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segunda-feira, novembro 28, 2005

Fome? Que fome?

A agência das Nações Unidas para a alimentação acaba de publicar o seu relatório anual sobre a insegurança alimentar no mundo. Estima-se que, em 2002, o número de pessoas subnutridas era de 852 milhões e que são cerca de 6 milhões as crianças que morrem todos os anos vítimas de doenças ligadas à fome e à má nutrição. Há três anos, o mesmo relatório dava conta que o progresso até então verificado na luta contra a fome no mundo se havia invertido. De progresso, passara a retrocesso.
Mais de meio século após a proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que consagrava o direito à alimentação. Mais de trinta anos após a Declaração Universal para a Eliminação Definitiva da Fome e da Subnutrição que declarava que “cada pessoa tem o direito inalienável de ser libertado da fome e da subnutrição, a fim de se desenvolver plenamente e de conservar as suas faculdades físicas e mentais”.
Mais de quinze anos após a Declaração Mundial sobre a Nutrição que, em 1992, reconheceu que o acesso a alimentos apropriados constitui um direito universal. Mais de cinco anos após a Cimeira do Milénio de Setembro de 2000, cujo primeiro objectivo consistia em “reduzir para metade a pobreza extrema e a fome” até 2015.
E já só faltam dez anos...
Quando é sabido que os autores de todos esses relatórios e declarações, pagos com os impostos dos cidadãos dos países membros das Nações Unidas, gastam – como todos os habitantes dos países industrializados – dez por cento dos seus rendimentos anuais em dietas rigorosas, exercícios de ginástica, liposucções e medicamentos para emagrecer...

:: enviado por JAM :: 11/28/2005 12:24:00 da manhã :: início ::
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