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domingo, julho 24, 2005

Ajudar a desgraça

O pior que pode acontecer-nos quando sobre nós actua uma mão negra, é ter as nossas engessadas. A má sorte pode bater-nos à porta em qualquer altura, mas não vale a pena favorecê-la: ela basta-se de sobra para nos tornar mais infelizes. A falta de previsão e o abandono das acções de vigilância acompanham com frequência as desgraças e talvez por isso se diga que uma desgraça nunca vem só.
Os serviços secretos britânicos, por exemplo, baixaram o nível de alerta antiterrorista, um mês antes dos atentados do 7 - J. A Inteligência mostrou assim a sua estupidez ao reduzir as medidas de segurança, com o argumento que esperava apenas ataques “de baixo nível”. Outro exemplo, a região espanhola de Castilla-La Mancha só pediu ajuda quando soube que havia mortos e que o incêndio podia estender-se a outras regiões.
Há acontecimentos funestos inevitáveis, mas há outros que poderiam ser evitados, ou pelo menos atenuados. Tanto na matança londrina, como na catástrofe de Guadalajara, existiram erros políticos apreciáveis. E, como sempre, depois das desgraças acontecerem, sucedem-se também as explicações. As da Scotland Yard e as do imbecil do churrasco que se declara inocente e que disse que ouviu uma explosão.

:: enviado por JAM :: 7/24/2005 11:27:00 da manhã :: início ::
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