segunda-feira, novembro 15, 2004
Colin Powell demitiu-se
O presidente comunicou a Powell a sua decisão irrevogável de ir à guerra, numa reunião a dois que durou escassos 12 minutos, em 13 de Janeiro de 2003. Nesse encontro, o secretário de Estado expôs as suas reservas em relação à guerra. “O senhor tem a certeza do que vai fazer?”, perguntou. “O senhor sabe que vai acabar proprietário desse país?” Em Agosto do ano anterior, Powell havia dito ao presidente que a ideia de uma invasão do Iraque seria equivalente a assumir as esperanças, aspirações e problemas do lugar. Lembrara uma velha máxima de uma conhecida loja de artigos de decoração americana: “Você quebrou, você é o dono” – o tal “quebrou, pagou”. Mas no início de 2003 Bush já tinha a guerra como certa e só queria testar a lealdade do seu secretário de Estado. O ex-general Powell, velho soldado, seguindo os princípios militares de lealdade máxima ao chefe, sucumbiu e disse que estava com o presidente para o que desse e viesse. Bush então exclamou: “Está na hora de você vestir a farda.” Colin Powell, até então considerado pomba da paz, tornara-se assim um falcão de guerra.
Agora, a consciência de Powell não aguentou mais...
Continue a ler Jornalista do Watergate revela agora as armações dos senhores da guerra antes de invadirem o Iraque.
:: enviado por JAM :: 11/15/2004 07:37:00 da tarde :: início ::