BRITEIROS: abril 2007 <$BlogRSDUrl$>








segunda-feira, abril 30, 2007

Será a mentira indispensável à vida em sociedade?

Segundo um estudo recente da Universidade do Massachussets, cada pessoa mente, em média, 3 vezes em cada 10 minutos.
— ... Se o peixe é fresco, caro senhor? Fresquíssimo — isso nem se pergunta!
— Por acaso, esse fato fica-lhe a matar, cai-lhe que nem uma luva, sim senhor...
— ... e para o ano que vem, se Deus quiser, baixaremos os impostos!
— Quando voltarmos ao Governo, depois das próximas eleições, o país entrará finalmente numa era de prosperidade geral!
— Nessa matéria, da decência, o meu partido não precisa, nem admite!, receber lições de ninguém!...
— Pode ficar descansado que, no prazo máximo de uma semana, o seu assunto fica resolvido sem mais delongas nem mais papelada.
— Fez uma boa aquisição. É verdade que não é barato, mas a qualidade e a marca, caro amigo...
— Para tornar a nossa empresa mais moderna e rentável, vamos:
a) deslocalizá-la e/ou
b) fundi-la com outra que, actualmente, é nossa concorrente,
mas não, não estamos de modo nenhum a pensar em despedimentos... quem é que aqui falou em downzising?! Garantidamente: não!
— Claro que sim, amor, também foi bom para mim... porque é que não haveria de ser?!...
— Fingir, eu?! ‘tás parvo ou quê?...
— Maria, querida, és e vais ser sempre o grande, aliás o único!, amor da minha vida!
And so on...

:: enviado por Manolo :: 4/30/2007 10:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, abril 29, 2007

Perguntar não ofende (50)

A placa torta é uma alegoria ao estado do resto do túnel? ou quem nasce torto …

:: enviado por U18 Team :: 4/29/2007 03:59:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ílhavo

Ílhavo: Apreendidas mil doses de heroína

Mais de uma centena de militares da GNR, com elementos das operações especiais e cães pisteiros, vasculhou ontem o acampamento cigano da Gafanha de Aquém, em Ílhavo. Foram apreendidas cerca de mil doses individuais de heroína e detidos dois homens e duas mulheres, que amanhã serão presentes a tribunal.



1º Ser cigano é relevante?
2º Não é nenhum acampamento. Nunca vi tendas de tijolo e telhas de zinco.
3º Em dez anos deve ter quadruplicado sob olhares complacentes.
4º Estarei errado em pensar que este "bairro de lata" se encontra em reserva ecológica onde nenhuma construção é permitida?
5º Que cada um se interrogue...

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:: enviado por RC :: 4/29/2007 10:26:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sábado, abril 28, 2007

Porque hoje é sábado...

“Me disseram: «Cuidado!».
Que não viesse para o seu lado.
Que «essa mulher é um abismo!».
Mas quando eu cismo, eu cismo.
E aqui você me tem.
E até agora tudo beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem!"

Luis Fernando Verissimo

:: enviado por Manolo :: 4/28/2007 11:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

HORTA versus LU´OLO!!!

“Como católico, tenho três líderes”, disse Horta, “o Papa e dois Bispos. Encontro-me com os Bispos todas as semanas.A Igreja tem quinhentos anos de experiência em Timor-Leste.”“
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"Nós os Timorenses temos estado cá desde o princípio,” retorquiu Lu’Olo
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“Escolham-me porque sou um laureado do Nobel da paz.”disse Horta.
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Lu’Olo agradeceu ao povo por ter votado pacificamente na primeira volta, e lembrou a Horta que foi o único candidato a ganhar votos em todos os distritos. “Sou um candidato da FRETILIN,” disse, “do partido que lutou pela independência durante vinte e cinco anos. Esta é uma grande herança. Presto a minha honra todos os que morreram e quero continuar a servir as suas viúvas e órfãos. Foi por isso que aceitei – para defender o povo, para defender o nosso país e para defender a nossa soberania nacional.”
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Assim vai a campanha eleitoral em Timor!!! De um lado, a estúpida arrogância de quem olha para o seu umbigo como centro do mundo; do outro, um patriota que se candidata para servir!!!
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FORÇA LU´OLO!!!

:: enviado por ja :: 4/28/2007 10:11:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Passaram-se

"O primeiro-ministro mostrou-se este sábado «satisfeito» por o Tribunal de Contas ter «reconhecido» que o seu gabinete, nomeou «apenas 53 pessoas», ao contrário das 148 contratações inicialmente avançadas."

OU

"No comunicado, o TC informou que se recusa fazer qualquer alteração na suas conclusões sobre as contratações para os gabinetes sem realizar uma nova auditoria, já que considera que os números fornecidos pelo Governo são muito diferentes dos reportados anteriormente e que as correcções são parciais.

«O Tribunal não pode validar nem deve pronunciar-se sobre os novos documentos e números enviados» pelo Governo «sem a realização de uma nova auditoria», lê-se do documento"


O TC responsabiliza directamente a Presidência do Conselho de Ministros pela «prova documental» fornecida, concluindo que só uma nova auditoria poderá habilitar o tribunal a uma nova avaliação. A Presidência do Conselho de Ministros anunciou já publicou todos os documentos para «cabal esclarecimento da verdade».

Ou seja, os serviços da Presidência do Conselho prestam informações incompletas e/ou erradas ao TC e é o Tribunal de Contas que comete um erro?

O que vale é que amanhã é outro dia!

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:: enviado por RC :: 4/28/2007 09:33:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, abril 27, 2007

PUBLICIDADE ... VERGONHOSA!!!

Segundo o jornal Correio da Manhã:
"Carlos Lipari, par da Miss Portugal 2004, Marina Rodrigues, em ‘A Bela e o Mestre’, foi operado ontem com sucesso, a um quisto sebáceo na zona do queixo. A pequena cirurgia, com anestesia local, foi efectuada, no Hospital da Luz, em Lisboa, pelo dr. João Rebelo Andrade, um dos médicos da equipa que, pouco antes, operara Eusébio. O jovem regressou à casa do reality show ainda de manhã."
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Porque raio insistem em tratar-nos como um bando de débeis mentais?

:: enviado por ja :: 4/27/2007 10:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Sem cravo


Foi um "discurso apropriado e à altura das circunstâncias". E que circunstâncias.
Mais de meio milhão de desempregados e que disse Sua Excelência?
A extrema precariedade dos vínculos laborais e que disse Sua Excelência?
Dois milhões de portugueses pobres, pelo nosso limiar de pobreza que é bem mais baixo do que seria se houvesse um limiar médio na União Europeia. E que disse Sua Excelência?

O cravo que não houve na lapela foi, acima de tudo, a ingratidão e o desejo de esquecimento do acto sublime que nos libertou.

25 de Abril sempre!

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:: enviado por RC :: 4/27/2007 09:57:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Uma lágrima para Rostropovitch

9 de Novembro de 1989. Um homem, sexagenário, senta-se numa cadeira, ao pé do muro, com o seu violoncelo e põe-se a tocar uma suite de Bach. O muro que separa Berlim está a cair aos bocados. O homem do violoncelo chama-se Rostropovitch. Esta sua imagem, junto do muro, é uma das imagens mais extraordinárias do século XX .

Homem de convicções, grande amigo dos dois compositores mais criticados por Estaline — Prokofiev e Shostakovich —, recebeu também em sua casa, em Setembro de 1970, o escritor dissidente Aleksandre Soljenitsine e não hesitou em defender a sua causa, o que o fez cair em desgraça na URSS e o obrigou a exilar-se. Privado da nacionalidade soviética, instalou-se na Europa com a esposa, a célebre soprano Galina Vishnevskaya e tornou-se cidadão do mundo dando concertos em todas as capitais do Ocidente. Só em 1990 voltou ao seu país natal.
Mstislav Rostropovich morreu hoje, aos 80 anos, após doença prolongada. Diz-se que quando um violoncelo se cala, o mundo fica silencioso e algo muda imperceptivelmente. É a música que está hoje de luto de um dos seus mais prestigiosos concertistas.

