BRITEIROS: A Europa e a nova realidade climática <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, setembro 16, 2005

A Europa e a nova realidade climática

Após duas semanas de posts na blogosfera mundial sobre a tese do anti-americanismo e da relação entre os furacões e o aquecimento global, com manifesta repercussão entre nós, sobretudo aqui e aqui, o jornal americano publicado em Paris, International Herald Tribune, lança as suas achas para a fogueira, anunciando que um aquecimento irreversível já começou e vai durar um século, apesar das limitações impostas pelo protocolo de Quioto.
Segundo o jornal, o futuro anuncia-se mais quente e mais tempestuoso. Inúmeros sinais são incontestáveis quanto à efectividade do aquecimento global: o acréscimo da mortalidade estival devida às vagas de calor na Europa, a migração de certas algas tóxicas para o Norte ou de peixes tropicais para o Mediterrâneo. Mesmo os incêndios em Portugal se explicam, em parte, pela desertificação da Península Ibérica, igualmente marca do aquecimento global.
É certo que é difícil ligar uma inundação, um incêndio ou a propagação de uma doença ao aquecimento climático, dado que, entre outros factores, as temperaturas variam todos os anos. Mas o número médio das catástrofes climáticas nos anos 1990 foi duas vezes superior ao da década anterior, segundo a Agência Europeia do Ambiente.
Os países europeus já começaram a adaptar-se às mudanças: os agricultores franceses utilizam culturas mais resistentes ao calor; as estações de esqui austríacas estão a desenvolver o turismo de Verão; o metro de Copenhaga fez levantar todas as estruturas de meio metro, para prevenir os efeitos duma subida do nível do mar nos próximos 100 anos...
O facto é que as provas do aquecimento climático são irrefutáveis e a quase totalidade dos cientistas acredita que isso foi produzido – ou amplamente acelerado – pelos gases associados à industrialização.

:: enviado por JAM :: 9/16/2005 01:32:00 da tarde :: início ::
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