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domingo, julho 08, 2007

FMI: a história repete-se

Ao contrário do penoso episódio Wolfowitz, bastante prolongado, a demissão do director geral do Fundo Monetário Internacional, Rodrigo Rato, dois anos antes do termo do mandato, constitui uma verdadeira surpresa. Tal como foi surpresa a sua nomeação em 2004, na sequência da derrota eleitoral do PP de José María Aznar. Como se uma rejeição popular pudesse abrir as portas da direcção de uma das maiores instituições mundiais.
Decididamente, esse posto parece-se cada vez mais com um assento ejectável que o próprio piloto não hesita em accionar. Em 2004, o alemão Horst Köhler surpreendeu o mundo económico ao apresentar a demissão do FMI para assumir a presidência da Alemanha. Em 2000, a saída extemporânea do francês Michel Camdessus foi uma consequência da grave crise do Sudoeste asiático: vale a pena lembrar que o FMI tinha então acorrido em socorro dos credores que haviam realizado investimentos desastrosos, impondo medidas económicas que levaram ao desemprego mais de 20 milhões de pessoas.
Tal como o Banco Mundial, o FMI atravessa uma grave crise de legitimidade. Os direitos de voto e as quotas-partes dos países membros deixaram de corresponder à realidade da economia mundial e Rodrigo Rato não conseguiu fazer avançar o seu projecto de modernização que pretendia atenuar a situação.

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:: enviado por JAM :: 7/08/2007 10:26:00 da manhã :: início ::
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