:: enviado por JAM :: 4/27/2007 09:47:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

E mais um que se vai

Não sei se será caso para grandes interrogações mas não deixa de ser curiosa esta tendência recente de ex-Primeiro-Ministros e ex-Presidentes da República para aceitarem cargos internacionais na primeira oportunidade que se lhes depara.
Será que o País está ainda pior do que pensamos? Será que sabem alguma coisa que nós ignoramos? Será Portugal um país em que os seus mais altos governantes só atingem a sua verdadeira dimensão de estadistas quando vão para fora? Será que só os não portugueses lhes vêm qualidades que nós, subdesenvolvidos e saloios, não vislumbramos?
Tudo questões a que é difícil dar uma resposta definitiva. Podemos apenas constatar os factos: Guterres fugiu dos aborrecimentos da governação nacional à primeira dificuldade, tendo a fuga sido premiada com o cargo de Alto Comissário da ONU para os Refugiados; Durão Barroso que, entre nós, parecia completamente incapaz de ser dirigente do que quer que fosse, é presidente da Comissão Europeia e agora é Jorge Sampaio que nos vai deixar para assumir o cargo de Alto Representante para o Diálogo das Civilizações da ONU. Coisa enorme, como podem imaginar.
Ora, enquanto esteve por cá, ninguém diria que Jorge Sampaio era uma enorme personalidade mundial capaz de estabelecer a harmonia entre Ocidente e Oriente, cristãos e muçulmanos, palestinianos e israelitas – a menos, é claro, que consideremos a sua presença como sportinguista no Estádio da Luz como um diálogo de civilizações.
Pensando melhor, no entanto, é capaz de ser o homem certo no lugar certo. Assim como Guterres era o refugiado mais indicado para se ocupar de refugiados, assim como Barroso era o mais indicado para dirigir uma instituição que não se sabe para que serve, também Sampaio é capaz de ser o mais indicado para resolver o conflito israelo-palestiniano. Experimentem fechar na mesma sala representantes do Hamas e de Israel a ouvirem um discurso de Jorge Sampaio e vão ver como hão-de chegar a um acordo qualquer.


:: enviado por U18 Team :: 4/27/2007 01:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ai se os franceses tivessem um José Sócrates!...

François Miterrand costumava dizer que a França é estruturalmente de direita e que a esquerda é incapaz de ganhar uma eleição presidencial sem a ajuda do valor acrescentado do seu candidato. Hoje, seria preciso acrescentar: e do centro.
A vida política francesa parece de facto estar a evoluir para um cenário à italiana com três forças, em que a esquerda estaria destinada a aliar-se ao centro para poder vencer a direita.
Ao endurecer o seu programa conservador e ultra-liberal, Nicolas Sarkozy aproximou-se tanto da extrema-direita que libertou o espaço mais do que necessário para a criação de um verdadeiro partido do centro. De tal modo que o principal obstáculo no caminho de Sarkozy é hoje François Bayrou. Ao aceitar um debate televisivo com os socialistas, o candidato centrista conseguiu mergulhar no embaraço o seu adversário de direita, que vê pela primeira vez escapar-se-lhe o ritmo da campanha.
A segunda volta tornou-se de súbito um combate a três. O seu desfecho dependerá do esforço dos socialistas para, também eles, ocuparem o centro. O velho sonho do antigo primeiro-ministro Michel Rocard de deslocar o PS nessa direcção, como forma de libertar o partido das alianças com a esquerda mais radical, está à beira de se tornar realidade.
Muitos socialistas esperam pela vitória, por agora improvável, de Segolène Royal para centrar o partido. Uma aposta arriscada que, o futuro o dirá, talvez venha demasiado tarde. Sabê-lo-emos dentro de pouco mais de uma semana.

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:: enviado por JAM :: 4/27/2007 12:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, abril 26, 2007

26 de Abril

É preciso muita pachorra:
— Ontem, 25 de Abril, o povo aproveitou o feriado para passear a pé pelo famigerado túnel do Marquês recém-inaugurado e, logo que foi possível, por lá passeou também motorizado, buzinando e acenando para as câmaras das TVs (e a derrapagem financeira?... bah!, já estamos habituados... é sempre assim, que se há-de fazer?!... mas agora vamos gozar o momento, ok?...), que é assim que o pessoal gosta realmente de se manifestar (tá bem, há as manifestações sindicais, políticas, — ontem mesmo a do 25 de Abril —, mas quem nos tira a máquina de acelerar e buzinar, tira-nos tudo)... já não chegam as vitórias da selecção nacional de futebol ou as do Benfica (também acontece...), do Sporting, do Porto, do Alcagoitas Sport Club, já não chegam as vitórias eleitorais, do PS, do PSD. do PSD, do PS, e outra vez do PS, do PSD... não chega: qualquer acontecimentozeco serve para pôr o pessoal a desfilar de automóvel pelas ruas.
— No sábado, vai haver, em Santa Comba Dão, uma manifestação, já devidamente autorizada pela Câmara Municipal, para comemorar o aniversário de Salazar, que supostamente estará morto e enterrado naquela cidade, cidade essa que, pelos vistos, quer vir a atrair turistas (?) mumificando um passado inglório de miséria e repressão.

:: enviado por Manolo :: 4/26/2007 11:16:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Novas oportunidades

Imaginem só onde este homem poderia ter chegado se fosse Engenheiro.
O busílis é que não é a certificação, mas sim a qualificação...
Chatice!

:: enviado por RC :: 4/26/2007 08:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

25 de Abril

"Mais importante do comemorar o 25 de Abril é

redescobrirmos em conjunto a coragem de rasgar os

limites do conformismo e abrirmos de novo as janelas

da liberdade que apenas em 33 anos reduzimos a este

artifício festivo com que nos vamos entretendo."


É do Vieira da Silva, pelos vistos tenho que ser eu a publicar...
Entretanto, mais uma vez recomendo que visitem http://www.vieiradasilva-ilhavo.com
No seu "site" pessoal podem ouvir voz e canções que ajudaram a fazer Abril.

:: enviado por RC :: 4/26/2007 08:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

70 anos de Guernica

No dia 26 de abril de 1937, o povoado de Guernica, de 6 mil habitantes, era bombardeado pelos aviões da Legião Condor da aviação alemã, em apoio às forças nacionalistas do general Francisco Franco, meses após o início da Guerra Civil espanhola (1936-39).
O bombardeio às cegas, ao cair da tarde, num dia de mercado, provocou incêndios que destruiram três quartos da cidade e deixou centenas de mortos. Foi assim que Guernica, base histórica do nacionalismo basco que queria derrubar Franco, se converteu na primeira cidade da História destruída por um ataque aéreo dirigido contra alvos civis.

Continue a ler aqui


:: enviado por JAM :: 4/26/2007 01:10:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

quarta-feira, abril 25, 2007

A dupla perfeita

O título deste post não é o título de um filme mas poderia ser. Série B e a preto e branco. Talvez fosse até mais apropriado chamar-lhe “Poder y dinero” (em espanhol técnico).
José Sócrates acha que Pina Moura é um exemplo de ética e acha normal a sua nomeação para a TVI. Exemplo de ética? Talvez na concepção do nosso primeiro-ministro porque o seu percurso público encaixa muito dificilmente no meu conceito de ética. Normal? Talvez, mas mais uma vez ficou por perguntar o óbvio: se nem Pina Moura nem José Lemos têm no seu passado profissional o que quer que seja que os recomende para a administração de uma empresa de comunicação social, porque será que a Prisa os quer? Para decoração?
Numa vida que me parece cada vez mais distante, conheci Pina Moura e José Lemos. O primeiro era na altura a grande figura da JCP e apontado como futuro sucessor de Cunhal, o segundo militava, discretamente, no MES (Movimento de Esquerda Socialista, para os mais jovens). Cruzamentos da vida levaram a que só muito raramente e na brevidade de um “como vai isso?” “tudo bem”, nos voltássemos a encontrar. Se de Lemos ainda vou tendo notícias por via de amigos comuns, de Pina Moura só sei o que vem nos jornais. Hoje, 25 de Abril, lembrei-me deles e do tempo em que defendiam a independência nacional, o comunismo, o socialismo, a igualdade, o combate ao grande capital e 33 anos parecem-me cada vez mais uma outra vida. Mudámos todos e, é claro, o Quim e o Zé não têm porque ser excepção.
Há quem diga que, no fundo, as pessoas nunca mudam. Outros afirmam que podemos mudar. Não quero agora contribuir para essa discussão. Do que me lembro, Pina Moura não se interessava particularmente por dinheiro, interessava-se por poder. José Lemos já na altura achava muito mais interessante o dinheiro.
Se é verdade que no fundamental as pessoas nunca mudam, a Prisa encontrou a dupla perfeita para gerir os seus negócios em Portugal. Com a vantagem de, agora, terem ambos o cartão do PS.


:: enviado por U18 Team :: 4/25/2007 10:16:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Tony Sarkozy português?

