem opinião sobre o que quer que seja, um apoiante “institucional” do Governo que se resguarda para o caso de as coisas correrem mal e de uma espécie de vendedor ambulante do país (com a diferença de que quando Chirac vai à Índia vai vender Airbus. Cavaco vende programas para telemóveis. Não é exactamente a mesma coisa). Surpreendido? Nem por isso. Afinal, um Presidente que acha normal partilhar connosco as suas impressões turísticas acerca da comida com picante, o arroz que comeu e a simpatia dos indígenas (para quem goste do género, estão aqui as fotografias da viagem) já não surpreende ninguém.
Se Cavaco Silva está espantado com a Índia, eu espanto-me todos os dias que tenha sido eleito Presidente da República.

:: enviado por U18 Team :: 1/22/2007 09:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, janeiro 21, 2007

Carla Bruni – No Promises

O AF vai pelos lindos olhos da Scarlett Johansson. Eu vou mais pela Carla Bruni. É bonita, é rica, é inteligente e embala-nos com canções.
Saiu agora o segundo álbum da Carla que dá pelo nome de No Promises e que nos devolve, em forma musical, alguns grandes poetas da língua inglesa.
Anda por aí um grande debate se sabe cantar ou compor. E mesmo se terá o direito de revisitar “monstros” da literatura inglesa. Debate sem sentido.
Se a menina tem dotes vocais ou musicais é uma questão de gosto. Estaremos todos de acordo que está a léguas do género Paris Hilton e tem, pelo menos, o mérito de trazer para os tops poemas de gente como Yates e Auden. Sempre é uma agradável variante ao Rap e ao Hip-Hop.
Eu gosto.

:: enviado por U18 Team :: 1/21/2007 10:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, janeiro 20, 2007

O nosso lugar no mundo

Aproximadamente 25% da população mundial vive em países com leis sobre o aborto altamente restritivas, principalmente na América Latina, África e Ásia. Em alguns países, como o Chile, as mulheres ainda vão para a prisão por praticarem um aborto ilegal.

A despenalização do aborto evita o sofrimento desnecessário e/ou a morte de muitas mulheres. A legislação restritiva do aborto viola os direitos humanos das mulheres estabelecidos com base na Conferência Internacional sobre a População e o Desenvolvimento da ONU no Cairo, na Quarta Conferência Mundial das Mulheres em Pequim e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Antes do início do século XIX não existia legislação sobre o aborto. Em 1869 o Papa Pio IX declarou que a alma incorpora aquando da concepção. Assim, as leis vigentes no século XIX não permitiam qualquer forma de interrupção da gravidez. Estas leis formam a base da legislação restritiva sobre o aborto vigente ainda hoje em muitos países que se encontram em vias de desenvolvimento. Entre 1950 e 1985 quase todos os países desenvolvidos liberalizaram as suas leis sobre o aborto por motivos de direitos humanos e segurança. Em países onde o aborto ainda é ilegal, sente-se uma forte influência de antigas leis coloniais que nem sempre reflectem a opinião da população local.

Código de Cores do Mapa:

VERMELHO:
O aborto é ilegal em todas as circunstâncias ou é permitido apenas em caso de risco de vida da mulher

ROSA:
O aborto é permitido por lei apenas em risco de vida ou para proteger a saúde física da mulher

AMARELO:
O aborto é permitido por lei apenas em risco de vida ou para proteger a saúde mental da mulher

AZUL:
O aborto é permitido por lei com base em motivos socioeconómicos

BRANCO:
Aborto permitido mediante requisição

Vermelho do Mapa

Américas e Caraíbas:
Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nigarágua, Panamá, Paraguai, Venezuela,

África Sub-Sara:
Angola, Benin, Rep. Centro Africana, Chade, Congo, Costa do Marfim, Rep. Dem. do Congo, Gabão, Guiné-Bissau, Quénia, Lesotho, Madagáscar, Mali, Mauritânia, Ilhas Maurícias, Niger, Nigéria, Senegal, Somália, Tanzânia, Togo, Uganda.

Médio Oriente e África do Norte:
Afeganistão, Egipto, Irão, Líbano, Líbia, Omã, Sudão, Síria, Emirados Árabes Unidos, Yemen.

Ásia e Pacifico:
Bangladesh, Indonésia, Laos, Myanmar, Papua Nova Guiné, Filipinas, Sri Lanka.

Europa:
Irlanda, Malta.

Rosa do Mapa

Américas e Caraíbas:
Argentina, Bolivia, Costa Rica, Equador, Perú, Uruguai

África Sub-Sara:
Burkina Faso, Burundi, Camarões, Eritreia, Etiópia, Guiné, Malawi, Moçambique, Zimbabwe

Médio Oriente e África do Norte:
Kuwait, Marrocos, Arábia Saudita

Ásia e Pacifico:
Paquistão, Coreia do Sul, Tailândia

Europa:
Polónia, Portugal

:: enviado por JAM :: 1/20/2007 04:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Prazer num sorriso perdido

