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terça-feira, junho 14, 2005

Coragem política

Ao ouvir e ler as noticias das últimas semanas descobri, finalmente, a raiz do mal português: não há coragem política !
Os país arde do Norte ao Sul, como é usual todos os anos, e não há meios para combater os fogos ? é porque não houve coragem política. As contas públicas estão num pântano ? é porque nunca houve coragem política. Há regimes de excepção para reformas em todas as empresas públicas, no Estado, no Parlamento, no Banco de Portugal? é porque faltou coragem política. A Saúde desperdiça milhões e as pessoas não são bem tratadas? Claro! se não há coragem política. A Educação gasta fortunas e os adolescentes não sabem fazer contas nem onde fica nem como se escreve Reykjavik? se tivesse havido coragem política... Os clubes de futebol compram jogadores ao mesmo tempo que têm dividas ao fisco? é a tal coisa da coragem política. A Justiça não funciona? sem coragem política... Os governos têm que nomear milhares de correligionários? é a falta de coragem política.

Procurei no dicionário mas não encontrei nenhuma definição de coragem política. Só a definição de coragem – firmeza de espírito, energia diante do perigo.
Será, então, que estamos condenados a ser governados por medricas ? Não me parece.
Quando vejo um deputado da Nação ameaçar com dois sopapos um matulão que o estorvava no trânsito de Lisboa, acaso lhe faltou firmeza? Quando o Sr. Jardim informou o país que os jornalistas do continente são “fdp”, isto não é energia diante do perigo? Quando o Sr. Menezes desancou nos sulistas, por acaso faltou-lhe valentia? E a Sra. Felgueiras não teve a coragem de escapar do país perseguida pela polícia ? isso não é intrepidez ? quando o Sr. Loureiro diz que não tem medo de ninguém, não está a ser corajoso? Quando o Sr. Isaltino diz que não tem medo da Justiça, não é audaz? E o Sr. Miranda não foi resoluto quando confrontou fisicamente um seu camarada na lota de Matosinhos?
O problema é que nenhum destes portugueses – e tantos outros que a falta de espaço me impede de citar – valentes e audaciosos, teve, alguma vez, a oportunidade de mandar no país. Tivessem-na tido e já não se falaria de coragem política.
Ainda não é demasiado tarde. Se ao menos houvesse coragem política... (e um TGV para chegar mais depressa à fronteira)

:: enviado por U18 Team :: 6/14/2005 10:16:00 da tarde :: início ::
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