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quinta-feira, julho 05, 2007

Até eu

O interessante em Portugal é que de um caso “estranho” se vai sempre parar a mais casos “estranhos”. Como se costuma dizer, cada cavadela uma minhoca. Neste caso dos professores com doenças terminais a quem foi recusada a aposentação, ficou-se a saber que a) as juntas médicas não são compostas só por médicos, b) as juntas médicas podem ser feitas sem a presença dos interessados, c) os médicos que participam nas juntas médicas precisam de formação especializada.
Não duvido um segundo da sapiência dos responsáveis pela Ordem dos Médicos mas alguém me pode explicar que raio será uma formação em juntas médicas?
Será para explicar que não estão a tratar de gado mas de pessoas e que convém ter algum cuidado nas decisões que tomam?
Também não duvido que as juntas médicas hão-de ver passar à frente alguma gente que se quer aposentar porque sim e que nada o justifica. Mais uma razão para que não sejam meros burocratas a assinar formulários e que façam o que é suposto fazerem como médicos, ou seja, avaliar o grau de incapacidade para o trabalho de uma pessoa.
Em vez de terem a tal formação, não seria mais razoável que vissem as pessoas, que os médicos que as tratam também participassem nas juntas ou que se deslocassem onde fosse preciso para avaliar o estado de um doente?
Se é só para lerem relatórios de outros médicos, não sei para que necessitam de formação. Até eu podia fazer parte de uma Junta Médica.


:: enviado por U18 Team :: 7/05/2007 09:56:00 da tarde :: início ::
2 comentário(s):
  • Responsável por juntas médicas não teve dúvida
    2007/07/05 | 10:16

    O responsável pelas juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações, Camilo Sequeira, explicou, em declarações à TSF, que não teve «qualquer tipo de dúvida» em relação ao professor de Filosofia Artur Silva, que foi obrigado a dar aulas, apesar de estar sem voz devido a um cancro na garganta, que viria a causar-lhe a morte.

    «Todos os processos passaram pela minha mão e eu concordei com a decisão: não estava totalmente incapaz para trabalhar», esclareceu aquele responsável.

    Recorde-se que Artur Silva se encontrava em afonia total e incurável, e considerava, por isso, estar incapaz de exercer as suas funções.

    http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php

    De Anonymous Anónimo, em julho 06, 2007 12:32 da manhã  
  • Um cancro é um cancro. Ninguém simula tê-lo. Ninguém inventa que tem um. Só a análise histológica nos poderá dar esse diagnóstico. Porquê tanta insensibilidade?

    De Blogger Pedro Morgado, em julho 06, 2007 3:20 da manhã  
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