segunda-feira, maio 07, 2007
NÃO HÁ CENSURA? UMA OVA!!!
Não calam a voz do PCP!Domingo, 06 Maio 2007
"A RTP vai emitir na próxima segunda-feira mais uma edição do programa “Prós e Contras” sob o tema “Choque de valores”, onde anuncia a discussão de um conjunto de elementos de grande actualidade política e ideológica, nomeadamente as eleições presidências em França e as regionais na Madeira, a situação na Câmara Municipal de Lisboa e as eleições que em breve ocorrerão, o que distingue a Esquerda da Direita, entre outros.Para o painel de convidados está anunciada a presença do último candidato presidencial do PS (Mário Soares), de um ex-presidente do CDS-PP (Adriano Moreira), de um deputado do PSD (Paulo Rangel) e de um dirigente e eurodeputado do BE (Miguel Portas), excluindo de forma inqualificável a presença do PCP, partido que, registe-se, é a terceira força política nacional com representação na Assembleia da República, isto para além das posições e responsabilidades que assume no Concelho de Lisboa e na Região Autónoma da Madeira.
Registe-se também que, após a divulgação pela RTP do conteúdo e do formato do programa, o PCP procurou junto da produção do “Prós e Contras” e da Direcção de Programas da RTP, sugerir a participação de um membro do PCP, hipótese esta que foi cabalmente rejeitada. O Painel de convidados que foi anunciado, não suscita qualquer dúvida quanto à relação entre os presentes e o partido político a que pertencem, pelo que a exclusão do PCP por parte da RTP só pode ser entendida como forma de silenciar e apagar o papel, a reflexão e intervenção dos Comunistas, numa atitude que viola o pluralismo, o rigor, o respeito pelos telespectadores a que qualquer operador de televisão está vinculado, ainda mais no caso da RTP como prestador de serviço público.
O PCP não aceita esta discriminação e amanhã dia 7, irá fazer deslocar para junto das instalações da Casa do Artista, pelas 21 horas, local de onde o programa Prós e Contras será emitido, uma numerosa delegação com o objectivo de participar no programa e expressar o seu veemente protesto perante esta inaceitável exclusão. O PCP desenvolverá ainda um outro conjunto de iniciativas com vista a repor o pluralismo na televisão pública.
Registe-se também que, após a divulgação pela RTP do conteúdo e do formato do programa, o PCP procurou junto da produção do “Prós e Contras” e da Direcção de Programas da RTP, sugerir a participação de um membro do PCP, hipótese esta que foi cabalmente rejeitada. O Painel de convidados que foi anunciado, não suscita qualquer dúvida quanto à relação entre os presentes e o partido político a que pertencem, pelo que a exclusão do PCP por parte da RTP só pode ser entendida como forma de silenciar e apagar o papel, a reflexão e intervenção dos Comunistas, numa atitude que viola o pluralismo, o rigor, o respeito pelos telespectadores a que qualquer operador de televisão está vinculado, ainda mais no caso da RTP como prestador de serviço público.
O PCP não aceita esta discriminação e amanhã dia 7, irá fazer deslocar para junto das instalações da Casa do Artista, pelas 21 horas, local de onde o programa Prós e Contras será emitido, uma numerosa delegação com o objectivo de participar no programa e expressar o seu veemente protesto perante esta inaceitável exclusão. O PCP desenvolverá ainda um outro conjunto de iniciativas com vista a repor o pluralismo na televisão pública.
O Gabinete de Imprensa do PCP"
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Se algo mais é necessário para provar que, em Portugal, a falta de democracia só é ultrapassada pela carência da mesma, aqui está o exemplo acabado do conceito "democrático" da súcia que comanda a comunicação social neste País!!!
Triste País, o nosso, em que vivemos amordaçados!!!
:: enviado por ja :: 5/07/2007 01:59:00 da tarde :: início ::
6 comentário(s):
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É de facto escandaloso.De , em maio 07, 2007 8:37 da tarde
O PCP tem toda a razão em considera-se discriminado por ter sido excluído dessa forma totalmente inqualificável do programa do canal público nacional.
Só é pena que muitos daqueles que agora condenam esse ignóbil acto de censura achem normal e não se escandalizem quando exactamente esses mesmos actos são praticados... em Cuba!!!
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Então a RTP convida anteriores e actuais líderes dos partidos que estão no 1º, 2º, 4º e 5º lugares em termos de representação parlamentar e omite o que está no 3º lugar e este falso homónimo o mais que entende dizer é que quem protesta só teria razão se protestasse contra esses mesmos actos que são praticados em Cuba?De , em maio 08, 2007 4:34 da tarde
É pena o falso homónimo não perceber nada do sistema constitucional Cubano – e nem seria difícil, numa busca do google encontra lá a Constituição Cubana – e vir assim ao arrepio de toda a lógica avalizar a abusiva e recorrente atitude da RTP.
E é pena também que ache que os comunistas portugueses tenham que responder pelo que outros fazem em questões de política interna (e que só a eles dizem respeito), mas já não exija a qualquer outro partido que respondam pelo que o grande vizinho de Cuba faz no próprio solo cubano em questões de política externa e à margem da legalidade internacional (Prisão de Guantánamo). E lembro-lhe que foram e são cúmplices deste campo de concentração e/ou das barbaridades que lá acontecem os anteriores governos do PSD-PP e o actual do PS.
E dou os parabéns ao JA pelo seu desassombrado texto. -
Oh Margarida! Olhe que não! Olhe que não!...De , em maio 08, 2007 7:45 da tarde
Sabe bem que a Constituição cubana otorga ao PC o controlo total da imprensa.
É certo que reconhece a liberdade de expressão e de imprensa “sempre que ela seja conforme aos fins da sociedade socialista”.