Custa a crer, ou não?

"O texto que antecede a entrevista abre com um episódio ocorrido durante uma conversa entre José Sócrates e o candidato presidencial francês Nicolas Sarkosy em São Bento, em Março do ano passado.
Segundo a Le Point, nessa conversa, o primeiro-ministro português «expôs as reformas drásticas feitas desde que chegou ao Governo em Março de 2005».
«Sarkozy nem queria acreditar no que estava a ouvir, sobretudo quando Sócrates passava em detalhe como desfez a maioria das regalias adquiridas na função pública portuguesa», escreve o jornalista Dominique Audibert.
No final da exposição de Sócrates sobre as reformas na administração pública, já quando saía de São Bento, o jornalista francês diz que Sarkozy terá deixado o seguinte desabafo: «felizmente os socialistas franceses não são como ele, caso contrário teria dificuldades em posicionar-me».

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:: enviado por RC :: 4/25/2007 04:55:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quantos cardos?

Quantos cardos nasceram à sombra deste cravo?

:: enviado por RC :: 4/25/2007 01:09:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

25 de Abril


"Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nossos membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala."

Sophia de Mello Breyner

:: enviado por Manolo :: 4/25/2007 11:25:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

As portas que Abril abriu

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

(extracto de um poema de José Carlos Ary dos Santos)


:: enviado por JAM :: 4/25/2007 07:17:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, abril 24, 2007

24 de Abril

Na véspera do 33º aniversário do 25 de Abril, submeto à vossa consideração alguns extractos do livro "Máscaras de Salazar", de Fernando Dacosta:
"(...) «A PIDE fez um trabalho notável em África pelas informações que fornecia, permitindo-nos obter resultados superiores à nossa capacidade de combate», referia-me Costa Gomes. «Lamento sinceramente que agentes seus tenham cometido a tolice de terem, no 25 de Abril, aberto fogo, matando alguns manifestantes. Spínola e eu, para os salvar, mandámos prendê-los. Depois facilitou-se-lhes a fuga e a saída discretas até ao seu semi-esquecimento» (fls. 72).
"Salazar era, para Fernando Pessoa, o produto de uma fusão de estreitezas: «a alma campestremente sórdida do camponês de Santa Comba alargou-se em pequenez pela educação do seminário, pelo desumanismo livresco de Coimbra, pela especialização rígida pesada do seu destino escolhido de professor de finanças» (fls. 236).
"Agostinho da Silva, que teve de se exilar, definirá Salazar como um mal necessário na época. «Portugal partiu uma perna. Ele foi o gesso. Fez comichão, irritou, deformou. Quando a fractura ficou curada, o emplastro caíu e o país recomeçou a andar» (fls. 237).
(...) «O imaginário introduzido pelo 25 de Abril não foi suficientemente poderoso para apagar o imaginário do regime anterior» afirmou Eduardo Lourenço, em 1997 (fls. 365)."

:: enviado por Manolo :: 4/24/2007 10:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Uma pouca-vergonha

A escolha de Pina Moura para presidir à Media Capital, a convite da Prisa, é uma das mais preocupantes notícias dos últimos tempos. Ao pé disto, a telenovela em redor da licenciatura de José Sócrates é apenas programação infantil. O ex-ministro do defunto Governo do pio Guterres, conhecido como o “cardeal” pela forma como se movia nos corredores do poder, e que pouco depois de ter saído do Executivo saltou para a liderança de uma das empresas que mais favoreceu enquanto governante — a espanhola Iberdrola —, vai agora tomar conta da televisão mais vista do País. Tenham medo. Muito medo. [...] Amiguinho da Prisa e da Iberdrola, amado por Sócrates e pelos espanhóis, Pina Moura quer armar-se no nosso novo Miguel de Vasconcelos. Tal como o outro, defenestrá-lo seria fazer um enorme serviço à pátria.

[João Miguel Tavares, DN/24.04.07]


:: enviado por JAM :: 4/24/2007 10:06:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Voos da CIA

Ana Gomes, no Causa Nossa, volta a activar um assunto que parecia adormecido. As realidades incómodas são como o salitre das paredes: por muito que se tente pintar por cima volta sempre a aparecer.

"O primeiro parlamento nacional a discutir o relatório do Parlamento Europeu sobre os chamados "voos da CIA" não foi europeu, mas sim americano.
[...]
Neste contexto, aqui fica a tradução de um diálogo ilustrativo entre o Representante Rohrabacher (Republicano da Califórnia) e Michael Scheuer, antigo agente da CIA, retirada da segunda parte das actas:
"REP. ROHRABACHER:(...) O senhor está a dizer que quando as pessoas foram apanhadas e transferidas para outros países, isso foi sempre feito em consulta, cooperação e sob controlo de governos estrangeiros onde o incidente ocorreu. Está correcto?
SR. SCHEUER: (...) Qualquer operação na Europa foi feita com o apoio conhecedor e a aprovação dos serviços de segurança europeus envolvidos".
Restam dúvidas?"

Vale bem a pena ler todo o "post".

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:: enviado por RC :: 4/24/2007 05:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Lello & Co.

É curioso que o mesmo Lello que há algum tempo acusava Ana Gomes de desequilíbrio mental no que dizia respeito aos voos da CIA seja o mesmo Lello referido "agora" nas escutas dos Apitos Dourados.
Ana Gomes usa o estilete com que em diplomacia se "assassina" simpaticamente:

[...]Sucede, todavia, que no final da transcrição é imputado aos interlocutores o seguinte diálogo:
“LP - ...o Lello disse-me que...que...até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queriam ver-se livres dela...
PC – Pois!
LP ...e portanto, a queixa dá mais ...mais força para... para a gaja desandar, não é ?”.
Ora, aqui o caso muda de figura, na presunção em que me encontro de que Lello só há um, e ainda de que ninguém lhe terá feito chegar estas “pérolas”, frustrando-lhe assim a oportunidade de se demarcar do conteúdo infamante (como estou certa o faria, na hipótese inversa).
Na verdade, são por demais conhecidas as características de elevação pessoal e politica do meu camarada José Lello: frontalidade telúrica, apego sacrificial aos valores da lealdade e da camaradagem socialista, repúdio feroz pela concubinagem e promiscuidade entre a política governativo-partidária e interesses privados, empresariais, comerciais, futebolisticos ou outros...
Por disso estar segura, levanto a minha voz contra a aleivosia que é vilmente imputada a José Lello, certa que estou de que o mesmo ele faria, acaso me fossem atribuidos dixotes que o vilipendiassem como comparsa em «jogadas» deste tipo e deste nível." (sic)

Veremos se haverá o retorcer do punhal...


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:: enviado por RC :: 4/24/2007 08:15:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, abril 23, 2007

Deixa em paz o Eusébio

Quem é que nunca teve aquela sensação do “está tudo doido”? A mim, ultimamente, acontece-me com frequência – o que me leva a interessantes especulações sobre o meu próprio estado mental mas isso é outra estória.
Esta noite, por volta das oito, aconteceu-me outra vez: Todos (todos!) os telejornais abriram com uma conferência de imprensa em que 4 (quatro!) médicos explicavam as vicissitudes da operação a Eusébio, completado por uma aula prática de medicina coronária. Acessoriamente, ficámos a saber que o Eusébio fuma charutos e come comida com sal (assunto que só a ele lhe devia dizer respeito).
Serei o ultimo a ignorar a importância de Eusébio para Portugal, para o futebol, para o Benfica e para aquelas pequenas alegrias que fazem com que a nossa vida seja um pouco mais feliz. Serei também o primeiro a desejar-lhe muitos e bons anos de vida mas, caramba, no dia em que morreu Yeltsin e no dia seguinte às eleições francesas (para não falar de 27 mortos no Iraque que, por o numero ser tão diminuto, deixou de ser noticia) não tinham outro assunto mais importante que uma operação relativamente banal em que não há absolutamente nada para dizer?
Espero que melhore depressa para que, pelo menos, seja poupado a este circo.

PS: Em vez de o proibirem de fumar charutos e de comer comida com sal, não seria muito melhor para a sua saúde se o proibissem de ver jogar esta equipa do Benfica?


:: enviado por U18 Team :: 4/23/2007 09:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ségolène

Ségolène não tem teleponto.... tsst tsst tsst...