Segundo um estudo recente da Marktest, citado pelo jornal “Metro”, a palavra mais pesquisada na Net pelos portugueses em 2006 foi “sexo”. Afinal, os portugueses (do sexo masculino) não se excitam só com futebol e automóveis... E, ainda segundo esse mesmo estudo, a imagem mais procurada foi a de... tcharan!... Ana Malhoa. Raios me partam que até nisto pertenço a uma minoria: não tenho nada contra — nem a favor — da Ana Malhoa, mas eu cá prefiro pôr a fasquia mais alta, nunca inferior ao nível de uma Scarlett Johansson ou de uma Catherina Zeta-Jones (uma loura, outra morena), porque, assim como assim, como estão demasiado altas (as uvas...), posso sempre, em última instância, consolar-me, como a raposa da fábula, dizendo para o meu fecho éclair: “Que se lixe! Estão verdes...”. Mas, naturalmente, percebo que aqui jogue também o tão cantado sentido prático dos portugas: para além de a Ana Malhoa ser o protótipo daquilo a que costuma chamar-se “uma gand’a febra”, ainda podemos ter a sorte de a encontrar por aí sozinha a passear num centro comercial...
Por falar em imagem, outro estudo, este citado pelo “Público”, “A expressividade do sorriso: estudo de caso em jornais diários portugueses”, elaborado pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa, do Porto, outro estudo, dizia eu, revelou que, em 2006, nas fotos publicadas nos jornais diários portugueses, as pessoas sorriem cada vez menos e com menor intensidade (vá-se lá saber porquê...), sendo os sorrisos mais utilizados o fechado (tipo Sócrates ou Mona Lisa) e a face neutra, sendo que, mesmo assim, as mulheres sorriem mais do que os homens e que, entre estes, os que sorriem mais pertencem à camada etária acima dos 60 anos. Não sei porque é que se esqueceram do sorriso tipo prisão de ventre do Presidente Cavaco e do sorriso tipo chico-esperto de Alberto João, Major Loureiro, Fátinha Felgueiras, etc, mas pronto. Por outro lado, se os homens procuram sexo na Net, não se percebe lá muito bem que haja tantas mulheres sorridentes, mas já se percebe que os homens sorriam pouco. Quanto aos maiores de 60, sorriem mais se calhar porque não têm nem querem ter Net, mas têm Viagra e, estando já reformados, não têm de suportar chefes e/ou patrões e têm muito tempo disponível para apreciar fauna, flora e por aí fora...

:: enviado por Manolo :: 1/17/2007 10:10:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Universos paralelos

Já devem ter ouvido falar da teoria do multiverso ou meta-universo. Simplificando, é a teoria que afirma ser toda a realidade física constituída por múltiplos universos paralelos.
Para azar nosso, calhou-nos um universo onde Ana Gomes é deputada europeia, o Zé Manel presidente da Comissão Europeia e Cavaco Silva doutor Honoris Causa em Literatura.
Se acreditarmos nesta teoria, deverá haver um universo qualquer em que num país a ocidente da Europa a Justiça olhe para as pessoas como seres humanos e não como peça de uma engrenagem comandada por regras absurdas e incompreensíveis. Em que uma pessoa não é condenada a 6 anos de prisão por se recusar a entregar uma filha adoptiva de 5 anos a um pai biológico a quem as maravilhas da paternidade se revelaram tardiamente. Em que os direitos dos adultos não são mais importantes do que os direitos das crianças. Em que as crianças não são um objecto, propriedade de quem acidentalmente lhe transmitiu os genes.
Ainda com um pouco de sorte, neste universo paralelo, Ana Gomes é caixa do Continente, o Zé Manel vende sandes de coratos nos dias em que o Benfica joga na Luz e Cavaco Silva é empregado de uma bomba de gasolina em Boliqueime. Se alguém descobrir uma maneira de passar para este universo, faça o favor de me dizer.

:: enviado por U18 Team :: 1/17/2007 08:43:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, janeiro 16, 2007

Norte-Sul Lisboa-Dakar

Em 2004, lembram-se?, o grande desígnio nacional era vencer o campeonato europeu de futebol. Em 2002, o Mundial, Em 2000, o Europeu. Em 1998 o Mundial... e por aí fora... Esta foi uma das razões pelas quais não fiquei muito surpreendido por haver muitos portugueses, em 2006, a votar em Salazar (agora, porque, no tempo dele, não havia cá dessas modernices de eleições livres...) como o maior português de sempre (ficou entre os 10 primeiros). Este é um país em que a classe média arma muito ao pingarelho, mas a verdade é que a esmagadora maioria da população (e da classe média) ainda vive muito dentro daquele triângulo das Bermudas — Fátima, Fado e Futebol — em que desaparecem rapidamente e sem deixar rasto quaisquer veleidades de modernidade e vontade de progresso autêntico.
A talhe de foice, na semana passada, li, no “Metro” (um desses jornais gratuitos que circulam por aí), na coluna de Paulo Pinto (que não conheço), o seguinte “(...) Num mundo moderno, cada vez mais normalizado e asséptico, rodeado de vigilâncias e de todo o tipo de controles (...), chegar a Dakar é uma das últimas aventuras permitidas. Sózinhos por entre desertos de pedra e areia, à mercê de todas as armadilhas (...) avançam para triunfar sobre si mesmos (...)”. Temos, portanto, o Lisboa-Dakar como grande desafio, não sei até se como grande desígnio — e efectivamente, de Lisboa ao Algarve, lá vieram as massas (estou a falar de massas humanas...) para a rua para ver a passagem das máquinas e torcer pelos pilotos portugueses (que, até ao Algarve corresponderam ao incentivo). As palavras de P. Pinto serão, por conseguinte, um reflexo da mentalidade portuguesa desta época. Há aqui, evidentemente, um entusiasmo com o evento que faz P. P. delirar (se há coisa que excite os tugas, os “bólides” motorizados são certamente uma dessas coisas). Porque, pense lá bem, P. P., se tecemos estas loas a estes pilotos, o que é que havemos então de dizer dos desgraçados que fazem o percurso inverso, os emigrantes que vêm do interior de África e atravessam selvas, desertos e mares, entregues a si mesmos, sem máquinas sofisticadas nem patrocínios, para fugir à miséria e muitas vezes à morte violenta? Da Europa para o Senegal desce o Norte rico motorizado em busca de aventura numa África de postal ilustrado e forçosamente há-de cruzar-se pelo caminho, sem o notar, com o Sul andrajoso e esfomeado que busca não a aventura mas a pura e “simples” sobrevivência.

