BRITEIROS: O negócio da doença <$BlogRSDUrl$>








segunda-feira, agosto 01, 2005

O negócio da doença

Um inquérito independente publicado pelo The New Zealand Listener afirma que os critérios do que normalmente se entende por doença foram alargados. Por exemplo, toda a mulher que não tiver uma densidade óssea equivalente à de uma trintona é considerada anormal e portanto doente. Isso significa que quase metade das mulheres, após a menopausa, sofrem de osteoporose. Do mesmo modo, os critérios que definem os doentes de colesterol ou as pessoas que sofrem de depressão são cada vez mais nebulosos.
A influência das empresas farmacêuticas é tão grande que não se consegue distinguir o que é do domínio médico do que diz respeito ao marketing. Por exemplo, um método de marketing muito utilizado consiste em evidenciar o risco relativo e minimizar o risco absoluto de desenvolver uma doença. Assim, se um medicamento reduz o nosso risco de 3 % para 2 %, trata-se de uma redução relativa de 33%, mas apenas uma baixa de 1 % em valor absoluto. A diferença é enorme e os doentes ficam desorientados e sobrestimam os riscos.
A indústria farmacêutica tem deste modo deturpado as noções de doença e de prevenção tornando-se, por isso, absolutamente necessário definir com precisão o que é estar doente – ou seja, a fronteira entre boa e má saúde – e definir igualmente as noções de prevenção.

:: enviado por JAM :: 8/01/2005 11:49:00 da manhã :: início ::
1 comentário(s):
  • Cidadãos informados, precisam-se!

    Contra a lógica (?) capitalista que nada respeita.

    Isto lembra-me um ditado popular, de que não me recordo muito bem, mas que fala em "morder o pé".

    Um dia, todos pagaremos (ou já pagamos?) muito caro tudo o que fazemos (ou não fazemos?) ao Mundo.

    De Blogger Rita, em agosto 02, 2005 10:56 da tarde  
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