BRITEIROS: A lei da osmose e o terrorismo <$BlogRSDUrl$>








quinta-feira, março 22, 2007

A lei da osmose e o terrorismo

[...] O que há de sensacional nas declarações de Khalid Sheikh Mohammed ao tribunal (tornadas públicas na semana passada) é a enormidade da campanha terrorista que ele afirma ter orquestrado. Na sua qualidade de “Chefe das Operações Militares” de Osama bin Laden, foi não só o responsável pela “organização, planificação, seguimento e execução... de A a Z” dos ataques terroristas do 11 de Setembro, mas também do atentado falhado contra o World Trade Center, do assassinato do jornalista americano Daniel Pearl, da tentativa do terrorista do sapato Richard Reid de fazer explodir um avião americano, do assassinato de dois soldados americanos no Kuwait e doutros atentados em Bali, Mombaça e Turquia.
Para além disso, a sua confissão perante o tribunal faz referência a mais de vinte actos terroristas planeados mas que não conseguiu levar a cabo. Entre eles, a “operações com bombas sujas em território americano”, a “segunda vaga” de ataques após o 11 de Setembro contra a Torre Library em Los Angeles, a Torre Sears em Chicago, o Banco Plaza em Washington e o Empire State Building em Nova Iorque; bem como outros atentados contra as pontes suspensas e a bolsa de Nova Iorque; e também contra centrais nucleares americanas; contra o aeroporto de Heathrow, o Canary Wharf e o Big Ben; contra os estreitos de Ormuz e de Gibraltar; contra Singapura e o Canal do Panamá; contra o quartel-general da NATO em Bruxelas; contra três embaixadas americanas; contra Israel e quatro das suas embaixadas; e contra objectivos ocidentais na Tailândia e na Coreia do Sul.
Como se isso não bastasse, Mohammed informou o tribunal que era responsável pelo planeamento dos assassinatos dos ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton, do papa João Paulo II e do presidente paquistanês, Pervez Musharraf.
Ah, e também quis destruir uma companhia petrolífera, propriedade do judeu ex-Secretário de Estado americano Henry Kissinger, na Ilha de Sumatra.
Esta lista de supostos alvos é de tal modo espantosa e, em certos aspectos, estrambólica que somos tentados a imaginar que, na realidade, o prisioneiro estava a gozar com a sua audiência militar. Até porque os próprios ataques da al-Qaeda levados a cabo foram menos espantosos e estrambólicos. [...]

É por estas e por outras que a credibilidade da Administração americana atingiu de tal modo os mínimos do imaginável que qualquer verdade que possam vir a dizer não deixará de ser encarada com risota.
Recomendamos a leitura do resto deste texto (em inglês) da autoria de Niall Ferguson, Professor de História da Universidade de Harvard.

:: enviado por JAM :: 3/22/2007 11:11:00 da tarde :: início ::
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