:: enviado por Manolo :: 1/16/2007 08:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A paz não passou de um sonho de uma noite de Verão

O atentado da ETA no aeroporto de Madrid sacudiu forte o tradicional orgulho espanhol, expôs a incapacidade dos seus governantes em saber ler o presente para antecipar o futuro e deixou particularmente em estado de choque o presidente do governo. Zapatero levou cinco dias para visitar o local da explosão e receber os familiares das vítimas. E levou dezassete dias para dar explicações ao Parlamento.
Foi ontem, num discurso cinco minutos depois das quatro da tarde. Um discurso que começou com a lembrança das vítimas do atentado e acabou por reconhecer "o claro erro que cometi" ao ter anunciado, na véspera da explosão no terminal 4, que as coisas iriam correr muito melhor durante o ano de 2007. O primeiro-ministro espanhol assegurou no entanto que a ruptura era da exclusiva responsabilidade da ETA, a quem acusou de ter "desperdiçado" a oportunidade que lhe fora oferecida.
Por entre os inúmeros textos que nestes dezassete dias foram publicados sobre este novo regresso dos crimes terroristas e as suas consequências sobre a situação política espanhola, em que foi esgrimida a mais completa gama de adjectivos, de insultos e de argumentos para tentar explicar o inexplicável, gostaria de destacar este excelente artigo de opinião do inoxidável Santiago Carrillo, que sintetiza primorosamente a complexidade destas tréguas permanentes e deixa a questão de saber se afinal o processo de paz com a ETA não terá sido só um sonho de uma noite de Verão.

:: enviado por JAM :: 1/16/2007 09:06:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, janeiro 15, 2007

CHOQUE TECNOLÓGICO!!!

Neste País - de Fado, Football e Fátima - que se aproxima a passos largos do seu Alcácer Quibir, quando chegaremos aqui ?
Sem medo de errar, penso que ... nunca!!! Talvez porque, ao contrário de outros, não temos um HOMEM vivo nos "Dez Mais"!!!

:: enviado por ja :: 1/15/2007 03:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Será verdade??

Há pouco tempo entrou pelo meu e-mail adentro esta coisa que abaixo se apresenta. Não sei quanto será verídico ou não, mas talvez fosse interessante que um carola pusesse mãos a uma investigaçãozita. Se fosse nos "States" talvez algum jornalista se interessasse. Aqui não sei. Por isso e perante a dúvida expõe-se este arrazoado:

"José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, 1º ministro desta república, tem um bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra), informação que não é contestada. Porém, na sua biografia oficial é dito que Sócrates Pinto de Sousa é "Licenciado em Engenharia Civil". No perfil que foi publicado no Diário de Notícias, por Filipe Santos Costa, é dito que "... quando voltou à Covilhã, em 1981, Sócrates já tinha complementado o bacharelato com a licenciatura, em Lisboa". Mas a licenciatura que existia em Lisboa nessa altura (1979-81) era no Instituto Superior Técnico, onde Sócrates não consta como aluno.
Por isso, em 1981 Sócrates não estaria licenciado por Lisboa. Onde foi que se licenciou? Teria sido no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) do Instituto Politécnico de Lisboa? É que aí a Licenciatura Bi-Etápica em Engenharia Civil só começou em 1998/99... No ISEC onde fez o bacharelato? Mas a licenciatura bietápica em Engenharia Civil no ISEC também só começou em 1998/99. Também não frequentou a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, nem o Instituto Superior Técnico, nem consta que tenha frequentado a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Portanto, não seria licenciado em 1981. Na Ordem dos Engenheiros também não está inscrito.
O bacharelato em Engenharia Civil do ISEC tinha quatro anos (8 semestres) - só passou a três anos na reestruturação de 1988 (Decreto-Lei nº389/88, de 25 de Outubro) empreendida por Roberto Carneiro. Onde fez Sócrates a dezena e meia de cadeiras (veja-se o plano do 5.º ano da licenciatura no ISEL) que precisava com o bacharelato do ISEC para obter a licenciatura? Os Cursos de Estudos Superiores Especializados (4 semestres) só começaram no ISEC em 1991 e no ISEL em 1988 (Direcção, Gestão e Execução de Obras - 4 semestres) e 1990 (Transportes e Vias de Comunicação - 4 semestres). Além disso, um CESE não é uma licenciatura. Por isso, esta hipótese não parece plausível. Não é. Não consta que Sócrates tenha frequentado a licenciatura bi-etápica do ISEL ou do ISEC.
Mas Sócrates afirma ainda que "concluíu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária pela Escola Nacional de Saúde Pública" (ENSP). Todavia, o curso de Engenharia Sanitária é leccionado desde 1975 na Universidade Nova de Lisboa, pertencendo, desde a criação das faculdades da Nova, à sua Faculdade de Ciências e Tecnologia, primeiro sob a forma de curso de especialização e a partir de 1983 como mestrado. Exige a licenciatura como condição de admissão. Nunca pertenceu à Escola Nacional de Saúde Pública (que em Abril de 1994 foi integrada na Universidade Nova de Lisboa). Mas Sócrates não foi aluno desse curso de Engenharia Sanitária da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (que foi criado em 1975) - nem ele o diz, pois refere expressamente que a sua "pós-graduação" foi na ENSP. Então, que curso de Engenharia Sanitária fez? Chamar-se-ia mesmo "pós-graduação"?
Ou seria um curso de curta duração na ENSP? E em que ano decorreu? Sócrates já seria licenciado quando frequentou essa "pós-graduação"? O que parece verdadeiro é que José Sócrates Pinto de Sousa terá obtido em 1996 uma licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente !!!!! Que equivalências lhe foram atribuídas e quantas cadeiras teve de frequentar e concluir ???
Se compararmos os planos dos dois cursos - o bacharelato do Politécnico de Coimbra e a licenciatura da Universidade Independente -, e as respectivas disciplinas, chegamos à conclusão de que um candidato com o bacharelato do ISEC precisa de fazer 10 cadeiras (existem algumas disciplinas do curso na Universidade Independente que não têm correspondência no curso de Coimbra) e mais uma de Projecto para se licenciar na Universidade Independente de Lisboa. Não deve ter sido fácil, tendo em conta que Sócrates teria concluído o bacharelato em 1979.
A Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente foi criada pela Portaria n.º 496/95 de 24 de Maio de 1995, embora o diploma tenha, retroactivamente, autorizado o funcionamento do curso desde o ano lectivo de 1994/95. Ora, o primeiro governo de António Guterres (o 13.º Governo Constitucional) toma posse em 28 de Outubro de 1995 e José Sócrates é ministro adjunto do primeiro ministro.
Nessa desgastante função, José Sócrates parece ter encontrado tempo e concentração, na mesma altura em que prepara e participa na campanha eleitoral durante o ano de 1995 e, já no Governo, adjuva o primeiro-ministro e coordena as secretarias de Estado da Comunicação Social, Desporto e Juventude, para, quinze anos depois do seu bacharelato, realizar as 11 cadeiras que, em princípio, teve de efectuar para obter o título de licenciado em Engenharia Civil em 1996. Deve ter sido muito difícil, um esforço quase sobre-humano.
Não há motivo algum para que Sócrates tenha escondido do povo português a sua epopeia académica, a não ser por modéstia, o que, neste caso, não se justifica. É um motivo de grande orgulho próprio e um exemplo de sucesso para jovens e adultos. Enfim, não é de admirar a surpresa do engenheiro sanitário Pinto de Sousa perante a realidade técnica dos finlandeses."

