sexta-feira, novembro 19, 2004
À fogueira...
Sempre me têm impressionado aquelas imagens da Alemanha nazi em que a barbárie se aquecia em redor de fogueiras de livros. Livros, ou homens, devem ser consumidos por outros fogos, o da criação, da imaginação, do progresso. São muitas as fogueiras que hoje ardem por todo o mundo, mas para mim, só quero essas que na lareira me aquecem os pés.
Vem isto a propósito de ter encontrado ontem, na rua, um amigo a quem nunca tinha apertado a mão. Violinista, búlgaro, trouxe desse país no som do seu violino, a beleza da música, a dádiva de uma vida de trabalho. Apertei-lhe a mão e disse obrigado. Que hei-de fazer? Ao ouvir um concerto, mantenho a presunção de pensar que todos aqueles homens e mulheres passaram a vida a praticar expressamente para mim. Manias...
Não há ninguém por aí que se revolte com a extinção da Filarmonia das Beiras? Ou será que o que as beiras merecem mesmo é só a linha?
Vem isto a propósito de ter encontrado ontem, na rua, um amigo a quem nunca tinha apertado a mão. Violinista, búlgaro, trouxe desse país no som do seu violino, a beleza da música, a dádiva de uma vida de trabalho. Apertei-lhe a mão e disse obrigado. Que hei-de fazer? Ao ouvir um concerto, mantenho a presunção de pensar que todos aqueles homens e mulheres passaram a vida a praticar expressamente para mim. Manias...
Não há ninguém por aí que se revolte com a extinção da Filarmonia das Beiras? Ou será que o que as beiras merecem mesmo é só a linha?
:: enviado por RC :: 11/19/2004 08:42:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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à fogueira, só com licor beirão. não sei porquê mas acho piada ao reclame. (langage dos anos 60, miguinhos, a condizer com a coisa). bye-bye!De , em novembro 22, 2004 12:18 da tarde