sábado, junho 04, 2005
Os Milagres
Na realidade o nosso país de Fátima e da bruxa da Meia-Via é fértil nestes milagres da multiplicação dos pães e da transformação da água em vinho.
O Banco de Portugal guarda para si os milagres económicos que nega a todos os outros portugueses.
Então funções exercidas durante seis anos podem permitir financiar uma reforma de oito mil euros/mês durante trinta anos?
Como faz o Banco de Portugal este milagre?
Como é financiado este subsistema de reforma?
É que em democracia os milagres são para todos...
Confesso que é um assunto que me tira do sério. Então quarenta anos de trabalho de uns não chegam para uma reforma e os seis de outros já são suficientes?
É esta variabilidade do que deveriam ser constantes que nos faz crer que a economia parece ser mais uma arte do que convém do que uma ciência...
É a velha história do já-cá-canta-o-meu e os outros que chupem no dedo!
O Banco de Portugal guarda para si os milagres económicos que nega a todos os outros portugueses.
Então funções exercidas durante seis anos podem permitir financiar uma reforma de oito mil euros/mês durante trinta anos?
Como faz o Banco de Portugal este milagre?
Como é financiado este subsistema de reforma?
É que em democracia os milagres são para todos...
Confesso que é um assunto que me tira do sério. Então quarenta anos de trabalho de uns não chegam para uma reforma e os seis de outros já são suficientes?
É esta variabilidade do que deveriam ser constantes que nos faz crer que a economia parece ser mais uma arte do que convém do que uma ciência...
É a velha história do já-cá-canta-o-meu e os outros que chupem no dedo!
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in http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=544972
Em época de crise, a austeridade não chega ao Governo. O ministro das Finanças recebe uma reforma de oito mil euros por mês (mil e seis contos), por ter estado apenas seis anos no Banco de Portugal. Como se isso não bastasse, Luís Campos e Cunha acumula a reforma com o ordenado de ministro, num total de cerca de 14 mil euros mensais (três mil contos).
Entre 1996 e 2002, Luís Campos e Cunha foi vice-governador do Banco de Portugal. Foram seis anos de funções que deram, ao ministro das Finanças, direito a uma pensão de reforma de oito mil euros mensais, ou seja, cerca de mil e seiscentos contos por mês.
Luís Campos e Cunha recebe a pensão a que tem direito desde que saiu do Banco de Portugal e não abdicou dela quando, em Março deste ano, entrou para o Governo.
Enquanto ministro de Estado e das Finanças, Campos e Cunha recebe um salário de cerca de sete mil euros, o que dá cerca de mil e 500 contos por mês. Tudo isto, sem contar com ajudas de custo e despesas de representação.
Contas feitas, e uma vez que o ministro acumula a pensão como o ordenado, Campos e Cunha recebe por mês 14 908 euros, logo cerca de três mil contos mensais.
Contactado pela TVI, o ministro de Estado e das Finanças declarou que cumpre integralmente e rigorosamente a lei. Campos e Cunha diz que receber a pensão é um direito adquirido legal e legítimo. O ministro acrescenta, ainda, que a sua reforma não tem implicações no défice, uma vez que não é paga pela Caixa Geral de Aposentações, nem pela Segurança Social.
No entanto, o que o ministro Campos e Cunha parece esquecer é que não é este o exemplo que José Sócrates diz querer que os políticos dêem, em tempos de crise e austeridade.
Em época de crise, a austeridade não chega ao Governo. O ministro das Finanças recebe uma reforma de oito mil euros por mês (mil e seis contos), por ter estado apenas seis anos no Banco de Portugal. Como se isso não bastasse, Luís Campos e Cunha acumula a reforma com o ordenado de ministro, num total de cerca de 14 mil euros mensais (três mil contos).
Entre 1996 e 2002, Luís Campos e Cunha foi vice-governador do Banco de Portugal. Foram seis anos de funções que deram, ao ministro das Finanças, direito a uma pensão de reforma de oito mil euros mensais, ou seja, cerca de mil e seiscentos contos por mês.
Luís Campos e Cunha recebe a pensão a que tem direito desde que saiu do Banco de Portugal e não abdicou dela quando, em Março deste ano, entrou para o Governo.
Enquanto ministro de Estado e das Finanças, Campos e Cunha recebe um salário de cerca de sete mil euros, o que dá cerca de mil e 500 contos por mês. Tudo isto, sem contar com ajudas de custo e despesas de representação.
Contas feitas, e uma vez que o ministro acumula a pensão como o ordenado, Campos e Cunha recebe por mês 14 908 euros, logo cerca de três mil contos mensais.
Contactado pela TVI, o ministro de Estado e das Finanças declarou que cumpre integralmente e rigorosamente a lei. Campos e Cunha diz que receber a pensão é um direito adquirido legal e legítimo. O ministro acrescenta, ainda, que a sua reforma não tem implicações no défice, uma vez que não é paga pela Caixa Geral de Aposentações, nem pela Segurança Social.
No entanto, o que o ministro Campos e Cunha parece esquecer é que não é este o exemplo que José Sócrates diz querer que os políticos dêem, em tempos de crise e austeridade.
:: enviado por RC :: 6/04/2005 11:29:00 da manhã :: início ::
2 comentário(s):
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Recuando no tempo,ao dia das eleições.De , em junho 04, 2005 2:37 da tarde
Foi dito, e eu subescrevi, que estávamos perante um "dois em um" eleitoral.A par de duas vitórias(derrota esmagadora do PPD e subida do PC)aparecia uma derrota que nos iria trazer amargos de boca:a maioria absoluta do P.ex-Socialista.
Aí está ... e o que mais se verá!!!
Preparemo-nos para o salazarismo sem Salazar!!! -
O "Causa Nossa" está muito calado. Desde 5ª feira que só pensam no jantar. Porque será?De , em junho 04, 2005 2:40 da tarde