sexta-feira, outubro 06, 2006
BCE ou o tratamento da doença que ainda não temos
O Banco Central Europeu aumentou de novo o preço do dinheiro. Sem surpresas já que estava mais ou menos anunciado. Ameaçam ainda aumentar mais a taxa de juro e é bem possível que estejamos nos 4,5% para meados do ano que vem. A única surpresa é a justificação para o aumento: parece que há sinais de que a inflação vai aumentar a médio prazo (o que, em economês, significa que tanto pode subir como baixar). Pouco importa se as economias alemã e italiana mostram sinais algo preocupantes de abrandamento e a ultima coisa de que precisavam era de um aumento das taxas de juro. Pouco importa se o principal beneficiado é o EUA que tem todo o interesse em que a taxa europeia se aproxime da sua de modo a evitar a subida do dólar e o consequente agravamento do défice comercial. Pouco importa se há um risco importante de asfixiar o ténue crescimento das economias europeias. Pouco importa se a inflação anual baixou de 2,4% em Agosto para 1,8% em Setembro.
Os dirigentes do BCE são homens com uma missão: atacar o monstro da inflação mesmo que este não se mexa.
É como se um médico nos receitasse antibióticos para uma gripe que ainda não temos mas que podemos vir a ter porque se aproxima o Inverno. Mesmo que nos atacassem o fígado.
Os dirigentes do BCE são homens com uma missão: atacar o monstro da inflação mesmo que este não se mexa.
É como se um médico nos receitasse antibióticos para uma gripe que ainda não temos mas que podemos vir a ter porque se aproxima o Inverno. Mesmo que nos atacassem o fígado.
:: enviado por U18 Team :: 10/06/2006 09:06:00 da tarde :: início ::