sexta-feira, julho 21, 2006
O (muito) Próximo Oriente
Segundo as opiniões, Israel é um estado terrorista que oprime e mata os pobres palestinianos (e agora os libaneses) que são um povo pacifico e desejoso de viver em paz, ou então são os palestinianos que são todos terroristas e que ameaçam permanentemente esse povo pacifico e empreendedor que é o israelita. Feios, porcos e maus dependendo do lado de que se espreita.
Gostaria que fosse assim tão simples.
Pessoalmente, confesso que não consigo ter uma opinião definida sobre o conflito israelo-palestiniano-libanês-sirio-iraniano-e-o-mais-que-queiram. Ou melhor, tenho uma opinião mas muda constantemente: ouvindo os palestinianos, penso que isto só lá vai com uma bomba em Telavive para, meia hora depois, ouvindo os israelitas, pensar que só mesmo com uma bomba em Gaza (mais amiúde, penso que só mesmo com uma bomba em Washington e outra em Teerão).
Gostava de ter as certezas que tenho ouvido e lido por aí. Não consigo. Vejo uma reportagem sobre dois miúdos palestinianos mortos num bombardeamento e penso como é que aqueles pais poderão pensar em diálogo, perdão, convivência. Vejo uma reportagem sobre um israelita que perdeu a mulher e dois filhos num ataque de rockets e penso como é que poderá um dia aceitar a paz. O problema é que começa a haver demasiadas pessoas assim.
E nem sequer serve de muito saber quem começou. Esta semana, ouvi na rádio uma representante do Hezbollah afirmar que os raptos dos soldados israelitas tiveram como objectivo libertar um palestiniano que está preso há 28 anos. Caramba! O homem está preso há 28 anos (não faço ideia se justa ou injustamente) e só agora se lembram de o libertar? Claro que Israel responde que é um terrorista e que está bem preso e que os árabes atacaram-nos há 50 anos e por aí fora até chegarmos todos à conclusão que a culpa é de Moisés.
No meio desta salgalhada, nem sequer se vê quem possa trazer algum juízo para o conflito. Os EUA deixaram de ter politica externa e a União Europeia nunca a teve (ocupada que está com o IVA das fraldas). A Rússia não se quer meter e a China está ocupada com o capitalismo socialista. Os únicos que ainda parecem ter uma política externa coerente são os iranianos, duvido é que seja para encontrar uma solução pacífica.
Sem querer ser pessimista, temo que este Oriente seja cada vez mais próximo.
Gostaria que fosse assim tão simples.
Pessoalmente, confesso que não consigo ter uma opinião definida sobre o conflito israelo-palestiniano-libanês-sirio-iraniano-e-o-mais-que-queiram. Ou melhor, tenho uma opinião mas muda constantemente: ouvindo os palestinianos, penso que isto só lá vai com uma bomba em Telavive para, meia hora depois, ouvindo os israelitas, pensar que só mesmo com uma bomba em Gaza (mais amiúde, penso que só mesmo com uma bomba em Washington e outra em Teerão).
Gostava de ter as certezas que tenho ouvido e lido por aí. Não consigo. Vejo uma reportagem sobre dois miúdos palestinianos mortos num bombardeamento e penso como é que aqueles pais poderão pensar em diálogo, perdão, convivência. Vejo uma reportagem sobre um israelita que perdeu a mulher e dois filhos num ataque de rockets e penso como é que poderá um dia aceitar a paz. O problema é que começa a haver demasiadas pessoas assim.
E nem sequer serve de muito saber quem começou. Esta semana, ouvi na rádio uma representante do Hezbollah afirmar que os raptos dos soldados israelitas tiveram como objectivo libertar um palestiniano que está preso há 28 anos. Caramba! O homem está preso há 28 anos (não faço ideia se justa ou injustamente) e só agora se lembram de o libertar? Claro que Israel responde que é um terrorista e que está bem preso e que os árabes atacaram-nos há 50 anos e por aí fora até chegarmos todos à conclusão que a culpa é de Moisés.
No meio desta salgalhada, nem sequer se vê quem possa trazer algum juízo para o conflito. Os EUA deixaram de ter politica externa e a União Europeia nunca a teve (ocupada que está com o IVA das fraldas). A Rússia não se quer meter e a China está ocupada com o capitalismo socialista. Os únicos que ainda parecem ter uma política externa coerente são os iranianos, duvido é que seja para encontrar uma solução pacífica.
Sem querer ser pessimista, temo que este Oriente seja cada vez mais próximo.
:: enviado por U18 Team :: 7/21/2006 02:59:00 da tarde :: início ::
2 comentário(s):
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Eu sou daqueles que acha que o conflito só se resolve com uma bomba (de preferência atómica) sobre Telavive.De , em julho 21, 2006 6:13 da tarde
Está mais que provado que Israel é um país totalmente artificial, mais uma colónia americana que outra coisa.
A justificação dada pelos judeus de que é a terra que lhes foi prometida por Deus só serve para convencer fanáticos iluminados como Bush.
Se os inglêses não tivessem aberto as portas da Palestina à invasão judia na altura da descolonização o problema insolúvel de hoje não existiria.
Agora, só nos resta tentar convercer os judeus mais ortodoxos que afinal a Terra Prometida é... na América.
(onde, no fim de contas, a maioria deles já estão!...) -
Solidariedade total com Israel.De Carlos, em julho 23, 2006 11:04 da manhã
A existência de Israel é um facto tão legal e real como a existência de qualquer outro país.
Fazem parte do mundo ocidental comungam a nossa cultura e lutam contra o mesmo fundamentalismo islâmico que já atinge a Europa.
O maior perigo que a sociedade ocidental terá neste século será a crise da energia e da água que motivará o recrudescimento da guerra com os ayatollas.
Nesse dia, as dúvidas desaparecerão depressa e todos saberemos de que lado da barricada estaremos. Israel estará do nosso lado.