domingo, julho 03, 2005

O “tsunami” silencioso

A epidemia da sida é como um tsunami silencioso que ameaça a Ásia, mas o avanço da doença pode ainda ser travado se os governantes tomarem a devida consciência da necessidade premente de tomar medidas. Esta é a principal mensagem do congresso internacional sobre a doença, a decorrer até ao próximo dia 5 em Kobe, no Japão.
De acordo com as estatísticas mundiais, um quarto das primo-infecções – o primeiro contacto do vírus VIH com o organismo – produz-se na Ásia e 1500 doentes morrem diariamente nesta parte do mundo. Na China, o país mais povoado do planeta, nenhuma província escapa ao vírus da imunodeficiência humana e a Índia figura, a seguir à África do Sul, no segundo lugar das nações com o maior número de seropositivos, em valor absoluto.
Só que falta a vontade política para combater a doença pela quase totalidade dos governos da região, apesar das consequências dramáticas que poderão advir da pandemia em termos de vidas humanas e de desenvolvimento. Em vinte anos, ficou bem claro de que forma a sida pode destruir lares e mergulhar famílias inteiras na pobreza.