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domingo, fevereiro 17, 2008

Esperança

Leonel Moura no Jornal de Negócios
O escorpião e a tartaruga
“Entre outras coisas, Manuel Alegre vai mesmo conseguir dar cabo do PS.”

António Barreto dizia ainda há não muitos meses:

Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.
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Deputados «fogem» do Parlamento
117 deputados foram substituídos e que 37 abandonaram
Em três anos, um total de 117 deputados suspenderam o mandato e 37 abandonaram de vez a Assembleia da República, o que quer dizer que apenas um terço dos parlamentares em funções foram eleitos. As contas foram feitas pela Comissão de Ética da Assembleia da República.

Excertos


"uma corrente de opinião que possa intervir na vida pública nacional, e alargar-se e discutir na sociedade, para dentro e fora do partido, na busca de soluções alternativas"

"Vou propor a constituição de uma corrente de opinião que possa intervir na vida pública nacional, e alargar-se e discutir na sociedade, para dentro, dentro e fora do partido, na busca dessas soluções alternativas"

"Tudo tendo em vista aquilo que para nós é essencial, que são os serviços públicos, como o serviço nacional de saúde, a segurança social, as leis do trabalho, as reformas na Justiça, a Educação, a desertificação, enfim, as grandes questões nacionais"

"Pensamos, contra as receitas do pensamento único, contra a ideia de que não há alternativas, que há alternativas. E o papel dos socialistas é construir essas alternativas", acrescentou, lembrando o alerta para os "perigos de explosão social" feito pelo director do Observatório de Segurança, general Garcia Leandro.

"Não estamos aqui para disputar eleições internas, mas porque pensamos que o socialismo não está morto nem enterrado e que, numa época geral de globalização e de recuo geral da esquerda, o dever dos socialistas, e da esquerda em geral, é encontrar soluções de esquerda para melhorar as condições de vida do nosso povo"

Manuel Alegre escusou-se também a comentar as afirmações de outros dirigentes socialistas, como José Lello e Vitalino Canas, que desvalorizaram o encontro de hoje.
"Não quero fazer quaisquer comentários. Estou aqui para tentar ajudar a resolver os problemas do país. Mas lembro apenas que aqueles que desvalorizaram a minha candidatura tiveram depois uma desagradabilíssima surpresa nos resultados das urnas"

No futuro

“É preciso ter em conta as posições dos sindicatos . Um poder político e nomeadamente um poder socialista não pode desequilibrar as relações de força em desfavor das classes trabalhadoras.”


O socialismo deve respirar da busca constante de soluções para uma sociedade mais justa, solidária e equitativa.
Cada militante ou simpatizante socialista, cada homem e mulher que ainda acredite na promessa de uma sociedade mais justa tem que se interrogar sobre a essência da presente governação. Tem que se interrogar sobre se a arrogância e a sobranceria, a prepotência e o desprezo do outro, fazem parte da ideologia socialista. No nosso pais há espaço à esquerda e à direita para todos e todos os ideais, mas seguramente não é aceitável nem honesto que pessoas que se gabam de querer partir a espinha ao movimento sindical, que se deixam deslumbrar pelo poder, achem que o seu lugar é num partido socialista.
Num tempo de socialistas modernos, arcaicos, empedernidos, de 1ª, 2ª ou 3ª via, arrependidos, alinhados e pragmáticos, Manuel Alegre é socialista só.


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:: enviado por RC :: 2/17/2008 10:48:00 da tarde :: início ::
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