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terça-feira, novembro 28, 2006

Israel e o lobo

Amparando-se num princípio característico dos processos inquisitoriais, nos quais a responsabilidade dos pais recai sobre os filhos, ou a dos filhos sobre os pais, como sucede neste caso, Israel tem vindo a executar, contra as famílias dos terroristas suicidas e os seus bens, o castigo que estes, com a sua morte, não poderiam receber. Nos últimos tempos, a destruição estendeu-se, para além disso, às casas a partir das quais, segundo o exército israelita, foram lançados mísseis ― mais de uma centena, nas últimas semanas ― contra os colonatos e as populações do outro lado da linha verde.
Graças ao Comité contra a Demolição de Casas, e graças à reacção de alguns israelitas como Jeff Halper, é possível compreender melhor o que está em jogo: denunciar a desumana crueldade deste tipo de sanções que, além da flagrante violação das Convenções de Genebra, nada tem a ver com a justificação dos atentados suicidas, nem dos ataques contra as populações civis, quer elas se encontrem de um lado ou do outro da fronteira.
Executar um castigo bárbaro em resposta a um crime bárbaro não é um acto de justiça, mas sim a generalização da barbárie.

José María Ridao, El País, 27 de Novembro. O artigo integral, aqui.


:: enviado por JAM :: 11/28/2006 07:49:00 da tarde :: início ::
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