terça-feira, maio 23, 2006
Espreitadela para a rua
Os tempos não estarão (ainda) de chumbo, mas o ar, lá fora, está a ficar pesado…O mundo está a ficar um lugar perigoso…É certo que, neste nosso (salvo seja) quintal à beira-mar plantado, não nos sentimos (ainda) tão mal como os habitantes de S. Paulo ou de Bagdad, mas a verdade é que, também aqui, embora duma forma mais soft, não se vislumbra o fim desta rampa por onde descemos e descemos…Reparem:Há dias, o jornal “24 horas” anunciava o “regresso em força à politica activa” do finado Torres Couto (esse mesmo, o do Fundo Social Europeu). Quem é que o convocou? A quem é que ele faz falta? Não havia já, em quantidade mais do que suficiente, uma boa colecção de cromos em quem a maioria do bom povo português pode votar (e vota)?
Por seu lado, o defunto sr. Lopes continua a “andar por aí” à espera de uma (outra) oportunidade e, enquanto esta não se perfila no horizonte (enfim, não é fácil ultrapassar o sr. Sócrates pela direita, a não ser que se saia da estrada…), lá lhe arranjaram (mais) um tacho, como consultor, na EDP, presidida agora pelo seu (dele, Santana) ex-ministro das Obras Públicas, António Mexia.
Há ainda o professor Carrilho, distinto académico, brilhante filósofo, e (last but not the least) promissor politico, que, agora que já ninguém se lembrava das últimas autárquicas, se lembrou ele de publicar um livro sobre as de Lisboa (que, tê-las ganho o ele ou o esquece-me-o-nome que as ganhou é perfeitamente indiferente porque, no fundo, ambos sacrificam aos mesmos deuses e, mais coisa menos coisa, tudo vai dar no mesmo). Como quem não aparece, esquece, aí o temos na capa do livrinho dele (uma foto do tamanho da capa) e temo-lo tido ultimamente nos vários órgãos da comunicação social a tentar explicar aos iletrados que nós somos todos que perdeu as eleições contra um adversário fraco porque houve uma cabala contra ele. Ontem, na RTP, no “Prós e Contras”, estatelou-se definitivamente. Este auto-intitulado paladino da democracia também quer “fazer coisas” na politica, eventualmente até vir a ser primeiro-ministro. Primeira medida a tomar: acabar com a liberdade de expressão?
:: enviado por Manolo :: 5/23/2006 09:09:00 da tarde :: início ::