domingo, dezembro 17, 2006
Um país, um atoleiro (5)
Assim vai a vida alegre e contente neste país indecente...
Como não podia deixar de ser mais umas "ricas prebendas" para os nossos homens de topo. Coitadinhos deles, tão mal que estão na vida...!!! A sua situação até faz chorar as pedras da calçada!!!....
Agora foi a vez de Jorge Vasconcelos, ex-presidente da Entidade Reguladora do Serviços Energéticos (ERSE). Demitiu-se e por força do estatuto vai ficar a receber 12 mil euros por mês até encontrar um novo emprego - isto até um máximo de 2 anos. (Estes 12 mil euros correspondem a 2/3 do vencimento mensal ao qual acresciam ajudas de custo)
Como subsídio de desemprego até nem está mal...
O resto da novidade está aqui no Correio da Manhã:
Jorge Vasconcelos
Salário milionário durante dois anos
:: enviado por touaki :: 12/17/2006 03:34:00 da tarde :: início ::
5 comentário(s):
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“ (…) o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria entidade que, com o estatuto de regulador é independente.(…)” Lê-se no CM.De , em dezembro 17, 2006 7:03 da tarde
Num encontro que hoje se realizou sobre o balanço dos 20 anos de adesão à CEE disse o deputado Agostinho Lopes: “(…)Outros caminhos para a Europa, outro rumo para a União Europeia (…) exigem a ruptura com o neoliberalismo e as suas receitas de liberalização e privatização, as suas teses do Estado mínimo e da máxima presença do capital financeiro, entregando a regulação e os mercados aos grandes grupos monopolistas do capital transnacional. (…)”
http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=7771&Itemid=245 -
Baseia as suas afirmações na leitura do Correio da Manhã? Já se informou sobre isto? Procure saber e verá que Jorge Vasconcelos é o único membro da direcção da ERSE não abrangido por esta regra.De , em dezembro 20, 2006 5:41 da tarde
Espero que faça um novo post "Um país, um atoleiro" mas desta vez sobre o nível das pessoas que escrevem nos blogues e a rapidez com que fazem afirmações sem confirmarem antes a validade do que dizem.
Jaime Vogado. -
Pobre Jorge Vasconcelos. é o único não abrangido? É injusto. É uma pouca vergonha o pobre do homem não ser abrangido e os outros serem. Não haverá quem dê rumo a isto?De , em dezembro 20, 2006 8:06 da tarde
António de Oliveira -
Para o senhor Jaime Vogado:De touaki, em dezembro 21, 2006 8:04 da tarde
Dos estatutos da ERSE aprovados pelo Decreto-Lei nº97/2002 e publicados em Diário da República de 12 de Abril do mesmo ano, pode encontrar no artigo 29 dos referidos Estatutos:
.......
5 — Após o termo das suas funções, os membros do
conselho de administração ficam impedidos, pelo
período de dois anos, de desempenhar qualquer função
ou prestar qualquer serviço às empresas dos sectores
regulados.
6 — Durante o período de impedimento estabelecido
no número anterior, a ERSE continuará a abonar aos
ex-membros do conselho de administração em dois terços
da remuneração correspondente ao cargo, cessando
esse abono a partir do momento em que estes sejam
contratados ou nomeados para o desempenho, remunerado,
de qualquer função ou serviço público ou
privado.
O artigo 28º determina que o Conselho de Administração é composto por um Presidente e 2 vogais. Nenhum deles está excluído deta benesse, como se pode ver. Pode ainda juntar estoutra pequena pérola dos referidos estatutos, que se encontra no artigo 30º:
2 — Os membros do conselho de administração não
podem ser exonerados do cargo antes de terminar o
mandato, salvo nos casos de:
a) Incapacidade permanente ou incompatibilidade
superveniente do titular;
b) Falta grave comprovadamente cometida pelo
titular no desempenho das suas funções ou no
cumprimento de quaisquer outras obrigações
inerentes ao cargo;
c) Trânsito em julgado de sentença a que corresponda
condenação pela prática de qualquer
crime que ponha em causa a idoneidade para
o exercício da função.
Acrescente-se que estes estatutos foram elaborados pela própria ERSE, tendo o governo apenas aprovado os mesmos.
Como vê apenas se Jorge Lencastre regressar à docência, de onde provém, perderá o direito à dita cuja benesse. Até lá ninguém o impede de exigir o cumprimento daquilo que está estatuído. -
Para o senhor anónimo:De , em março 27, 2008 4:15 da tarde
Quem é o Jorge Lencastre?
Jaime Vogado