BRITEIROS: agosto 2007 <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, agosto 31, 2007

Cara de cu

Ora aqui está um retrato inédito de Bush. Uma representação do presidente americano, obra do pintor inglês Jonathan Yeo, autor de outros retratos célebres, como o do magnata dos média Rupert Murdoch ou do actor Dennis Hopper.
Mas aproxime-se mais e olhe bem para o rosto (se ainda não o fez, clique sobre a imagem para ver melhor). É constituído por fragmentos de pele humana, mais propriamente por cus e outros órgãos genitais, recortados de revistas pornográficas: ao canto da boca, a expressão de uma moça à beira do orgasmo; na orelha esquerda, uma outra em evidente felação...
Como era de esperar, a colagem chocou a Casa Branca: “é mesmo de mau gosto. Mas que raio de ideia essa de fazer um retrato do nosso presidente a partir de material pornográfico?
Respondem os conhecedores: "É a arte, estúpido!" O Guardian relativiza e afirma que o significado do retrato é apenas o que cada pessoa lhe quiser atribuir. “Seja como for, Bush nunca ficará na História por detestar ou adorar a pornografia ou por ter promovido uma cruzada contra ela”.
Também não parece que este retrato venha alguma vez a figurar no panteão dos retratos oficiais dos presidentes americanos.


:: enviado por JAM :: 8/31/2007 09:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

viagem

a incerteza
a insegurança
a mágoa desta viagem


a distância
do deserto
entre o real e a miragem




vieira da silva

:: enviado por vieira da silva :: 8/31/2007 05:01:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, agosto 30, 2007

A guerra dos sargentos

Sete sargentos do exército americano publicaram, em 19 de Agosto, um artigo colectivo no New York Times, significativamente intitulado “A guerra tal como nós a vimos”.
Não se trata pois de mais um dos muitos textos vindos a público pela mão de altos comandos militares ou políticos com especial responsabilidade e que, uma vez reformados, resolvem criticar Bush e a estratégia por ele seguida no Iraque ou no Afeganistão. Também não se trata de mais um escrito de soldados ou de seus familiares queixando-se das condições em que as tropas operam.
É um artigo que tem um valor especial porque foi escrito por um grupo de sub-oficiais, militares que estão ao mesmo tempo em contacto com a tropa dos escalões inferiores da hierarquia — os soldados na frente de combate — e com as altas patentes e os núcleos de decisão que planeiam as operações. Por isso, as opiniões de um sargento são indispensáveis se se deseja conhecer a realidade militar do momento. É tanta a proximidade com que os autores do artigo estavam a viver a guerra que um deles, ainda o artigo não estava acabado, recebeu um tiro na cabeça no decurso de uma missão e teve que ser evacuado para um hospital nos Estados Unidos. Não são portanto testemunhos longínquos emanados da “zona verde” de Bagdade ou de um qualquer gabinete de quartel-general.
George Bush não aprendeu a mínima lição dos já tradicionais erros políticos do seu país. Basta dizer que foram os Estados Unidos que armaram os que entretanto formaram a Al Qaeda, quando o que estava em causa era expulsar a URSS do Afeganistão. Escrevem agora os signatários que “criar aliados que combatam a nosso favor é essencial para ganhar a guerra, mas era preciso que esses aliados fossem fiéis àqueles que os armam e organizam”. Não é isso que acontece. As chefias do exército iraquiano não têm nenhuma influência sobre os milhares de soldados que teoricamente estão sob o seu comando. O que se passa é que os sunitas, escassamente representados no governo e nas unidades militares, organizam as suas próprias milícias, ás vezes com o apoio dos Estados Unidos, porque acham que é a única maneira de se protegerem contra as milícias xiitas ou face a um governo e uma polícia onde os xiitas estão em maioria e se servem dela para consumar as suas vinganças.
Em suma, os Estados Unidos lutam “num alucinante contexto de inimigos muito decididos e de aliados pouco fiáveis”. Nessas circunstâncias, é evidente que a desejável reconciliação política só poderá produzir-se na contextura iraquiana e não de acordo com as exigências de Washington: “Não haverá soluções que agradem da mesma maneira a todas as partes e haverá forçosamente vencedores e vencidos. A saída que nos resta é decidirmos de que lado estamos. Tentarmos agradar a todas as partes do conflito, como agora fazemos, só garantirá que, ao fim de contas, seremos odiados por todos”.

