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domingo, novembro 20, 2005

A Espanha, trinta anos depois de Franco

Com a morte de Franco, em 20 de Novembro de 1975, os espanhóis encararam o desconhecido onde pairava o medo do regresso dos seus velhos demónios. Mas, felizmente, a transição democrática foi um sucesso, ajudada pela influência positiva do rei D. Juan Carlos, e hoje a democracia está bem instalada, a tal ponto que até mesmo a ETA parece ter abandonado a ideia de a fazer vacilar.
Problemas, que durante décadas emergiram periodicamente, foram resolvidos, graças à negociação civilizada. Nem mesmo as tradicionais relações Igreja-Estado, impediram a Espanha de se tornar, em certos aspectos, um país de costumes mais brandos que os dos holandeses.
É certo que subsistem as tensões nacionalistas, mas a existência da realidade autonómica tem permitido uma convivência relativamente pacífica, exceptuando o problema basco, cuja solução dissiparia a última das preocupações do governo. Mas as conversações estão em curso, favorecidas pelo voto das Cortes que, em Maio passado, autorizaram o governo a dialogar com a ETA.
Homem de convicções, Zapatero aposta forte. À frente de um governo minoritário, refém das suas alianças com os partidos regionalistas, conseguiu abrir várias frentes ao mesmo tempo, mesmo não dispondo de uma retaguarda que lhe permita resistir serenamente aos virulentos ataques da oposição. Donde resulta um clima de tensão que contrasta com o compromisso da transição e demonstra quão exemplar foi o caminho percorrido pela Espanha nos últimos 30 anos.

:: enviado por JAM :: 11/20/2005 10:41:00 da tarde :: início ::
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