:: enviado por RC :: 4/23/2007 01:12:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Recomendado

http://antologiapoeticamultimedia.blogspot.com/

Os mais velhos e mais saudosos podem ir directamente para: http://antologiapoeticamultimedia.blogspot.com/2006/08/balada-para-los-poetas-andaluces-de.html

:: enviado por RC :: 4/23/2007 12:57:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Mário Nogueira



Mário Nogueira é o novo Secretário-Geral da FENPROF.
Os meus votos de sucesso para a árdua tarefa que o espera.

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:: enviado por RC :: 4/23/2007 12:37:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

domingo, abril 22, 2007

Traz outro amigo também

"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não."


(clique para aumentar)

:: enviado por RC :: 4/22/2007 01:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (49)

Se os “nuestros hermanos” gostam tanto de Pina Moura e se Pina Moura gosta tanto dos nossos vizinhos, não poderiam ficar com ele em Madrid?


:: enviado por U18 Team :: 4/22/2007 10:33:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (48)

Na Virgínia os menores podem ter armas mas não podem fumar. Será porque o tabaco mata lentamente?


:: enviado por U18 Team :: 4/22/2007 10:33:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, abril 21, 2007

Corrida presidencial em França

Apesar da grande diversidade política existente em França, só quatro partidos estão representados no Parlamento — UMP de direita, UDF de centro direita, PS de centro esquerda e PCF de esquerda. Esta excessiva selectividade cria um problema de funcionamento democrático já que uma grande parte do espectro político francês — a extrema direita, os soberanistas, os nacionalistas (corsos, bascos, bretões, alsacianos, catalães, saboianos,...), os ecologistas, os trotskistas, os altermundialistas — está ausente do debate parlamentar. Por essa razão, muitas sensibilidades políticas aproveitam a campanha eleitoral para apresentarem um candidato e assim — embora tenham nulas possibilidades de ganhar — poderem defender as suas teses durante várias semanas nos grandes órgãos de comunicação à escala nacional.
As inumeráveis sondagens deram como provável vencedor Nicolas Sarkozy, que começou a sua campanha eleitoral com uma viagem a Washington onde, em plena sala oval, jurou fidelidade ao imperador do mundo. Isso significa que, nos diversos conflitos do Médio Oriente, Sarkozy, se ganhar as eleições, alinhará ao lado dos americanos. É quanto basta para fazer o general de Gaulle — Sarkozy declara-se o legatário do gaulismo — dar voltas no túmulo.
A esquerda espera grandes dificuldades nestas eleições, pois as sondagens dão-lhe as intenções de voto mais baixas dos últimos 40 anos: apenas 35%, somando os socialistas com todos os outros mais à esquerda. Por isso, alguns dispõem-se a votar no centrista François Bayrou, que — dizem as sondagens — derrotaria em todos os casos Sarkozy na segunda volta. Mas, em França, o centro não passa de uma pura ilusão. Um mero disfarce da direita mais ultra-liberal e mais pro-americana. Daí que, para grande parte do eleitorado popular, a esperança se chame Ségolène Royal. Sem demasiadas ilusões.

:: enviado por JAM :: 4/21/2007 11:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Miséria de jornais

O Sol noticiou uma folha A4, mas tratou-se de duas páginas e meia. Que falta de rigor. Na realidade, como dizia John MacEnroe: This is the pits, man!"

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:: enviado por RC :: 4/21/2007 10:28:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Paulo Portas

Paulo Portas vence directas. De deputado Portas a líder da oposição? Que diferenças veremos?


Um novo ímpeto para a oposição?


:: enviado por RC :: 4/21/2007 10:19:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Eusébio


"Eusébio internado a noite passada com problemas cardíacos."

Ora aí está um grande português. Os meus votos de rápidas melhoras.

:: enviado por RC :: 4/21/2007 02:48:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, abril 20, 2007

Amok

A quase totalidade das opiniões acerca da tragédia de Virginia Tech oscila, por um lado, entre a crítica da liberalização da posse de armas nos EUA, que favorece o respectivo uso discricionário, e, por outro lado, a lógica daqueles que pensam que, se todos os estudantes da universidade andassem armados, a tragédia teria tido um alcance muito menor. No primeiro grupo encontramos, sem surpresa, Michael Moore que explica o sucedido numa simples frase: America is a violent country. Também não surpreende que a lógica da relação entre a posse de armas e os frequentes usos assassinos das mesmas seja a que mais transborda nos comentários a uma matança desta amplitude.
Contudo, a discussão não se esgota na problemática da regulação do uso e posse de armas. Acima de tudo, tratou-se da reacção assassina de um sujeito que, tomado por uma fúria insuportável, decidiu matar, num curto lapso de tempo, todos aqueles que tivesse à mão de semear. Os psiquiatras chamam a isso violência catatímica. Mais exoticamente, os malaios chamam-lhe “amok”, que significa qualquer coisa como “enlouquecer com descontrolada fúria”. O termo Amok foi popularizado no título de uma das novelas de Stefan Sweig.
De facto, não se pode dizer que o infeliz Cho Seung-Hui tenha tido uma ideia muito original: este tipo de arrebates emocionais tem vindo a aumentar nas últimas décadas em todas as sociedades. Há muito que a imprensa faz eco de mortes massivas com maior quantidade de cadáveres: os que diariamente morrem no Iraque, também eles vítimas de atentados suicidas, os genocídios no Ruanda e mais recentemente no Darfur. Mas, é claro, a barbaridade de Virginia Tech aconteceu mais perto de casa. Já Estaline — grande conhecedor — dizia que uma só morte é uma tragédia, um milhão é uma estatística. Em todo o caso, o suicida assassino da Virgínia conseguiu ultrapassar todos os recordes do género nos States, muito embora devesse saber que o Guiness Book não regista estas depravações.
Note-se que escrevi suicida assassino em lugar de assassino suicida. Este último é o que tem por objectivo prioritário matar os demais, como os homens bomba do Iraque ou da Palestina ou os fanáticos que estatelaram os aviões contra o WTC. Ao invés, a prioridade do suicida assassino é acabar com a sua própria vida. Ou porque acha que a mesma não tem sentido, ou porque odeia este mundo em que nasceu. O que acontece é que é tão estupidamente gregário que não quer ir sozinho para o outro mundo e então leva consigo outra gente que talvez encontre sentido à vida e que... não tem nada a ver com os seus problemas.
A propósito, pareceu-me — por ter vivido os acontecimentos por perto na semana passada — que também os rapazes-bomba de Casablanca são mais tipicamente suicidas-assassinos do que os assassinos-suicidas do Iraque ou até mesmo os de Argel.
Mas isso ficará para desenvolver noutra ocasião.

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:: enviado por JAM :: 4/20/2007 12:55:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Fedorento 3


:: enviado por RC :: 4/20/2007 02:07:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Fedorento 2


:: enviado por RC :: 4/20/2007 02:04:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Fedorento 1


:: enviado por RC :: 4/20/2007 01:58:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Google Analytics

Google Analytics

Aí está uma ferramenta que recomendamos a quem queira monitorizar amplamente o seu blogue. Estatísticas muito completas.

:: enviado por RC :: 4/20/2007 01:35:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, abril 19, 2007

Nada disto por cá... mas por cá há disto

É só ver o link e saberão a que me refiro!

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:: enviado por touaki :: 4/19/2007 11:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Nada disto por cá

Com as devidas adaptações...

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:: enviado por RC :: 4/19/2007 06:16:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, abril 18, 2007

Bombástico

....... ....... ...... ........
ffffffffffffffffffffffff
ccccchhhhhchchchchchchchchchchc


PLOF!!

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:: enviado por RC :: 4/18/2007 08:42:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Governo americano reage a massacre

Fontes geralmente bem informadas indicam-nos que o Governo americano já decidiu tomar medidas em relação ao massacre na Universidade Técnica da Virgínia: Michael Moore será subsidiado para realizar o filme “Bowling for … Part II”.


:: enviado por U18 Team :: 4/18/2007 04:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Vivemos num mundo de aparências

Ainda com os motores mal aquecidos neste regresso de férias, leio que Joshua Bell, considerado um dos melhores violinistas do mundo, aceitou participar numa experiência promovida pelo Washington Post e destinada a demonstrar se as pessoas estão ou não preparadas para apreciar a virtuosidade num lugar e momento menos apropriados.
Tratava-se de tocar incógnito nos corredores do metro de Washington, para ver qual seria a reacção dos transeuntes que percorriam a estação de Enfant Plaza. Com um Stradivarius de 3.500.000$, um boné de basebol e umas calças de ganga, Bell tocou durante 43 minutos para as 1097 pessoas que passaram pela sua frente. Os que se detiveram para o ouvir contaram-se pelos dedos de uma só mão e o rendimento dos donativos não ultrapassou os 32 dólares e... alguns cêntimos.