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:: enviado por JAM :: 8/30/2007 09:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, agosto 29, 2007

Joe Berardo e a Passarinha

O “comendor” Joe Berardo viajou para Gatwick na GB! Ele tirou os sapatos e tinha umas meias pretas muito giras com pintinhas vermelhas que eram ladybirds. Primeiro pediu-me qualquer coisa em inglês, mas eu não percebi nada. You can speak portuguese if you like, disse eu. Então ele pediu: traz-me um coke-cola com ice, ah! está bem, disse eu, e ele ficou todo contente e depois disse-me umas coisas que eu nem vou repetir aqui (algumas porque não percebi e outras porque também tenho algum sigilo profissional!)

(n'A Passarinha)


:: enviado por JAM :: 8/29/2007 11:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Alcochete+1


© Desenho de Bandeira - Diário de Notícias

Sempre me pareceu que a solução OTA, defendida acerrimamente por alguns amigos meus que muito estimo, era a que mais convinha ao Santuário de Fátima. Ao ler a manchete de hoje do DN, sou levado a concluir que tinha razão. Já se prepara, em Fátima, uma alternativa regional para Alcochete...

(via Abnóxio)


:: enviado por JAM :: 8/29/2007 08:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Talvez fosse preciso alguma espécie de castração química

Um religioso que administra dois sacramentos no mesmo dia: a sua consagração como sacerdote e o baptismo do seu próprio filho... Muitos outros padres que também geram rebentos... Um pároco que usa a caixa das esmolas da igreja para pagar as finezas de jovens homossexuais... Outros cujas secretárias são também suas amantes... Um monsenhor que assedia mocinhas dos bairros populares...
Perante este panorama devasso, muitos dirão que se trata de cenas do Decamerão de Giovanni Boccaccio, uma antologia de contos escrita em meados do século XIV.
Mas não... Não se trata de nenhum extracto do Decamerone e passa-se no princípio do século XXI. Não se trata de mexericos. São acusações de Germán Robledo, um sacerdote que renunciou à Presidência do Tribunal Eclesiástico de Cali, cargo que exerceu durante 23 anos, porque, diz ele, o seu superior não ofereceu respostas aos sucessivos relatórios que enviou sobre a situação.
E depois afirmam eles que a igreja católica está em crise, sobretudo na América Latina.

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:: enviado por JAM :: 8/29/2007 10:45:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

