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quarta-feira, julho 11, 2007

Rien ne va plus no PS francês

A guerra dos chefes do PS e a falta de perspectivas à esquerda faz com que cada vez mais eminentes socialistas cedam aos cantos das sereias sarkozianas e tentem apanhar todas as migalhas de poder que o astuto presidente achar por bem conceder-lhes. Depois de Kouchner, Védrine e Lang, foi a vez de Strauss-Kahn aceitar o seu presente envenenado. Realmente, com Strauss-Kahn em Washington, o PS perde a possibilidade de poder reformar-se num verdadeiro partido social-democrata. É mais um golpe de mestre de Sarkozy, apostado em afastar do partido todos aqueles que poderiam de algum modo contribuir utilmente para a sua refundação. Agora, quer ganhe Ségolène — demasiado incompetente — quer ganhem os “esquerdistas” — demasiado arcaicos — Sarko tem praticamente assegurada a sua reeleição em 2012.
Nesta bulimia de limpar todo o espaço político à sua volta, Sarkozy não perde tempo. Depressa ficarão só os submissos. Mas os efeitos colaterais poderão ser extremamente perigosos. Para além de semear o desalento entre militantes e eleitores socialistas, esta limpeza política da esquerda contribui para dar crédito à ideia que todos os políticos são iguais e que o que todos eles querem é tacho. Afinal não há diferenças entre Sarkozy e os socialistas. E este sentimento tão crítico para com a classe política só pode ser prejudicial para a democracia.

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:: enviado por JAM :: 7/11/2007 12:46:00 da manhã :: início ::
1 comentário(s):
  • Em França ainda foi um tipo da direita a fazer essa vassourada ao campo inimigo. Cá em Portugal, como não há Sarko, foi o próprio PS que mandou para as gaiolas douradas os potenciais opositores. Bem disse o Sarkozy que se os socialistas franceses fossem como Sócrates não lhe restaria espaço político...

    De Anonymous Anónimo, em julho 11, 2007 1:05 da manhã  
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