quarta-feira, abril 25, 2007
Quantos cardos?
:: enviado por RC :: 4/25/2007 01:09:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
-
O festim durou pouco. A singularidade da “via portuguesa para o socialismo” representava-se na modesta circunstância de ninguém saber, verdadeiramente, o que era o “socialismo” — em especial os "socialistas". [...] A pátria voltou a ser o revés de si própria. Refém de um passado engravatado, cabisbaixo e deprimido, Portugal “portugalizou-se”, e os portugueses deixaram de significar para tornarem a ser [as] insignificantes [personagens do romance do grande escritor francês Roger Vailland, vivendo] num país onde os escritores não escreviam, os jornalistas não faziam jornalismo, os homens de negócios viviam dos lucros, os políticos governavam para o estrangeiro. [...]De , em abril 25, 2007 7:34 da tarde
Há trinta e três anos alimentámos um sonho buliçoso, sentimental, ocasional e frágil. O despertar desfez a fábula de que as coisas devem pertencer a quem as ama. Talvez sejamos culpados, porque não soubemos defender com paixão o que, apaixonadamente, desejávamos nos pertencesse.
Baptista Bastos, DN
.