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terça-feira, novembro 02, 2004

Decisão 2004

De quatro em quatro anos, na terça-feira a seguir à primeira segunda-feira de Novembro, milhões de cidadãos americanos vão a votos para eleger, entre outros, o presidente e o vice-presidente do país. Mas os resultados do voto popular não são garantidos, pois é o Colégio Eleitoral quem finalmente decide. Este controverso mecanismo foi criado na sequência de opiniões divergentes dos políticos, uns partidários do sufrágio directo e outros que achavam que deveria ser o Congresso a eleger o presidente.

Em função da respectiva população, cada Estado elege uma parte dos 538 delegados ou Grandes Eleitores do Colégio Eleitoral, os quais na segunda-feira a seguir à segunda quarta-feira de Dezembro se reúnem nas respectivas capitais de Estado para eleger o presidente e o vice-presidente. Estes votos são então selados e enviados ao presidente do Senado que, no dia 6 de Janeiro, os abre e anuncia na presença dos membros do Congresso. O vencedor deverá prestar juramento na tarde de 20 de Janeiro.

Este ano, os sete Estados com maior número de Grandes Eleitores são: Califórnia (55), Texas (34), Nova York (31), Flórida (27), Illinois e Pensilvânia (21, cada) e Ohio (20). Na maioria das eleições, os Grandes Eleitores votam no candidato que obteve o maior número de votos no Estado que representam. No entanto, houve alturas em que os Grandes Eleitores votaram contrariamente ao voto popular, o que, segundo a Constituição americana, é perfeitamente legal. Neste caso, estamos perante os chamados “Faithless Electors” (“Eleitores Desleais”).

Até agora, por quatro vezes, o presidente eleito não foi aquele que obteve o maior número de votos populares. Em 1824, Andrew Jackson foi batido por John Quincy Adams, apesar de ter tido 38.000 votos a mais. A eleição de Adams foi decidida pela Câmara dos Representantes. Em 1876, Rutherford B. Hayes conseguiu um Grande Eleitor a mais do que o seu adversário Samuel J. Tilden, apesar deste ter tido a maioria dos votos, com uma diferença de 264.000. Em 1888, foi a vez de Benjamin Harrison perder o voto popular por 96.000, contra Grover Clevland, mas, pelo facto de ter conseguido mais 65 Grandes Eleitores, foi eleito presidente. Finalmente, está na memória de todos nós, a vitória de George W. Bush em 2000, apesar de ter tido menos 537.179 votos que Al Gore. Bush conseguiu 271 votos dos Grandes Eleitores, contra os 266 de Gore.

Hoje, para ganhar as eleições, um dos candidatos deverá receber, pelo menos, 270 dos 538 votos. Caso contrário, a decisão será tomada pela Câmara dos Representantes. Actualmente, os republicanos contam com 229 membros na Câmara dos Representantes, contra 205 dos democratas e um independente.

:: enviado por JAM :: 11/02/2004 01:13:00 da manhã :: início ::
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