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terça-feira, março 20, 2007

Quatro anos de inferno


Antes da invasão americana, o Iraque já era efectivamente um inferno. Só que era um inferno com regras e em que havia um só diabo e este tinha um rosto conhecido. Aberta a caixa de Pandora por Bush, o que se constata, quatro anos e centenas de milhares de desgraçados bombardeados, assassinados, torturados, mutilados, brutalizados e refugiados depois, é que todos os diabos estão à solta no Iraque e, pior do que isso, não têm rostos visíveis nem tácticas previsíveis. E se o presente é um inferno pior do que o passado, o futuro provavelmente - tudo o indica – parece que virá a ser ainda pior.
Nós, que vivemos aqui neste cantinho famoso pelos seus brandos costumes, em que a coisa mais parecida que temos com um diabo é um engenheiro de meia-leca que tem a mania que é firme e determinado e que está a apertar o cinto ao pessoal para agradar aos seus mentores dentro e fora das fronteiras, e em que a coisa mais parecida com uma guerra civil que temos é o que se está a passar com o regresso de Paulo Portas ao CDS, nós, dizia eu, não nos devemos esquecer que, há anos, elegemos para 1º ministro um Zé Mané que, assim que teve oportunidade, com o nosso voto no bolso, cedeu a sala de visitas para a famigerada Cimeira dos Azores e aí se encarregou de servir os cafezinhos. E, sobretudo, não nos esqueçamos que enquanto os três patrões da Cimeira já foram todos de alguma forma penalizados (é verdade que ainda não de acordo com os merecimentos de cada um deles...) pela decisão que ali foi formalizada e noticiada ao mundo, o nosso (salvo seja!) Zé Mané, recompensado depois pelo serviço que prestou, com o lugar de cabeça visível da CE, ainda continua a usufruir do seu prémio e a arrotar postas de pescada (como se realmente alguém o levasse a sério).

:: enviado por Manolo :: 3/20/2007 09:42:00 da tarde :: início ::
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