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terça-feira, dezembro 06, 2005

Os poetas são a consciência nacional

Há países onde a função de refúgio é preenchida pela religião e pelo clero. Há países onde o povo contempla a sua imagem e o seu destino na catarse dos dramas teatrais onde ouve a palavra dos seus lideres políticos. Há países e nações que encontram as suas questões e as suas respostas por intermédio dos seus pensadores mais sensatos. Por vezes os jornalistas e os media desempenham esse papel. Mas nós, e isso deve-se ao nosso espírito nacional, para encontrarmos o nosso preenchimento escolhemos os poetas e fazemos deles os nossos porta-vozes. Os poetas modelam liricamente a nossa consciência nacional e dão uma expressão às nossas aspirações nacionais do passado e continuam a modelar a nossa consciência em cada dia presente. As pessoas habituaram-se a compreender as coisas tal como elas lhes são apresentadas pelos poetas.

Palavras de Jaroslav Seifert, ditas no momento em que recebia o prémio Nobel de literatura em 1984. Poeta verdadeiramente nacional, que encarnou perfeitamente a alma checa, Seifert soube maravilhosamente exprimir os sentimentos mais íntimos, a fuga do tempo, o amor, a ligação à mãe, a Praga, ao seu país...

Vaclav Havel, também ele poeta e dramaturgo que chegou a presidente da República Checa dizia a propósito de Seifert, em 25 de Fevereiro de 1993, numa entrevista ao jornal francês L’Express: “Os nossos escritores foram os portadores da nossa identidade”.

:: enviado por JAM :: 12/06/2005 09:03:00 da manhã :: início ::
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