BRITEIROS: Um pouco mais a sério I <$BlogRSDUrl$>








quarta-feira, julho 13, 2005

Um pouco mais a sério I

Antes de mais devo dizer que concordo plenamente com o alargamento do horário das instituições escolares, com o fim de furos, com a efectiva capacidade das nossas escolas do ensino básico para assegurarem um dia estruturado aos seus alunos. O ensino de uma segunda língua sempre se me afigurou de primordial importância se quisermos que os nossos filhos possam fruir das oportunidades que a Europa lhes proporciona. Há décadas que esta aprendizagem é assegurada (5 aulas semanais) em sistemas que encontramos na Europa do Norte.

Para começarmos a mudar a nossa realidade, temos que a compreender, que a conhecer e reflectir sobre ela. Não será grande barbaridade se dissermos que as nossas escolas do 2º e 3º ciclos estão neste momento razoavelmente bem servidas do ponto de vista dos imóveis que ocupam.

Já o mesmo não se pode dizer dos imóveis do 1º ciclo. O tempo não sara todas as feridas. E a esperança, nutrida por alguns, de que a diminuição da população escolar nos permitiria ver o problema de falta de salas de aula resolvido com o tempo, saiu gorada. É que esses tão insignes pensadores esqueceram-se que ao mesmo tempo que os alunos diminuíam em número se deslocavam no sentido do litoral. É por isso que, se no Ministério se contabilizarem o número de turmas do país e o número de salas, contabilizando esses números totais, quem não conheça a realidade possa ser levado a pensar que os horários se podem alargar em mais de metade destas escolas. Ora a realidade é que onde estão as salas não há alunos. Daí que a questão não seja uma de má vontade mas sim de exequibilidade. Por outro lado, enquanto os números disponíveis apontam para um ratio de um adulto para cada treze alunos (um para sete nos outros graus de ensino), em média nacional, olhando a realidade, vemos que é bem diferente para a esmagadora maioria das escolas das nossas cidades e vilas onde encontramos a maioria dos nossos alunos, como sardinha em lata, com uma sala de aula para cada duas turmas. E esta situação, uma sala de aula para cada duas turmas, não se verifica em mais nenhum país europeu.
Aliás muito há ainda a dizer sobre as hipócritas lágrimas de crocodilo vertidas a propósito do “parente pobre” do nosso sistema educativo.


É que, enquanto o regime fascista realizou um grande plano de construções escolares para o Primário (Centenários), em perfeito ajuste com os objectivos do regime, a Democracia nem sequer tentou!


:: enviado por RC :: 7/13/2005 08:25:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
  • A Democracia nem sequer tentou!?!
    Alto lá e pare a dança!!!
    A verdade é outra.
    O PS e o PSD não tentaram!!!
    Ou não será?!!!

    De Anonymous Anónimo, em julho 14, 2005 10:12 da tarde  
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