sábado, setembro 24, 2005
Alvíssaras
A Hewlett-Packard (HP) apresentou muito bons resultados para o terceiro trimestre de 2005, em progressão de 10% em relação ao ano passado. Como a cotação das acções em Bolsa já só muito remotamente está relacionada com a saúde das empresas, as acções da HP não têm o valor que os seus dirigentes estimam ser justo – sobretudo para as suas “stock options”. Vai daí utilizaram o único mecanismo legal que permite a subida rápida das cotações : anunciar despedimentos. A HP França é particularmente atingida com 1240 despedimentos dos 5868 previstos na Europa.
Com alguma hipocrisia à mistura, diga-se de passagem, a França pediu à Comissão Europeia para se ocupar do dossier e tentar evitar os despedimentos. A Comissão Europeia é um dos maiores clientes da HP na Europa.
Um dia depois - rapidez pouco habitual na “casa” - a CE veio, pela voz do Sr. Barroso, anunciar que não tinha nada que ver com o assunto.
Dão-se alvíssaras a quem encontrar algo, directamente ligado à vida das pessoas, com a que a Comissão tenha a ver.
Com alguma hipocrisia à mistura, diga-se de passagem, a França pediu à Comissão Europeia para se ocupar do dossier e tentar evitar os despedimentos. A Comissão Europeia é um dos maiores clientes da HP na Europa.
Um dia depois - rapidez pouco habitual na “casa” - a CE veio, pela voz do Sr. Barroso, anunciar que não tinha nada que ver com o assunto.
Dão-se alvíssaras a quem encontrar algo, directamente ligado à vida das pessoas, com a que a Comissão tenha a ver.
:: enviado por U18 Team :: 9/24/2005 07:25:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Fica a anedota do primeiro ministro francês, Villepin, num discurso acalorado a toda a nação, em que, face ao anúncio do despedimento dos mais de 1200 trabalhadores, reclamou da HP o reembolso imediato de todos os subsídios que tinham sido dados pelo Estado francês para a instalação da HP em França.De , em setembro 24, 2005 9:59 da tarde
Resposta do PDG francês da HP :
– “A HP não recebeu nem um tostão de subsídios para se instalar em França”.
E pronto, ficam os pedidos de desculpas e, já que é assim, façam o favor de despedir quem quiserem.