sábado, agosto 25, 2007

A Festa da ... DIFERENÇA


"Como vem sendo hábito, em tempo de férias os media dedicam largas fatias do seu espaço e do seu tempo à chamada rentrée – ou seja, ao regresso dos partidos às suas actividades após os períodos de repouso dos seus dirigentes. Fazem-no, aliás, e também já por hábito, antes mesmo de as férias começarem, e desde há vários anos que a notícia de cada ano é sempre igual à do ano que passou: os comícios passaram de moda, as rentrées deixaram de ser «iniciativas que juntam a música, quase sempre ‘pimba’, com os discursos políticos». Agora, «os partidos passaram a seguir o exemplo do PSD, ao preferirem acções de formação e universidades de verão» (é claro que o comício do Pontal, talvez por se ter assemelhado mais a uma ratoeira, não foi comício…).
O PCP é, subtilmente, a excepção: «mantém a aposta na festa comício» - o que, desde logo o remete para a «antiguidade» em contraponto com a «modernidade» dos restantes partidos.O autor da ideia destas rentrées modernaças foi, como não se cansam de nos repetir todos os anos, o PSD. Pelo que, escrevem eles, «a nova moda pinta-se em tons alaranjados».
..........................
Dizia a notícia que «o PS não se decidiu ainda»: se «no ano passado, deixou cair os seus tradicionais comícios» substituindo-os por nada, «este ano o partido deve insistir na regra de que os comícios estão fora de moda», após o que decidirá sobre qual a nova moda que vai adoptar. De resto, o porta-voz do PS repetiu, este ano, o que disse há um ano: «Já estamos a trabalhar e a tratar disso. Mas não temos ainda um modelo definido». Ninguém duvida, no entanto, de que o «modelo» PS, quando e se chegar, virá carregado daquela «modernidade» visível na política governamental iniciada há trinta e um anos por Mário Soares, continuada sucessivamente por, entre outros, Cavaco Silva, António Guterres e Durão Barroso, e agora superiormente executada por José Sócrates - o qual cometeu o feito, até aqui julgado impossível, de levar à prática a política mais à direita de todas as políticas de direita praticadas após o 25 de Abril de 1974.Quanto ao CDS/PP segue a moda, neste caso a do PS: «ainda não está nada definido», mas avançará com uma «iniciativa inovadora» e «mais na lógica de divulgação política do que de comício». Claro.
«Essa (a do PSD) é precisamente a estratégia também adoptada pelo Bloco de Esquerda» que terá a sua «rentrée de 31 de Agosto a 2 de Setembro»: chamar-se-á «Socialismo 2007» e «será um espaço de formação e de reflexão muito ampla». Pelas veredas da «formação» e pelos atalhos da «reflexão», estacionará no beco do significado e do alcance da aliança com o PS/Sócrates na Câmara Municipal de Lisboa – essa estranha aliança que, como nos tem sido dito, é um confronto com o PS…
.........................
A notícia das rentrées fecha como abriu, isto é, com a tradicional insistência: «O PCP é, assim, o único que mantém a aposta no tradicional».
Cá estamos, então, nós, os comunistas, apostando no tradicional. Que significa, sublinhe-se, participar na organização e no desenvolvimento das lutas dos trabalhadores e dos cidadãos contra os atropelos à Constituição da República; manifestar a nossa solidariedade concreta com os trabalhadores que lutam pelos direitos à greve e ao emprego; lado a lado com os jovens trabalhadores que se batem, com grande coragem e consciência de classe, contra essa violação dos direitos sociais e humanos que se chama precariedade; juntar a nossa voz à dos emigrantes contra o encerramento de consulados; denunciar e combater o embuste do PRACE; preparar as condições para travar com êxito as batalhas do futuro imediato – designadamente contra a flexigurança de medieval memória; enfim, enfrentar a ofensiva do Governo do PS contra o regime democrático de Abril.
E, segundo a pitoresca linguagem mediática, sempre apostando no tradicional - e de tal forma apostando que, bem pesada a aposta, só pode concluir-se que não há «modelo» no qual encaixe a nossa rentrée: não é reentrada nem regresso pela simples razão de que nunca saímos deste lugar que é o nosso. Tradicionalmente, de facto: numa tradição que tem 86 anos de idade.
.........................
A tudo isto há que acrescentar a Festa do Avante!: a aposta na velha festa comício… Corrijamos a notícia: comícios, pois haverá um, na sexta-feira, na abertura da Festa e outro no domingo, no encerramento. Entre um e outro, os visitantes – hoje, como acontece desde a primeira edição, em 1976 – terão oportunidade de participar em qualquer dos muitos debates (este ano cerca de trinta) sobre questões candentes da situação política nacional e internacional; ou de assistir a qualquer um dos muitos e excelentes espectáculos musicais, de teatro, etc; ou de participar num sem número de actividades só possíveis numa festa como esta: construída e realizada graças ao trabalho voluntário de milhares e milhares de comunistas e simpatizantes comunistas, homens, mulheres e jovens de Abril – porque, independentemente da data de nascimento de cada um, têm como referência essencial das suas vidas os ideais libertadores e transformadores da Revolução.
Por isso dizemos que a Festa é, também ela, uma etapa da luta que travamos por Abril, pela democracia, pela liberdade.
É desta intervenção dos comunistas, com este seu conteúdo específico, com esta sua singularidade no panorama político-partidário nacional, que emerge a diferença entre o PCP e todos os restantes partidos portugueses. É nesta maneira de estarmos onde estamos e de sermos o que somos, que o PCP se afirma, inequivocamente, como um partido diferente dos que são todos iguais."
in Avante - 23/08/07

:: enviado por ja :: 8/25/2007 04:07:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Porque hoje é Sábado... e Verão


:: enviado por JAM :: 8/25/2007 01:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, agosto 17, 2007

Frases (1)

"O PS é uma cidade tipo Lisboa: tem gente de todo o lado, o que já não tem é lisboetas. Neste caso, o que já não tem é socialistas."
Filipe Luís, "Visão", 16-08-2007

:: enviado por ja :: 8/17/2007 08:16:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

terça-feira, agosto 14, 2007

Santana Castilho

Porque já alguém se deu ao trabalho não vou aqui repetir o que outros já fizeram. Santana Castilho escreve hoje no Público mais um dos seus acutilantes artigos. Pode ser lido no Macroscópio.

Como já aqui dissemos, a Senhora Ministra tem pouca pachorra para aturar picuinhices.

Tribunais dos Açores? Tribunais do continente? Tribunais Constitucionais? Provedores de Justiça? Professores? Sindicatos? Tudo forças de bloqueio. Deixem-me trabalhar...

Há só um pequeno senão: o trabalho que conta não é a Senhora Ministra que o fará!

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:: enviado por RC :: 8/14/2007 07:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Parabéns FIDEL

Nasceste num dia treze, dia de azar segundo os supersticiosos do costume que por aí abundam. Que desta vez não se enganaram, em abono da verdade o afirmo.
Que o digam, entre outros, o Império, a máfia de Miami e alguns "pigmeus" ... portugueses!!!
Para ti, companheiro, um abraço de parabéns!!!

