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sexta-feira, novembro 12, 2004

O processo de paz é possível

Yasser Arafat foi o único dirigente árabe que teve a coragem de dizer NÃO aos Estados Unidos, recusando-se a vender ao desbarato os direitos do povo palestiniano. Por isso, Washington continua a insistir na necessidade dum interlocutor palestiniano credível. Mas a administração Bush vai ter que compreender que credível não significa dócil.

Bush vai ter que contar com todos os interlocutores credíveis, e isso significa que não vai poder esquecer que um dos mais credíveis continua prisioneiro nas masmorras israelitas. Marwan Barghouti, chefe do Fatah na Cisjordânia, foi capturado em Abril de 2002 pelo Tsahal, exército israelita, e continua preso em Israel, acusado de ser o líder da intifada, a luta do povo palestiniano contra a ocupação israelita.

Por seu lado, quem quer que sejam, os sucessores de Arafat não vão certamente ceder a uma paz ditada pelos interesses americano-israelitas e não vão, por isso, renunciar às questões inegociáveis como a capital em Jerusalém ou o direito ao regresso dos refugiados palestinianos espalhados pelo mundo.

O diário britânico Guardian dá hoje a palavra a Afif Safieh, delegado geral da Palestina na Grã-Bretanha, que afirma que existe uma porta aberta para reactivar o processo de paz, não por causa da morte de Arafat, mas por três outras razões objectivas: Por um lado, neste seu segundo mandato, Bush vai querer certamente inscrever o seu nome na História; por outro lado, a Europa e a comunidade internacional começam a perder a paciência, pela política de apoio de Washington a Sharon; e finalmente, porque os Estados Unidos já perceberam que o conflito israelo-palestiniano está a envenenar, cada vez mais, as suas relações com o mundo arabo-muçulmano.

:: enviado por JAM :: 11/12/2004 03:44:00 da tarde :: início ::
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