segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Eu não me conformo
Publicada hoje no Diário de Aveiro, fica aqui também o texto do meu amigo Carlos Lopes.Eu não me conformo
Sou militante do PS desde 1982, desde esta data que estou ligado as causas da defesa dos trabalhadores, lutei em 2003 contra o Código do Trabalho aprovado na Assembleia da Republica pelos Deputados do PSD e CDS, o Grupo Parlamentar do PS votou contra dizendo na sua declaração de voto:
“O código do trabalho degrada os direitos dos trabalhadores, ataca a liberdade sindical, o direito à negociação colectiva e o direito à greve”.
Que o mesmo “assenta numa concepção conservadora e retrógrada, não assegura a protecção da dignidade e da liberdade pessoal dos trabalhadores nas empresas, aumenta a dificuldade de conciliar a vida pessoal e familiar”.
“ O que verdadeiramente está em causa, é a filosofia e a alteração estrutural das leis e o reforço dos poderes do empregador, o enfraquecimento da dimensão colectiva, o acentuar da dependência do trabalhador, visão que, tendo em conta a matriz constitucional do direito do trabalho e a concepção que partilhamos dos direitos dos trabalhadores, não podemos compreender nem aceitar”.
Ora, eu acreditei, e votei no PS em 2005 para ganhar as eleições, acreditando que se o PS fosse governo iria propor alterações reforçando os direitos dos trabalhadores, mas o que esta em cima da mesa, com o livro branco, vai em sentido contrário, portanto eu e milhares de trabalhadores sentimo-nos enganados.
Enganado, mas eu quero acreditar que é possível ainda alterar o rumo. Eu não me conformo.
Carlos Lopes
“O código do trabalho degrada os direitos dos trabalhadores, ataca a liberdade sindical, o direito à negociação colectiva e o direito à greve”.
Que o mesmo “assenta numa concepção conservadora e retrógrada, não assegura a protecção da dignidade e da liberdade pessoal dos trabalhadores nas empresas, aumenta a dificuldade de conciliar a vida pessoal e familiar”.
“ O que verdadeiramente está em causa, é a filosofia e a alteração estrutural das leis e o reforço dos poderes do empregador, o enfraquecimento da dimensão colectiva, o acentuar da dependência do trabalhador, visão que, tendo em conta a matriz constitucional do direito do trabalho e a concepção que partilhamos dos direitos dos trabalhadores, não podemos compreender nem aceitar”.
Ora, eu acreditei, e votei no PS em 2005 para ganhar as eleições, acreditando que se o PS fosse governo iria propor alterações reforçando os direitos dos trabalhadores, mas o que esta em cima da mesa, com o livro branco, vai em sentido contrário, portanto eu e milhares de trabalhadores sentimo-nos enganados.
Enganado, mas eu quero acreditar que é possível ainda alterar o rumo. Eu não me conformo.
Carlos Lopes