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quinta-feira, julho 07, 2005

Terrorismo

O terrorismo é um flagelo actual.
Muitas vezes ligado a nacionalismos (ETA, IRA, separatistas corsos, separatistas tchetchenos, palestinianos, etc) e, nestes casos, localizado.
Noutros casos, o chamado terrorismo global, ligado a “causas” mais universalistas, como é o caso do terrorismo da autoria dos fundamentalistas religiosos.
Uns e outros são um flagelo quando actuam às cegas, nas ruas, dentro dos transportes colectivos, indiscriminadamente, matando e estropiando inocentes cujo único pecado/crime foi estar no lugar errado na altura errada. Este terrorismo é inaceitável, não há nada que o possa justificar, NADA!
Mas, atenção, este fenómeno é mais complexo do que parece e, assim sendo, é conveniente não nos deixarmos levar só pela emoção. A primeira reacção das pessoas a estes atentados é pedir/exigir aos governos mais segurança. E há governos que esfregam as mãos de contentes ao ouvirem esse grito cidadão de revolta cega. O reforço do Estado implica o condicionamento, quando não a supressão, de liberdades e direitos cívicos até aí consagrados na lei e mais ou menos respeitados. Lembram-se do que aconteceu nos Estados Unidos após o 11 de Setembro, não? Vejam lá se o WC Bush não apareceu já hoje nas TVs a falar do seu empenho na continuação da “guerra ao terrorismo”…
Assim, e pelo menos OBJECTIVAMENTE, o terrorismo aproveita também ao poder estabelecido. E digo “também” embora, neste caso do “terrorismo global”, duvide que estes ataques indiscriminados tragam alguma vantagem, seja ela bélica, moral ou económica, a quem os reivindica.

:: enviado por Manolo :: 7/07/2005 11:02:00 da tarde :: início ::
3 comentário(s):
  • Será essa a vitória do terrorismo.
    Levar-nos, em nome da segurança, a aceitar que as nossas liberdades sejam coarctadas

    De Anonymous Anónimo, em julho 08, 2005 12:26 da tarde  
  • Permita-me discordar da afirmação - o terrorismo é um flagelo actual.
    A 6 de Outubro de 1976,um avião da Companhia Cubana de Aviação foi destruido em pleno voo devido ao rebentamento de uma bomba colocada a bordo, morrendo 73 pessoas,entre as quais uma equipa juvenil cubana de esgrima.
    Conhecem-se os autores materiais que actuaram a mando de Posada Carriles e Orlando Bosch.
    Posada Carriles está nos U.S.A. e nunca foi julgado nem extraditado.
    Foi há 29 anos e... infelizmente, fez escola!!!

    De Anonymous Anónimo, em julho 08, 2005 7:43 da tarde  
  • Caro Pedregulho:
    Será essa a vitória do terrorismo e de todos (Estados incluidos) os que com ele ganham alguma coisa se nós deixarmos.

    Caro J. A.:
    Concordo: o terrorismo é um flagelo, ponto final. Esse caso - que eu não conhecia - só me faz suspeitar mais ainda da conivência e/ou cumplicidade de alguns Estados com o terror privado.

    De Blogger Manolo, em julho 10, 2005 8:21 da tarde  
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