quarta-feira, novembro 23, 2005
Foi assim que tudo começou
Há uma teia reticular de interesses nestas eleições partidárias. O PS mantém considerável poder na sociedade portuguesa. No limite, as transformações de uma estrutura tão complexa como aquela são praticamente impossíveis. O «aparelho» por seu lado, é uma constelação de solidárias moléculas, que se movimentam consoante as vibrações circunstanciais. Isto significa que a «ideologia» não conta. O que, naturalmente, procria novos poderes, nascidos das autarquias, das empresas adstritas, do negócios dos terrenos, das empreitadas, das obras públicas. Ao pôr em causa a presença de Jorge Coelho, na apresentação de Sócrates como candidato, Manuel Alegre desafiou o «aparelho» e foi, de imediato, criticado com agressividade.
Excerto de um artigo profético de Baptista Bastos no Jornal de Negócios de 30 de Julho de 2004, para ler na íntegra e meditar.
:: enviado por JAM :: 11/23/2005 10:53:00 da manhã :: início ::