:: enviado por touaki :: 1/15/2007 01:39:00 da tarde :: 4 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (38)

Alguém sabe qual é o prémio para o maior português de sempre?


:: enviado por U18 Team :: 1/15/2007 08:23:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

domingo, janeiro 14, 2007

Sugestões

Três sugestões:
- Para quem vive perto de Vila Nova de Poiares (isso mesmo: o concelho que tem o mesmo presidente da Câmara desde o 25 de Abril, o mesmo, aliás, que é, pela 3ª vez, presidente da Distrital de Coimbra do PSD), recomendo a semana da chanfana (prato à base de carne de cabra, típico da zona de Coimbra e arredores, sendo a sua “capital” reivindicada tanto por Poiares como por Miranda do Corvo) que decorre entre 12 e 21 deste mês. Eu próprio (gulodice oblige...) me desloquei a Poiares e, lá no centro da vila, no restaurante Confrade (eles têm uma Confraria da chanfana, também por iniciativa do Sr. Presidente…), deliciei-me, por 8 €, com o conteúdo de uma caçoilinha de chanfana, batata cozida e grelos, um vinho tinto da casa apreciável, arroz doce, um café e um pastel típico, o “poiarinho”.
- Depois de fazer a digestão com um bom passeio a pé, aproveitando este tempo de quase Primavera antecipada, o filme “A comédia do poder” de Claude Chabrol, com uma fantástica Isabelle Hubert, que conta a história de uma juíza de instrução que, com o poder que lhe é conferido pelo Estado, enfrenta outros poderes maiores, num caso de corrupção a alto nível. É um braço de ferro interessante de seguir, sobretudo para nós portugueses e neste momento. Não é que Maria José Morgado seja Jeanne Charmant Killman, não é que la France seja o nosso Portugal, mas…;
- E, last but not the least, o cd recém-editado de J P Simões, “1970”. JPS fez parte dos Belle Chase Hotel e do Quinteto Tati, é de Coimbra (como a chanfana) e nasceu em 1970. É, portanto, da geração que nasceu mais ou menos na altura do 25 de Abril e que anda agora na casa dos 30s. O disco reflecte o pensar e o sentir dessa geração (ou de uma parte dela, pelo menos) na actualidade mas, reflectindo sobre esta, também interessa aos mais novos e aos mais velhos – basta gostar de música e gostar de estar atento ao que se passa ao nosso redor.

:: enviado por Manolo :: 1/14/2007 05:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Penachices

Honoris causa pela Universidade de Goa...

"confirmando que “a distinção será no âmbito do departamento de Literatura e não de Economia”, a área de formação de Cavaco Silva."

Há esperança para todos os que não sabem quantos Cantos têm os Lusíadas.