A estação de Enfant Plaza serve maioritariamente passageiros que se dirigem aos escritórios governamentais circundantes. Muitos deles são empregados de nível médio-alto que estariam dispostos a pagar preços elevadíssimos para assistirem a um dos famosos concertos de Joshua Bell. Gente que só consome (mesmo que seja cultura) se o produto for convenientemente publicitado e contar com o alarde e o estrondo necessários.
É raro um autor ou uma obra conseguirem impor-se por si mesmos, não só perante o público, mas também perante os que estão encarregados de os difundir. A autora Doris Lessing demonstrou-o muito bem quando um dia enviou uma das suas novelas ao seu editor habitual, assinada sob pseudónimo. O editor respondeu que a novela era muito boa mas que era comercialmente inviável.
Ao invés, basta que um cantor de rock tenha que varrer ruas ou que uma top-model tenha que esfregar chão, no cumprimento das respectivas sentenças judiciais, para que se congreguem televisões de meio mundo e afluam multidões de curiosos.

:: enviado por JAM :: 4/18/2007 12:06:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

terça-feira, abril 17, 2007

Parabéns!

Como acho que quem quiser levar este país a sério corre cada vez mais o risco de deprimir profundamente ou de, em legítima defesa, ficar irreversivelmente cínico, fico sempre um pouco mais aliviado e muito grato quando algum dos nossos concidadãos consegue, apesar dos pesares, furar a lama (para não lhe chamar outra coisa) e levantar a cabeça.
É o caso das atletas Vanessa Fernandes (triatlo) e Telma Monteiro (judo), que, recentemente fizeram brilharetes “lá fora” e que muito prometem para um futuro próximo.

:: enviado por Manolo :: 4/17/2007 09:02:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Olhos de lince

Para além do Portugal Profundo e do seu contraponto pelo Margem Esquerda, o inquérito em torno das peculiaridades da Independente continua. Desta vez é o olhar de lince que lança mais uma acha para a fogueira:
http://braganza-mothers.blogspot.com/2007/04/ontem-foi-divulgado-este-documento.html

:: enviado por RC :: 4/17/2007 01:50:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

segunda-feira, abril 16, 2007

O primeiro

Sexagenário assalta banco em Gaia. Não sendo tradição portuguesa ver a situação de clochard como romântica opção de vida, aí está o primeiro que se passa da cabeça ao ver a sua casa a voar em penhora.

:: enviado por RC :: 4/16/2007 01:04:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, abril 15, 2007

O iPod é que não!

Arthur Batchelor, um dos soldados capturados pelo Irão recentemente, disse a um jornal britânico que só colaborou na farsa montada pelos iranianos por ter sido vítima de duas formas atrozes de tortura: tiraram-lhe o iPod e chamaram-lhe Mr. Bean.
Se em relação a ser apelidado Mr. Bean escapa-me um pouco a eficácia da pressão psicológica (o soldado tem algumas semelhanças faciais e o personagem criado por Rowan Atkinson demonstra uma inteligência que seria salutar encontrar em muitíssima gente), já em relação ao iPod percebo-o perfeitamente. Eu próprio, se me tirassem o iPod, confessaria o que quer que fosse e até sei, por experiência, a eficácia de tal medida – a única maneira de levar o meu filho adolescente a obedecer é a ameaça de lhe tirar o iPod.
Acontece que o soldado Batchelor é membro das Forças Armadas de um país que, apesar de algumas asneiras ao longo dos séculos como qualquer outro país, tinha um Exército com alguma noção de honra e dever. Embora não estivesse à espera que o soldado Batchelor dissesse à chegada qualquer coisa do género “Hi, Sir. Can I take the weekend off before returning to Iraq?” esperava alguma contenção e alguma vergonha pelo que se passou no Irão e não esta lamentável demonstração de cobardia.
Se o soldado Batchelor é representativo da juventude que constitui os exércitos europeus actuais, acho que vou comprar um “Pársi for beginners” e pôr-me a ler atentamente o Corão …


:: enviado por U18 Team :: 4/15/2007 10:16:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Cavaco e o momento

O momento "Cavaco" e restante comitiva partidária abordado numa crónica a não perder.

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:: enviado por touaki :: 4/15/2007 06:43:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, abril 14, 2007

...OU SE CALAM, OU...



:: enviado por ja :: 4/14/2007 10:36:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Mais centro e menos esquerda

PUBLICO.PT: "

O secretário-geral do PS, José Sócrates, rejeitou sexta-feira as acusações de dirigir um Governo de direita, apontando as leis do aborto, da procriação médica assistida e da paridade como exemplos de políticas de esquerda.

Num plenário com os militantes do PS de Leiria e num discurso sem novidades, José Sócrates considerou que estas leis “marcam a diferença entre o centro-esquerda e o centro-direita”, rejeitando assim as críticas feitas pelos partidos à esquerda do PS." Se estas fossem as diferenças, bem poderia ser feita uma OPA ao PSD/PPD...

Quem viver verá. Da esquerda à esquerda democrática, da esquerda democrática à esquerda moderna, da esquerda moderna ao centro esquerda... do centro esquerda para onde? Bem disse o Xerife que não existe questão ideológica no PS. Le PS c'est moi?
Acaso o personalismo voluntarista e o culto do líder são marcas de esquerda?

Parafraseando livremente José Martins Garcia (O MEDO) podemos dizer que a ideologia "vegeta mindinha" na retórica do actual Xerife.

:: enviado por RC :: 4/14/2007 09:49:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, abril 13, 2007

Futebóis

Não sei se ainda se recordam de como era o futebol inglês dos anos 90: um grupo de rapazes com pouco jeito para o futebol, tentavam, à vez, enviar a bola o mais longe possível enquanto todos os outros corriam (ao mesmo tempo) para o sítio onde ela poderia cair. Alguns (poucos) bons jogadores que tinham ido parar ao futebol inglês passavam os jogos no meio do campo a ver as bolas passarem-lhes por cima e quando, por acaso, a tinham nos pés eram imediatamente atropelados por um adversário encorpado, para gáudio do público e indiferença do árbitro que apitava “à inglesa”.
Enquanto isso, nas bancadas, outro grupo de rapazes ainda com menos jeito para o futebol mas mais tatuados e com mais litros de cerveja no estômago que os primeiros, aproveitava para malhar em tudo o que mexia antes, durante e depois dos jogos. De vez em quando, algumas mortes faziam com que a emoção fosse ainda mais intensa.
Apesar de haver mais acção no terreno do que num filme francês e mais drama nas bancadas do que em todos os filmes portugueses juntos, o futebol inglês entrou numa lenta agonia em que os resultados eram medíocres, qualquer pessoa de bom senso evitava os estádios e mesmo assistir a um jogo na televisão só se justificava para quem sofresse de insónias.
Esta situação durou alguns anos até que alguém, um pouco mais inteligente, se lembrou que o futebol era um espectáculo e que, para ser rentável, não poderia continuar assim. Vai daí, foram buscar os melhores jogadores e treinadores do mundo, correram com jogadores ingleses das equipas de topo, transformaram os estádios em locais confortáveis para as famílias e impediram a entrada dos vândalos do costume (mesmo que para isso tenha sido necessário criar um documento com fotografia o que, em Inglaterra, é o equivalente a obrigar um muçulmano a comer uma bifana). Resultado? – o melhor campeonato do mundo, estádios cheios e três equipas nas meias finais da Liga de Campeões.
É claro que nada disto tem a ver com o que se passa em Portugal. Por cá - onde até há uma certa quantidade de jovens com jeito - há muito que os estádios estão cheios e são um lugar onde apetece levar a família, que os jogos são de uma qualidade ímpar e as equipas portuguesas obtêm resultados internacionais de relevo com regularidade.
Por cá, se por acaso acontece algum problema nas bancadas, há sempre um Secretário de Estado do Desporto para "lamentar" os incidentes e fazer apelos à "normalidade". Por cá, ao contrário dos ingleses dos anos 90, no que toca ao futebol podemos dormir descansados.

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:: enviado por U18 Team :: 4/13/2007 03:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, abril 12, 2007

Sócrates tem dois certificados de licenciatura diferentes

O folhetim é melhor que o da "Floriseca" da SIC.
Agora foi a vez da TVI acordar para andar a escabulhar no passado do homem. Não vai dormir em paz. Coisas de ter a consciência pesada. Se este se confirma como é que ele agora descalça a bota?