:: enviado por ja :: 8/14/2007 08:59:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

um dia

um dia
um dia ...

não fiques na solidão
das paredes do teu quarto
não te deixes ir morrendo
sem fazer o teu poema

às aldeias e às cidades
vem trazer a tua voz
vem acordar este povo
que vai nascer para a vida

um dia
um dia ...

rasga as malhas do cansaço
não fiques fora da roda
de mãos dadas avançamos
contra o medo e o desespero

vamos erguer a cidade
com tijolos de ternura
no horizonte já se sente
a manhã que há - de chegar


um dia
um dia ...



a bordo do mesmo barco
que o porto não fica longe
leme firme velas soltas
em direcção ao futuro

companheiros de esperança
abraçados na batalha
marinheiros desta praia
um dia vamos vencer

um dia
um dia ...


vieira da silva

:: enviado por vieira da silva :: 8/14/2007 02:23:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

domingo, agosto 12, 2007

Vergonha

Neste lugar (que dizem do pelotão da frente?!!), a falta de vergonha só é vencida ... pela carência da mesma.
Ao que isto chegou!!!

:: enviado por ja :: 8/12/2007 08:50:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Boa técnica

«Não li a entrevista»
«Não vou comentar uma coisa que não li»

Quando até a senhora DREN lê os blogues, é imperdoável que o ex-número dois do governo não leia o pensamento do pai fundador do partido socialista. Será que Júdice tem razão?

A ignorância às vezes tem vantagens...

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:: enviado por RC :: 8/12/2007 01:37:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

sexta-feira, agosto 10, 2007

Estarei esclarecido?

Hoje vários mistérios se aclararam. Ficámos a saber por que razão Júdice apoiou o candidato socialista Costa para a câmara de Lisboa. Em artigo no Público, a pretexto da crise no PSD, ficámos a saber que o Partido Socialista já não é socialista. Logo, um homem confessadamente de direita já pode ter toda a confiança política do governo e ser mandatário de um socialista, se este já não o for, claro. Fica mais consolidada a justeza dos argumentos de Arnaut na Visão da semana passada, o que, conjugado com a entrevista de Mário Soares ao Diário Económico de hoje, só pode preocupar os militantes do PS que ainda sejam socialistas. Também quero ver que leituras farão os notáveis do PS quando da direita à esquerda fica assim explicada a incapacidade de PSD e CDS para fazerem oposição àquilo que no fundo são as medidas que estão contidas nos seus mais fundos anseios programáticos.

Ser lobo e vestir-lhe a pele parece compensar.

:: enviado por RC :: 8/10/2007 08:48:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Vão fechar Jardins de Infância

"De momento, o Sindicato dos Professores da Região Centro fica a aguardar do Ministério da Educação o reconhecimento categórico de que, em 22 de Março, mentiu aos órgãos de comunicação social."

Aos órgãos de comunicação social e aos portugueses.

:: enviado por RC :: 8/10/2007 01:05:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, agosto 09, 2007

O modo grosso

(Obrigado ao Kaos)
TSF Online: "O ministério da Educação considera que o concurso para professores titulares correu, «grosso modo», bem. Foi esta a expressão utilizada por um elemento do gabinete da ministra, numa primeira reacção ao parecer do Provedor de Justiça que diz estar «perplexo» com algumas situações que detectou."

Tem bons modos, tem um modo fino, é de finos modos, assim se definiam as pessoas de trato cordato e refinado.

Este "grosso modo" aplicado a um concurso público que deve garantir a estrita justiça e igualdade. mais não é que a comprovação da inversão dos valores. Os maus modos, a grosseria, o trato agreste são apanágio desta equipa do ME. Está na moda o modo grosso.

A equidade e o respeito pela razoabilidade, o provedor e a justiça, os direitos, o direito mais elementar, para todos se estão bem marimbando.

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:: enviado por RC :: 8/09/2007 11:32:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, agosto 07, 2007

Ilegalidades

Comunidade Científica confirma denúncia e críticas da FENPROF: "MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO OBRIGA ÓRGÃOS DE GESTÃO A COMETEREM ILEGALIDADES"

É aquilo que José Manuel Silva, ex-DREC, apelida de "tradição portuguesa do hipercentralismo da gestão do sistema educativo". É a hipocrisia tornada normalidade ao repetir-se à saciedade que as escolas gozam de autonomia desde que façam exactamente o que diz Maria de Lurdes Rodrigues.

Ainda recentemente:

"José Manuel Silva revelou-se mais crítico. Dizendo logo que não tem um modelo de gestão delineado com detalhe, mostrou-se contudo contrário ao conceito de uma autonomia baseada na ideia de que o ME dá liberdade às escolas desde que elas façam o que a tutela mandar."

