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quinta-feira, março 03, 2005

Liberalismo, mas non tropo!

Beja Santos, assessor principal do Instituto do Consumidor, defendeu há dias, numa conferência sobre a “Solidariedade dos consumidores e responsabilidades dos agentes económicos”, que, se pretendemos uma globalização positiva e centrada em cuidar do futuro, há três mudanças que têm de ser operadas: primeiro, uma legislação que estimule a criação de instituições financeiras éticas; segundo, as autarquias devem apoiar o comércio justo através das compras públicas e, em terceiro, o reforço da rede da sociedade civil, para, em diálogo com o Conselho Nacional do Desenvolvimento Sustentável, aproveitar a onda de cooperativas de consumidores, apoio de grupos paroquiais e de lojas de produtos biológicos ou de artesanato.
O liberalismo é a ideologia da liberdade. Para os liberais, a liberdade é o valor supremo, em que tudo é permitido. Se ninguém me pode impedir de fazer o que quero, então sou livre. Defendem portanto, uma redução da acção do Estado na economia como forma de garantir essa liberdade e, ao mesmo tempo, acabar com os défices públicos, balanças comerciais negativas e inflação.
Se é assim, então algo falhou em países, como a Grã-Bretanha, onde os presidentes das empresas ganham 478 vezes mais do que os seus trabalhadores. Algo falhou em países, como a Alemanha e a França, onde a taxa de desemprego atingiu os valores inaceitáveis de 12,6 e 10 por cento...
A natureza humana é assim mesmo. Mas, sob a capa da liberdade não podemos eliminar as acções de regulação e o motor da solidariedade e da defesa dos mais fracos, que só o Estado poderá garantir.

:: enviado por JAM :: 3/03/2005 10:56:00 da manhã :: início ::
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