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domingo, janeiro 07, 2007

TV

Sabe-se que os portugueses são grandes consumidores de televisão (e, já agora, de jornais desportivos, revistas cor-de-rosa e outras drogas legais...).
Pois bem, 2006 não foi um bom ano para os que esperavam da televisão uma melhoria relativamente aos anos anteriores.
Vejamos:
- A Tvcabo silenciou sem explicações nem pedidos de desculpas o GNT (canal brasileiro que era um dos melhores do alinhamento, e onde, por ex., podíamos ver o Programa do Jô - Soares) e não deixou passar para 2007 o canal SIC-Comédia;
- Quanto aos canais generalistas, continuámos a ter pouco pluralismo de opinião. Tivemos como comentadores políticos “residentes” gente do PS (António Vitorino), do PSD (Marcelo Rebelo de Sousa), do CDS (Paulo Portas). A excepção foi Miguel de Sousa Tavares, apartidário. Na “Quadratura do Circulo”, temos um comentador do PS (Jorge Coelho), um do PSD (Pacheco Pereira) e um do CDS (Lobo Xavier). O “Prós e Contras” da RTP-1, além de por via de regra seguir a agenda politica do Governo, tem habitualmente um painel de convidados de palco que politicamente estão entre a direita e o chamado centro-esquerda (no programa sobre a fiscalidade da banca levaram lá o Garcia Pereira e o circo ia pegando fogo…). A RTP acabou, inclusive, com o programa em que deputados dos vários partidos com assento no Parlamento debatiam assuntos da ordem do dia.
- O horário nobre das televisões generalistas tem Floribela, Morangos, Freiras em fuga, concursos, futebol, tudo coisas para manter entretida a rapaziada – já que o pão está sempre a aumentar de preço (e os brioches andam por mesas altas) então, pelo menos que haja circo…
- Por seu lado, a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), após o triste episódio em que admoestou e veladamente ameaçou o critico de TV do Público Eduardo Cintra Torres e o director deste jornal, a propósito das criticas daquele à cobertura tendenciosa feita pela RTP dos incêndios do Verão passado, perdeu a face e já não tem condições para exercer seriamente as suas funções.
- E para culminar, o Governo propõe, no projecto de lei da TV, que tanto o estatuto editorial como os “códigos de conduta” internos dos canais de televisão, especialmente em matéria de informação, sejam submetidos para ratificação a essa mesma famigerada ERC.

:: enviado por Manolo :: 1/07/2007 01:58:00 da tarde :: início ::
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