:: enviado por RC :: 1/14/2007 01:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Secos & Molhados

Nem sei dizer porque é que estas coisas ainda me surpreendem. Depois da trágica morte de seis pescadores na Nazaré, fez-se o respectivo inquérito que, como de costume, concluiu que a culpa é do “sistema”. Até aqui nada de novo, estamos habituados.
Só que, de revelação em revelação - cada cavadela, uma minhoca - ficámos a saber:
1) O sinal de pedido de socorro foi recebido em Toulouse (!?) porque Portugal é o único país da Europa que não possui uma estação de rádio para captar estes sinais. Deve ser caro e a extensão da costa portuguesa não o justifica.
2) A Marinha portuguesa estima que só pode accionar os meios de salvamento quando conhece a localização exacta do barco acidentado. De preferência com uma precisão de 30cm.
3) O Instituto de Socorros a Náufragos funciona entre as 9 e as 17 e está fechado aos fins-de-semana e feriados. Os náufragos fora de horas devem tirar uma senha e esperar pela abertura da repartição.
4) As famílias não recebem as indemnizações dos seguros que pagam porque:
4a) Alguns corpos ainda não apareceram, pelo que se pode dar o caso de algum pescador estar à 15 dias agarrado a uma rocha. Ao fim de 5 anos, pode concluir-se que não sobreviveram a uma dieta de água do mar e excrementos de gaivota.
4b) O barco pode eventualmente ter estado a pescar numa zona não autorizada, pelo que é necessário fazer o respectivo inquérito de 10 anos, chegando-se depois à conclusão que a culpa é do peixe.
4c) Nada prova que os que morreram estavam mesmo no barco.

Dos 10000 (contas minhas, por alto) ministros, secretários de Estado, conselheiros e assessores que o Estado viu passar em democracia, não houve uma única alma que tivesse achado necessário investir num sistema de localização, em socorros cuja missão não seja recuperar cadáveres ou em indemnizar famílias primeiro e fazer inquéritos depois.
É o mesmo Estado que quer, a todo o custo, salvar-nos dos malefícios do tabaco, da velocidade excessiva, da gripe das aves, dos galheteiros de azeite abertos, dos pescadores à linha demasiado próximos, mas pensa que, a partir do momento em que a água nos chegue aos tornozelos, estamos por nossa própria conta e risco. É um Estado para os secos. Os molhados que se amanhem.

:: enviado por U18 Team :: 1/12/2007 10:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

RAZÕES PARA O SIM !!!



Responder «Sim» à pergunta do referendo significa apoiar a urgência de aprovação de uma nova lei na Assembleia da República, que garanta as condições de segurança para a saúde das mulheres que necessitem de interromper uma gravidez até às dez semanas, e que ponha fim aos julgamentos e às prisões. Responder «Sim» à pergunta significa também, o respeito pelas diversas opções existentes. A existência de uma lei que despenalize a Interrupção Voluntária da Gravidez, não afrontará a consciência individual de cada um, nem obrigará nenhuma mulher a tomar decisões contra a sua vontade. Além do mais, «abortar é sempre um último recurso». É fundamental mudar a actual lei por esta atentar contra a saúde das mulheres, a sua dignidade e capacidade para tomar decisões responsáveis. A lei actualmente existente, é injusta e desumana ao penalizar «ainda mais as mulheres e jovens das classes trabalhadoras e das camadas mais desfavorecidas». São estas que, sem recursos financeiros, «sofrem as consequências do aborto clandestino e inseguro».
....................................................
Por isso ... voto ... SIM!!!

:: enviado por ja :: 1/12/2007 07:56:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Livros

10 livros que li no ano passado e que recomendo:
- “Sábado”, de Ian McEwan, edição Gradiva (Ian McEwan que, com Patrícia Highsmith, Donna Leon e Andrea Camilleri, formam o quarteto de escritores de romances “policiais” de que mais gosto);
- Una historia de la guerra civil que no va a gustar a nadie”, de Juan Eslava Galan, edição Planeta;
- “A mansão dos Pimpão”, bd do galego Miguelanxo Prado, tradução editada pela Asa, sobre os aspectos comezinhos da ganância quotidiana;
- “Pequenas memórias”, de José Saramago”, ed. Caminho;
- “Calígula” de Alain Massie, ed. Ulisseia (a Gradiva publicou, deste mesmo autor, “César”, “António”, “Tibério” e “Augusto”);
- “Primeira pessoa”, colectânea de crónicas do nosso colega da blogsfera (blog “Estado civil”) Pedro Mexia, ed. Casa das Letras;
- “Soldados de Salamina”, de Javier Cercas, ed. Tusquets, à volta de um tema que, noutro contexto completamente diferente, também é central em “Sábado”: a humanidade, ou o que é que nos diferencia – ou deve diferenciar – dos outros animais);
- “O diário de Anne Frank”, ed. Livros do Brasil (só agora, nesta minha provecta idade, mas vale mais tarde do que nunca. Ah, já agora também aqui o tema central é a tal qualidade que os seres humanos devem cultivar e proteger como o seu maior tesouro, em quaisquer circunstâncias, principalmente nas difíceis: a humanidade).
- “Timbuktu”,de Paul Auter, ed. Asa;
- “Acide sulfurique”, de Amelie Nothomb, edição Allan Michel;

:: enviado por Manolo :: 1/10/2007 09:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, janeiro 09, 2007

Música

10 cds que ouvi muito em 2006 (não necessariamente editados no ano passado) e que recomendo:
- “Ana (Carolina) e (Seu) Jorge” (Também saíram cds novos do Chico Buarque e do Caetano Veloso, mas, como não vou aqui referir todos os discos que ouvi no ano passado, escolho aqueles 2 que, ao contrário destes, ainda não são clássicos da MPB);
- “Hot rail” dos Calexico (que, como o nome indica, são originários do lado norte da fronteira entre o México e os States e fazem música de fronteira precisamente);
- “Living with war” de Neil Young (que não poderia ser mais oportuno);
- “Departure – Iraqui songs of love and longing” cantadas por Farida, “the voice of Mesopotamia”, (gravado em 1997 em Bagdad, edição Papyros);
- “The Simpsons sing the blues”, de 1990, editado pela Geffen (no comments…);
- “See you in my mind” de Madeleine Peyroux e William Galison (ed. Waking up Music);
- “Opera proibita” da minha mezzo-soprano preferida, Cecilia Bartoli;
- “Bella Terra” canto e harpa de Arianna Savall, que não sei se é parente de Jordi Savall (editora Alia Vox, 2003);
- “Ceia Louca”, o mais recente da Brigada Vitor Jara (com convidados de luxo: Carlos do Carmo, Janita Salomé, Jorge Palma, Manuela Azevedo, Vitorino, Cristina Branco…);
- “Jean Ferrat en scene”, um cd de 2003 de um cantor de intervenção francês que já vem lá das brumas do Maio de 68 (edição Disques Temey).

