BRITEIROS: Senso comum <$BlogRSDUrl$>








quarta-feira, maio 23, 2007

Senso comum

Centenas de cidadãos de Hong Kong pedem ao conselho regulador dos meios de comunicação que classifique a Bíblia como um livro obsceno. Queixam-se dos capítulos que o livro dedica à violência e ao sexo.
Tudo começou com um artigo que apareceu numa revista estudantil em que se perguntava aos leitores se alguma vez tinham fantasiado com incesto ou zoofilia. As autoridades consideraram que o artigo era indecente e vetaram-no. Alguns grupos cristãos aplaudiram a censura do artigo. Ao invés, grupos de estudantes e professores universitários consideraram a medida um atentado à liberdade de expressão, uma liberdade que existe em Hong Kong — mas não no resto da China — graças aos acordos assinados por Pequim como condição para a devolução da colónia pela Grã-Bretanha.
De modo que os que estavam contra a censura do artigo resolveram dizer que, se o proibiam por ser indecente, com mais motivos deveriam proibir a Bíblia. Para melhor explicarem até que ponto a Bíblia contém capítulos impúdicos, criaram um site e afixaram nele extractos do livro. Ao abrigo das leis sobre a obscenidade, exigem que seja proibida a leitura da Bíblia a menores de 18 anos, que cada Bíblia tenha na capa um aviso advertindo para o seu carácter pornográfico e que seja vendida num invólucro transparente para que não possa ser folheada nas livrarias.
Mas o organismo hongkonguense regulador dos media diz que a proibição não é fácil porque “se trata de um texto religioso que faz parte da civilização”. A Reuters pediu a opinião de um reverendo protestante chinês, que explicou porque é que a Bíblia não deve ser proibida: “O facto de aparecerem nele cenas de violações não quer dizer que o livro promova esse tipo de actividades. Trata-se do senso comum.”

:: enviado por JAM :: 5/23/2007 09:33:00 da tarde :: início ::
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