segunda-feira, agosto 01, 2005
O negócio da doença
A influência das empresas farmacêuticas é tão grande que não se consegue distinguir o que é do domínio médico do que diz respeito ao marketing. Por exemplo, um método de marketing muito utilizado consiste em evidenciar o risco relativo e minimizar o risco absoluto de desenvolver uma doença. Assim, se um medicamento reduz o nosso risco de 3 % para 2 %, trata-se de uma redução relativa de 33%, mas apenas uma baixa de 1 % em valor absoluto. A diferença é enorme e os doentes ficam desorientados e sobrestimam os riscos.
A indústria farmacêutica tem deste modo deturpado as noções de doença e de prevenção tornando-se, por isso, absolutamente necessário definir com precisão o que é estar doente – ou seja, a fronteira entre boa e má saúde – e definir igualmente as noções de prevenção.
:: enviado por JAM :: 8/01/2005 11:49:00 da manhã ::


1 comentário(s):
-
Cidadãos informados, precisam-se!De Rita, em agosto 02, 2005 10:56 da tarde
Contra a lógica (?) capitalista que nada respeita.
Isto lembra-me um ditado popular, de que não me recordo muito bem, mas que fala em "morder o pé".
Um dia, todos pagaremos (ou já pagamos?) muito caro tudo o que fazemos (ou não fazemos?) ao Mundo.