:: enviado por RC :: 8/07/2007 02:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Provedor de Justiça

(Obrigado ao Kaos)

O Provedor de justiça não é o provedor do governo. Se fosse director de um museu qualquer já estava no olho da rua. Como se atreve a criticar o governo? Pois se até os 150000 professores já se estão calando, como se atreve o provedor a criticar? Ainda por cima criticar a Senhora Dona Maria de Lurdes. Se houvesse constância de valores o provedor até podia criticar. Não percebe nada de educação? Que interessa. A senhora ministra também não e isso não a impede de falar de educação todos os dias.

O rol de atropelos à mais elementar justiça já vai sendo tão grande que, de facto, se torna aborrecido falar do assunto. Aliás o provedor ainda não aceitou que o défice é o novo Deus e ainda mantém a esperança em justiça, equidade e transparência.

O Provedor agiu mal. Deveria ter esperado por Outubro ou Novembro para denunciar uma injustiça que está a ser praticada neste momento. Deveria ser o ME a escolher o momento em que o Provedor deveria tomar posição pois a resposta do ME condicionaria a oportunidade dessa resposta. Confirma-se que este governo, muito pouco socialista, lida mal com os valores da democracia preferindo um caminho limpo de crítica e de críticos. Para Sócrates e seus pupilos que vem a ser essa treta dos "checks and balances"?

Quero, posso e mando é o que está a dar. O Provedor que fale em casa ou na esquina do café.

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:: enviado por RC :: 8/07/2007 11:26:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, agosto 06, 2007

Incêndio do Reichstag (2)

Que este filme tem semelhanças flagrantes com o da noite de 27 de Fevereiro de 1933, não tenho qualquer dúvida.
A procissão ainda vai no adro mas ... no passado também assim foi!!!

:: enviado por ja :: 8/06/2007 05:58:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Mas eles querem saber?

ÚLTIMA HORA - PÚBLICO.PT: "'Não posso deixar de aferir situações que se me afiguram de flagrante injustiça no quadro legal do concurso, relativamente às quais entrevejo possibilidades de actuação que deixem intocadas as expectativas de todos os docentes opositores ao presente concurso', afirma."

O que conta é que, de uma penada, todos os professores portugueses passaram a ganhar 2/3 do que ganhavam antes. Essa é que é essa. Não há vida para além do défice.

:: enviado por RC :: 8/06/2007 10:23:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

domingo, agosto 05, 2007

A pergunta

Alguém me explica por que carga de água é que dirigir um museu é, ou deve ser, um cargo de confiança política? Não será por aí que se constrói o nosso atraso? A cada ciclo político, mais do que termos os melhores, continuamos a ter gente de brilhantes carreiras partidárias. E será que militar numa concelhia ou numa distrital de organizações todas com menos sócios que o ACP nos dá garantia de qualidade? Será que a nomeação dos amigalhaços, em ciclos de dois ou três anos, permite valorizar instituições que devem ter alma para décadas? De pobres que sempre fomos estaremos em breve indigentes.
É a vida. Será?

:: enviado por RC :: 8/05/2007 12:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, agosto 04, 2007

Velhos são os trapos


:: enviado por RC :: 8/04/2007 10:22:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Prove quê?

POSIÇÃO DO PROVEDOR DE JUSTIÇA REFORÇA RAZÃO DOS PROFESSORES.
NOVA DERROTA POLÍTICA DO M.E.!


- Ó Valter, quem é o provedor? É dos nossos? Não é açoriano?
- Deixe lá, amanhã já ninguém se lembra..

:: enviado por RC :: 8/04/2007 09:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

angústia

dói-me
este protesto só palavras
lançado para a rua deste dia
este berro
que vou dando
enlouquecido
meu grito
mais alívio que revolta
este meu gesto
mais esboço do que vida

dói-me
esta manhã que não desenho
cansado de ser sempre este murmúrio
minha fúria
que não mostro pedra e fogo
meu canto
mais lamento do que alerta
meu conformismo
que não quero suportar

mas venho
meu não crer no imutável
meu sangue
circulando sem sossego

na ânsia
de encontrar em cada braço
a sede de arrancar desde a raiz
a névoa o fumo o medo
esta prisão

talvez então meu sonho seja vosso
e nasça em cada corpo deste areal
e juntos
nos façamos chama arma
coragem labareda
vendaval.






vieira da silva

:: enviado por vieira da silva :: 8/04/2007 02:54:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sexta-feira, agosto 03, 2007

