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sexta-feira, dezembro 17, 2004

Está dado o mote para a campanha

Ouvi hoje, no jornal da tarde, Paulo Portas a dizer: Se eu fosse ao Eng. Sócrates, preocupava-me mais em dizer ao país o que quer, e talvez fosse um bocadinho menos triunfalista. Portas pode ser um péssimo marinheiro de água doce, no governo, mas é um óptimo lobo do mar, em campanhas eleitorais, e vai saber explorar ao milímetro as lacunas do discurso do líder socialista. Os seus argumentos são irrefutáveis quando afirma que uma campanha deve ser baseada nos quadros e nas medidas concretas, que os portugueses possam ajuizar.
Sócrates tem passado o tempo a dizer: Dêem-me a maioria absoluta. Quero uma maioria absoluta. Ora, neste aspecto, a adesão política é como o amor: não se pede, conquista-se! Aos portugueses não basta saber que qualquer governo do PS é sempre melhor do que o melhor de qualquer governo de Santana. É verdade, mas não chega.
Sócrates, até agora, só soube dizer mal do governo. Na sua ânsia de dizer sistematicamente mal, até quando se discutia a redução do IRS, esteve contra, sem nenhuma necessidade, pois ninguém acredita que na prática essa redução se pudesse vir a concretizar.
Se quiser alcançar a sua tão almejada maioria absoluta, Sócrates vai ter que começar a dizer o que quer e com quem vai trabalhar. E se isso parece fácil de dizer, é muito mais difícil de fazer, num partido em que os boys se acotovelam já na grelha de partida e o programa de acção tarda em surgir da cartola de um Vitorino, erigido à mista condição de mágico e de D. Sebastião salvador dum PS sem rumo.

:: enviado por JAM :: 12/17/2004 06:08:00 da tarde :: início ::
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