sexta-feira, setembro 16, 2005
A Europa e a nova realidade climática
Segundo o jornal, o futuro anuncia-se mais quente e mais tempestuoso. Inúmeros sinais são incontestáveis quanto à efectividade do aquecimento global: o acréscimo da mortalidade estival devida às vagas de calor na Europa, a migração de certas algas tóxicas para o Norte ou de peixes tropicais para o Mediterrâneo. Mesmo os incêndios em Portugal se explicam, em parte, pela desertificação da Península Ibérica, igualmente marca do aquecimento global.
É certo que é difícil ligar uma inundação, um incêndio ou a propagação de uma doença ao aquecimento climático, dado que, entre outros factores, as temperaturas variam todos os anos. Mas o número médio das catástrofes climáticas nos anos 1990 foi duas vezes superior ao da década anterior, segundo a Agência Europeia do Ambiente.
Os países europeus já começaram a adaptar-se às mudanças: os agricultores franceses utilizam culturas mais resistentes ao calor; as estações de esqui austríacas estão a desenvolver o turismo de Verão; o metro de Copenhaga fez levantar todas as estruturas de meio metro, para prevenir os efeitos duma subida do nível do mar nos próximos 100 anos...
O facto é que as provas do aquecimento climático são irrefutáveis e a quase totalidade dos cientistas acredita que isso foi produzido – ou amplamente acelerado – pelos gases associados à industrialização.
:: enviado por JAM :: 9/16/2005 01:32:00 da tarde ::