237 boas razões para fazer amor

Dois cientistas da Universidade do Texas recensearam 237 razões pelas quais duas pessoas decidem ir para a cama. Estudos precedentes sobre o tema, feitos em 1989 e 1996 não conseguiram identificar mais do que sete ou oito motivos para justificar o acto sexual. É para que vejam o quanto representa esta nova descoberta. Tanto mais que os responsáveis pelo estudo seleccionaram 237 numa lista que inicialmente contava 715 respostas diferentes, dadas por cerca de 250 pessoas recenseadas. Mais ainda, já depois de terem publicado o estudo, os cientistas receberam mais respostas com novas razões que não tinham sido indicadas antes.
Para chegarem a tão ampla conclusão, os dois investigadores concentraram-se simplesmente sobre a psicologia dos amantes. Em vez de se limitarem aos motivos tradicionais, como “evacuar o stress” ou “agradar ao parceiro”, decidiram entrar nos pormenores. Dentre as 237 motivações encontram-se explicações tão variadas como “deixei-me levar”, “a pessoa beijava bem”, “vi a pessoa nua e não pude resistir”, “queria ter mais experiências sexuais que os (as) meus (minhas) amigos(as)”, “era a única maneira para fazer a pessoa passar mais tempo comigo”, “achei que era um bom exercício”, “tive pena da pessoa”, “foi só para contrariar os meus pais”, ... até ao mais dramático e horrível de todos “queria transmitir o vírus da sida” :(.
Entre outras conclusões, o estudo desmente o velho estereótipo de que os homens vão para a cama por prazer e as mulheres por amor. Como é evidente, o estudo confirma que os homens são mais sensíveis aos estímulos visuais que as mulheres e que dinheiro e sexo não fazem boa combinação: obter um emprego, uma promoção ou um aumento de ordenado fazem parte dos motivos menos invocados.

Consultar aqui: Why Humans Have Sex. Vá lá! Acabaram-se as desculpas para não fazer amor.

PS: E depois deste expediente optimista... vou de férias. Se não encontrar um cibercafé pelo caminho, só voltaremos a encontrar-nos no final de Agosto. Até lá, boas férias para os mais felizardos, bom trabalho para os outros.


:: enviado por JAM :: 8/03/2007 02:46:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Slippery slope

Em sintonia com o que dizíamos já em post do mês passado no Briteiros, atentemos no que encontrámos na Visão desta semana:

"A proposta de lei [regime de carreiras, remunerações e vínculos na AP] visa a consagração de um regime altamente negativo para o futuro de uma Administração que se quer isenta, independente e ao serviço da sociedade.
Arrepia e deixa quase sem palavras aqueles que acreditam e sempre acreditaram na necessidade de construir uma Administração ao serviço do cidadão.

Efectivamente, vivemos hoje numa Administração Pública fortemente politizada. Pois sê-lo-á muito mais no futuro. Atente-se que todas as comissões de serviço dos dirigentes cessam com a mudança do Governo. Os cargos dirigentes estão, assim, na inteira disponibilidade do poder político. São esses dirigentes politizados que vão preparar os orçamentos e mapas de pessoal que podem significar despedimentos. São esses dirigentes que vão decidir das remunerações efectivamente praticadas e negociar, caso a caso, a remuneração que vai constar do contrato individual de trabalho. São esses dirigentes que vão, na prática, decidir se dispensam habilitações de admissão. São esses dirigentes que vão proceder à avaliação do desempenho. Tudo isto favorece uma Administração altamente submissa ao poder e pouco ou nada independente, pois em cada momento está em causa o emprego, a remuneração, a organização de vida.

Somente os heróis irão falar verdade ao poder e ousar ter uma visão que não seja a ele totalmente subordinada.

(Isabel Corte-Real, Visão, 2 de Agosto de 2007, p. 56)"

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:: enviado por RC :: 8/03/2007 10:56:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, agosto 02, 2007

Admirável mundo novo

No enfadonho da silly season os políticos dão-nos tréguas, as notícias escasseiam e os telejornais abrem com notícias deprimentes de afogamentos e outras calamidades da época. Em tempo de férias de Verão, aproveitamos para avivar a cor de bronze, percorrer espaços remotos ou, pura e simplesmente, não fazer nada.
Uma alternativa de escape para estes últimos que, como vocês e eu, estão atolambados em frente do computador, é dar uma vista de olhos àquelas pequenas curiosidades para as quais não temos tempo no resto do ano. Por exemplo, proponho-vos uma visitinha à tecnologia Mipmap e ao mundo fantástico e surpreendentemente realista do grafismo a três dimensões. Isso, claro, se o vosso computador está equipado com a versão 9 do Flash Player. Se não estiver... talvez esteja na altura de modernizar, pois a experiência, como revela esta simples demonstração realizada por Carlos Ulloa, é fascinante.
Ah! Falta só dizer que o bólide se conduz com as quatro teclas das flechas, para avançar, recuar e virar. Divirtam-se!