:: enviado por Manolo :: 1/09/2007 10:09:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Quando os terroristas também querem ser humoristas

A ETA insinuou que talvez quisesse a paz e Zapatero agarrou-se ao talvez. No passado dia 30 a ilusão rebentou-lhe na cara sob a forma de dois mortos e um parqueamento de Barajas destruído.
Hoje, em forma de comunicado e uma semana depois do atentado, a ETA explica aos mais incrédulos que rebentar um carro bomba e matar duas pessoas não significa o fim da trégua e que de qualquer maneira não queria matar ninguém e até se solidariza com as vitimas. Mais, a culpa é da polícia que não evacuou o parqueamento a tempo.
À tragédia do terrorismo basco só faltava este toque de humor (negro). Só faltou dizer que se a bomba explodiu meia hora antes do anunciado deve ter sido por causa de um problema técnico qualquer.
O que Zapatero não compreendeu – ou não quis compreender, na ânsia de ficar na História como o homem que acabou com a violência terrorista da ETA – é que não se pode negociar com terroristas. Ou melhor, pode-se negociar depois de entregarem as armas e os explosivos e de serem julgados por um tribunal.
Até pode haver na ETA quem esteja cansado da violência e Otegi até pode querer ser o Gerry Adams basco mas como estes grupos são, por definição, incontroláveis e compostos por alguns indivíduos de natureza puramente criminosa, enquanto houver explosivos e vândalos à solta não haverá tréguas no terrorismo basco. Por muito que queiramos acreditar na bondade e no sentido de humor de quem mata.

:: enviado por U18 Team :: 1/09/2007 08:48:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, janeiro 08, 2007

A táctica do costume...

"Comme d'habitude" na cena política portuguesa vão acontecendo destas coisas. Quando alguém se torna incómodo nada melhor que lhe arranjar um "tacho" numa qualquer intituição europeia ou nos serviços de uma ou outra embaixada, bem longe do Terreiro do Paço ou de S. Bento. Foi o que se viu com Paulo Pedroso "despachado" para a Roménia a pretexto de auxiliar na preparação da legislação laboral daquele país para a sua entrada na UE,fazendo assim esquecer o seu hipotético envolvimento na Casa Pia.
Agora tocou a vez ao eng. João Cravinho que volta meia volta lá tem daqueles rebates de consciência e desata a esgrimir contra a malfadada (nuns casos, tão útil noutros) corrupção. O homem arregaçou as mangas e atirou-se a ela com denodo. Mas o grupo parlamentar do Partido Socialista encostou os pés à parede e resistiu airosamente (interessante aquela do combate ao enriquecimento ilícito poder esbarrar com os direitos fundamentais do indivíduo... peregrina mesmo... só naquelas cabecinhas pensadoras... o que poderá levar o mais incauto a pensar que o enriquecimento ilícito é um direito fundamental - mutatis mutandis).
Pois, voltando à vaca fria, o homem - Cravinho, entenda-se - não desistia do seu "pacote" anti-corrupção e tá bem de ver que a melhor maneira era despachá-lo... num fosse cá por coisas...
"Ó Cravinho, pá... então tu já estás com 70 anos e não achas que é tempo de pendurares as chuteiras da política, pá? Não te preocupes, que nós sabemos que a reforma da Assembleia é coisa pouca, pá, mas a gente resolve o caso.... Vais p'ra Londres p'ró BERD, que o Teixeira dos Santos amanhou-te lá um lugar. Tá certo que o clima não é grande coisa p'ró reumático, mas pelo menos podes vir passar cá os invernos que são o pior daquilo... E mais, num te preocupes com o teu projecto que a gente põe aqui o Lelo ou o Vitalino a trabalhar com o Vera Jardim e a coisa fica pronta num instante, pá..."
E pronto lá despacham o homem para Londres enquanto o diabo esfrega um olho, a lei "anti-corrupção" vai ficar para as calendas, e lá vamos nós com ar

Alegre e contente neste país indecente...

:: enviado por touaki :: 1/08/2007 11:22:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Números

- A Madeira tem uma dívida global de 1.300 milhões de euros. Em 2006, o Governo mandou suspender uma transferência de 50 milhões para o arquipélago por causa da violação do limite máximo de endividamento por parte do Governo Regional.
Agora, Alberto João contraiu por interpostas sociedades de desenvolvimento criadas pelo seu governo mais um empréstimo de 500 milhões.
- Deficiências e ilegalidades encontradas pelo Tribunal Constitucional no exercício orçamental do Estado em 2005: “Falta de segurança em relação às receitas contabilizadas, assunção de encargos sem dotação orçamental, falta de fiabilidade nos registos de verbas referentes ao PIDDAC e erros na classificação de receitas e despesas em vários sub-sectores”.
- A Direcção Geral do Tesouro deixou prescrever em 2005 mais de 230 milhões de euros em impostos (+ 5,6% do que me 2004).
- De 2000 a 2005 a EU disponibilizou em fundos comunitários para Portugal 17.768 milhões de euros, dos quais só foram aplicados 13.165 milhões, segundo um estudo do economista Eugénio Rosa.
(Fonte: DN)