José Sócrates possui dois certificados de licenciatura na Universidade Independente (UnI). Um, publicado nos jornais, diz que o primeiro-ministro acabou a licenciatura a 8 de Setembro de 1996. Esta é a data que Sócrates referiu na entrevista à RTP. O outro, que consta no ficheiro pessoal de Sócrates na Câmara Municipal da Covilhã (CMC), foi emitido em 26 de Agosto de 1996 e atesta que o chefe do Executivo acabou a licenciatura em 8 de Agosto do mesmo ano.
As diferenças entre ambos não se ficam por aqui. O certificado que se encontra na CMC atesta que o primeiro-ministro teve equivalências a 24 cadeiras e que realizou sete na UnI. São elas Inglês Técnico, Computação Numérica, Análise de estruturas, Betão Armado e pré-Esforçado, Investigação Operacional, Estruturas Operacionais e Projecto e Dissertação.
No segundo certificado, o chefe do Executivo teve equivalências a 27 cadeiras e fez cinco durante o ano lectivo na Independente. Às cadeiras de Computação Numérica e Investigação Operacional Sócrates terá tido equivalência, ao contrário do que atesta o primeiro certificado.
Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro reiterou ter tirado apenas cinco cadeiras na Universidade Independente, no ano lectivo de 1995/1996

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:: enviado por touaki :: 4/12/2007 11:51:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

A perda de uns

Como já várias vezes aqui referi, Medeiros Ferreira faz parte das minhas leituras obrigatórias na blogoesfera (palavra horrorosa, mas que havemos de fazer?)
Foi sem grande surpresa que fiquei a saber do seu afastamento do Diário de Notícias. A sua experiência, grande demais para certas modernices modernas, tem produzido comentários dignos de antologia no também seu blogue Bicho Carpinteiro. São geralmente comentários curtos, de subtil apreciação da realidade.
Perde o DN e os seus leitores, ganhamos nós que lemos nos blogues quem muito bem entendemos merecer a nossa confiança.

A este propósito leia-se ainda no Arrastão:

A purificação ideológica do "Diário de Notícias" (actualizado)

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:: enviado por RC :: 4/12/2007 08:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A pastelada

Não sou um grande adepto do chamado jornalismo agressivo que descamba, em geral, na má educação ou no floreado para a plateia ver como-já-o-consegui-entalar. Só que também gosto muito pouco do jornalismo subserviente que se limita a ser eco da propaganda que alguém queira fazer passar.
Se o objectivo do Primeiro-Ministro, na entrevista de ontem, era de esclarecer completamente a maneira como obteve os seus diplomas e como utilizou (ou não) os seus títulos académicos, talvez tivesse sido mais inteligente se a entrevista fosse conduzida por jornalistas que não o ajudassem a terminar as frases, que perguntassem o óbvio em função da trapalhada que parece ser o seu percurso académico, que não abanassem a cabeça em sinal de acordo a cada manifestação de indignação contra “insinuações” e que não parecessem seguir um guião previamente combinado.
Não tendo sido assim, o resultado só poderia ser o que foi: uma pastelada, a lembrar as entrevistas que se fazem em regimes que (ao menos) não se reivindicam como democráticos.

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:: enviado por U18 Team :: 4/12/2007 03:42:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A entrevista (?) de Sócrates

Apesar de ter marcado a agenda da entrevista e de os entrevistadores estarem "mal preparados" sobre a matéria, Sócrates nem assim desfez as dúvidas. Mais surgiram algumas novas e se calhar algumas aldrabicezitas pelo meio.

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:: enviado por touaki :: 4/12/2007 01:13:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, abril 11, 2007

Apanhado com a mão na massa

Pela boca morre o peixe.
Vejam o que consta nas NOTAS BIOGRÁFICAS da Declaração de Candidatura de José Sócrates a Secretário Geral do PS em 2004:

Licenciado em Engenharia Civil, concluiu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública.
Entre 1981 e 1987 exerceu a sua actividade profissional como Engenheiro Civil, na Câmara Municipal da Covilhã.

O resto da conversa está no link que fica aqui abaixo. Arroga-se de ter sido Engenheiro Civil na Câmara da Covilhã quando reconheceu que só se licenciou em 1996. Não será já caso de polícia? E verificar as folhas de vencimento da Câmara da Covilhã para ver se bate certo?
Este link já não conseguirá ser apagado:
http://web.archive.org/web/20040810135127/www.josesocrates.com/default.aspx?sid=4

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:: enviado por touaki :: 4/11/2007 01:09:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, abril 10, 2007

A capeia (ar)raiana

Juro que não é minha intenção desviar as atenções do tal que dizem que é uma espécie de engenheiro, mas como nem só de politica vive o homem (e a mulher), vou escrever sobre um espectáculo que, de há uns anos para cá, por alturas da Páscoa, tenho visto - com muito agrado, tanto que recomendo! - perto do Sabugal, em Aldeia da Ponte, a capeia (ar)raiana. A capeia é uma tourada, mas é uma tourada sui-generis. Típica de várias aldeias junto à raia, na margem direita do Côa , no concelho do Sabugal. Só conheço a de Aldeia da Ponte. Sei que a festa começa de manhã, com as pessoas, grande parte delas a cavalo, a irem campo fora até perto da fronteira para trazerem/escoltarem os touros até à praça onde serão lidados da parte da tarde. Nunca tive oportunidade de presenciar a parte da manhã – só a parte da tarde. E a tarde é passada pelos festeiros, naturais lá do sítio, vizinhos e forasteiros, na praça de touros, a participar ou a assistir à capeia (ar)raiana. O essencial desta tourada e o que a distingue das outras é o forcão, uma armação de madeira de carvalho, sustentada em peso pela rapaziada (uns 20 ou 30), rapaziada que este ano incluía uma rapariga (que, aliás, fez um figurão!), e com o qual eles enfrentam cada um dos touros que vai sendo largado na praça. O touro, inicialmente, marra de frente e, logo a seguir, aprende e tenta rodear o forcão para apanhar a malta que o suporta do lado de fora. O bonito desta tourada é que, para além de o touro sair ferido apenas no seu orgulho, quem o toureia, fá-lo em grupo, de uma forma que tem de ser coordenada entre todos e, por isso, é harmoniosa (há até uma técnica própria: a "arte de pegar ao forcão", que pode ser "à galha", à frente, ou "ao rabiche", atrás). Cada um dos que pegam no forcão pode, depois de o encostarem às tábuas, aventurar-se sózinho fazendo tangentes ao touro e provocando-o tanto quanto quiser - isso sim, sempre de mãos nuas.

:: enviado por Manolo :: 4/10/2007 09:14:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Sousa Tavares

"Bem ou mal os governos têm que governar"

Bem ou mal?

:: enviado por RC :: 4/10/2007 08:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Enterrar a faca...

Curiosamente num povo de brandos costumes, não se houve um clamor tolerante em relação ao homem. Deixem o homem em paz. Que é que interessa se se licenciou assim ou assado? Quantas licenciaturas "manhosas" não haverá por aí?
O problema é que o discurso da intolerância e do desprezo pelas pessoas foi iniciado exactamente pelo primeiro ministro. Quem semeia ventos...

Pacheco Pereira enterra um pouco mais o estoque:


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:: enviado por RC :: 4/10/2007 08:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Das duas uma

"O presidente de um sindicato da PSP desafiou esta segunda-feira o primeiro-ministro a acabar com os sindicatos da polícia, argumentando que só servem para dizer que existem e para perseguir os seus dirigentes.
[...]
«É mais um processo disciplinar por denunciar factos que se passam na instituição», disse o sindicalista, classificando a atitude da Direcção da PSP como um «abuso de poder» e uma «violação da Constituição» em relação à liberdade sindical.
[...]
Presente no encontro com os jornalistas esteve também o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), António Ramos, ele próprio na iminência de ser aposentado compulsivamente da instituição por processo disciplinares que lhe foram instaurados.

Ramos atribui este tipo de situações ao facto de o regulamento interno da PSP ter sido aprovado em 1992 e a lei que rege a existência de sindicatos na corporação ser posterior, de 2000, o que faz com que as regras de funcionamento da instituição não contemplem a liberdade sindical."


Mas afinal os homens têm ou não direito a ser representados?

:: enviado por RC :: 4/10/2007 07:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, abril 08, 2007

Quem com ferro mata...

"Resulta sempre

«Em Portugal ninguém passa incólume de ataques, mesmo que sejam injustos» - diz um especialista em sondagens de opinião. Os orquestradores da campanha contra Sócrates sabem-no bem..."