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:: enviado por JAM :: 8/02/2007 07:24:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

A verdadeira entrevista

Sr. primeiro-ministro, Manuel Alegre escreveu contra o medo. Quer comentar?
O Manuel Alegre pensa que ainda está em Argel. Eu disse na SIC que o Alegre de três em três anos escreve um artigo contra o medo. Foi uma boa frase. Gosto de falar assim porque sei que os portugueses e alguma direita apreciam este estilo robusto.

Mas considera-se autoritário?
Sou um bocado nervoso e inseguro. Não consigo controlar. Não suporto que me contrariem: se o fazem é porque não me vêem apto para este cargo. Eu sou primeiro-ministro. Devo vigiar o que dizem de mim.

Acusam-no de se encenar e de encenar o Governo.
Governo como me visto. Com requinte e atenção à forma. Vamos ganhar em 2009.

Sente-se um estranho dentro do PS?
Não tenho nada a ver com o PS. Eu, às vezes, digo umas coisas meio de esquerda para ver se aquela gente se cala. Mas não vou às mesmas lojas, tenho outros hábitos. Dei-lhes um governo, uma maioria e a Câmara de Lisboa. Não chateiem.

Continuar a ler >>>


:: enviado por JAM :: 8/02/2007 10:29:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Sentido de Estado

Na tomada de posse do X Governo Regional da Madeira, o Governo fez-se representar pelo secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Filipe Baptista. Na tomada de posse do novo executivo municipal liderado por António Costa, o Governo esteve representado com a presença de sete ministros e uma dezena de secretários de Estado.


:: enviado por JAM :: 8/02/2007 02:17:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Sabemos como começaram

Começaram com a ditadura do proletariado, com a apropriação colectiva dos meios de produção, com o centralismo democrático. Ainda vão acabar a sonhar com a CUF, que Angola é nossa, que o BCP é quem mais ordena... "Tal como sucede no sector privado" é a sua frase de referência, o seu chavão de combate. Que envelhecer leva certa gente para a direita, já nós sabíamos. Que quem começa na jota laranjinha, acaba com políticas laranjinhas, também estamos a ver. Agora que quem começou por ler e reler O Capital" acabe em adoração ao capital é que não me parece vital.

É a vida. Será?

:: enviado por RC :: 8/02/2007 01:32:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Propaganda arrogante e desnecessária

De acordo com o comunicado da PGR, o inquérito destinava-se apenas a averiguar se houve ou não prática do crime de falsificação de documento autêntico, na modalidade de falsidade de documento, ou de crime de uso de documento autêntico falso, envolvendo a licenciatura em Engenharia Civil de José Sócrates, enquanto cidadão (e sublinho enquanto cidadão porque se fosse como primeiro ministro, certamente as coisas correriam de outro modo e feitio).
Foi apenas isto que o DCIAP investigou. Passar além disto para branquear toda a problemática à volta da licenciatura é pura e simplesmente querer fazer dos outros parvos e estúpidos, no que o gabinete do primeiro-ministro parece apostado. Como parece apostado em pronunciar-se em nome do cidadão José Sócrates, assumindo o comunicado em nome do primeiro-ministro, num abuso de poder de expressão pública que merece censura.

[ da Grande Loja do Queijo Limiano ]


:: enviado por JAM :: 8/02/2007 01:11:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, agosto 01, 2007

Cada vez percebo menos disto

Então agora até o sr. Bagão Felix ultrapassa esta direcção do PS pela esquerda? Então não sabe que é preciso despedir cada vez mais gente para que o desemprego baixe? Até parece que é "Independente" ;)

( ;) é jocoso mas não dá direito a ir p'ró Torel"

"Bagão Félix considera que não há necessidade de mais flexibilidade nos despedimentos, referindo que “se os despedimentos não fossem flexíveis não tínhamos quase 500 mil desempregados!”.
“Despedimento sem justa causa parece-me um arbítrio inaceitável”, assegurou.

Ainda sobre a revisão do Código do Trabalho, refere que se está a elaborar um “conceito muito perigoso, que é o "despedimento por incompetência. Podemos estar a entrar no plano da pura discricionariedade, aproximando-nos de facto do despedimento sem justa causa”.

A diminuição do subsídio de férias e a diminuição da retribuição das horas extraordinárias são outros items com os quais não está de acordo."