:: enviado por Manolo :: 1/08/2007 09:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, janeiro 07, 2007

Sopa de porco à la française

Ingredientes: toucinho, pés, rabos e orelhas de porco, batatas, cebolas, cenouras, alho francês, aipo, nabos, água e sal.
Resultado: um prato típico dos pobres, uma delícia substancial e revigorante, sobretudo no Inverno, mas que, em França, pelo segundo ano consecutivo, se transformou numa sopa politicamente envenenada.
No passado mês de Dezembro, o Prefeito da capital francesa emitiu dois decretos consecutivos proibindo a associação de solidariedade SDF — que neste caso não quer dizer “sem domicílio fixo”, mas sim “solidariedade dos franceses” — de distribuir a polémica sopa aos mais desfavorecidos, alegando que se trata de um acto discriminatório para com as pessoas cuja confissão lhes proíbe o consumo de carne de porco, sendo por isso um possível foco de perturbação da ordem pública.
No dia 2 de Janeiro, o Tribunal Administrativo de Paris despenalizou a distribuição da sopa de porco, concordando que existe um objectivo manifestamente discriminatório da associação, mas estimando que não há qualquer perigo para a ordem pública. Para celebrar a vitória, a associação — apoiada pela Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen — procedeu a uma nova distribuição da sopa, em frente à estação de Montparnasse.
Porém, a vitória não durou muito tempo. O Presidente da Câmara — o socialista Bertrand Delanoë — logo seguido pelo Ministro do Interior, Sarkozy — ano de eleições oblige! — recorreu para o Conselho de Estado que, nesta Sexta-feira, se pronunciou pela proibição da sopa.
A SDF continua a defender com afinco, embora contra toda a evidência, a bondade da iniciativa, alegando que o bodo oferecido aos sem abrigo é nutritivo e barato, para além de ser um prato tipicamente francês. O advogado da associação garante que “àqueles que recusam a sopa serão oferecidos outros alimentos”. Mas, no site Internet da SDF, as instruções são claras: “Única condição para jantar connosco: comer porco [...] Atenção: queijo, sobremesa, café, roupas, guloseimas, acompanham o prato da sopa. Sem sopa, não há sobremesa. Os nossos antes dos outros”.


:: enviado por JAM :: 1/07/2007 08:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

TV

Sabe-se que os portugueses são grandes consumidores de televisão (e, já agora, de jornais desportivos, revistas cor-de-rosa e outras drogas legais...).
Pois bem, 2006 não foi um bom ano para os que esperavam da televisão uma melhoria relativamente aos anos anteriores.
Vejamos:
- A Tvcabo silenciou sem explicações nem pedidos de desculpas o GNT (canal brasileiro que era um dos melhores do alinhamento, e onde, por ex., podíamos ver o Programa do Jô - Soares) e não deixou passar para 2007 o canal SIC-Comédia;
- Quanto aos canais generalistas, continuámos a ter pouco pluralismo de opinião. Tivemos como comentadores políticos “residentes” gente do PS (António Vitorino), do PSD (Marcelo Rebelo de Sousa), do CDS (Paulo Portas). A excepção foi Miguel de Sousa Tavares, apartidário. Na “Quadratura do Circulo”, temos um comentador do PS (Jorge Coelho), um do PSD (Pacheco Pereira) e um do CDS (Lobo Xavier). O “Prós e Contras” da RTP-1, além de por via de regra seguir a agenda politica do Governo, tem habitualmente um painel de convidados de palco que politicamente estão entre a direita e o chamado centro-esquerda (no programa sobre a fiscalidade da banca levaram lá o Garcia Pereira e o circo ia pegando fogo…). A RTP acabou, inclusive, com o programa em que deputados dos vários partidos com assento no Parlamento debatiam assuntos da ordem do dia.
- O horário nobre das televisões generalistas tem Floribela, Morangos, Freiras em fuga, concursos, futebol, tudo coisas para manter entretida a rapaziada – já que o pão está sempre a aumentar de preço (e os brioches andam por mesas altas) então, pelo menos que haja circo…
- Por seu lado, a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), após o triste episódio em que admoestou e veladamente ameaçou o critico de TV do Público Eduardo Cintra Torres e o director deste jornal, a propósito das criticas daquele à cobertura tendenciosa feita pela RTP dos incêndios do Verão passado, perdeu a face e já não tem condições para exercer seriamente as suas funções.
- E para culminar, o Governo propõe, no projecto de lei da TV, que tanto o estatuto editorial como os “códigos de conduta” internos dos canais de televisão, especialmente em matéria de informação, sejam submetidos para ratificação a essa mesma famigerada ERC.

:: enviado por Manolo :: 1/07/2007 01:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, janeiro 06, 2007

Curiosidade

Sabem por que é que na História dos Estados Unidos da América do Norte nunca houve um verdadeiro "golpe de Estado"??


Simplesmente porque lá não existe embaixada dos Estados Unidos da América!!!!!

