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segunda-feira, novembro 01, 2004

Atentado em Aveiro

Em Aveiro continua a desenrolar-se um dos mais patéticos episódios da nossa história cultural recente. Após a extinção da Orquestra Filarmonia das Beiras, os músicos continuam a resistir. Ontem, em mais uma acção de luta, deram um concerto que contou com forte apoio da população e com o apoio do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro.

«É incompreensível como um projecto culturalmente exigente, viável financeiramente e com um trabalho de formação de públicos notável termine assim. Um verdadeiro absurdo» [Alberto Souto]

Leia a notícia.
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:: enviado por RC :: 11/01/2004 02:25:00 da tarde :: início ::
3 comentário(s):
  • Pois, lágrimas de crocodilo... A Câmara de Aveiro nem esteve presente no acto de extinção.

    De Anonymous Anónimo, em novembro 01, 2004 3:13 da tarde  
  • A ignorância é sempre má conselheira.
    O comentário, à notícia, revela que se pode neste país comentar sem qualquer tipo de responsabilidade.
    Todos os que se interessam minimamente por estes assuntos sabem que o vereador da cultura da Câmara de Aveiro se teve de demitir por causa deste processo.Daí as posiçoes de coerência do Presidente da Câmara de Aveiro.
    Ílhavo, 01.11.04
    JB

    De Anonymous Anónimo, em novembro 01, 2004 3:58 da tarde  
  • Não deixam de ser simpáticas as inúmeras reacções de decepção após a indeclinável extinção da Associação Musical das Beiras e do seu braço artístico, a Orquestra Regional
    Filarmonia das Beiras. Instigadoras de alguma inquietação são as reacções dos profissionais da política que souberam da existência da orquestra nos últimos dias, apenas porque foi matéria incontornável da agendazinha política do nosso município, e dos que sempre trocaram as idas aos concertos pelas incursões aos camarotes VIP do Mário Duarte, a não ser, claro, que os mesmos coincidissem com a visita de um ilustre membro do governo. Nesses casos, o protocolo dita regras. E a regra contempla o sacrifício, vulgo frete, o fato domingueiro e a pose de estado.
    Esta espécie de eutanásia cultural, a que foi subjugada a Filarmonia, é mais uma vez a demonstração de que as Câmaras Municipais, a governação em geral não quer saber da cultura para nada. Repito, para nada. O que interessa é a bola. Ponto final.
    Não resisto reportar-me às declarações proferidas por um extraordinário maestro, que um dia caracterizou a AMB como «uma ideia brilhante, uma bandeira política, hasteada por uma dúzia de provincianos».

    De Anonymous Anónimo, em novembro 02, 2004 1:51 da tarde  
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