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quinta-feira, janeiro 12, 2006

A nova Primavera europeia

O principal esforço da nova presidência austríaca da União Europeia envolverá o crescimento económico e o emprego. A segunda prioridade será o relançamento do debate sobre o projecto de Constituição Europeia.
Este objectivo do chanceler democrata cristão, Wolfgang Schuessel, que governa em coligação com a direita xenófoba, afigura-se algo estranho, quando é sabido que, de acordo com as sondagens, só um terço dos austríacos é favorável ao projecto constitucional, rejeitado no ano passado por franceses e holandeses.
Como ninguém sabe o que fazer com a Constituição, a presidência austríaca propôs lançar um debate entre políticos, intelectuais e gente da cultura, coincidindo com as celebrações do 250.° aniversário do nascimento de Mozart. O que nos parece é que vai ser preciso muito mais do que boa música para tirar a União da sua profunda crise institucional.
Para complicar as coisas, a Áustria já deixou claro que não deseja fixar datas para a entrada da Turquia no clube europeu. Por outro lado, a Comissão Barroso vai relançar a discussão da famosa directiva sobre a liberalização dos serviços e levá-la à votação do Parlamento Europeu.
Com a espinhosa questão do orçamento comunitário resolvido, seguem-se agora problemas como a regulação energética, para tentar reduzir a nossa dependência da Gazprom russa, a imigração, a investigação e as universidades. Respondendo a esses desafios, a chefe da diplomacia austríaca, Ursula Plassnik, garante que a UE está pronta para enfrentar uma “nova Primavera”.
Seria bom. Mas, o mais provável é ter que esperar, pelo menos, pela do ano que vem.

:: enviado por JAM :: 1/12/2006 11:08:00 da manhã :: início ::
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