:: enviado por RC :: 8/01/2007 07:48:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A nossa tragédia

M!C - Movimento de Intervenção e Cidadania: "Está à vista desarmada que a sociedade portuguesa vive numa atmosfera de temor, caucionada pelo desemprego, pelo trabalho precário, pelo custo da vida, pelo incentivo à delação, pelo desprezo com que se trata os nossos velhos, pela recusa da esperança, pelo sombrio horizonte do futuro, pelo ataque indiscriminado ao Serviço Nacional de Saúde, pelas obscenas desigualdades sociais não só traduzidas no desespero e na angústia quotidianas como pelas afrontosas reformas auferidas por 'gestores' públicos - e mesmo privados. O medo cobre as situações que acabo de evocar. E esta 'cultura' do PS não provém de linguagens intraduzíveis umas das outras: resulta de um conflito generalizado, aberto ou latente, mais ou menos violento nascido na década de 80, com o 'cavaquismo'.

O artigo de Manuel Alegre falava da necessidade de uma visão social que rejeite as humanidades separadas. Essa civilização do universal, de que tem sido paladino, apela no sentido dos valores e dos territórios transculturais. Não creio que José Sócrates tenha conhecimentos suficientes para entender o que, depreciativamente, designa de um 'clássico' periódico. Não é tão-só problema dele. É a nossa tragédia."


DISCURSO SOBRE O MEDO
[Baptista Bastos, Público, 01-08-2007]

:: enviado por RC :: 8/01/2007 03:43:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Quem o diz

Já houve quem se escandalizasse por eu próprio fazer afirmações do tipo que a seguir transcrevo. Se os actuais dirigentes do PS soubessem ler, esse ler maiúsculo que permite transpor as barreiras do escrito literal, teriam vergonha perante o facto de um moderadíssimo socialista se ver compelido a fazer as afirmações que transcrevemos parcialmente:

"O PS tem a alma a definhar. Ainda tem força interior, mas está disseminada por uns miilhares de militantes sem voz. O partido está a perder alma e identidade. A continuar assim, não pode chamar-se socialista, tem de mudar de nome."
[...]
Há novas formas de opressão, a própria União Europeia é uma congregação de multinacionais que têm no Conselho e na Comissão os seus representantes. O que resta da utopia socialista é o Estado Social. Por isso, é importante defendê-lo.
O socialismo é encurtar diferenças sociais e reduzir desigualdades. No fundo, mudar a vida.
[para melhor, depreende-se]
[...]
Mesmo havendo circunstâncias atenuantes, a prática do PS não está à altura da sua responsabilidade. Ao reclamar-se socialista, assume um legado histórico e deve ser fiel a ele.
[...]
Sempre fui moderado no PS. Hoje estou na extrema-esquerda e sou o mesmo! O partido
desviou-se tanto para a direita que, porventura,até estarei quase a sair [risos] ...
[...]
Como descreve a geração que está no poder?
É um produto das circunstâncias. Noto falta de cultura cívica. É gente sem reflexão sobre os comportamentos, a arte, a literatura e a história do nosso povo. A cultura é uma sabedoria que se recolhe da experiência vivida. Muitos deles não têm uma ideia para Portugal, não conhecem o País. Vivem do imediatismo, da conquista do poder. Conquistado, vivem para aguentá-lo. Esta geração vale-se mais da astúcia do que da seriedade. E aprendeu os ensinamentos de Maquiavel.
[...]
O que sente quando olha para o Parlamento?
Uma grande preocupação pelo futuro da democracia. Aquilo deveria ser o lugar de uma elite moral e intelectual. Mas para isso era preciso que as pessoas do povo fossem as «pedras vivas» de que falava António Sérgio. No meu romance autobiográfico, que sairá em Setembro, chamado Rio de Sombras, há um tipo que tem uma filosofia chamada Pantrampismo ...
[...]
Não há marcas de esquerda neste Governo. Essas deviam estar no terreno social mas, como já vimos, os direitos sociais estão um pouco proscritos. Não considero uma marca de esquerda ter promovido o referendo ao aborto, apesar de ter votado sim. Marca de esquerda era cumprir a democracia política, social, económica e cultural.
Dentro do Estado Social o direito à Saúde é fundamental. E aí as marcas não são de esquerda ...
[...]
O PS faz reformas que não devia. Se a direita fosse poder, não teria coragem de atacar o Serviço Nacional de Saúde [SNS] como o PS. E o PS, na oposição, não deixava!
[...]
Uma das formas de atacar o SNS é acabar com as carreiras médicas e transformar os funcionários públicos em assalariados por contrato individual.
Flexigurança, está a ver? Entretanto, anunciam-se grandes investimentos nos privados. Esses grupos só investem porque sabem que a política actual conduz ao definhamento do SNS. Voltamos ao tempo de Salazar, com uma diferença: não é preciso o atestado de indigência para ter atendimento gratuito.

António Arnaut in Visão de 26/07

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:: enviado por RC :: 8/01/2007 12:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::