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terça-feira, março 29, 2005

A máquina distribuidora de democracia

No Quirguistão começou o que alguns qualificaram como a “revolução das tulipas”, em referência às outras “revoluções coloridas” levadas a cabo em antigas repúblicas soviéticas. Só que desta vez, contrariamente às anteriores, é muito mais evidente a intervenção americana na sua preparação. É que, os Estados Unidos dispõem duma base militar no Quirguistão, desde a intervenção no Afeganistão em 2001, e por isso, vinha mesmo a calhar uma transição de poder não violenta, em favor de um dirigente pró-ocidental.
O organismo responsável por esta nova “revolução democrática” chama-se Freedom House (Casa da Liberdade), uma oficina de propaganda – considerada por muitos uma ONG para a defesa dos direitos humanos – criada por Roosevelt para moldar a opinião pública no tempo da guerra fria. O actual presidente da Freedom House é James Woolsey, que era director da CIA antes de se dedicar à exportação da democracia e da liberdade no mundo.
No caso do Quirguistão, a Freedom House ajudou, financeira e tecnicamente, a organizar a oposição e, para isso, construiu uma tipografia – Media Support Center – que pôs à disposição dos partidos e das organizações estudantis para que pudessem facilmente produzir e imprimir os seus jornais – entre outros, os semanários “Respublica”, “Analitika” e “Litsa” e o trissemanário “MSN” – e assim espalhar mais facilmente as sementes da revolução.

:: enviado por JAM :: 3/29/2005 11:17:00 da manhã :: início ::
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