Assim resume Vital Moreira o assunto. Mas o problema é outro. Não se trata de uma campanha. O nosso primeiro gosta de cuspir na sopa. Que os profs são isto e aquilo. Agora compreendemos porquê esta opinião tão negativa.
É o percurso académico do primeiro que nos explica os seus ódios e desprezos de estimação.
E mais não é preciso dizer.

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:: enviado por RC :: 4/08/2007 08:33:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Vale a pena ler...


À ESPERA QUE O ASSUNTO MORRA POR SI...

Tudo começou num blogue Do Portugal Profundo de autoria de António Balbino Caldeira em 2005. O facto de ter começado num blogue não é em si relevante: é um blogue assinado, o seu autor é conhecido até porque já estivera envolvido num processo judicial de violação do segredo de justiça do caso da Casa Pia, e as informações que durante quase dois anos foi publicando sobre os títulos académicos de José Sócrates tinham muitos elementos factuais e verificáveis. A nota original no blogue data de 22 de Fevereiro de 2005 ....

:: enviado por RC :: 4/08/2007 12:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, abril 07, 2007

Páscoa da cidadania

"Pela verdade dos media e do Estado sobre o Dossier Sócrates"

:: enviado por touaki :: 4/07/2007 09:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Uma análise ao perfil dos políticos portugueses

E certeira... Depois digo quem foi o autor!

"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.
A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade."

:: enviado por touaki :: 4/07/2007 01:42:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, abril 06, 2007

O choque de civilizações

Durante a inenarrável conferência de imprensa em que o presidente iraniano anunciou a libertação dos soldados britânicos, proferiu duas ou três frases que merecem alguma atenção. A meio da esperada arenga contra o imperialismo e a arrogância inglesas, criticou a Inglaterra por ter uma mulher, esposa e mãe, em zona de combate. E acrescentou que não compreendia.
No mundo ocidental também há quem não compreenda e também há quem critique a presença de mulheres nos exércitos, como ainda há quem pense que certas actividades deveriam ser vedadas a mulheres. Em suma, também há quem pense como o Sr. Ahmadinejad. É o direito de ter opinião.
Só que, em paralelo com este direito de opinião, também há o direito de pessoas como Faye Turney fazerem as sua próprias escolhas. A soldado britânica pôde escolher entre ter uma actividade profissional qualquer ou ser soldado – o que incluía a possibilidade de ser enviada para uma zona de guerra – pôde escolher se queria ter um filho apesar de ser soldado e até pode escolher se quer usar um lenço na cabeça ou não (ao contrário de todas as mulheres presentes na conferência de imprensa, onde nem uma tinha a cabeça destapada).
Esta ideia de poder de decisão individual das mulheres é algo que o Sr. Ahmadinejad jamais poderá compreender.

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:: enviado por U18 Team :: 4/06/2007 02:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, abril 05, 2007

Boa Páscoa...e tenham cuidado lá fora.

É Primavera quando rebenta o primeiro ovinho de mosca, um aqui, outro ali, e, em breve, tens um esquadrão de varejeiras. (…) Nas vésperas da Páscoa, muitas moscas frequentavam as traseiras do prédio. Não sei se chegavam primeiro os cabritos, se elas (…) Uma fileira de cabritos, presos por uma corda uns aos outros , e ainda presos nas suas próprias patas com uma corda mais curta, subia a azinhaga a coxear (…) Não sei quem fazia mais barulho, se o cabrito que morria, se os que o viam morrer. De qualquer forma, à medida que o homem os degolava, o berreiro diminuía e tenho mesmo a impressão, de onde me encontrava, que os últimos ficavam tão assustados que, no final, morriam aliviados e em silêncio. Então, ouviam-se as moscas.
Na Páscoa, é mais o cabrito do que o borrego – com ervilhas, sopa de miúdos com laranja, costeletas panadas -, azar dos cabritos. Fazem bé-bé, não é mé-mé, eram berros infantis que me entravam pela janela e o sangue de Cristo os alguidares de sangue que se entornavam nas papoilas e escorriam pela pedra da ribanceira.
Depois, o homem mudava de faca e estripava-lhes o fígado, pulmões, intestinos, o minúsculo coração, e agora fendia a gordura fina do bicho, dava um esticão e a pele saltava como a fronha de uma almofada.
O sobreiro servia agora para os cabritos, pendurados pelo tendão da perna, com os olhos redondos, sem pálpebras. Alguns só tinham quatro quilos e pingavam do focinho um molho vermelho e espesso que cheirava ao meio-dia, com o sol, era a cascata das moscas doidas. Elas queriam pôr o ovo na carne.(…)
” in fls. 29 e 30 do livro de Rui Cardoso Martins que se chama "E se eu gostasse muito de morrer" (edição D. Quixote, ano de 2006). Só conhecia a escrita do autor da crónica "Levante-se o réu" publicada semanalmente na "Pública" (e de coisas feitas pelas Produções Fictícias, de que foi fundador) e só vou na página 45 do livro, mas já o posso recomendar.

:: enviado por Manolo :: 4/05/2007 06:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quem ganhou?

Agora que os soldados britânicos capturados pelo Irão já chegaram a Londres, coloca-se a questão de quem ganhou este braço de ferro diplomático.
Questão complicada. Por um lado, o Irão conseguiu mostrar a sua força humilhando a Marinha inglesa e centrar as atenções do Mundo num enorme show mediático. Por outro, a Inglaterra conseguiu ter os seus soldados de volta ao fim de poucos dias sem nunca pedir desculpa pelo incidente. Diria que foi um empate 1-1. Mas a Inglaterra marcou um golo fora …


:: enviado por U18 Team :: 4/05/2007 03:44:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Mestrado no ISCTE

Segundo J. Coelho, o mestrado é no ISCTE... não será confusão?
Então não era pós-graduado em Engenharia Sanitária?
É uma trapalhada...

A política dá tempo para tudo, comícios, campanhas, sessões de esclarecimento, trabalho em plenário, trabalho em comissões e mestrados à pazada. Devemos ser todos muito burrinhos aqueles que perdemos os fins de semana, as noites e as férias durante anos a fio...

:: enviado por RC :: 4/05/2007 12:15:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, abril 04, 2007

Aggiornamento? Mai più!

Agora que, aqui em Portugal, fez 40 anos que a missa é dita em português, o Papa resolveu que, em determinadas circunstâncias, é preferível que a missa seja recitada em latim e de costas para os fiéis, regressando assim, nesses casos, ao rito tridentino, instituído por Pio V no século XVI e substituído por Paulo VI em 1960. Os integralistas, com Lefevbre à cabeça, terão ficado satisfeitos.
Se é para regressar à “pureza” das origens, porque não ir mesmo até às origenzinhas e regressar, já não digo às catacumbas para voltar a espalhar a boa nova, mas, pelo menos, não querendo, como com certeza não querem, abdicar das riquezas e do poder do Vaticano, passar a dizer a missa em grego ou na lingua de Jesus, o aramaico?...
Se é por terem saudades duma língua imperial, porque não deixarem-se de escrúpulos fariseus e adoptarem duma vez por todas a língua do actual Império, o inglês?
Ou é "apenas" para restituirem ao ritual da missa a solenidade, o mistério, o hermetismo, apelando à fé cega e incondicional; para restituir aos sacerdotes a sua função mais conforme com a vontade da hierarquia da Igreja ao longo dos séculos: pastorear o rebanho?
Jesus carpinteiro e pescador versus Santa Madre Igreja?
Quem é católico que decida, naturalmente.
E se decidirem menorizar-se perante um padre que lhes vira as costas para dizer a missa e que a recita numa língua morta, que lhes faça bom proveito.

:: enviado por Manolo :: 4/04/2007 10:44:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Subscrevo

Os blogues são uma vergonha

Um Procurador Geral da República tem obrigações. Não faz conversa de café. Dizer, sem mais, que "os blogues são uma vergonha" é um insulto inexplicável. Quais blogues? Os anónimos? Os que escrevem sobre processos em tribunal? Todos? Que raio de PGR é este que diz uma frase destas?


O Briteiros, como muitos outros blogues, permite comentários, todos os colaboradores estão identificados, publicita o e-mail de cada colaborador... Mais responsabilidade é difícil...

:: enviado por RC :: 4/04/2007 04:04:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ahmadinejad o clemente

"I announce their freedom," the Iranian president said, according to a translation of Ahmadinejad's press conference aired on CNN. "They will be free after our meeting. They will go to the airport and be with their families."

