domingo, setembro 11, 2005
A mala nuclear de Bin Laden
Se 11 de Setembro ficou sinónimo de terrorismo, não é impossível que terrorismo venha um dia a condizer com arma nuclear. As apreensões dos especialistas que o afirmam baseiam-se em muito mais do que meras conjecturas. Basta olhar para a ex-URSS, onde são guardadas – mal – grandes quantidades de plutónio. Basta olhar para o aumento em potência do terrorismo islâmico. Basta olhar para o Paquistão, que para além de potência nuclear, constitui um fornilho de agitação islamista.
Milhares de morteiros e minas nucleares, fabricados no tempo da guerra fria, que deveriam ter sido destruídos na sequência dos acordos de eliminação das armas tácticas, continuam a existir. A máfia, um dos sectores mais dinâmicos da economia russa, há muito que espreitou essa ocasião de ganhar dinheiro. Através dos contactos que mantém com militares, tenta regularmente escoar plutónio ou detonadores de armas nucleares numa espécie de mercado negro internacional.
Em Julho de 2001, em Paris, três homens foram apanhados com uma amostra de algumas gramas de urânio enriquecido proveniente dos stocks russos e destinado a servir de isco a uma transacção de grande envergadura. Na maior parte das vezes, é em Viena que os mafiosos russos propõem os produtos que têm em stock. Em dez anos, foram apreendidos cerca de quarenta quilos.
Depois do que vimos no 11 de Setembro de 2001, não é preciso muita imaginação para conceber qualquer coisa muito pior: um 11 de Setembro nuclear. Um jornalista paquistanês, Hamid Mir, afirma ter-se cruzado, em 1998, no Afeganistão, na antecâmara de Bin Laden, com um sábio nuclear ucraniano, que alguns meses antes de ter fugido, em 2001, lhe confidenciou que possuía armas nucleares. Tratar-se-ia de uma pequena “mala nuclear”, com o aspecto duma mochila, contendo um pequeno engenho nuclear em miniatura.
Os americanos e os soviéticos fabricaram esse tipo de “malas nucleares”. Das soviéticas, algumas desapareceram. Até hoje, Bin Laden não foi encontrado. E a mala nuclear, que lhe terá pertencido, também não.
:: enviado por JAM :: 9/11/2005 09:29:00 da manhã :: início ::