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terça-feira, dezembro 07, 2004

Sob o signo da poluição

Milhares de cientistas, políticos e especialistas de 170 países estão reunidos desde ontem em Buenos Aires, para discutir o clima do planeta. O objectivo é preparar as difíceis discussões para uma estratégia a longo prazo de redução para metade das emissões de CO2 até 2050. Só assim se poderá conter a alta das temperaturas a 2°C no máximo.
O impacto do protocolo de Quioto, que a Rússia assinou em 18 de Novembro e que os Estados Unidos continuam a recusar, não vai ser suficiente para atingir esse objectivo. O protocolo de Quioto, que entrará em vigor em Fevereiro, não foi mais do que a maneira dos países mais ricos e industrializados reconhecerem a sua culpa no aquecimento constatado após a revolução industrial. A Austrália e, sobretudo, os Estados Unidos recusam essa culpa e exigem que os países em desenvolvimento sejam igualmente implicados. Washington vai mesmo ao ponto de contradizer os relatórios oficiais, negando a realidade do aquecimento global.
A recusa americana será sem dúvida o principal obstáculo às discussões. Todos os países emissores de gases com efeito de estufa, incluindo a Índia, a China e o Brasil, que ainda se encontram do lado dos países em desenvolvimento, deverão tentar elaborar uma estratégia para o pós-2012, data limite do protocolo de Quioto, sem se deixarem envolver num novo confronto Norte-Sul. O Qatar que preside actualmente o grupo dos países em desenvolvimento (G-77) rejeita qualquer envolvimento do seu grupo, apesar da China ser já o segundo maior poluidor mundial.
A presidência argentina da conferência de Buenos Aires vai certamente ter muito trabalho para fazer entrar nos eixos estes maus alunos da poluição do planeta.

Leia também Está salvo o Protocolo de Quioto.

:: enviado por JAM :: 12/07/2004 01:44:00 da tarde :: início ::
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