Não sem que antes tenha obrigado a rapariga inglesa a usar um lenço na cabeça e os outros militares a confessarem os seus "pecados"...

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:: enviado por RC :: 4/04/2007 03:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Tolerância de ponto

Acha bem o alargamento da tolerância de ponto ao Parlamento?
De facto o nível da discussão política está elevado. Como diz um amigo meu, os deputados da nação deveriam ir ao parlamento uma só semana no ano. Seria uma forma de reduzir os estragos e assim votariam só o essencial. Afinal o que está em causa é a funcionarização da função de deputado. Quando ouvimos que secretários de estado vão ao parlamento gritar com os deputados e que o governo se está marimbando para a opinião dos seus deputados, está tudo dito.

O que devia ser discutido é se estão reunidas as condições para os nossos representantes exercerem a sua função fiscalizadora e legislativa com independência.

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:: enviado por RC :: 4/04/2007 11:56:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, abril 03, 2007

Morceaux choisis

do Arrastão

do Jumento

"Com a introdução do novo modelo o processo de avaliação dos funcionários passa a ser dualista, de baixo para cima assenta em valores liberais enquanto de cima para baixo adopta o que já existe, ou seja, pratica os priores valores do que os do antigo Estado Soviético. Até ao nível hierárquico de chefe de divisão funciona como modelo liberal, cabendo a estas chefias um papel que consiste numa simbiose entre o capataz e o negreiro, de director de serviços em diante o modelo transporta-nos para os corredores do Kremlin."

de Inês Pedrosa

Pagar para respirar

Em Portugal já há quem pague, e muito, para respirar – todos os portugueses que dependem de garrafas de oxigénio para viver pagam o valor máximo do IVA (21%) por esse luxo – a mesmíssima taxa que impende sobre os produtos de perfumaria ou as garrafas de uísque. Muito mais do que se paga por uma garrafa de vinho português (IVA de 12%). Destas coisas não se fala porque, na pós-modernidade sem tabus, o sexo vende-se como festa contínua e a juventude como obrigação eterna, mas a doença é tratada como, mais do que uma vergonha, uma prova de inferioridade. A morte de cancro noticia-se, eufemisticamente, como «doença prolongada» - e com o advento da sida e da Alzheimer a boataria e a má-língua sobre as enfermidades dos famosos tem atingido níveis absolutamente infra-humanos. O tom compungido e íntimo que certos «amigos» põem no relato pormenorizado das supostas misérias físicas dos seus próximos faz perder o ar ao mais contido. Há dias, ouvi a uma dessas almas: «Vais encomendar-lhe o trabalho, a sério? Pois, fulano é excelente, mas tem andado muito debilitado, não sei se dará conta do recado... Dizem que é uma pneumonia, mas, enfim, sabe-se lá se não será outra coisa...» Cada vez mais frequentes são também os comentariozinhos marginais sobre os vícios: «Sim, sim, é óptima - tem é aquela tendenciazinha para os copos, e para os cigarritos... Não dura muito, coitada.» Sobre os que respiram através de garrafas de oxigénio impende, por conseguinte, a suspeita de que não viveram segundo os Mandamentos da Santa Madre Saúde - provavelmente praticaram o pecado do fumo e, se assim foi, agora deixá-los pagar. [...]

de ANOVIS ANOPHELIS

Em seguida temos uma Ministra da Educação que para além de ter um currículo que desdiz qualquer especial competência (mesmo uma qualquer competência “não-chave”) para o cargo, demonstra uma anormal incapacidade para elaborar um discurso sobre as matérias de que aparentemente é responsável ao nível da decisão política, sem ser em ambiente controlado. Sempre que sujeita a um contraditório moderado - nunca a vi ser verdadeiramente “entalada” - vai-se completamente abaixo, começa a titubear, enerva-se, refugia-se em chavões contraditórios (ora se queixa de caricaturas e generalizações abusivas, ora de exemplos demasiado concretos), acabando por desaparecer dos confrontos negociais mais delicados na sua área de governação. Depois de tanto criticar os docentes, alegando que são eles os responsáveis pelos males da Educação em Portugal, afirmando uma enxurrada de platitudes sobre a necessidade de mérito dos docentes, conhecemos agora, em registo indesmentível, a forma como reage perante os próprios alunos que a contestam. E consta que não foi caso único, em especial em ocasiões onde as câmaras televisivas estavam ausentes. Valha-nos, pois, a idade da tecnologia digital. Num país normal, esta atitude, tal como a que teve em relação às decisões dos tribunais açorianos, valer-lhe-ia um bilhete de ida para lado nenhum. Cá, continua a passar por ser uma pessoa de bom senso. ?????? A atitude visível no vídeo agora divulgado é de alguém com bom-senso? E isto também o será? Quantos milionésimos do Orçamento vale este tipo de decisões?

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:: enviado por RC :: 4/03/2007 08:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, abril 01, 2007

Poema substantivo

Dona-de-casa
(autora: Carine Vargas)
"Sol.Bom dia, dentes, filhos, uniforme,merenda, café, carro, escola, carro, supermercado,carne, pão, banana, refrigerante, alface, cebola,tomate. Carro,casa, cama, lençol, travesseiro, colcha, roupa, lavanderia, máquina, sabão, sala,almofada, pano, pó, cortina, tapete, feiticeira. Banheiro, descarga, balde, água,desinfetante, toalha molhada, lavanderia, arame, prendedor. Cozinha, pia,tábua, faca, panela, fogão, bife, arroz, molho, feijão, salada, mesa, toalha,pratos, talheres, copos, guardanapos, carro, escola, filhos, carro, almoço, mesa,pia, louça, armário, fogão, piso. Televisão, jornal, filhos, tema, lanche, leite,nescau, pão, margarina, banana, louça, pia, armário. Carro, filhos, natação,futebol, mensalidade, espera, revista, filhos, carro, casa. Vizinha, conversarápida, lavanderia, arame, roupas, agulha, linha, camisa, calça, ferro de passar.Janta, marido, filhos, sala, televisão, família reunida, dinheiro, discussão,cozinha, mesa, louça, pia, armário. Filhos, sono, escova, creme dental, cama,beijo, durmam com os anjos. Portas chaveadas, janelas fechadas,banho, sabonete, água, toalha, creme no corpo, camisola,renda, escova, cabelo, perfume, dentes limpos,cama, marido, sexo, sono, boa noite,Lua. "http://www.pucrs.br/gpt/substantivos.php

:: enviado por Manolo :: 4/01/2007 03:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Adeptos benfiquistas de acordo: O Porto é melhor

Nesta manhã do primeiro de Abril, dia do grande jogo do título, o Briteiros fez reportagem à porta do Estádio da Luz. Apesar de faltarem 12 horas para o grande clássico, muitos benfiquistas aproveitaram a manhã para desfrutar da Natureza, fazer desporto e conviver com a família junto ao monumento da 2ª Circular.
O sentimento generalizado é de que o FC Porto é muito melhor: mais equipa, melhores jogadores, melhor treinador e melhor presidente.
Um adepto, com uma bifana numa mão e uma Sagres na outra, boné, cachecol e bandeira, dizia-nos “O Sr. Pinto da Costa é um grande presidente. Não acredito nada que esteja envolvido nestas histórias do Apito Dourado. Quanto a mim é uma cabala para o lixarem. Há muita gente invejosa. Tomáramos nós ter um presidente assim”. Outro benfiquista, com um cartaz “Simão, dàme a tua camisola”, acrescentou: “O Benfica hoje não tem a mínima. Eles jogam muito melhor e o Campeonato fica bem entregue. Até o Sporting é melhor. Se ficarmos em terceiro já não é mau.”. “E o árbitro?” – perguntámos a uma senhora vestida de vermelho com uma folha A4 na mão onde se lia “Nuno, te amo. Dá-me as tuas peúgas”(!?): “O árbitro é muito honesto e, se prejudicar o Benfica, é mesmo por que se enganou. Os árbitros são o melhor do futebol português”. Outro senhor, que se identificou como motorista de táxi e sócio do Benfica desde o dia em que nasceu, fez questão de nos dizer “Apelo aos benfiquistas para não assobiarem nem insultarem os jogadores do FC Porto nem o árbitro. Há que ser desportista e ter fair-play. Há coisas mais importantes na vida que o futebol e eles são melhores”. A claque dos No Name Boys, reunida à nossa volta, aplaudiu.

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:: enviado por U18 Team :: 4/01/2007 09:31:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::