O governo possui e controla todos os órgãos de comunicação e restringe o acesso à Internet.
Até os jornalistas estrangeiros são alvo de vigilância cerrada.
Cuba é um dos países do mundo com mais jornalistas encarcerados.
Pior que Cuba... só a China.
A regras da liberdade e do pluralismo de expressão deveriam ser universais.
Essa foi uma das nossas grandes conquistas do 25 de Abril.
Aqueles que sempre as defenderam para os portugueses deveriam igualmente defendê-las para toda a humanidade.
Sob pena de perderem toda a credibilidade.
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De facto não conhece mesmo a Constituição Cubana pelo que lhe deixo aqui um link onde a pode ler na sua totalidade:De , em maio 08, 2007 10:55 da tarde
http://www.cuba.cu/gobierno/cuba.htm
Descobrirá, se o fizer, que o regime que lá está instituído é diferente daquele pelo qual nos batemos e que está plasmado na Constituição da República Portuguesa. Mas como a discussão é sobre a liberdade de expressão puxo para aqui da Constituição Cubana o seu “artículo 53o.- Se reconoce a los ciudadanos libertad de palabra y prensa conforme a los fines de la sociedad socialista. Las condiciones materiales para su ejercicio están dadas por el hecho de que la prensa, la radio, la televisión, el cine y otros medios de difusión masiva son de propiedad estatal o social y no pueden ser objeto, en ningún caso, de propiedad privada, lo que asegura su uso al servicio exclusivo del pueblo trabajador y del interés de la sociedad. La ley regula el ejercicio de estas libertades.”
Terá que admitir que este artio é substancialmente diferente do da nossa Constituição mas como lhe lembrei antes esta é uma questão de política interna que só a eles dizem respeito, por isso continuo a não perceber porque é que num caso de discriminação do PCP chuta para o lado esquecendo que no Programa do PCP está escrito preto no branco: “A democracia política, embora intimamente articulada com a democracia económica, social e cultural, possui um valor intrínseco, pelo que é necessário salvaguardá-la e assegurá-la como elemento integrante e inalienável da sociedade portuguesa”.
E sobre os “jornalistas” presos em Cuba, presumo que aplique o conceito elástico dos grupos de Miami, que consideram “jornalistas”, mercenários que cozinham uns textos publicados nos on-lines ciáticos. No entanto parece desconhecer que ainda há 15 dias, mais concretamente em 26 de Abril os jornais trouxeram um balanço de 2006 feito pelo IPI onde se declarava: “2006 foi mesmo o ano mais mortífero para os profissionais da comunicação, com cem mortos registados”, tendo quase metade das mortes ocorrido no Iraque, seguindo-se as Filipinas com dez mortos, e o México, com sete jornalistas mortos, e que nem Cuba nem a China figuravam nesta lista macabra. Deixo-lhe o link: http://dn.sapo.pt/2007/04/26/media/2006_o_mais_mortifero_para_jornalist.html
Finalmente, constato que considera que a prisão de Guantánamo, nem uma referência lhe merece. Ai estes freedom fighters de trazer por casa! -
Oh Margarida! Graças a Deus, estamos de acordo!...De , em maio 09, 2007 2:19 da tarde
Primeiro, você escreveu em español, exactamente o mesmo que eu escrevi em português: “Se reconoce a los ciudadanos libertad de palabra y prensa conforme a los fines de la sociedad socialista.” Ora, a RTP aplica exactamente o mesmo princípio, i.e.: "Se reconoce a los ciudadanos libertad de palabra y prensa conforme a los fines de la sociedad neo-liberal".
Depois você diz que no Iraque, nas Filipinas, no México e não sei mais aonde, houve uma data de jornalistas mortos. Mas, Deus meu, quem é que falou em mortos? Eu só disse que os cubanos se limitavam a encarcerá-los...
Quanto a Guantánamo, isso é outra salgalhada. Falaremos disso na próxima vez. Quando tivermos que discutir sobre a América. Ou seja, sobre o tal Diabo que, por onde passa, deixa atrás de si o rasto do enxofre.
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Mas sobre os jornalistas cubanos eu escrevi (não reparou?): “ E sobre os “jornalistas” presos em Cuba, presumo que aplique o conceito elástico dos grupos de Miami, que consideram “jornalistas”, mercenários que cozinham uns textos publicados nos on-lines ciáticos.”De , em maio 09, 2007 7:03 da tarde
É que se fizer uma pesquisa séria não sei se encontrará algum jornalista cubano preso e se eventualmente encontrar descobrirá que ele foi condenado por actos e não por opiniões. É bom que não transponhamos mecanicamente a realidade de um país para outro e que não esqueçamos que de facto Cuba está há mais de quatro décadas em estado de guerra que lhe foi declarada pelo grande vizinho do norte e que por acaso as leis Cubanas sobre segurança interna derivam directamente da que os espanhóis lá deixaram já lá vai um século.
E é bom que não esqueçamos que a guerra que lhe foi declarada além de longa tem sido dispendiosa e que nunca o tal vizinho contou os tostões para levar a água ao seu moinho e que de facto gastam milhões com os mercenários internos, que os há e do qual se têm defendido e vão continuar-se a defenderem-se..
E continua nem a querer falar de Guantánamo nem agora da situação dos jornalistas no mundo, logo quando no 25 de Abril foi o dia mundial salvo erro da liberdade de expressão. E também a não condenar a RTP - supostamente a TV pública - que essa sim tem a obrigação de seguir o preceito constitucional e não a voz do dono, por muito neo-liberal que o governo seja. É que constitucionalmente em Cuba e em Portugal as coisas estão claras, mas cá não cumprem o que tinham obrigação de cumprir. E foi por isso que eu na 2ª feira estive umas horas frente à Casa do Artista a protestar.