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terça-feira, janeiro 10, 2006

O valor de um refém

No Sábado passado, uma jornalista americana foi sequestrada no Iraque. O seu intérprete, um jornalista iraquiano, foi morto com dois tiros. O patrão da jornalista, o Christian Science Monitor, pediu a todos os media presentes em Bagdade para nada publicarem e manterem o maior discernimento sobre o assunto. O pedido foi respeitado. Muitos desses media retiraram mesmo dos seus sites web os artigos que tinham dedicado ao rapto. Hoje, o Christian Science Monitor levantou o blackout e publicou a informação no seu site. A jornalista chama-se Jill Carroll, é uma correspondente freelance, há dois anos em Bagdade.
É impressionante o silêncio observado pelos media internacionais, durante três dias, testemunha de uma solidariedade impar entre jornalistas. Mas a organização Repórteres sem Fronteiras mostra-se muito céptica quanto à ideia do blackout. Considera, ao contrário, que a mediatização do sequestro seria uma melhor estratégia para aumentar as hipóteses de sobrevivência. Só que o Christian Science Monitor alimenta esperanças de que, se os raptores não encontrarem na Internet qualquer referência ao rapto, se desiludam quanto ao valor da sua “presa” e a libertem.
Duas concepções radicalmente antagónicas: segundo uma, é o valor do refém que o poderá salvar; na outra, é a sua ausência de valor.

:: enviado por JAM :: 1/10/2006 10:51:00 da tarde :: início ::
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