:: enviado por touaki :: 1/06/2007 05:42:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Portugal, 2006

Meia dúzia de factos significativos ocorridos em 2006 no nosso país:
- Stanley Ho, dono de metade do mercado do jogo em Macau (foi monopolista até 2002) e de 60% do mercado do jogo (legal) português inaugura, lado a lado, com o ministro da economia, o Casino de Lisboa;
- Morre, aos 91 anos, o inspector-chefe da Pide Rosa Casaco sem nunca ter respondido pelos crimes cometidos ao longo da sua vida de carrasco;
- Segundo o mais recente relatório do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, o preço médio das drogas tem vindo a descer em Portugal;
- O Governo exigiu à banca que lhe comunicasse o seu planeamento fiscal, mas, logo a seguir, fez essa exigência depender de uma lei específica a congeminar e a publicar lá para as calendas;
- Fechou a Opel “da” Azambuja, deixando no desemprego mais 1.100 trabalhadores;
- e, no finalzinho do ano, 6 tripulantes/pescadores da traineira Luz do Sameiro perdem a vida ou desaparecem no mar a 50 metros duma praia portuguesa (perto da Nazaré) por falta de socorro a tempo e horas.

:: enviado por Manolo :: 1/06/2007 11:22:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, janeiro 03, 2007

O Mundo em 2006

Os acontecimentos mundiais mais significativos do ano passado, naturalmente de acordo com o meu critério pessoal e fazendo votos para que a minha memória e o Público e o DN não me atraiçoem:
Janeiro: O Hamas vence as eleições na Palestina (elege 76 deputados contra 43 da Fatah);
Fev.º: Publicação num jornal dinamarquês das polémicas caricaturas de Maomé;
Março: Jovens franceses saem à rua para contestar o CPE, o contrato de 1.º emprego, negando-se assim a entrar para as fileiras do novo precariado;
Maio: O Montenegro separa-se da Sérvia num referendo em que os separatistas vencem por 0,5%;
Junho: Mundial de futebol (ficou na retina e na net a cabeçada de Zidane);
Julho: Israel entrou pelo Líbano adentro, para combater o Hezbollah, numa guerra que durou, pelo menos, 34 dias;
Agosto: Natasha Kampush, de 18 anos, reemerge após 8 anos de cativeiro privado;
Setembro: Manequins excessivamente magras são proibidas de desfilar na passerele da moda em Madrid;
Outubro: Estreia nuclear da Coreia do Norte;
Novembro: Os Democratas ganham as eleições intercalares nos States e, de imediato, o “falcão” (sem ofensa para os falcões) Rumsfeld é afastado da Administração Bush;
Dezembro: Morre, de morte natural, sem ser julgado, o “carniceiro” (sem ofensa para os carniceiros) Pinochet.

:: enviado por Manolo :: 1/03/2007 10:01:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

FUGA PARA A LIBERDADE!!!



Fim da tarde de 3 de Janeiro de 1960. Frente ao Forte de Peniche um carro, de porta-bagagem aberto, pára. Conduzido pelo grande actor Rogério Paulo, representa o sinal de que tudo está pronto, no exterior, para que se dê início àquela que será a maior fuga, de patriotas presos, dos cárceres fascistas.Organizada no exterior por Pires Jorge, Dias Lourenço, Octávio Pato, Rogério Paulo e Rui Perdigâo e com a ajuda de um sentinela – José Alves – os fugitivos descem para o fosso exterior do forte através de uma corda feita de lençóis. Saltando um muro chegam à vila. Aqui, tomam lugar em carros que os transportam para as casas clandestinas do Partido espalhadas por todo o País. Em liberdade, continuarão a heróica luta que irá desembocar no 25 de Abril de 1974.
Um abraço para eles : Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues.

:: enviado por ja :: 1/03/2007 09:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, janeiro 02, 2007

As imagens que marcaram o ano de 2006

2006 foi um ano bastante convulso e não é fácil escolher uma imagem por entre as muitas que deixaram marca ao longo do ano.
A BBC News propõe 12 imagens que resumem os acontecimentos de 2006. Mais de 200 são as escolhas da Reuters, apresentadas pela Yahoo!
Um diaporama de som e luzes, é a proposta da MSNBC. Mais clássicas são as 24 imagens fortes de 2006 da Time.
Vale também a pena o sempre espectacular top 10 da National Geographic.

:: enviado por JAM :: 1/02/2007 02:07:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Grapelli III


Com boa música talvez o ano se salve...

:: enviado por RC :: 1/01/2007 06:47:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Grapelli II


:: enviado por RC :: 1/01/2007 06:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Grapelli I


:: enviado por RC :: 1/01/2007 06:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O que eu gostaria de ter escrito

Saddam tinha que morrer. Porquê? Porque todos aqueles que têm capacidade de decidir sentiam a necessidade imperiosa de ter que tranquilizar as suas agitadas consciências. [...] Saddam tinha que morrer. Porquê? Porque todos aqueles que não temos capacidade de decidir, que somos os que se opõem à pena de morte e à barbárie da guerra, confirmámos, se ainda nos restava alguma dúvida, que com esta decisão se quiseram tapar todas as misérias e atrocidades cometidas pelo mundo civilizado nos últimos anos.
[...]
Agora que foi consumado o delírio e lamentando que o Carniceiro de Tikrit não acabasse os seus dias entre grades, só nos resta esperar que alguém nos explique em que se diferencia o assassino Saddam dos assassinos que animaram e decidiram pendurá-lo numa corda.

Ernesto S. Pombo, La Voz de Galicia, 31/12/2006. O artigo integral, aqui.


:: enviado por JAM :: 1/01/2007 12:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

ANO NOVO ...EM 1959!!!

Com a fuga do sargento Baptista para a República Dominicana e a entrada triunfante de Che e Camilo Cienfuegos em Habana, a Revolução Cubana triunfava permitindo que o quintal/bordel dos U.S.A respirasse, finalmente, em liberdade!!!
48 anos após, o espinho continua encravado na garganta dos senhores do Império!!!
Que aí se mantenha por muitos e longos anos!!!


:: enviado por ja :: 1/01/2007 10:46:00 da manhã :: 4 comentário(s) início ::