quarta-feira, julho 12, 2006
Pode-se tirar um homem da miséria mas não se pode tirar a miséria de um homem
Hoje, ao fim da tarde, assisti numa televisão francesa à primeira entrevista de Zidane depois da tentativa de atravessar o corpo de um adversário na final do Mundial e que já deve ter sido visto aí por uns 3 biliões de pessoas. O que disse resume-se em poucas palavras: insultaram-lhe a mãe e a irmã e “quem não se sente …”. Em suma, é uma vítima. Pede desculpa às crianças deste mundo – aos adultos não é necessário porque compreendem o acto – mas não pede desculpa ao adversário e insinua que, nas mesmas circunstâncias, voltaria a fazê-lo.
Fiquei a saber que Zidane considera normal e aceitável que se responda a um qualquer “filho da p…” à cabeçada. Registo. A minha mãe dizia “mulher séria não tem ouvidos”. Jogador de futebol também os não deve ter. Apesar de tudo, há ainda uma enorme diferença entre violência verbal e violência física.
Ao ouvi-lo falar, só reforcei a opinião que já tinha: Zidane é um grande jogador mas não é um jogador Grande ou mais uma demonstração de que é possível tirar um homem da miséria mas não se pode tirar a miséria de um homem.
Fiquei a saber que Zidane considera normal e aceitável que se responda a um qualquer “filho da p…” à cabeçada. Registo. A minha mãe dizia “mulher séria não tem ouvidos”. Jogador de futebol também os não deve ter. Apesar de tudo, há ainda uma enorme diferença entre violência verbal e violência física.
Ao ouvi-lo falar, só reforcei a opinião que já tinha: Zidane é um grande jogador mas não é um jogador Grande ou mais uma demonstração de que é possível tirar um homem da miséria mas não se pode tirar a miséria de um homem.
:: enviado por U18 Team :: 7/12/2006 11:00:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Muito bem escrito, como sempre. Também vi a entrevista; nada a acrescentar!...De Mocho Sábio, em julho 13, 2006 10:24 da tarde