terça-feira, agosto 07, 2007
Provedor de Justiça
O Provedor de justiça não é o provedor do governo. Se fosse director de um museu qualquer já estava no olho da rua. Como se atreve a criticar o governo? Pois se até os 150000 professores já se estão calando, como se atreve o provedor a criticar? Ainda por cima criticar a Senhora Dona Maria de Lurdes. Se houvesse constância de valores o provedor até podia criticar. Não percebe nada de educação? Que interessa. A senhora ministra também não e isso não a impede de falar de educação todos os dias.O rol de atropelos à mais elementar justiça já vai sendo tão grande que, de facto, se torna aborrecido falar do assunto. Aliás o provedor ainda não aceitou que o défice é o novo Deus e ainda mantém a esperança em justiça, equidade e transparência.
O Provedor agiu mal. Deveria ter esperado por Outubro ou Novembro para denunciar uma injustiça que está a ser praticada neste momento. Deveria ser o ME a escolher o momento em que o Provedor deveria tomar posição pois a resposta do ME condicionaria a oportunidade dessa resposta. Confirma-se que este governo, muito pouco socialista, lida mal com os valores da democracia preferindo um caminho limpo de crítica e de críticos. Para Sócrates e seus pupilos que vem a ser essa treta dos "checks and balances"?
Quero, posso e mando é o que está a dar. O Provedor que fale em casa ou na esquina do café.
Etiquetas: Democracia, Justiça, política, Portugal, Professores
:: enviado por RC :: 8/07/2007 11:26:00 da manhã :: início ::
1 comentário(s):
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... E, no entanto, o Provedor de Justiça procedeu mesmo mal.De vieira da silva, em agosto 09, 2007 1:10 da manhã
Porque deveria ter feito o seu parecer antes do concurso, quando foi alertado para os atropelos à legalidade que se desenhavam em todo o processo e no próprio aviso do concurso.
Porquê só agora?
E porquê este parecer que diz que sim... mas enfim... para a próxima talvez ???
De que nos servem os Provedores se não se fazem impôr na defesa dos direitos de todos os portugueses sejam eles quem forem e se limitam a dar uns conselhos tímidos que os governos sistematicamente desprezam?