Tenho vindo a fazer aqui a minha análise da Constituição Europeia. Desde já agradeço a todos os que manifestaram apreço pela iniciativa, estivessem a favor ou contra o TCE (sobre os que enviaram só insultos, não me pronuncio). Li o texto na totalidade (não há sono que resista a meia dúzia de cafés) e tenho as minhas notas. O que não tenho é um texto “formal” sobre os capítulos que ainda faltavam tratar: Defesa, Política Externa, Ambiente e, sobretudo, Política Económica que guardei para o fim.
Como todos sabem, dois países votaram contra esta Constituição. Não sei se a Constituição está morta – como diz Junker, não sou médico – mas tenho a certeza que está num coma profundo. Como não gosto de fazer nada “para o boneco” e o assunto é enfadonho, decidi fazer uma pausa e ver o que é que isto dá. Pelo menos até ao Conselho Europeu de 16/17 de Junho. Desconfio que voltarei ao assunto. Ou me engano muito ou vão tentar fazer passar o texto de qualquer maneira.
Reconheço que a Constituição teve o mérito de pôr as pessoas a discutir os assuntos europeus e penso que esta discussão deve prosseguir. Em consequência, vou continuar a dar a minha opinião sobre assuntos da UE, mas de uma forma mais desligada do texto da Constituição e mais abrangente (adoro esta palavra. Desde que ouvi o Vitor Constâncio pronunciá-la, a propósito das políticas de combate ao défice, que andava à procura de um pretexto para a utilizar no Blog)